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MÓDULO 8 – PORTUGUÊS

Eu curto… Eu gosto dos Lusíadas. Alexandre Honrado.


«Quem teria coragem de fazer-se ao largo? Poucos. E em
poucos barcos. Três naus e um navio velho, com mantimentos.
O comando ficava a cargo de um homem, Vasco da Gama, um
capitão de aventuras marítimas tido como muito corajoso»

«Sentei-me numa pedrinha, perto das rochas, a atirar


seixos para a superfície hoje quieta do mar. Não sei se há
quatrocentos e tal anos ficou assim alguém, a ver partir as
caravelas portuguesas que levavam a bordo um punhado de
aventureiros a querer inventar o Mundo, a desejar descobrir um
caminho que por mar conduzisse a essa terra cheia de encantos e riquezas, como todos
supunham ser a Índia.
Acho que, se lá estava realmente alguém a ver os barcos afastarem-se, atirando
seixos sobre a superfície quieta das águas, havia de ser um portuguesinho, aborrecido por
não ir ele também entre os maiores heróis do mundo do seu tempo.

Vai o meu sonho a vogar,


empurra a brisa do céu.
Marinheiro faz-se ao mar
fica em terra um amor seu.

Camões deu-lhes a imortalidade, a esses marinheiros atrevidos. E da forma mais


ingrata, pois resolveu dedicar-lhes uma longa poesia, outra aventura. De que servem as
palavras num mundo que só dá valor aos atos?
Escreveu Camões em forma de poema uma história verdadeira e agora que
estamos numa época em que as histórias verdadeiras saltam todos os dias para as
televisões e, assim, para casa das pessoas, acreditamos que Camões se safaria melhor se
vivesse entre nós e escrevesse coisas tolas, prosas sem valor, vulgaridades... Em vida sua
foi desconsiderado, passou dificuldades, morreu na miséria.
Pensando bem: hoje, se se metesse a escrever poemas, mesmo os mais belos,
muito tinha também de penar para fazer-se ouvir e reconhecer. Mudam-se os tempos
mudam-se as vontades neste mundo composto de mudanças?
Enfim. O que nos traz aqui é mesmo outra história. A História de Portugal, tal como
Camões a contou em Os Lusíadas, um longo poema que até à atualidade tem feito as
delícias de muitos leitores e ouvidores.
Uma obra-prima, bem podes dizê-lo, que continua a agradar.

Quem te disse o poeta


que a poesia morreu?
Que passou como o cometa
na luz acesa do céu?

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Tudo, nesse poema, começa com a famosa frase: as armas e os barões
assinalados... O que é que ele queria dizer? Francamente, o que eu dei voltas à cabeça
quando li aquilo pela primeira vez! Acredita: fui perguntar à minha avó o significado! Ela,
felizmente, sabia. E eu lá fiz o teste de Língua Portuguesa que exigia a minha sabedoria e
agilidade.
Afinal, o que ele queria era dizer que aqui, na Península Ibérica, no fim da Europa,
de peito encostado ao mar, vivia um povo de marinheiros cheio de vontade de ir mais
longe, para ver se em outras terras e paragens podia descobrir glória, riqueza e fama. A
vontade era bem definida, aliás: encontrar um caminho marítimo para a Índia, de modo a
chegar mais depressa aquele grande território, onde o negócio prometia lucros e os
atractivos eram inúmeros.
A Índia, todavia, parecia quase inalcançável! Tanto mar, tanta distância, tanto
perigo.

Quem lá vem traz escuridão


ventre de nuvem de chuva;
monstro morto, podridão,
o mistério em cada curva.

Quem teria coragem de fazer-se ao largo? Poucos. E em poucos barcos. Três naus e
um navio velho, com mantimentos. O comando ficava a cargo de um homem, Vasco da
Gama, um capitão de aventuras marítimas tido como muito corajoso. Vasco da Gama
nasceu em Sines, em 1468, morreu em Cochim, na Índia, em 1524. O rei Manuel I
encarregou-o do comando da expedição que iria descobrir o tal caminho marítimo e ele lá
largou de Portugal em 1497, um ano depois, o italiano Cristóvão Colombo chegava à
América e chegou 14 meses depois às Costas de Moçambique.
Vasco da Gama conseguiu chegar à Índia, voltou e tornou a ir, trouxe especiarias e
boas notícias, serviu o rei e seu filho, o rei João III, rei conhecido pelo cognome de o
‘Piedoso’ e que foi avô de Sebastião, o tal a quem Camões leria o seu poema».

In Alexandre Honrado, Eu curto… Eu gosto dos Lusíadas, Negócio de Ócio, Lisboa, 2002, ISBN
972-98888-0-9.

Lê o texto e responde às questões.

1. Que livro é apresentado?

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2. Quem é o autor do livro?

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3. Explica, por palavras próprias, o período seguinte:

«Quem teria coragem de fazer-se ao largo? Poucos. E em poucos barcos. Três naus
e um navio velho, com mantimentos. O comando ficava a cargo de um homem, Vasco da
Gama, um capitão de aventuras marítimas tido como muito corajoso»

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4. Que expressões utiliza o autor para se referir aos portugueses que partiram para os
Descobrimentos?
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5. “De que servem as palavras num mundo que só dá valor aos atos?” Explica
o sentido desta frase no contexto em que se insere.

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6. De que forma foi recebida a obra “Os Lusídas” na época em que Camões a escreveu?
Retira do texto uma frase que comprove a tua opinião.
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7. Se Camões fosse um escritor da atualidade, como seria recebido?
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8. Transcreve do texto frases em que se apresentem os motivos de “um povo de marinheiros”


que partiu para os Descobrimentos.
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9. Quem partiu? Como? Quando? Para onde?


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10. E tu? Que opinião tens sobre “Os Lusíadas”? Justifica a tua resposta.
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