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SINOPSE DO CASE: Análise do pavimento térreo do Prédio Sul do Unidade de Ensino Superior

Dom Bosco, sob a ótica da Acessibilidade e do Desenho Universal.

Danilo Palavra Cruz de Carvalho1


Raissa Muniz2

1 DESCRIÇÃO DO CASO
Visando atender a demanda do Ministério Público do Maranhão, através da 11ª
Promotoria de Justiça Especializada (Promotoria de Defesa das Pessoas com Deficiência),
procederemos a análise a pavimento térreo do Prédio Sul da Unidade de Ensino Superior Dom
Bosco, sob ótica da Acessibilidade e do Desenho Universal. Para tanto a metodologia utilizada será
a APO – Avaliação Pós-Ocupação, através da técnica de percurso guiado (walkthrough) nas
dependências da área referida.
Para levar a cabo a análise buscamos a construção de pressupostos teóricos em dois
eixos: O primeiro tratando da legislação vigente sobre o tema, amparados principalmente na NBR
9050:2015, que trata da acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos,
além da NBR 16537:2016, que normatiza a elaboração de projetos e instalação de pisos táteis, da
Lei 13.146 de 2015, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, da Lei 10.098 de 2000, que promove a
acessibilidade nos mais diversos meios, e finalmente no decreto 5.296 de 2004, "este exigindo que
os estabelecimentos de ensino cumpram algumas determinações de acessibilidade para poder
conseguir a autorização de abertura e funcionamento, como também para renovação de cursos.
Para isso, faz-se necessário que estejam cumprindo com as normas referentes à acessibilidade
arquitetônica, comunicacional e urbanística; que professores, funcionários e alunos com
deficiência possam exercer suas atividades nas mesmas condições que os demais; e que seja
coibida e reprimida qualquer ação discriminatória com relação a essas pessoas" (Decreto nº 5.296,
2004) ; O segundo eixo buscando referências em livros e artigos, como CAMBIAGHI (2007, 2012)
, GEHL (2014), DUARTE(2007), MACHADO e LIMA (2015), e especialmente GARCIA,
BACARIN e LEONARDO (2018), este último nos dá indicações e referências específicas sobre
acessibilidade no sistema de ensino superior, fundamentais neste estudo de caso.
A partir da década de 1990 houveram mudanças importantes nas políticas públicas
voltadas a escolarização de alunos com deficiência, GARCIA, BACARIN E LEONARDO (2018)
apontam que "princípios fundamentais desse processo foram estabelecidos no ano de 1994, na
Conferência Mundial de Educação Especial, que aconteceu em Salamanca, na Espanha, em que se
destaca o direito de todos a uma educação de qualidade e que atenda a suas especificidades,
1 Aluno do 4º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da UNDB.
2 Professora Orientadora
cabendo aos sistemas educacionais elaborarem programas educacionais que favoreçam a
aprendizagem, aprimorando a escola enquanto instituição que promove uma sociedade inclusiva"
(UNESCO, 1994).
Ainda no percurso de fundamentar a compreesão sobre acesso e permanência do aluno
com deficiência ao ensino superior GARCIA, BACARIN E LEONARDO (2018) fazem um
compêndido da legislação específica ao sistema de ensino: Lei nº 9.394/1996 (1996), que normatiza
as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em que um dos capítulos é dedicado à Educação
Especial, o Aviso Circular nº 277/MEC/GM/1996 com os esclarecimentos referentes ao
atendimento desses estudantes nesse nível de ensino, Portaria nº 1.679/1999 (1999), a qual “Dispõe
sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos
de autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições”. Nessa portaria,
são estabelecidas as condições tanto em relação ao espaço físico (adaptações de edificações,
mobiliários, equipamentos urbanos e espaços) e aos recursos materiais (adaptados a cada
deficiência, ex: máquina Braille, eliminação de barreiras arquitetônicas, softwares específicos, entre
outros) quanto aos recursos humanos (ex: intérprete de língua de sinais/língua portuguesa). Uma
vertente a ser destacada, nessa Portaria, é a preocupação com o atendimento dos professores às
especificidades de alunos com deficiência auditiva. No entanto, somente no ano de 2003, na
Portaria nº 3.284, é que se menciona a criação de cargos que ofereçam suporte a esses alunos,
podendo, assim, o intérprete de Língua de Sinais ser regulamentado nas Instituições de Ensino
Superior (Portaria nº 3.284, 2003).
Todas as ações que promovam a permanência de alunos no Ensino Superior, que foram
acima destacadas, foram regulamentadas no Decreto nº 3.298/1999, reafirmando a importância de
oferecer o apoio necessário ao aluno com deficiência de acordo com sua especificidade, inclusive
adaptando as provas e oferecendo tempo adicional na realização delas (Decreto nº 3.298, 1999).
Para a interpolação entre a legislação referente ao sistema de ensino e seu componente
arquitetônico, na busca de uma análise criteriosa do estudo de caso, nos apoiaremos nas definições
da NBR 9050:2015, sendo a norma ampla mais recente sobre acessibilidade aos edifícios em geral.
"Acessível: espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edifcações, transportes,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias ou elemento que possa ser
alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa." (NBR 9050:2015).
"Ajuda técnica: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias,
estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à
participação da pessoa com defciência ou mobilidade reduzida, visando a sua autonomia,
independência, qualidade de vida e inclusão social."(NBR 9050:2015).
"Desenho Universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem
utilizados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específco, incluindo os
recursos de tecnologia assistiva."(NBR 9050:2015).
"Rota Acessível: trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecte os ambientes
externos ou internos de espaços e edifcações, e que possa ser utilizado de forma autônoma e segura
por todas as pessoas, inclusive aquelas com defciência e mobilidade reduzida. A rota acessível pode
incorporar estacionamentos, calçadas rebaixadas, faixas de travessia de pedestres, pisos, corredores,
escadas e rampas, entre outros."(NBR 9050:2015).
"As informações devem ser completas, precisas e claras. Devem ser dispostas segundo o
critério de transmissão e o princípio dos dois sentidos."(NBR 9050:2015).
"Os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem obedecer aos parâmetros desta
Norma quanto às quantidades mínimas necessárias, localização, dimensões dos boxes,
posicionamento e características das peças, acessórios barras de apoio, comandos e características
de pisos e desnível. Os espaços, peças e acessórios devem atender aos conceitos de acessibilidade,
como as áreas mínimas de circulação, de transferência e de aproximação, alcance manual,
empunhadura e ângulo visual, defnidos na Seção 4."(NBR 9050:2015).
CAMBIAGHI (2012) estabelece alguns princípios básicos da arquitetura inclusiva:
• Facilitar para todos e sempre o uso do ambiente ou dos produtos a serem projetados
• Contar com uma amostra representativa de usuários potenciais como participantes dos
processos de elaboração do projeto e de avaliação, com a finalidade de assegurar que os
produtos sejam adequados quanto às características antrompométricas e funcionais, bem
como compatíveis com os hábitos e a cultura dos usuários finais.

