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Muitos corretores (a maioria) criticam o uso dos termos: "hoje em dia, atualmente".

Use outros
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termos, por exemplo: "Nos dias hodiernos; Hodiernamente; Na sociedade pós-moderna; Na


contemporaneidade". Isso enriquece ainda mais o seu domínio de vocabulário. Elabore mais a tese
(introdução). Sugiro uma ideia! Você começou sua redação já evidenciando que o problema vigora
no presente, em seguida, você falou sobre o modelo patriarcal ao longo da história. Entretanto, acho
que seria interessante se você mudasse essa ordem, ou seja, use a história para dar início ao texto,
você iria iniciar contextualizando com um termo histórico e, posteriormente, trazendo para a
atualidade (o que elevaria sua nota pela linearidade do texto). Além disso, procure sinônimos para
algumas palavras não ficarem tão repetitivas, como o uso de "familiares" em seu texto. E por fim,
uma dica, mande redações digitadas, mas, utilize também a ferramenta incrível de mandar foto da
redação, pois no Enem eles corrigem com a foto da sua redação escrita e não digitada. Bom texto,
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parabéns. Continue treinando e aperfeiçoando. Bons estudos.


Como mandar bem na redação do
Enem

Para fazer uma redação muito boa, você precisa aprender a fazer um ótimo planejamento. Além
de garantir a organização de suas ideias, planejar seu texto faz você otimizar o tempo (o que é um
dos nossos maiores aliados no ENEM né?). Por isso, separei pra vocês algumas dicas que
ajudarão a mandar bem na redação do ENEM.
1. Primeiramente, saiba o que cada competência exige:
• {Comp. 1} Domínio da norma culta (sem desvios gramaticais);
• {Comp. 2} Compreensão do tema e estratégias argumentativas;
• Desenvolver BEM o TEMA por meio de uma argumentação consistente, a partir de
um repertório sociocultural (dados estatísticos, pequenas narrativas ilustrativas,
citações, pensamentos, alusão histórica etc.) e apresentar excelente domínio do
texto dissertativo-argumentativo, ou seja, sem uso de 1ª pessoa.
• {Comp. 3} Coerência;
• Selecionar, relacionar, organizar e interpretar as informações, fatos, opiniões e
argumentos em defesa do ponto de vista defendido como tese. O argumento
precisa ser claro, objetivo, convincente, autoral e provado. Nessa competência,
analisa-se: relação de sentido entre as partes do texto, precisão vocabular (nada de
falar muito difícil), seleção de argumentos (nada de encher linguiça no texto, tem
que escolher os problemas mais relevantes), progressão temática adequada ao
desenvolvimento do tema revelando que a redação foi planejada e que as ideias
desenvolvidas são pouco a pouco apresentadas, em uma ordem lógica
(encadeamento de ideias) e adequação entre o conteúdo do texto e o mundo real.
• {Comp. 4} Coesão;
• Demonstrar conhecimentos dos mecanismos linguísticos. Os aspectos a serem
avaliados nesta competência dizem respeito à estruturação lógica e formal entre
as partes da redação. A organização textual exige que as frases e os parágrafos
estabeleçam entre si uma relação que garanta a sequenciação coerente do texto
e a interdependência das ideias. Esse encadeamento pode ser expresso por
conjunções, por determinadas palavras, ou pode ser inferido a partir da articulação
dessas ideias. Preposições, conjunções, advérbios e locuções adverbiais são
responsáveis pela coesão do texto, porque estabelecem inter-relação de orações,
frases e parágrafos. Cada parágrafo será composto de um ou mais períodos
também articulados; cada ideia nova precisa estabelecer relação com as anteriores.
• {Comp. 5} Proposta de intervenção
• Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os
direitos humanos (para cada problema, uma intervenção). A proposta de
intervenção precisa ser detalhada; deve conter, portanto, a exposição da
intervenção sugerida e o detalhamento dos meios para realizá-la.
• Como detalhar:
Quem = Agente interventor;
(Macete: GOMIFES – Governo / Ong / Mídia / Indivíduo / Família / Escola /
Sociedade).
Ação = O que vai fazer para amenizar o problema;
Modo = Como vai fazer isso? Através de que?;
Finalidade = Dizer qual a consequência positiva dessa intervenção.
2. Agora, leia o tema com atenção e saiba qual o assunto e o tema (sim, são coisas
diferentes);
Assunto – É amplo e global;
Tema – Recorte de determinado assunto.

