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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

Disciplina: Metodologia do Ensino de Literatura

Professor: Ms. Erivelton Freitas

Acadêmicas: Maiane Fontenele Alves e Maria José Gomes

O ALFORJE DE HISTÓRIAS NA PERSPECTIVA DA FORMAÇÃO DE LEITORES

CAMOCIM-CE

2018
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SUMÁRIO
1. JUSTIFICATIVA..............................................................................................................4

2. OBJETIVOS ................................................................................................................................... 3
3. METODOLOGIA ........................................................................................................................... 4
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 5
5. CRONOGRAMA ............................................................................................................................ 7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 7
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1. JUSTIFICATIVA

O referido projeto tem o intuito de investigar sobre como acontece os momentos de


incentivo à leitura nas séries terminais do Ensino Fundamental, bem como no Ensino Médio.
Pois, sabemos da importância do Alforje de Histórias nas rotinas didáticas das aulas de
Língua Portuguesa do 1º ao 5º ano. Entretanto, esta prática é quase, ou totalmente, inexistente
com as crianças maiores e adolescentes.
Nessa abordagem, pensamos que é preciso ter uma política de formação continuada
para os professores destas séries. Não somente, para os professores de Língua Portuguesa,
mas para todos, independente da disciplina que leciona. Tendo em vista que, todos somos
responsáveis pela formação de leitores na escola.
Diante do exposto, podemos questionar sobre como o professor tem feito para ser um
mediador de leitura? Ou até mesmo, um contador de histórias? Esta problemática é facilmente
respondida, diante da proposta do Programa de Alfabetização na Idade Certa, quando propõe
o eixo de Literatura e Formação do Leitor. Sendo que o trabalho se perde, ou não se tem uma
continuidade nas séries terminais do ensino fundamental e, principalmente no Ensino Médio,
onde o foco é outro.
Sabemos que o professor precisa ter e/ou desenvolver a cultura leitora, para que assim
possa contribuir com a formação de leitores. Que venha a ampliar os campos de experiências
destes aprendentes. Mas será que os professores da rede pública municipal e estadual de
Camocim estão preparados para esta realidade?
Enfim, é sabido que o professor-mediador de leitura precisa conhecer as bases de
sustentação do texto literário, as intenções da narrativa, fazer um mergulho conceitual na
ideologia freiriana, no que diz respeito aos círculos de cultura.

2. OBJETIVOS

2.1. Geral

 Promover e incentivar a leitura literária nos anos finais do ensino fundamental e


Ensino Médio, visando a formação leitora do educando com o Alforje de Histórias, ou
seja, com práticas efetivas de leituras que fomentem o deleite para o leitor. Os
professores devem atuar apresentando novas e divertidas possibilidades de leitura e
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suas práticas, com o objetivo de colaborar para qualificar as relações sociais através do
incentivo as práticas leitoras conscientes.

2.2. Específicos

 Refletir sobre os campos de experiência e círculo de cultura no contexto da


educação;
 Implementar o Alforje de Histórias no currículo escolar;
 Promover o intercâmbio de experiências com o Alforje de Histórias, entre os
professores do ensino fundamental I, séries iniciais, com os professores das
séries terminais e ensino médio.
 Compreender que o alforje de histórias promove o diálogo intertextual por
meio do contato com outras linguagens artísticas, favorecendo o
desenvolvimento cognitivo, sociocultural e literário do educando;
 Analisar o projeto político pedagógico da escola, com vistas à implementação e
garantia de ações prioritárias que promovam a sustentação do alforje de
histórias;
 Ressignificar o trabalho educativo com a leitura, realizado pelos profissionais
regentes das bibliotecas escolares;

3. METODOLOGIA
Um dos múltiplos desafios a serem enfrentados pela escola é o de fazer com que os
alunos aprendam a ler fluentemente e desenvolvam o gosto pela leitura, principalmente a
leitura literária. O professor deve ser o mobilizador desses conflitos, o exemplo, isto é, a
referência enquanto leitor.

