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PRINCÍPIOS
OS PRINCÍPIOS SÃO PONTOS DE PARTIDA.
SÃO IDEIAS GERAIS, BASE E FUNDAMENTO DAS NORMAS.
FUNÇÕES:
Interpretativa – ajuda a interpretar as normas com base nos princípios.
Elaborativa- auxilia a criação de novas normas, criando balizas para
sua atuação. Ou seja, os princípios transmitem ideias gerais, e as normas
específicas devem respeitá-las, caso contrário, não poderão fazer parte do
ordenamento.
Aplicativa do Direito – o juiz deve ter uma boa compreensão das ideias gerais
para julgar o caso conforme a “ideologia” do ordenamento.
a) Princípio da proteção
Trata-se de princípio que visa atenuar a desigualdade entre as partes em
juízo,razão pela qual, engloba os demais princípios que favorecem o
trabalhador. Na verdade esta orientação revela-se de maneira inconfundível
através da própria norma, demonstrando que a sociedade reconhece naquele
que dispõe unicamente de sua força de trabalho, a parte mais fraca na relação.
O princípio da proteção do trabalhador é a linha que norteia todo o sentido da
criação do Direito do Trabalho, voltado para a defesa da parte, em sua
esmagadora maioria, mais fraca e desprotegida na relação contratual: o
trabalhador. A existência deste princípio tutelar se justifica pela história de
séculos de dominação pelo mais forte sobre o mais fraco, que, de tanto
desequilíbrio de forças e exploração humana, levou o Estado a intervir nas
relações jurídicas de trabalho para assegurar ao obreiro “um patamar
civilizatório mínimo de dignidade humana”.
Deste princípio, nasceram, afloraram diversos outros como podemos
citar:
a.1) Princípio da Norma mais Favorável
Tal princípio informa ao operador do Direito que se existirem duas ou mais
normas aplicáveis ao caso concreto, dever-se-á aplicar aquela que melhor
atenda aos interesses do trabalhador.
Na aplicação deste princípio, permite-se até mesmo afastar a aplicação
hierárquica das normas, o que implica objetivamente, que determinado
dispositivo legal com prevalência sobre outro(s) poderá ser preterido, caso o
interessado tutelado exerça força de atração à norma “inferior”, ao se
vislumbrar que apresenta condição favorável de solução à demanda proposta.
Ex: A Constituição garante férias de 30 dias para os trabalhadores, caso
apareça um acordo coletivo concedendo férias de 40 dias, prevalecerá o
acordo em virtude de ser a norma mais favorável.
Por fim, o princípio poderá ser utilizado na interpretação das normas jurídicas,
o que deverá ocorrer mediante a otimização no enquadramento jurídico de uma
da situação de fato e do exame teleológico (finalístico) dos dispositivos legais
aplicáveis à espécie, desde que mantidos os critérios técnico-científicos
informadores da ordem jurídica.
a.2) Princípio da Condição mais Benéfica;
Este princípio guarda as mesmas propriedades contidas no princípio da norma
mais favorável, residindo a distinção no fato de que este princípio é aplicável no
tocante às cláusulas do contrato, não englobando os dispositivos normativos
de lei que regulam determinada situação relativa ao contrato de trabalho.
Assim, se quando do ingresso do trabalhador em uma empresa, rezava em
instrumento normativo que o adicional a ser pago a título de horas
extraordinárias seria de 60% (sessenta por cento), não será válida cláusula que
estipule índice inferior, de modo que alcance, validamente, aquele referido
trabalhador.
Popularmente, podemos dizer “NÃO PODE ALTERAR PARA PIORAR”.
Veja o que dispõe o Enunciado Nº 51 do TST (Tribunal Superior do Trabalho):
“ ENUNCIADO Nº 51 - NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO
PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT. (incorporada a Orientação
Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005 - DJ 20.04.2005
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/73, DJ
14.06.1973)
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do
empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema
do outro. (ex-OJ nº 163 - Inserida em 26.03.1999).”