Por exemplo: O tema do Enem 2016 foi:


Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil
Assunto: Intolerância Religiosa
Tema: CAMINHOS para combatê-la
3. Uma vez compreendido o ponto anterior, hora de fazer o brainstorming.
• O brainstorming significa “tempestade de ideias”, ou seja, você vai ler o assunto e anotar
na sua folha TUDO o que vier em sua mente sobre ele. Anotar dados, estatísticas,
argumento de autoridade que já tenha falado algo a respeito, situações do cotidiano,
pontos positivos e negativos, causa e consequência... Enfim, o que vier à mente. E não
pense que com isso você está perdendo tempo, muito pelo contrário;
• Uma vez feito isso, você agora vai selecionar as ideias mais importantes, que estejam
relacionadas com o tema, e que você tenha condições de provar;
• Com as ideias selecionadas, hora de pensar na tese (clara e objetiva).
4. Após selecionar os argumentos a serem defendidos, hora de pensar numa intervenção para cada
problema. Lembre-se de usar o macete, ele é uma “mão na roda”.
Você vai demorar, em média, 25 minutos para fazer todo esse planejamento. Mas é isso que faz
ganhar tempo, pois quando for escrever, você já vai saber exatamente o que falar em cada
parágrafo. Com esse plano feito, além de convencer o corretor de que você compreendeu muito
bem o tema e sabe fazer uma dissertação, você também conseguirá fazer sua redação por
completo em 25 minutos.
5. Redação pronta! Agora, você precisa fazer a checagem final, ou seja, analisar se há algum
erro gramatical. É a hora de observar, principalmente, as competências 1 e 4 (modalidade da
escrita e coesão, respectivamente).
• Tente demorar somente uns 10 minutinhos aqui;
• Recomendo fazer essa checagem depois de ler, pelo menos, umas 2 ou 3 questões, seja
de linguagens ou de humanas. Assim, você vai tirar o foco de sua redação e, por
consequência, aumentará a concentração no momento da verificação final, conseguindo,
desse modo, visualizar com mais facilidade os erros (que muitas vezes são bem
simplórios).

6. Pronto, agora é só passar a limpo. Tente demorar uns 10 a 20 minutos.

OBSERVAÇÕES:
• Em seu planejamento, escreva tudo bem detalhado. Por exemplo:
Tese: A intolerância é fruto de uma coação e configura um crime. E os CAMINHOS
para combatê-la serão a educação, a conscientização e a punição.
No D1 vou falar sobre a intolerância religiosa ser uma mentalidade criada ao longo dos
anos.
No D2 vou falar que essa intolerância configura um crime de ódio.
Último parágrafo:
Para o que argumentei no D1: Escola - educação e Mídia – conscientização;
Para o que argumentei no D2: Poder Executivo – fiscalização.
• Cuidado com períodos muito longos, pois o corretor acaba se perdendo enquanto lê;
• Leia muitas redações exemplares, para ter uma ideia de como argumentar;
• Simbora praticar!!! Você só consegue otimizar seu tempo praticando, não tem outra
solução. REDAÇÃO É PRÁTICA.
DESENVOLVIMENTO

TEMA 1: “Atitudes efetivas para minimizar o caos no sistema prisional brasileiro”

