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1.a - CONCEITO DE CONTRATO.

CONCEITO CLÁSSICO E CONCEITO CONTEMPORÂNEO


A sensível evolução da sociedade, surge a necessidade de dirigir os pactos para a
consecução de finalidades que atem os interesses do coletivo. Essa é a primeira face
da real função dos contratos.
O contrato é um ato jurídico bilateral, dependente de pelo menos duas
declarações de vontade, cujo objetivo é a criação, a alteração ou até mesmo a
extinção de direitos e deveres de conteúdo patrimonial. Os contratos são, em
suma, todos os tipos de convenções ou estipulações que possam ser criadas
pelo acordo de vontades e por outros fatores acessórios.
Para existir um contrato seu objeto ou conteúdo deve ser licito, não podendo contrariar
o ordenamento jurídico, a boa-fé, a ordem social e econômica e os bons costumes.
Em suma, o contrato pode ser conceituado como: negócio jurídico bilateral ou
plurilateral que visa à criação, modificação ou extinção de direitos e deveres
com conteúdo patrimonial.
Contrato é a fonte principal do direito das obrigações e primordial ao direito privado.

1.2. ATUAL CRISE DOS CONTRATOS


Segundo professor Caio Mario: “O mundo moderno é o mundo dos contratos”. Pode-
se assim afirmar que o contrato é o instituto mais importante do Direito Civil e do
próprio Direito Privado.
Entende que a palavra crise significa mais mudança de estrutura do que possibilidade
de extinção. E é realmente isso que está ocorrendo quanto ao contrato, uma intensa e
convulsiva transformação, uma renovação dos pressupostos e princípios da Teoria
Geral dos Contratos, que tem por função redimensionar seus limites, e não extingui-
los.
Concluindo, não se pode falar em extinção do contrato, mas no renascimento de um
novo instituto, como uma verdadeira Fênix que surge das cinzas e das trevas.

1.3. DIÁLOGO DAS FONTES


Com a criação do Código Civil de 2002, pode-se dizer que houve uma aproximação
com o Código de Defesa do Consumidor, assim podendo-se ter uma aplicação
concomitante ou análoga de um com o outro, coisa que não podia se dizer com o
sistema patrimonialista do Código Civil de 1916.

1.4. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DOS CONTRATOS.


A ESCADA PONTEANA
O contrato constitui um negócio jurídico bilateral ou plurilateral, tendo como elementos
descrito no artigo 104 CC (Agente capaz, objeto lícito, determinado ou determinável,
forma prescrita ou não defesa em lei, incluindo a vontade, também sendo um dos
elementos de validade de um contrato).
Sem prejuízo aos citados anteriormente (elementos do negócio jurídico ) os contratos
também apresentam elementos naturais que os identificam e os diferenciam, como é o
caso do preço em um de compra e venda, o aluguel em um de locação, etc.
A escada Ponteana (estudada na parte geral do DC) é dividida em três planos:
- Plano de Existência → onde estão os elementos mínimo para a existência de um
negócio jurídico, neste plano há apenas os substantivos, sem o acréscimo de adjetivos
(agente; objeto; vontade; forma), para os doutrinadores que seguem esse esquema,
como Marcos Bernardes Mello, se não houver esses elementos o negócio jurídico é
inexistente.
- Plano de Validade → neste é onde os substantivos ganham adjetivos (exatamente
como descrito no rol do artigo 104 CC/02. Nele não há a menção de vontade livre, mas
é subentendido que a vontade livre está incluído no plano de validade. Havendo falta
de um desses elementos descrito, ou com vício e defeitos, é nulo de pleno direito,
podendo ser também apenas anulável caso seja celebrado por relativamente incapaz,
ou por vício do consentimento.
- Plano de Eficácia → nesse plano estão as questões relativas às consequências e
aos efeitos gerados pelo negócio em relação às partes e em relação a terceiros. Inclui:
multas, juros, resolução de direito e deveres, etc.
Quanto aos contratos celebrados antes do vigor do CC/02, terão a validade e
existência, de acordo com o código anterior e sua eficácia de acordo com a nova
legislação vigente (art. 2.035 CC/02).