TST Enunciado nº 288 : A complementação dos proventos da aposentadoria
é regida pelas normas em vigor na data da admissão do empregado,
observando-se as alterações posteriores desde que mais favoráveis ao
beneficiário do direito.
DIFERENÇAS SALARIAIS - COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA -
PREVALÊNCIA DE CONVENÇÃO COLETIVA SOBRE ACORDO COLETIVO -
TEORIA DO CONGLOBAMENTO
De acordo com a teoria do conglobamento, a aplicação do princípio da norma
mais favorável, sobretudo no cotejo entre normas autônomas, deve ser
efetuada sistematicamente, observando o contexto geral dos instrumentos, de
modo que se verifique qual é mais benéfico em seu conjunto. Ademais, a
demonstração de que em vista de outros elementos o Acordo Coletivo seria
mais benéfico no conjunto demandaria o revolvimento de fatos e provas, a fim
de desconstituir o consignado no acórdão regional. Óbice da Súmula n.º 126
desta Corte. Recurso de revista não conhecido.
a.3) Princípio “in dubio pro operario”.
Também conhecido como “in dúbio pro reo” ou “in dúbio pro misero”.
No momento de interpretar uma norma, o intérprete deve, em caso de dúvida,
analisar da melhor forma para o trabalhador.
Em se tratando de processo trabalhista, o julgador tem a liberdade de utilizar as
provas que entender mais robusta, as provas mais convincentes, independente
de ser a favor ou contra o operário.
b) Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas ou Princípio
da Imperatividade das Normas Trabalhistas;
Informa este princípio que deve haver prevalência das normas trabalhistas,
não podendo as partes, via de regra, as afastarem mediante declaração
bilateral de vontades, caracterizando, assim, restrição à autonomia das partes
no ajuste das condições contratuais trabalhistas.
O trabalhador não tem o poder de afastar, renunciar qualquer direito
trabalhista. Ou seja, mesmo que ele concorde em renunciar qualquer direito, a
qualquer momento ele pode se arrepender e cobrar sua aplicação. Dessa
forma, podemos dizer que pela ótica trabalhista “a palavra do trabalhador não
vale muita coisa”, é importante que a empresa cumpra as normas trabalhistas.
Ex: O empregado não pode dispor de suas férias; não pode individualmente
firmar acordo que reduza o seu salário; não pode prescindir de equipamentos
de segurança na realização de trabalhos que coloquem em risco sua vida ou
saúde e etc.
c) Princípio da Primazia da Realidade;
Informa tal preceito que na análise das questões relativas às relações de
trabalho, deve-se observar a realidade dos fatos em detrimento dos aspectos
formais que eventualmente os atestem.
Destacamos alguns aspectos que legitimam a imperatividade de tal
princípio:
a) Durante a relação de trabalho, dada sua condição de subordinação e
dependência, o trabalhador não pode opor-se à formalização de alterações
contratuais e práticas que, não raro, lhe são lesivas. Exemplo: a proibição de
anotação em cartão de ponto do horário efetivamente trabalhado.
b) É bastante comum verificar alterações nas condições de trabalho pactuadas
(através de contrato escrito) ao longo do tempo, alterações estas que, salvo
raras exceções, não são incorporadas formalmente ao contrato de trabalho e;
c) Como é conhecido, os contratos de trabalho podem ser escritos ou verbais.
Evidente que nos verbais o contrato só assume condição de efetiva existência
com o decorrer do tempo, ditado pelas práticas estabelecidas entre os sujeitos
da relação de trabalho.
Em síntese: o fato precede a forma. O que vale á o que realmente ocorre.
O Princípio da Primazia da verdade está previsto no art.765 da CLT, sendo no
Direito do Trabalho os fatos mais importantes do que os documentos, pois
muitas vezes o empregado assina documentos sem saber o que está
assinando, ou por medo de ser demitido. Por exemplo, é comum a venda de
férias, onde o trabalhador assina recibo de gozo de férias. Caso, o trabalhador
prove que não gozou férias, poderá cobrar esse direito mesmo havendo um
recibo que ateste o cumprimento às normas.
d) Princípio da Continuidade da Relação de Emprego;
Este princípio não distoa dos demais. É francamente favorável ao trabalhador,
na medida em que com o passar do tempo incorporam-se ao seu patrimônio
jurídico vantagens alcançadas pelas negociações coletivas e pelas inovações
legislativas e, principalmente, aquelas de caráter pessoal; como por exemplo,
promoções e adicionais que, por sua habitualidade, passam a integrar o
contrato de trabalho.