Em radioatividade o núcleo de um átomo é bombardeado por partículas radioativas, liberando


outras que bombardeiam novos núcleos e, dessa forma, vão formando uma "reação em cadeia". De
maneira análoga funciona o sistema prisional brasileiro: a falta de educação aumenta a
criminalidade, esta, por sua vez, permite o crescimento da população carcerária, a qual, por
falta de investimento na estrutura e de projetos de ressocialização, fica cada vez maior,
transformando as prisões em fábricas de bandidos. A fim de minimizar esse caos, fazem-se
necessárias algumas atitudes efetivas como melhoria na educação, maior investimento do governo em
prol de um sistema de qualidade e aumento de ONGs que visem desenvolver pessoas aptas ao
retorno à sociedade.
Para o filósofo brasileiro Paulo Freire, sem educação não há possibilidade de mudanças.
É possível concordar com tal pensamento, uma vez que aquela é sinônimo de formação de bom
caráter do indivíduo e de qualificação profissional, dois fatores responsáveis pela redução da
criminalidade. Trazendo essa consideração para a realidade hodierna do sistema carcerário do
Brasil, pode-se concluir que o quadro de superlotação das prisões - uma das razões da
desordem existente - não sofrerá alterações enquanto o déficit da educação e, por
consequência, a delinquência não diminuírem. A fim de provar a veracidade de tal fato, uma
pesquisa feita pela USP mostra que a cada investimento de 1% no ensino, 0,1% do índice de
delitos é reduzido.
Para agravar ainda mais a situação dessa organização prisional e, assim, dar sequência a sua
"desestruturação em série", tem-se uma reminiscência vivente do Hospital Colônia (apelidado de
Holocausto Brasileiro) dentro das penitenciárias, visto que estas são marcadas pelo descaso do
poder público, que permite um ambiente degradante e nocivo. Soma-se a isso o fato de as
detensões não efetivarem o seu intuito correcional de pena e, muito menos, de ressocializarem
o delinquente, passando a ser apenas escolas de aprimoramento do crime. Tal conjuntura só faz
maximizar o caos do sistema carcerário; não é por acaso que, segundo dados da Infopen (Sistema
Integrado de Informações Penitenciárias), quase 70% dos que saem da cadeia, reincidem na
marginalidade.

• D1
• Tópico frasal:
“É possível concordar com tal pensamento, uma vez que aquela é sinônimo de formação de
bom caráter do indivíduo e de qualificação profissional, dois fatores responsáveis pela redução da
criminalidade”.

• Aprofundamento:
“Trazendo essa consideração para a realidade hodierna do sistema carcerário do Brasil, pode-
se concluir que o quadro de superlotação das prisões - uma das razões da desordem existente - não
sofrerá alterações enquanto o déficit da educação e, por consequência, a delinquência não
diminuírem”.

• Fundamentação/comprovação
“Para o filósofo brasileiro Paulo Freire, sem educação não há possibilidade de mudanças.”

“A fim de provar a veracidade de tal fato, uma pesquisa feita pela USP mostra que a cada
investimento de 1% no ensino, 0,1% do índice de delitos é reduzido.”

• D2
• Tópico frasal:
“tem-se uma reminiscência vivente do Hospital Colônia (apelidado de Holocausto Brasileiro)
dentro das penitenciárias, visto que estas são marcadas pelo descaso do poder público, que permite
um ambiente degradante e nocivo”.

• Aprofundamento:
“Soma-se a isso o fato de as detensões não efetivarem o seu intuito correcional de pena e,
muito menos, de ressocializarem o delinquente, passando a ser apenas escolas de aprimoramento do
crime”

• Fundamentação/comprovação:
“tem-se uma reminiscência vivente do Hospital Colônia (apelidado de Holocausto Brasileiro)
dentro das penitenciárias”

“segundo dados da Infopen (Sistema Integrado de Informações Penitenciárias), quase 70%


dos que saem da cadeia, reincidem na marginalidade”.
TEMA 2: "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”