Este trabalho será realizado com os estudantes e professores das séries terminais e do
ensino médio de uma forma participativa e democrática, refletindo sobre cada atividade e/ou
ação desenvolvida, avaliações e auto avaliações irão fazer do processo.

O Alforje de Histórias será amplamente desenvolvido com palestras, rodas de


conversas, planejamento sistemático, entrevistas e mini cursos, no desejo de mudança de
atitude, diante da problemática existente, bem como na necessidade que temos de gerenciar
com equidade social e inclusão.

As atividades serão planejadas dentro de uma estrutura que privilegia dois grandes
momentos: ouvir o texto lido em voz alta pelo mediador, como também, conversar sobre o
texto e este no mundo, antes ou depois da apreciação da narrativa; em uma dinâmica de
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conversação organizada também pelo mediador. Vale evidenciar, que esse momento da fala
acontece com o objetivo de expandir os campos de experiências dessas crianças,
preferencialmente numa proposta de contato com outras linguagens da arte que dialoguem
com o texto. De modo a ressignificarem o fazer pedagógico dos docentes, bem como
desenvolver as habilidades leitoras dos estudantes, como por exemplo: intercâmbio de
experiências exitosas, momentos específicos para o círculo de cultura, debates para promover
e ampliar os campos de experiências, a partir do contato com as obras literárias. É importante
ressaltar, a participação dos regentes dos demais ambientes da escola, incluindo a Biblioteca
escolar que é peça fundamental para vivenciarmos essa experiência, como também o
encorajamento do núcleo gestor das escolas e a participação de representantes da comunidade
escolar.

Na proposta do Círculo de Cultura existe o papel do mediador das discussões, no caso


o professor-mediador. Em todo momento, esse animador do grupo, nome muitas vezes
utilizados pelo próprio Paulo Freire; promove o trabalho, administra o tempo e orienta os
participantes; sua maior qualidade pedagógica é o incentivo ao diálogo.

Portanto, É importante relembrar que os recursos de mediação que sustentam o nosso


trabalho, são as metodologias educativas participativas, principalmente o Círculo de Cultura
proposto pelo educador Paulo Freire. Trata-se de uma proposta de intervenção educativa,
onde a ideia é promover a fala e a participação de indivíduos em situação de formação, seja
numa sala de aula ou em qualquer outro espaço educativo.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Incentivar a leitura é promover a formação de cidadãos, de pessoas esclarecidas que


são capazes de contribuir para o desenvolvimento do nosso país. É claro que para transformar
o país precisaríamos de uma grande oportunidade, mas para mudar a realidade de uma
comunidade precisamos apenas de um pouco de disposição. E, o Alforje de Histórias é peça
fundamental neste trabalho, pois visa a promoção de um leitor plural, aquele que consegue ser
eficiente na leitura da linguagem verbal em norma culta, mas aquele que consegue ler e
traduzir as diferentes linguagens presentes nos diferentes textos veiculados na sociedade: da
norma culta às gírias, das pinturas acadêmicas dos grandes artistas aos trabalhos de grafite
contemporâneo.
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O papel do “Alforje de Histórias” inserido no cotidiano e no tempo destinado à


apreensão de aspectos conceituais da língua portuguesa, não é reproduzir a função didática do
ensino, já vivida nos outros momentos de estudo da língua. Essa oportunidade destina-se ao
aspecto fruitivo do texto e todas as possibilidades de gerar empatia e deleite perante uma obra
de arte, no caso, o texto literário.
Segundo Kleiman (1996, p.24): "é durante a interação que o leitor mais inexperiente
compreende o texto: naõ é durante a leitura silenciosa, nem durante a leitura em voz alta, mas
durante a conversa sobre aspectos relevantes do texto”. A partir da reflexão do autor e
seguindo as intenções aqui propostas. Acreditamos estar no rumo certo.
Encaramos a leitura como uma prática social (CHARTIER, 1996) que não é herdada
biologicamente e sim aprendida e apreendida e, a Escola e/ou a Biblioteca como o aparelho
social que historicamente é o local de aprendizagem da leitura nos seus dois sentidos: o
elementar, entendido como decodificação da escrita e o sentido mais amplo capaz de propiciar
ao leitor a apropriação dos textos lidos. Entende-se que a socialização da leitura ocorre
primordialmente nas escolas e que o papel do Alforje de Histórias e todos os envolvidos nesse
processo é o de apoiar e estimular esta prática.
Tendo em vista que o Campo de realização da pesquisa são as instituições escolares
que trabalham com o ensino fundamental II e Médio da rede pública municipal de ensino de
Camocim. Podemos conceber de acordo com Cagliari, 2002.

