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Faculdade de Psicologia
Curso de Psicologia, Campi Coração Eucarístico.
Disciplina: Psicopatologia II
Profa.: Ilka Franco Ferrari
Aluno: Wanderley Emídio Gomes
Referência Bibliográfica:
DOR, Joël. A estrutura obsessiva. In: Estruturas e clínica psicanalítica. Belo Horizonte:
Taurus Timbre,1991, p.97-110.
Resumo:
Esta obra discorre de forma bem clara e com um conteúdo bem rico, uma
construção de conceitos psicanalíticos da estrutura obsessiva, foco desse
trabalho, como uma organização psíquica. O autor pondera seu trabalho como
embasamento teórico da psicanálise, considerando os conceitos das obras de
Freud e Lacan. Apresenta a estrutura obsessiva, a partir do processo de
atualização do desejo do sujeito diante da função fálica, no campo psicanalítico
passando pela problemática obsessiva, onde veremos a sua organização
psíquica que teria a particularidade da passagem do “ser” ao “ter”. Também
define os traços da estrutura obsessiva, a partir dos estereótipos estruturais e a
sua demarcação com relação aos sintomas, também apresentando o obsessivo
como característico à perda e a lei do pai. Esclarece de forma bem didática as
características do obsessivo e seus “objetos de amor”, no espaço de
investimentos, onde remete o sujeito diretamente a falta e seus objetivos.
A problemática obsessiva.
Outra arma eficaz de defesa contra os afetos que trata da anulação retroativa,
que é um processo compulsivo de grande eficácia que consiste em colocar em
cena, ou em ato, um comportamento diretamente oposto àquele em que o
sujeito acaba de afirmar, assim ele recusa pensamentos ou atos, e tenta fazer
como se não tivessem acontecido. A anulação retroativa coloca em evidencia
um dos elementos conflitivos permanentes em que se debate o obsessivo, ou
seja, a oposição arcaica entre o amor e o ódio para com o objeto de
investimento. Trata-se de um mecanismo duplo de investimentos e
desinvestimentos característico da economia do desejo obsessivo: escapar do
desejo e anulá-lo o quanto puder a cada vez que se encontra engajado
autenticamente, numa dialética específica da estrutura que se exprime por
manifestações ainda mais estereotipadas quando concernem aos objetos
amorosos.
Em todos os casos, o objeto está morto, ele não deixará de fazer a experiência
crucial de um objeto morto que não suporta mais representar este papel. E o
interessante é que, quanto mais se lhes dá a morte, melhor ressuscitam, e
essas, por menores que sejam sempre anunciam grandes cataclismos no
obsessivo, que conhece, então, o amargo gosto da derrota infantil.
O parceiro feminino não se engana mais com isto, exceto quando encontra,
nessas tarefas de reabilitação, um terreno favorável para a expressão das
vantagens secundárias para a sua neurose pessoal. Aliás, é o que observamos
bastante frequentemente em certas parceiras femininas histéricas. Muitas
vezes uma neurose chama outra, no sentido de uma complementariedade dos
sintomas.
Comentários:
Peço desculpa pelo texto final, enorme, mas tudo que vi, eu não queria deixar
de pontuar O texto é bem interessante e tece conceitos bastante claros sobre
estruturas obsessivas, com uma escrita fácil e compreensiva, apesar de um
pouco repetitiva.