“Ser diferente é normal”. Tal música de Gilberto Gil representa o anseio de uma inclusão
plena dos deficientes no Brasil. Contudo, esse sonho parece estar cada vez mais distante, uma
vez que a população surda brasileira enfrenta desafios como a falta de capacitação profissional
do docente e, também, de recursos, bem como o preconceito, os quais dificultam a sua
formação educacional em todos os níveis.
O artigo 27 da Constituição Brasileira assegura o aprendizado inclusivo de modo a
garantir o desenvolvimento do surdo. Apesar desse direito, muitas instituições de educação
ainda não o seguem devidamente, já que não estão preparados para receber os discentes
deficientes. Há poucos - ou mesmo nenhum - profissionais capacitados com Libras e, ainda,
faltam mais salas exclusivas com recursos assistivos para os surdos. Desse modo, o
deficiente auditivo não recebe a atenção que precisa e nem desenvolve suas habilidades
físicas, sensoriais, intelectuais e sociais. Tal problema reflete nas matrículas desses alunos
nas escolas, por exemplo. Segundo o Inep, as matrículas de surdos em classes especiais
caíram, em 5 anos, de aproximadamente 10 milhões para quase 5 milhões, ratificando,
portanto, a falta de preparo das escolas.
Além disso, existe outro desafio que dificulta a formação educacional do surdo: o
preconceito. Ao longo dos anos, a sociedade brasileira foi coagida a um comportamento de
não aceitação do diferente, foi o que Durkheim chamou de fato social, e isso acabou
desencadeando em falta de empatia para com o surdo. Isso quer dizer que, mesmo
sabendo que a inclusão é constitucional, muitas pessoas não se preocupam em integrar o
deficiente de forma a facilitar sua participação nas aulas e a sua autonomia. Sem contar
que ainda existem indivíduos que tratam os surdos de maneira intolerante; é por isso que
muitos sofrem bullying no ambiente educacional.

• D1
• Tópico frasal:
“Apesar desse direito, muitas instituições de educação ainda não o seguem devidamente,
já que não estão preparados para receber os discentes deficientes.”
• Aprofundamento:
“Há poucos - ou mesmo nenhum - profissionais capacitados com Libras e, ainda, faltam
mais salas exclusivas com recursos assistivos para os surdos. Desse modo, o deficiente auditivo
não recebe a atenção que precisa e nem desenvolve suas habilidades físicas, sensoriais,
intelectuais e sociais. Tal problema reflete nas matrículas desses alunos nas escolas, por
exemplo.”

• Fundamentação/comprovação
“O artigo 27 da Constituição Brasileira assegura o aprendizado inclusivo de modo a
garantir o desenvolvimento do surdo.”

“Segundo o Inep, as matrículas de surdos em classes especiais caíram, em 5 anos, de


aproximadamente 10 milhões para quase 5 milhões, ratificando, portanto, a falta de preparo das
escolas.”
• D2
• Tópico frasal:
“Além disso, existe outro desafio que dificulta a formação educacional do surdo: o
preconceito.”

• Aprofundamento:
“Ao longo dos anos, a sociedade brasileira foi coagida a um comportamento de não
aceitação do diferente, foi o que Durkheim chamou de fato social, e isso acabou desencadeando
em falta de empatia para com o surdo. Isso quer dizer que, mesmo sabendo que a inclusão é
constitucional, muitas pessoas não se preocupam em integrar o deficiente de forma a facilitar sua
participação nas aulas e a sua autonomia. Sem contar que ainda existem indivíduos que tratam os
surdos de maneira intolerante; é por isso que muitos sofrem bullying no ambiente educacional.”

• Fundamentação/comprovação:
“foi o que Durkheim chamou de fato social,”

“é por isso que muitos sofrem bullying no ambiente educacional.”