Além de vantagens diretas, que possuem uma natureza eminentemente
econômica como as supracitadas, não resta dúvida que um vínculo de trabalho
duradouro testemunha progressos pessoais e familiares do trabalhador, já que
a estabilidade no emprego oferece uma base mais sólida, inclusive e
principalmente no aspecto social, permitindo que o trabalhador desfrute de bem
estar físico, mental e social.
São inúmeros os reflexos práticos deste preceito, entre os quais destacamos a
sucessão de empregadores, nos termos dos artigos 10 e 448 da CLT:
“Art. 10 da CLT – Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não
afetará os direitos adquiridos por seus empregados.”
“Art. 448 da CLT – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.”
Súmula 212 TST: Despedimento. Ônus da prova - O ônus de provar o término
do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o
despedimento, é do empregador, gera presunção favorável ao empregado
Como se pode perceber, nem mesmo as alterações na estrutura jurídica ou
mudança na propriedade da empresa (eventual circunlóquio é do próprio texto
legal), colocará término ao contrato de trabalho.
“ANÁLISE DO PRINCÍPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL.”
MEU RESUMO:
Conflito entre “Leis”: a escolha das normas será por matéria (teoria do
conglobamento mitigado).Ou seja, vai prevalecer aquela norma que trata da
matéria específica de forma mais favorável ao trabalhador.
Ex: CLT e Convenção 132 da OIT. Entende-se que a CLT trata de forma global
mais favoravelmente a matéria, embora haja pontos em que a Convenção seja
mais favorável. Dessa forma, deve-se renunciar aos preceitos da Convenção e
aplicar globalmente os artigos da CLT que tratam da matéria.
Conflitos entre normas Autônomas (produzidas pelas partes envolvidas
na relação trabalhista): Vai prevalecer o estatuto que for mais favorável em
uma análise global. Ou seja, analisa-se todo o texto, em todos os assuntos e
verifica-se qual o mais favorável ao trabalhador, devendo ser renunciada toda a
regulação pelo outro estatuto.
Ex: Entre a Convenção e um Acordo Coletivo, vai se analisar todo o texto e o
mais favorável será aplicado em sua globalidade. Fundamentos legais dessa
interpretação:
VEJAMOS AS MUDANÇAS:
CLT. ART. 8, § 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos
elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação
pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. ”
PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
O novo Código Civil presume em regra a boa-fé, de forma que a má-fé é que
deve sempre ser comprovada, ônus que cabe a quem alega.
FUNDAMENTOS DA OIT
A OIT entende que o trabalho é fundamental para o bem estar das pessoas.
Ela garante recursos, contribui com o progresso social e econômico. Tudo isso
está vinculado ao trabalho digno.
A OIT entende que a paz universal e permanente só pode basear-se na justiça
social.
A união de pessoas e de nações levaram à paz sustentável e à erradicação da
pobreza.
Dessa forma, busca soluções que permitam a melhoria das condições de
trabalho no mundo.
O descontentamento e a injustiça de trabalho constituem uma ameaça à
harmonia e à paz universal.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
ESTRUTURA DA OIT
TIPOS DE DECISÕES
CONVENÇÕES
São espécies de Tratados Internacionais. Aprovadas por 2/3 da Assembleia
Geral da OIT.Constituem Normas Gerais e Obrigatórias aos Estados-membros.
Porém cada Estado deve internalizar a Convenção criando normas internas
(Leis, Decretos) no prazo de 12 meses.
Após a ratificação interna, tem 12 meses para implementar medidas de
cumprimento da Convenção.
RATIFICAÇÃO INTERNA
Fiscalização e Sanções
Procedimentos