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Resenha crítica

Vítor Parada Baptista – Engenharia Elétrica - IFSUL

Trata-se da lição cinco do livro “Curso On-line de Jornalismo Científico”, foi escrita por Gervais
Mbarga e Jean-Marc Fleury e tem como objetivo definir o que é a ciência, revisando
significados básicos, introduzindo pensadores do século XX e apresentando como a ciência é
praticada atualmente. Gervais Mbarga tem muitos anos de experiência treinando jornalistas
científicos em um programa na Universidade de Yaoundé. Antes de se tornar professor foi
editor chefe da televisão pública camaronesa (CRTV). Publicou diversos artigos sobre a ciência
da comunicação e a sociologia da ciência. Ele é o presidente da associação de jornalistas
científicos e comunicadores de Camarões e coordenador regional do programa de monitores
da federação mundial de jornalistas científicos (SjCOOP). Jean-Marc Fleury é formado em
Engenharia Física, e atualmente é o diretor executivo da federação mundial de jornalistas
científicos, localizada em Gatineau (Québec), Canadá. Anteriormente foi diretor de
comunicações no centro internacional de pesquisa para o desenvolvimento (IDRC) em Ottawa.
Trabalhou como jornalista cientifico no jornal Le Soleil de Québec e na revista mensal Québec
Science. Jean-Marc ganhou diversos prêmios por seus artigos.

A lição é dividida em três seções, sendo a primeira chamada de “Diferentes caminhos para o
conhecimento”. Nesta seção o autor traz o significado de “conhecer”, a partir disto traz que no
contexto científico o saber significa exercitar a curiosidade, que por sua vez é o que produz o
conhecimento. Respondendo esta curiosidade através do uso da razão, é possível construir um
saber científico isento de irracionalidade, crenças e tendências. O texto mostra que há mais de
um tipo de conhecimento, além do conhecimento cientifico também é citado as crenças, que é
um meio de explicar o universo atribuindo-lhe capacidades, qualidades, sentimentos e
emoções, e o senso comum, que aparece do nosso cotidiano com o ambiente e a maneira
como as culturas descrevem o universo.

Ainda nesta seção é descrito que a ciência é um meio de sistematizar o conhecimento, assim
como a arte. Porém a arte é um meio diferente de sistematização do conhecimento, pois ela é
baseada em preferencias individuais, critérios de beleza e emoções, enquanto que a ciência
procura produzir uma descrição verdadeira da natureza.

Assim o autor explica como reconhecer a ciência, que é feita por meio de demonstração, e
também mostra assuntos como a ciência moderna experimental, que compara fatos
observáveis com a realidade por meio de experimentos. Esta se difere da ciência antiga, que
buscava explicar o porquê das coisas, enquanto que a ciência moderna pretende responder
como as coisas funcionam. Neste capítulo é descrito que a ciência moderna estabelece o
conhecimento por meio da observação, experimentação, explicação, generalização e previsão.

O fim da seção traz uma descrição sobre o conhecimento jornalístico e o papel do jornalista
científico. O autor utiliza como argumento que a divulgação da ciência é uma necessidade da
democracia, que a ciência é uma forca democrática com foco na integridade, objetividade e
igualdade, que pode ter um impacto enorme na vida dos cidadãos.

A segunda seção fala do limite da ciência, nesta parte o texto fala sobre a preocupação com o
uso da ciência, que pode ser utilizada tanto para tornar a vida mais fácil quanto para destruí-la,
e utiliza dos pensamentos de alguns filósofos sobre a natureza da ciência. Os filósofos
defendem que a ciência é como uma religião, que é construída por um sistema de crenças,
rituais, dogmas, seitas concorrentes e sacerdócios.

O primeiro filósofo citado pelo autor é Thomas Kuhn, para ele o conhecimento científico muitas
vezes acontece, pois existem falhas nos conceitos anteriores. Para Karl Popper a ciência é um
exercício contínuo de refutação e mostra como os cientistas constroem teorias e leis usando
indução e, então, deduzem novos fatos e novas previsões baseados nessas leis e teorias.
Suas deduções são lógicas, mas essas verdades intelectuais se apoiam em teorias e leis que
são verdades materiais. O último filósofo citado, Paul Feyerabend, compara a verdade
científica com a verdade de um astrólogo, do leitor de mãos ou de um místico, pois os
cientistas conseguem argumentos por meio das mesmas ferramentas que outras pessoas.
O final desta seção traz a definição de construtivismo sociológico e explica o relativismo
cultural e a ciência, que coloca a ciência como um produto puro da sociedade, e que esta
determina em grande parte as crenças de um cientista.

A última seção é dedicada a explicar como a ciência é construída. Nela o ator descreve como
um artigo científico é publicado em uma revista. Para isso o editor da publicação avalia a
qualidade do artigo, e depois são enviadas cópias para especialistas da área, este processo é
conhecido como revisão por pares. Porém este tipo de revisão apresenta limitações, pois está
suscetível à possibilidade de erro, fraude, preconceitos e desonestidade, e pressão política.

No final o autor apresenta a verdade científica por consenso. Diante de desafios globais, são
reunidos os maiores especialistas na área e oferecido apoio para encontrar, investigar e
documentas as questões e publicar suas conclusões de forma independente.

A lição tem como objetivo ensinar o leitor o que é a ciência, para isto o autor começa
introduzindo o básico para o conhecimento científico. A partir disso, o autor conta como a
ciência é feita, suas preocupações e metodologia, para então descrever o passo final feito por
cientistas para ter seus artigos publicados. Em todo texto ficou bem clara a intensão do autor
de ensinar a qualquer público o que estava escrevendo, pois seu texto foi objetivo e coeso,
utilizando exemplos e introduzindo citações de filósofos.

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