Enem 2017: Leia uma redação que tirou nota
1000
Aluna: Maria Clara Delmas Campos, de 18 anos, aluna do Santo Agostinho, unidade Barra, do Rio
de Janeiro
“Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”
REDAÇÃO:
A formação educacional de surdos representa um desafio para uma sociedade alienada e
segregacionista como a brasileira. O desconhecimento da língua brasileira de sinais — LIBRAS
— e a visão inferiorizante que se tem dos surdos podem acabar por excluí-los de processos
educacionais e culturais e mantê-los marginalizados em relação ao mundo atual. Portanto, esses
desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.
Em primeiro lugar, a pouca abrangência da língua de sinais entre os mais diversos setores da
sociedade faz dela um ambiente inóspito para os deficientes auditivos. Pesquisas corroboradas por
universidades brasileiras e estrangeiras, como a Unicamp e a Universidade de Harvard, atentam
para a importância da linguagem como principal porta para a convivência social, permitindo uma
multiplicidade de interações interpessoais, como as de educação, cultura, trabalho e lazer. Assim,
quando a sociedade se fecha à comunicação por sinais, justificada pela ignorância, aqueles que
dependem dessa linguagem têm dificuldades de obter educação de qualidade e ficam, muitas vezes,
à margem das demais interações sociais.
Além disso, a maioria das escolas brasileiras não incluem os surdos, assim como os demais
portadores de necessidades especiais, em seus programas, estimulando a diferença e o preconceito.
Por mais que a legislação brasileira garanta o ensino inclusivo, a maioria das escolas brasileiras não
possuem estrutura para atender aos deficientes auditivos, principalmente por conta da falta de
profissionais qualificados. A pouca inclusão dos jovens deficientes e não-deficientes valoriza a
diferença entre eles, gerando discriminação e uma sociedade dividida. O renomado geógrafo Milton
Santos dizia que uma sociedade alienada é aquela que enxerga o que separa, mas não o que une seus
membros, algo que se evidencia na exclusão de surdos em todos os níveis de ensino.
Dessarte, visando a uma sociedade mais justa, é mister superar os desafios da educação de
deficientes auditivos. Para que o surdo se integre aos diversos meios sociais, como o educacional,
o MEC deve fazer uma reforma curricular, que contemple o ensino de LIBRAS como obrigatório
em todas as escolas, através de consultas populares na internet para determinação da carga
horária. Ademais, com o intuito de tornar as escolas inclusivas, o MEC e o Ministério do
Trabalho devem prover as escolas de profissionais capacitados, que possam lidar com alunos
surdos através de programas de capacitação profissional oferecidos pelo SESI e SENAC. Dessa
forma, o ensino tornará a sociedade brasileira mais unida.
Lucas Montini conta como obteve 900 na Redaçaõ do ENEM
O estudante Lucas Montini, criador do Curso de Redação em Mapas Mentais e desenvolvedor do
blog @EducaHelp e @VESTMapaMental mostra pra gente como conseguiu 900 em sua Redação
do ENEM 2014.
Após tanto tempo, Lucas decidiu criar um Curso de Redação em Mapas Mentais onde vendeu
muitos exemplares e com certeza ajudará muitos estudantes a almejar o sonho de conseguir ir bem
na Redação no ENEM 2017.
Veja a nota de Lucas no ENEM 2014

Lucas conta que o segredo é você utilizar bem a interdisciplinaridade tanto na Introdução e no
Desenvolvimento, mas principalmente aliar esse conhecimento com a proposta de intervenção na
parte final da Redação.
Veja abaixo algumas imagens do Curso de Redação que Lucas Montini criou:
Para visualizar todas as imagens, clique no link abaixo e seja redirecionado para nosso álbum no
Facebook
Francisco Mora: “É preciso acabar com o
formato das aulas de 50 minutos”
Especialista em Neuroeducação aposta na mudança de
metodologias, mas pede cautela na aplicação da neurociência
na educação

Conéctate

Ana Torres Menárguez

• Twitter

Madri 23 FEV 2017 - 03:47


A neuroeducação, disciplina que estuda como o cérebro aprende, está dinamitando as metodologias
tradicionais de ensino. Sua principal contribuição é que o cérebro precisa se emocionar para
aprender e, de alguns anos para cá, não existe ideia inovadora considerada válida que não contenha
esse princípio. No entanto, uma das maiores referências na Espanha nesse campo, o doutor em
Medicina Francisco Mora, recomenda cautela e adverte que na neuroeducação ainda há mais
perguntas do que respostas.
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Francisco Mora em seu escritório na Faculdade de Medicina da Universidade Complutense. Jaime
Villanueva EL PAÍS
Mora, autor do livro Neuroeducación. Solo se puede aprender aquello que se ama (Neuroeducação.
Só se pode aprender aquilo que se ama), que já atingiu a marca de onze edições desde 2013,
também é doutor em neurociência pela Universidade de Oxford. Começou a se interessar pelo
assunto em 2010, quando participou do primeiro Congresso Mundial de Neuroeducação realizado
no Peru.