CAMBIAGHI (2012) resume que o arquiteto, o urbanista, o designer devem se esforçar
permantetemente para não se basearem em si mesmos como usuários potenciais.

2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO


Diante do estudo proposto e do levantamento teórico prévio, aplicou-se a técnica de avaliação pós-
ocupação, segundo CAMBIAGHI (2012).
2.1 Descrição das decisões possíveis
2.1.1 Rota Acessível.
A - O acesso ao edifício a partir da vaga exclusiva encontra-se inadequada, na mendida em que ali
deveria se iniciar a rota acessível.
B- No acesso direto ao edifício existe um disnível que se configura como barreira arquitetônic
C- A rota acessível se encontra sem manuntenção

D- O controle de acesso se encontra em desacordo com os princípiios do desenho universal


E- O acesso ao pátio pricncial também se encontra em desacordo, por mais que este elemetno
arquitetônico esteja de acordo com a NBR 9050:2015.

F- É promovido um acesso segregado, em uma rampa inadequada sob diversos aspectos da


acessibilidade universal

G – Os quadros de informação e localização se encontram em desacordo com os princípios do


desenho universal
H- A rota acessível se encontra interrompida por usos em diversos pontos, principalmente no
refeitório.

I – Além de todas as limitações existem diversas limitações de serviços, sem pessoal capacitado
para o atendimento da pessoa com deficiência, de maneira que o uso universal e autônomo do local
avaliado encontra-se severamente comprometido.

Para todos os itens levantados


Argumentos:
1. Em desacordo com a NBR 16537:2016
2. Em desacordo com a Lei 13.146 de 2015
3. Em desacordo com o decreto 5.296 de 2004
4. Em desacordo com a Lei nº 9.394/1996
5. Em descordo com a Portaria do MEC nº 1.679/1999
6.Em descordo com "Acessível: espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edifcações,
transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias ou elemento que
possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa."
7. Em desacordo com "Desenho Universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços
a serem utilizados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específco,
incluindo os recursos de tecnologia assistiva."
8. Em desacordo com "Rota Acessível: trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecte os
ambientes externos ou internos de espaços e edifcações, e que possa ser utilizado de forma
autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com defciência e mobilidade reduzida. A
rota acessível pode incorporar estacionamentos, calçadas rebaixadas, faixas de travessia de
pedestres, pisos, corredores, escadas e rampas, entre outros."
9. "Os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem obedecer aos parâmetros desta Norma
quanto às quantidades mínimas necessárias, localização, dimensões dos boxes, posicionamento e
características das peças, acessórios barras de apoio, comandos e características de pisos e desnível.
Os espaços, peças e acessórios devem atender aos conceitos de acessibilidade, como as áreas
mínimas de circulação, de transferência e de aproximação, alcance manual, empunhadura e ângulo
visual, defnidos na Seção 4."
10. Em desacordo com ""As informações devem ser completas, precisas e claras. Devem ser
dispostas segundo o critério de transmissão e o princípio dos dois sentidos."

3 REFERÊNCIAS
NBR 9050:2015 (ABNT)
NBR 16537:2016 (ABNT)
Lei 10.098 de 2000 (BRASIL)
Decreto 5.296 de 2004 (BRASIL)

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