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I. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 5
II. PERSPECTIVAS MACROECONÓMICAS 2016....................................................... 7
2.1 Contexto Internacional ....................................................................................... 7
2.2 Contexto Nacional ............................................................................................ 10
III. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO DE JANEIRO A MARÇO DE 2016
12
3.1 Execução das Receitas do Estado................................................................... 12
3.2 Execução das Despesas do Estado................................................................. 13
IV. PREVISÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2016 ...................................... 14
4.1 Previsão das Receitas do Estado .................................................................... 16
4.2 Previsão do Financiamento Externo ................................................................ 17
4.3 Previsão de Afectação das Despesas do Estado............................................. 18
4.4 Previsão do Financiamento do Défice Orçamental .......................................... 22
V. PREVISÃO DAS DESPESAS POR ÂMBITO ......................................................... 23
VI. PREVISÃO DAS DESPESAS NOS SECTORES PRIORITÁRIOS ..................... 24
VII. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL .............................................................................. 26
VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 27
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LISTA DE QUADROS
LISTA DE GRÁFICOS
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FUNDAMENTOS DA REVISÃO ORÇAMENTAL
A. Contexto Internacional:
B. No Contexto Nacional:
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C. Impacto nos Agregados Macroeconómicos
Pressupostos Macroeconómicos
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I. INTRODUÇÃO
5
5. Esta situação tem levado ao abrandamento da actividade económica, pressões
nas Reservas Internacionais Líquidas e aumento generalizado do nível de preços.
A previsão do crescimento real do Produto Interno Bruto que era de 7,0% baixou
para 4,5%, um desvio de 2,5pp; a previsão da taxa de inflação média anual que
era de 5.6% aumentou para 16.7%.
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II. PERSPECTIVAS MACROECONÓMICAS 2016
7
grandes economias, Reino Unido, Alemanha e França continuaram a impulsionar
o crescimento da zona euro.
14. O declínio dos preços das matérias-primas resulta da queda de mais de 32% dos
preços entre Agosto de 2015 a Fevereiro de 2016, devido ao aumento da oferta
dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Rússia,
as expectativas de maior oferta do Irão, e as preocupações sobre a capacidade
de resistência da procura.
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Gráfico 1. Preço das Principais Produtos Primários (2006-2016)
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2.2 Contexto Nacional
18. Deste modo, estima-se uma taxa de crescimento do PIB na ordem 4,5%,
contrariando as iniciais previsões de 7,0%. A desaceleração económica será
influenciada em grande medida pelo fraco desempenho esperado nos sectores da
indústria extractiva (22.9%), eletricidade e gás (8.7%), agricultura (3.8%),
comércio (3.5%), transportes (3.8%), serviços financeiros (3.2%), e administração
pública (3.0%).
2015 2016
Ramo de Actividade
Real Lei Proj. Actual
1. Agricultura, Produção Animal, Caça e Florestas 3.1 6.5 3.8
2. Pesca 4.5 4.8 4.8
3. Indústrias Extractivas 22.5 10.4 22.8
4. Indústria Transformadora 8.5 5.1 5.1
5. Eletricidade e Gás 12.2 7.7 8.7
6. Construção 12.0 7.9 2.8
7. Comércio a Grosso e a Retalho 4.4 8.0 3.5
8. Alojamento, restaurantes e similares 8.2 6.1 3.1
9. Actividade de Informação e Comunicação 10.6 8.8 8.6
10. Transportes, Armazenagem 7.6 5.8 3.8
11. Actividades Financeiras e Seguros 5.9 8.2 3.2
12. Administração pública, Defesa e Segurança Social 14.8 5.8 3.0
13. Educação 7.4 8.0 4.2
14. Saúde e acção social 10.2 7.5 5.5
15. Outros Serviços 5.4 4.5 2.5
Taxa de Crescimento do PIB 6.6 7.0 4.5
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19. A desaceleração do ritmo de crescimento dos sectores mencionados está em
linha com os recentes desenvolvimentos económicos no País a destacar: (i) o
efeito da estiagem no princípio do ano que ditou a perda significativa de diversas
culturas; (ii) a queda dos preços internacionais dos principais produtos minerais;
(iii) possíveis atrasos na execução de alguns empreendimentos; (iv) a
consolidação fiscal que implicará cortes em várias rúbricas de despesas de
investimento e redução na arrecadação das receitas; e (v) a postura restritiva da
política monetária através do aumento das taxas de juro directoras com impacto
sobre o crédito ao sector privado.