MAIS INFORMAÇÕES

• Professor cria método para ajudar aluno a aprender a estudar


• Sim, eu posso acabar com o analfabetismo
• Quer melhorar a qualidade da educação? Não subestime a opinião dos alunos
• Já não basta escolher entre Ciências, Humanas ou Exatas

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Mora argumenta que a educação pode ser transformada para tornar a aprendizagem mais eficaz, por
exemplo, reduzindo o tempo das aulas para menos de 50 minutos para que os alunos sejam capazes
de manter a atenção. O professor de Fisiologia Humana da Universidade Complutense alerta que na
educação ainda são consideradas válidas concepções equivocadas sobre o cérebro, o que ele chama
de neuromitos. Além disso, Mora está ligado ao Departamento de Fisiologia Molecular e Biofísica
da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos.
Pergunta. Por que é importante levar em conta as descobertas da neuroeducação para transformar a
forma de aprender?
Resposta. No contexto internacional há muita fome para ancorar em algo sólido o que até agora são
apenas opiniões, e esse interesse se dá especialmente entre os professores. O que a neuroeducação
faz é transferir a informação de como o cérebro funciona com a melhoria dos processos de
aprendizagem. Por exemplo, saber quais estímulos despertam a atenção, que em seguida dá lugar à
emoção, pois sem esses dois fatores nenhuma aprendizagem ocorre. O cérebro humano não mudou
nos últimos 15.000 anos; poderíamos ter uma criança do paleolítico inferior numa escola e o
professor não perceber. A educação tampouco mudou nos últimos 200 anos e já temos algumas
evidências de que é urgente fazer essa transformação. Devemos redesenhar a forma de ensinar.
P. Quais são as certezas que já podem ser aplicadas?
R. Uma delas é a idade em que se deve aprender a ler. Hoje sabemos que os circuitos neurais que
codificam para transformar de grafema a fonema, o que você lê e o que você diz, não fazem
conexões sinápticas antes dos seis anos. Se os circuitos que permitirão aprender a ler não estão
formados, se poderá ensinar com um chicote, com sacrifício, sofrimento, mas não de forma natural.
Se você começa com seis, em pouquíssimo tempo aprenderá, enquanto que se começar com quatro
talvez consiga, mas com enorme sofrimento. Tudo o que é doloroso tendemos a rejeitar, não
queremos, enquanto aquilo que é prazeroso tentamos repetir.
P. Qual é a principal mudança que o sistema de ensino atual deve sofrer?
R. Hoje estamos começando a saber que ninguém pode aprender qualquer coisa se não estiver
motivado. É necessário despertar a curiosidade, que é o mecanismo cerebral capaz de detectar a
diferença na monotonia diária. Presta-se atenção àquilo que se destaca. Estudos recentes mostram
que a aquisição de conhecimentos compartilha substratos neuronais com a busca de água, alimentos
e sexo. O prazeroso. Por isso é preciso acender uma emoção no aluno, que é a base mais importante
sobre a qual se apoiam os processos de aprendizagem e memória. As emoções servem para
armazenar e recordar de uma forma mais eficaz.
P. Quais estratégias o professor pode usar para despertar essa curiosidade?
Sabemos que para um aluno prestar atenção na aula não basta exigir que ele o faça
R. Ele deve começar a aula com algum elemento provocador, uma frase ou uma imagem que seja
chocante. Romper o esquema e sair da monotonia. Sabemos que para um aluno prestar atenção na
aula não basta exigir que ele o faça. A atenção deve ser evocada com mecanismos que a psicologia e
a neurociência estão começando a desvendar. Métodos associados à recompensa, e não à punição.
Desde que somos mamíferos, há mais de 200 milhões de anos, a emoção é o que nos move. Os
elementos desconhecidos, que nos surpreendem, são aqueles que abrem a janela da atenção,
imprescindível para a aprendizagem.