1.5. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES CONTRATUAIS


1.5.1. Quanto aos direitos e deveres das partes envolvidas ou quanto à
presença de sinalagma
De modo geral o contrato é um negócio jurídico bilateral ou plurilateral, entretanto ele
também pode ser unilateral. Nestes tipos de contratos encontra-se duas vontades,
mas apenas uma delas será a devedora, não havendo contraprestação. Ex:
Comodato, doação e mútuo.
Os contratos mais comuns são os bilaterais, define-se assim pois acarretará direito e
deveres para as duas partes de forma proporcional, sendo os dois credores e
devedores. Este tipo de contrato é também chamado de contrato sinalagmático, pela
presença do sinalagma, que é a proporcionalidade das prestações, eis que as partes
têm direitos e deveres entre si (relação obrigacional complexa).
O típico exemplo de contrato bilateral é a compra e venda, com a seguinte estrutura
sinalagmática:
→ o vendedor tem o dever de entregar a coisa e tem o direito de receber o preço;
→ o comprador tem o dever de pagar o preço e tem o direito de receber a coisa.
Além dessas formas contratuais, há ainda o contrato plurilateral, que é aquele que
envolve várias pessoas, trazendo direitos e deveres para todos os envolvidos, na
mesma proporção. São exemplos de contratos plurilaterais o seguro de vida em grupo
e o contrato de consórcio.

1.5.2. Quanto ao sacrifício patrimonial das partes


Em relação ao sacrifício patrimonial, classificam-se em onerosos e gratuitos.
Os onerosos são os que trazem vantagens a ambos, havendo uma prestação e uma
contraprestação. Ambas assumem deveres obrigacionais.
Os contratos gratuitos são os que onerosidade apenas para uma parte,
proporcionando à outro vantagem sem qualquer contraprestação. Para esses
contratos observe-se o artigo 114 CC/02.
Observa-se que sobre os contratos onerosos, a onerosidade não pode ser excessiva,
de forma a não gerar o enriquecimento sem causa de uma parte em relação a outra.
Rompendo o equilíbrio, a base jurídica para a revisão é a função social dos contratos e
a boa-fé objetiva.

1.5.3. Quanto ao momento de aperfeiçoamento (plano de Validade) do


contrato
No que tange o aperfeiçoamento, o contrato pode ser:
→ Consensuais: os que a simples manifestação da vontade já se consagra
aperfeiçoamento. Ex: Compra e venda, doação, locação, etc
→ Reais: Aqueles que só se aperfeiçoam com a entrega da coisa (Traditio rei). Ex:
Depósito, contrato estimatório, etc.

1.5.4. Riscos que envolvem a prestação


Em determinados negócios não há o fator risco em relação as prestações, por já ser
um uma relação certa e determinada. Esses são os contratos comutativos ou pré-
estimado (maioria dos contratos onerosos). Em regra, os contratos de compra e venda
(por exemplo), são comutativos.
Por outro lado, no contrato aleatório de uma das partes não é conhecida com exatidão
no momento da celebração do negócio jurídico pelo fato de depender da sorte, da
álea, que é um fator desconhecido. (art. 458 a 461 Cc/02)
O Código Civil Brasileiro de 2002 consagra duas formas básicas de contratos
aleatório:
a) Contrato aleatório emptio spei – é a hipótese em que um dos contratantes toma
para si o risco relativo à própria existência da coisa, sendo ajustado um determinado
preço, que será devido integralmente, mesmo que a coisa não exista no futuro, desde
que não haja dolo ou culpa da outra parte (art. 458 do CC). Como se pode perceber, o
risco é maior. No caso de compra e venda, essa forma negocial pode ser denominada
venda da esperança.
b) Contrato aleatório emptio rei speratae – o contrato será dessa natureza se o risco
versar somente em relação à quantidade da coisa comprada, pois foi fixado pelas
partes um mínimo como objeto do negócio (art. 459 do CC). Nesse contrato o risco,
apesar de existente, é menor. Em casos tais, a parte terá direito a todo o preço, desde
que de sua parte não tenha concorrido com culpa, ainda que a coisa venha a existir
em quantidade inferior à esperada. Mas, se a coisa não vier a existir, alienação não
haverá, e o alienante deverá devolver o preço recebido (art. 459, parágrafo único do
Código Civil). Na compra e venda tratase da venda da esperança com coisa esperada.

1.5.5. Quanto a previsão legal


Contratos atípicos → O que não está defeso em lei, mas que está em concordância
com a existência prevista em lei (Art. 425 CC/02, usa a expressão) Ex. contratos
eletrônicos em geral
Contratos típicos → Estão regulados pela lei, estabelecendo regras especificas. Ex.
Todos os tipificados no cc/02
Contrato Nominado → Nome consta em lei
Contrato Inominado → Nome não consta em lei.
Podendo um contrato ser nominado e atípico, sendo os quatro diferentes um do outro.

1.5.6. Quanto à negociação do conteúdo pelas partes. O conceito de


contrato de adesão. Diferenças em relação ao contrato de consumo
O contrato de adesão é aquele em que uma parte, o estipulante, impõe o conteúdo
negocial, restando à outra parte, o aderente, duas opções: aceitar ou não o conteúdo
desse negócio.