20. No que concerne à taxa de inflação média anual, prevê-se que esta atinja os níveis
de 16.7% em 2016 contra os 5.6% inicialmente previstos ultrapassando a meta de
um dígito preconizada no Programa de Convergência Macroeconómica da SADC.
As perspectivas de preços para 2016 apontam para uma continua pressão
inflacionária em virtude de, entre outros factores, a baixa na produção agrícola
devido a estiagem, redução das importações e exportações, suspensão do
desembolso dos Parceiros e redução do Investimento Directo Estrangeiro.
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III. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO DE JANEIRO A MARÇO DE
2016
2015 2016
Real % Real %
Lei Lei
Jan-Mar Realiz Jan-Mar Realiz
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3.2 Execução das Despesas do Estado
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25. As despesas de investimento tiveram uma realização de 7.016,5 milhões de MT
equivalentes a 8,4% da meta prevista, significando uma manutenção em relação
ao ano transacto. Nesta rubrica, as despesas de investimento interno tiveram um
nível de realização de 12,3% e, as despesas de investimento externo tiveram um
nível de realização de 4,5% justificado pelo baixo nível de desembolsos.
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29. A racionalização da despesa pública e a mitigação dos riscos fiscais vai permitir
garantir a sustentabilidade orçamental, perspectivando cenários optimistas a
médio prazo.
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4.1 Previsão das Receitas do Estado
32. Para efeitos da revisão do Orçamento do Estado para 2016, as receitas totais
passarão de 176.409,2 milhões de MT para 165.541,0 milhões de MT, o que
representa 24,1% do PIB, uma redução em 1,8pp do PIB face a meta prevista na
lei orçamental de 2016.
33. Dada a nova conjuntura, estima-se que a previsão das receitas será nos seguintes
moldes:
As Receitas fiscais passarão de 151.433,4 milhões de MT para 144.450,3
milhões de MT, o equivalente a 21,0% do PIB e uma redução em 1,3pp;
As Receitas sobre Bens e Serviços, passarão da previsão inicial de 82.055,7
milhões de MT para 78.445,2milhões de MT, o equivalente a 11,4% do PIB e
uma redução em 0,7pp do PIB;
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As receitas consignadas passarão de 11.548,5 milhões de MT para
8,034.0milhões de MT, representando uma redução em 0,5pp do PIB.
34. Os recursos externos passarão dos actuais 62.041,6 milhões de MT para 56.043,0
milhões MT, o que representa uma redução de 0,9pp comparativamente a Lei
2016, conforme ilustra o gráfico a seguir.
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Quadro 6. Previsão do Financiamento Externo
2015 2016 2016 2015 2016 2016
CGE Lei Prop. CGE Lei Prop.
Milhões de MT % do PIB
36. A presente proposta de revisão do Orçamento do Estado para 2016 tem por
objectivo incorporar na lei orçamental o impacto da variação nos pressupostos
macroeconómicos, a revisão em baixa da arrecadação das receitas internas, a
redução dos recursos externos, bem como o incremento do serviço da divida
publica decorrente da depreciação do metical.
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38. Com efeito, a despesa total passa dos actuais 246.070,4 milhões de MT, o
equivalente a 36,2% do PIB para 243.358,2 milhões de MT, equivalente a 35,4%,
como ilustra o quadro a abaixo.
19
Gráfico 4. Estrutura das Despesas de Funcionamento
20
Gráfico 5. Composição das Transferências Correntes
41. Assim, os juros da dívida deverão atingir o valor de 15.122,3 milhões de MT, e
as amortizações o montante de 15.831,9 milhões, o que corresponde 2,2% e
2,3% do PIB, respectivamente.
21
4.4 Previsão do Financiamento do Défice Orçamental
22
Os Donativos Externos irão passar de 24.800,0 milhões de MT, equivalente a
3,6% do PIB, para 18.192,7 milhões de MT, correspondente a 2,6% do PIB,
um decréscimo de 1,0pp;
45. O quadro abaixo mostra a evolução da distribuição das despesas totais por nível
central, Provincial, Distrital e Autárquico, comparativamente a Lei 2016. A análise
exclui as Operações Financeiras e os encargos da Divida, a fim de considerar
apenas as despesas sectoriais por âmbito e avaliar o nível de descentralização
de recursos.