P. O senhor alertou em várias ocasiões para a necessidade de ser cauteloso em relação às evidências
da neuroeducação. Em que ponto o senhor está?
R. A neuroeducação não é como o método Montessori, não existe um decálogo que possa ser
aplicado. Ainda não é uma disciplina acadêmica com um corpo ordenado de conhecimentos.
Precisamos de tempo para continuar pesquisando porque o que conhecemos hoje em profundidade
sobre o cérebro não é totalmente aplicável ao dia a dia em sala de aula. Muitos cientistas dizem que
é muito cedo para levar a neurociência às escolas, primeiro porque os professores não entendem do
que você está lhes falando e segundo porque não há literatura científica suficiente para afirmar em
quais idades é melhor aprender quais conteúdos e como. Há flashes de luz.
P. O senhor poderia contar alguns dos mais recentes?
R. Estamos percebendo, por exemplo, que a atenção não pode ser mantida durante 50 minutos, por
isso é preciso romper o formato atual das aulas. Mais vale assistir 50 aulas de 10 minutos do que 10
aulas de 50 minutos. Na prática, uma vez que esses formatos não serão alterados em breve, os
professores devem quebrar a cada 15 minutos com um elemento disruptor: uma anedota sobre um
pesquisador, uma pergunta, um vídeo que levante um assunto diferente... Há algumas semanas, a
Universidade de Harvard me encarregou de criar um MOOC (curso online aberto e massivo, na
sigla em inglês) sobre Neurociência. Tenho de concentrar tudo em 10 minutos para que os alunos
absorvam 100% do conteúdo. Nessa linha irão as coisas no futuro.
Francisco Mora, doutor em Medicina e Neurociência. Jaime Villanueva
P. Em seu livro Neuroeducação: Só se pode aprender aquilo que se ama, o senhor adverte sobre o
perigo dos chamados neuromitos. Quais são os mais difundidos?
R. Há muita confusão e erros de interpretação dos fatos científicos, o que chamamos de neuromitos.
Um dos mais generalizados é que utilizamos apenas 10% da capacidade do cérebro. Ainda se
vendem programas de computador baseados nisso e as pessoas acreditam que poderão aumentar
suas capacidades e inteligência para além de suas próprias limitações. Nada pode substituir o lento e
difícil processo do trabalho e da disciplina quando se trata de aumentar as capacidades intelectuais.
Além disso, o cérebro utiliza todos os seus recursos a cada vez que se depara com a resolução de
problemas, com processos de aprendizagem ou de memória.
Outro neuromito é o que fala do cérebro direito e esquerdo e que as crianças deveriam ser
classificadas em função de qual dos dois cérebros é mais desenvolvido nelas. Ao analisar as funções
de ambos os hemisférios em laboratório, constatou-se que o hemisfério direito é o criador e o
esquerdo é o analítico – o da linguagem e da matemática. Extrapolou-se a ideia de que há crianças
com predominância de cérebros direitos ou esquerdos e criou-se o equívoco, o mito, de que há dois
cérebros que trabalham de forma independente, e que se tal separação não for feita na hora de
ensinar as crianças, isso as prejudica. Essa dicotomia não existe, a transferência de informações
entre os dois hemisférios é constante. Se temos talentos mais próximos da matemática ou do
desenho, isso não se refere aos hemisférios, mas à produção conjunta de ambos.
P. A neuroeducação está influindo em outros aspectos do ensino?
R. Há um movimento muito interessante que é o da neuroarquitetura, que visa à criação de escolas
com formas inovadoras que gerem bem-estar enquanto se aprende. A Academia de Neurociências
para o Estudo da Arquitetura, nos Estados Unidos, reuniu arquitetos e neurocientistas para conceber
novos modos de construir. Novos edifícios nos quais, embora seja importante seu desenho
arquitetônico, a luz seja contemplada, assim como a temperatura e o ruído, que tanto afetam o
rendimento mental.
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Colunas