1.5.7. Quanto a Presença de formalidade


Para alguns doutrinadores solenidade = forma.
Já para outros Solenidade seria a necessidade de ato público (escritura pública) e a
formalidade seria a exigência de qualquer forma apontada pela lei, por exemplo, a
forma escrita. Pode-se dizer assim que Forma é gênero, enquanto a solenidade é
espécie.
Em regra geral, os negócios jurídicos são informais como dito no artigo 107 CC “A
validade das declarações de vontade não dependerá de forma especial, senão quando
a lei expressamente exigir” (princípio da liberdade das formas).
No art. 108 CC diz que os imóveis com valores maiores que 30 salários mínimos têm
que ser registradas por escritura pública para a validade do negócio.

1.5.8. Quanto à independência do contrato. O conceito de contratos


coligados.
Os contratos coligados, em regra, são negócios jurídicos interdependentes cujo efeitos
estão interligados.
Enunciado 421 V jornada do Direito Civil → “Os contatos coligados devem ser
interpretados segundo os critérios hermenêuticos do Código Civil, em especial os dos
arts. 112 e 113, considerada a sua conexão funcional.”

1.5.9. Quanto ao momento do cumprimento


Os contratos podem ser instantâneos (ou de execução imediata), de execução diferida
e de execução continuada (ou trato sucessivo).
Os contratos instantâneos ou de execução imediata são aqueles que têm
aperfeiçoamento e cumprimento de imediato, caso de uma compra e venda à vista.
Por outra via, os contratos de execução diferida têm o cumprimento previsto de uma
vez só no futuro. O exemplo típico é uma compra e venda pactuada com pagamento
por cheque pré ou pós-datado.
Por fim, os contratos de execução continuada ou de trato sucessivo têm o
cumprimento previsto de forma sucessiva ou periódica no tempo. É o caso de uma
compra e venda cujo pagamento deva ser feito por meio de boleto bancário, com
periodicidade mensal, quinzenal, bimestral, trimestral ou qualquer outra forma
sucessiva.

1.5.10. Quanto a personalidade


Os contratos pessoais, personalíssimos ou intuitu personae são aqueles em que a
pessoa do contratante é um elemento determinante de sua conclusão. Diante desse
fato, o contrato não pode ser transmitido por ato inter vivos ou mortis causa, ou seja,
pelo falecimento da parte.
Ocorrendo a morte do contratante que assumiu uma obrigação infungível,
insubstituível, ocorrerá a extinção desse contrato pela cessação contratual.
Ocorrendo a cessão inter vivos sem a devida autorização, esse fato poderá motivar a
resolução do contrato em virtude do inadimplemento contratual.
Os Contratos impessoais são aqueles onde a pessoa contratante não é juridicamente
relevante para a conclusão do negócio. Eventualmente, pode ocorrer a transmissão
através de inter vivos ou mortis causas.

1.5.11. Quanto às pessoas envolvidas


a) Contrato individual ou intersubjetivo: é aquele que conta com apenas um sujeito em
cada polo da relação jurídica.
b) Contrato individual plúrimo: é aquele que conta com mais de um sujeito em um ou
em ambos os polos da relação jurídica.
c) Contrato individual homogêneo: é aquele realizado por uma entidade, com
autorização legal, para representar os interesses de pessoas determinadas, cujos
direitos são predeterminados ou preestabelecidos, havendo uma relevância social.
d) Contrato coletivo: é aquele que possui, ao menos em um dos polos, uma entidade
autorizada pela lei para a defesa dos interesses de um grupo, classe ou categoria de
pessoas indeterminadas, porém determináveis, vinculadas por uma relação jurídica-
base (caso do contrato coletivo de trabalho, celebrado por sindicato).
e) Contrato difuso: é aquele que possui, ao menos em um dos polos, uma entidade
que tenha autorização legal para a defesa dos interesses de pessoas indeterminadas,
vinculadas por uma situação de fato (caso de um termo de compromisso firmado entre
o Ministério Público e uma empresa fornecedora de um determinado produto que
esteja fora das especificações legais).

1.5.12. Quanto à definitividade do negócio


Inicialmente, os contratos preliminares ou pré-contratos (pactum de contrahendo) são
negócios que tendem à celebração de outros, denominados contratos definitivos.
Esses últimos não têm qualquer dependência futura, no aspecto temporal. O contrato
preliminar está tratado de forma específica no Código Civil de 2002, entre os arts. 462
e 466.

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