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Aristóteles
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Eudaimonia: sentido original – proteção de um bom daimon –
quer dizer a excelência ou perfeição resultante no agente da posse
do bem ou dos bens que nele realizam melhor sua capacidade de
ser bom.
– Traduzido, em linguagem usual, por felicidade indicando o
sentimento de auto-satisfação do agente (contingente e
transitório).
– Rigorosamente deve ser entendido como: posse do bem
objetivamente melhor para o agente, proporcionando-lhe o
viver bem (eu zen) e o agir segundo o Bem (eu prattein).
Gêneros de vida condutores ao estado de eudaimonia:
a) Vida de prazer
b) Vida política
c) Vida contemplativa
Questão fundamental: sobre qual bem resulta a verdadeira
eudaimonia?
Em Aristóteles a pluralidade de bens oferecidos ao dinamismo da
práxis, atende ao imperativo fundamental do bem viver (eu zen)
na realização de uma excelência.
Problemas suscitados pela pluralidade dos bens:
a) De natureza epistemológica: refere-se ao estatuto do saber ético.
Aristóteles resolve com o saber prático: saber que tem por
objeto específico o agir humano para a realização do bem ou
do melhor na vida do indivíduo e da comunidade.
(eudaimonia como a atividade – energeia – da alma segundo a
virtude perfeita ou excelência da virtude – arete).
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b) De natureza ontológica: refere-se à práxis humana manifestada
em sua estrutura teleológica no privilégio de escolha
(proairesis), estabelecendo uma hierarquia de bens da qual
decorrerá a ordem dos valores de vida do agente ético. A
hierarquia de bens o leva a mais alta eudaimonia que é a
contemplação do Bem supremo.
Quais os verdadeiros bens da vida humana e como classificá-los
hierarquicamente?
Estrutura da Ética a Nicômaco
Livro I:
1 a 12 – o Bem como fim e sua realização como bem humano: a
eudaimonia.
13 – a divisão das virtudes segundo as atividades da alma:
a) Virtudes éticas (morais)
b) Virtudes dianoéticas (intelectuais)
Livro II:
1 a 7 – virtudes éticas: características e definição de virtude ética
8 a 9 – a virtude ética como mediania (mesotes)
Mediania ou justo meio: pressupõe o homem na busca da
felicidade da pólis.
Ou seja, o homem é parte da cidade e sua felicidade depende da
felicidade da cidade. Portanto, o homem feliz é aquele que chega à
cidadania.
Para que isso ocorra, o homem tem que buscar a excelência, ser
virtuoso, ele tem que agir conforme as virtudes (justo-meio).
Para ser virtuoso, o homem tem que usar sua virtude intelectual
na ação, atuando na obtenção da virtude moral.
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Inteligentemente, o homem evita os vícios por falta e por excesso
e atinge o justo-meio (a virtude).
Por exemplo: entre a vaidade (vício por excesso) e a modéstia
(vício por falta) está o respeito próprio (justo-meio).
Para Aristóteles não é possível chegar ao justo-meio fora da ação.
Livro III:
1 a 5 – condições subjetivas da virtude ética:
Voluntariedade
Deliberação
Escolha
Responsabilidade
6 – catálogo das doze virtudes éticas
Livro IV:
1 a 9 – continuação do catálogo das doze virtudes éticas:
Coragem
Temperança
Liberalidade
Magnificência
Magnanimidade
Equanimidade
Placidez
Amabilidade
Veracidade
Jovialidade
Pudor
Justiça
Livro V:
1 a 11 – a justiça como principal virtude ética
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Livro VI:
1 a 8 – virtudes dianoéticas:
Filosofia
Artes
Sabedoria prática (phronesis ou prudência)
9 a 13 – deliberação, entendimento, juízo: filosofia e a sabedoria
prática.
Livro VII:
1 a 10 – condições da virtude: (a) continência e incontinência
11 a 14 – (b) prazer
Livro VIII:
1 a 14 – a amizade: (a) espécies e propriedades da amizade
Livro IX:
1 a 12 – (b) natureza e necessidade da amizade
Livro X:
1 a 5 – sobre o prazer
6 a 8 – eudaimonia e sua perfeita realização: a contemplação
9 – passagem à Política