Avaliações que não avaliam: aprovação não é


sinônimo de aprendizagem
infogeekie ·
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O que está por trás de uma avaliação em sala de aula? Ruan Carlos
Nascimento discute como as tradicionais formas de avaliações
podem vir a ser um obstáculo para o aprendizado do aluno. Leia:
.
E mais uma vez, a cena se reconstrói. O professor vai até a sala e informa aos seus alunos: “em
breve teremos nossa avaliação. Estudem para conseguir passar de ano e para não serem
reprovados”. A partir desse comentário, que é tão recorrente, surge uma reflexão: qual seria a
verdadeira função de uma avaliação? Seria um meio de aprovação, reprovação ou de medição do
aprendizado?
Pois bem, se pensarmos na avaliação somente como um meio de aprovação, encontramos uma
justificativa para o grotesco número de analfabetos funcionais existentes. As pessoas que acreditam
nesse método são medianas, pensam apenas na nota e não se importam com a aplicação de
conhecimento no dia a dia. Geralmente, se tornam executores de ações mandadas por outras
pessoas. Para esses indivíduos, o comodismo reina, uma vez que eles têm como único objetivo
atingir a média e é isso que farão para o restante da vida.
Da mesma forma, se formos considerar a avaliação como um meio de reprovação, encontraremos
outro problema. Se analisarmos a construção da palavra “reprovar”, entendemos que a pessoa que
está passando por esse processo está provando algo novamente. Mas se alguma coisa já foi provada,
qual o objetivo de prová-la novamente? É intrigante observar que o sistema atual incita o aluno a
gravar o conteúdo para usá-lo em uma prova que não mede seu conhecimento. E ainda, caso ele não
obtenha o conceito mínimo atribuído da “nota”, ele irá fazer uma nova prova. E, se ainda assim ele
não conseguir, ele repetirá todo esse processo.
.
.

“Se a boa Escola é a que reprova, o bom hospital é o que mata!”


É lamentável ouvir alguém dizer que uma boa escola tem baixos índices de aprovação por causa do
seu método de ensino intensivo, do seu grau de exigência para com o aluno, e que os alunos que
saem de lá aprovados, estão aptos ao mundo. Parafraseando o professor Werneck, vamos imaginar
que um bom hospital seria um hospital que seguisse essa mesma linha do tempo de uma escola que
reprova. Como a diferença entre o tempo de recuperação de cada doença seria desprezada, ele seria
um hospital que mata seus pacientes.
Se julgarmos a avaliação como uma medição do aprendizado, por mais que essa visão seja mais
ampla que as anteriores no ponto de vista educacional, ela não tem muito efeito se essa mensuração
for feita de maneira isolada. As avaliações devem cumprir com a premissa da sua significância, que
é avaliar, medir, quantificar. E com base nisso, devem alimentar um conjunto de informações que,
quando analisadas, possam verificar a aprendizagem.
.

A avaliação versus a aprendizagem


O diagnóstico final sobre a efetividade do aprendizado deve, portanto, considerar como relevante
as ações de estudos e as ações de intensificação de busca de conhecimentos por parte do estudante.
Ainda, deve também ter como base análises de como o conteúdo está sendo compartilhado entre os
docentes e os discentes.
Se tomarmos como ponto de partida uma suposição de que um aluno que teve atribuída a nota de
5.8 em uma avaliação final de português em uma escola na qual a média necessária para a
aprovação é 6.0, rigidamente o aluno ganha o status de reprovado e não está apto a seguir para a
série seguinte. Mas se pararmos para analisar, esses 2 décimos que faltaram para o aluno dependiam
de qual falha? Uma vírgula? Um acento? Ou verbo mal conjugado? Será que realmente um ano
deveria ser analisado a partir de conceitos tão vagos?
Como educador, vejo que se faz necessário que se entenda melhor a avaliação e, principalmente,
que se conheça de fato quais são seus objetivos reais e as ponderações existentes nas análises
obtidas com o resultado do processo. É preciso também que o professor pense em formas de
melhorar ou de reformular seus métodos de abordagem dos assuntos didáticos.
.

* Ruan Carlos Nascimento é formado em Engenharia Mecatrônica pela Unit e Eletromecânica pela IFS. Atualmente, é
educador do SENAI Sergipe no Centro de Educação e Tecnologia Coelho e Campos. Desenvolve estratégias de ensino
para a comunidade PNE e busca interação entre a teoria e o sentido de sua aplicação. Gosta de tecnologias educacionais
e metodologias ativas de foco na aprendizagem.

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