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46. O quadro 8, mostra que não obstante a redução da despesa pública, o Governo
continua com aposta da descentralização de recursos para o nível local. Em
termos proporcionais da despesa total excluindo operações financeiras e
encargos da dívida, a alocação de recursos para o nível central, provincial, distrital
e autárquico, irão absorver 62.6%, 18.3%, 17.4% e 1.8% respectivamente.
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Tabela 9. Despesa nos Sectores Económicos e Socias
49. De notar que, o montante actual para os sectores económicos e socias mostra
uma redução em termos nominais, de 7% face a Lei inicial. Esta ligeira redução,
não prejudicou as acções nucleares destes sectores, uma vez que os ajustes
incidiram sobre acções relativas a construção de edifícios administrativos,
construção de novos campus universitários, aquisição de viaturas com excepção
de ambulâncias, redução de metas de construção e reabilitação de algumas
estradas e pontes, bem como a racionalização das despesas com combustíveis e
lubrificantes e passagens aéreas.
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VII. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL
GGE Lei Prop. CGE Lei Prop. Ajuste GGE Lei Prop.
2015 2016 Ajuste 2016 2015 2016 2016 2015 2016 Ajuste 2016
Milhões de MT % do PIB % de Total
Total de Recursos 214,702.3 246,070.6 243,358.2 36.4% 36.2% 35.4% 100.0% 100.0% 100.0%
Recursos Internos 165,025.3 184,028.8 187,315.1 28.0% 27.0% 27.3% 76.9% 74.8% 77.0%
Receitas do Estado 155,893.0 176,409.2 165,540.9 26.5% 25.9% 24.1% 72.6% 71.7% 68.0%
Crédito Interno 9,132.3 7,619.7 21,767.7 1.5% 1.1% 3.2% 4.3% 3.1% 8.9%
Recursos Externos 49,677.0 62,041.8 56,043.0 8.4% 9.1% 8.2% 23.1% 25.2% 23.0%
Donativos 18,677.4 24,800.0 18,192.7 3.2% 3.6% 2.6% 8.7% 10.1% 7.5%
Créditos 30,999.7 37,241.8 37,850.4 5.3% 5.5% 5.5% 14.4% 15.1% 15.6%
Total de Despesas 200,490.7 246,070.5 243,358.2 34.0% 36.2% 35.4% 93.4% 100.0% 100.0%
Despesas de Funcionamento 117,835.7 136,159.3 143,411.4 20.0% 20.0% 20.9% 54.9% 55.3% 58.9%
Despesas Correntes 117,435.4 135,686.6 142,938.6 19.9% 19.9% 20.8% 54.7% 55.1% 58.7%
Despesas de Capital 400.3 472.8 472.8 0.1% 0.1% 0.1% 0.2% 0.2% 0.2%
Despesas de Investimento 64,077.8 83,865.5 76,014.9 10.9% 12.3% 11.1% 29.8% 34.1% 31.2%
Componente Interna 42,677.4 41,338.8 28,870.3 7.2% 6.1% 4.2% 19.9% 16.8% 11.9%
Componente Externa 21,400.4 42,526.8 47,144.5 3.6% 6.2% 6.9% 10.0% 17.3% 19.4%
Operações Financeiras 18,577.2 26,045.6 23,931.8 3.2% 3.8% 3.5% 8.7% 10.6% 9.8%
51. O volume de recursos totais e as despesas totais são iguais, ficando assim
salvaguardado o princípio de equilíbrio orçamental.
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VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS
53. As alterações acima descritas ditaram a revisão da meta dos principais agregados
macro-fiscais. As alterações implicaram numa revisão em baixa na meta da
Receita do Estado de 176.409,2 milhões de MT para 165.541,0 milhões de MT,
uma redução em 10.868,2 milhões de MT, o equivalente a um decréscimo em
1,8pp do PIB, bem como uma redução do nível de Apoio Geral ao Orçamento de
10.9 mil milhões de MT. Por outro lado, uma revisão em baixa da despesa pública
de 246.070,6 milhões de MT para 243.358,2 milhões de MT, o equivalente a uma
redução em 0,7pp do PIB.
54. Todavia, esta proposta de revisão do Orçamento do Estado para 2016, irá
continuar a pautar por medidas de contenção e de racionalização da Despesa
Pública procurando materializar os Objectivos preconizados no PQG (2015-2019).
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