A leitura não pode ser uma atividade secundária na sala de aula ou na vida, uma
atividade para qual a professora e a escola não dediquem mais que uns míseros minutos,
na ânsia de retornar aos problemas de escrita, julgados mais importantes. Há um
descaso enorme pela leitura, pelos textos, pela programação dessa atividade na escola,
no entanto, a leitura deveria ser a maior herança legada pela escola aos alunos, pois ela,
e não a escrita, será a fonte perene de educação, com ou sem escola. (CAGLIARI, 2002,
p.173).

A proposta é que o aluno adentre no universo literário pela condução de um


professor afetivamente implicado com o seu papel mediacional, com as obras escolhidas e
momentos de partilha. Para Bakhtin (1992) a leitura “se institui somente quando o leitor
estabelece uma relação com o texto e com autor, numa atitude responsiva que o torna capaz
de refutar, refletir e reavaliar o que leu. Do contrário, essa leitura não se constitui como tal, se
fecha em si mesma, sem trazer uma contrapalavra.” Ao considerar a concepção do autor que
pensa a língua em movimento, a língua que existe na relação com o outro, entende-se que
somente desenvolver a competência linguística não responde aos objetivos da educação e
nem mesmo aos objetivos do ensino da literatura.
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Sendo assim, é possível ser sensível e acreditar que a leitura fará grande diferença na
vida dos estudantes, desde que esta seja tratada como algo que tenha um significado real e
eficaz no cotidiano de cada um dos atores envolvidos no projeto.

5. CRONOGRAMA
PERÍODO AÇÃO/ATIVIDADE A SER REALIZADA
MARÇO  Sensibilização e apresentação do projeto aos professores das
séries terminais e ensino médio;
 Troca de experiências exitosas com professores que
conhecem e desenvolvem o trabalho com o Alforje de
histórias;
ABRIL  Pesquisa e seleção de livros com literaturas adequadas ao
público a ser trabalhado;
 Realização do Alforje de histórias, duas vezes por semana,
com um tempo estimado de no mínimo 30 minutos;
 I Feira do Livro na Escola- envolvendo toda a comunidade
escolar;
MAIO  O Horário Nobre- Intercâmbio literário e cultural entre as
turmas atingidas pelo projeto;
 Biblioteca itinerante;
 Elaboração e aplicação de instrumentais sistemáticos aos
diferentes segmentos organizativos da escola-campo de
pesquisa;
JUNHO  Clube de Leitura com os alunos atingidos pelo projeto;
 Realização de encontro de avaliação com o núcleo gestor,
docentes e discentes sobre o desenvolvimento da pesquisa
em andamento;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Ministério da Cultura; Fundação Biblioteca Nacional. PROLER - Programa


CAGLIARI, Luiz Carlos, Alfabetização e Linguística: Scipione, 10ª Ed.2002.

CHARTIER, Roger. Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 1996.

KLEIMEN, Angêla. Texto e Leitor: Aspectos Cognitivos da leitura. 8ª Ed‐ Campinas, SP:
Pontes. 2002.

Nacional de Incentivo à Leitura. 1992. Disponível em:< http://www.bn.br/proler/>.Acesso


em: 06 set. 2011.
FREIRE. P. (2004). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de
Janeiro: Paz e Terra.

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