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(CUFORPED)
Elaborado por:
Ifraime Mendes BANDE
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CAPÍTULO I
PEDAGOGIA E ENSINO
1. PEDAGOGIA
A palavra “pedagogia” é derivada de dois radicais da língua grega. Sua origem vem
de PAIDÓS, que significa “criança”. O outro radical é AGOGÉ, que significa “conduzir ou
condução”. De um modo geral, a origem de pedagogia tinha o significado de “conduzir a
criança”, ou seja, ensiná-la e ajudá-la no crescimento.
2. O ENSINO
Ensinar: não é apenas transmitir conhecimentos, mas, primeiro promover
aprendizagem por parte do aluno. É despertar, motivar e interessar a mente do aluno e em
seguida dirigi-la no processo do aprendizado. Não pode haver real ensino sem aprendizagem
por parte do aluno.
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❖ O aluno e suas relações com a igreja (At 2.44).Conhecer o propósito e missão da igreja
local. Compreensão da importância de ser membro da igreja. Trabalhar de coração, em
suas actividades. Fomos salvos para servir (1 Pe 2.9).
❖ O aluno e suas relações consigo mesmo (Fp 1.21; 3.13,14).
❖ O aluno e suas relações com os demais alunos e demais pessoas (Me 12.31).
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O conhecimento das leis do ensino e aprendizagem. Permite ao professor sua utilização a fim de conduzir o
aluno através do desconhecido.
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Para termos uma ideia do papel e do valor dos sentidos no ensino, saiba-se que:
✓ Aprende-se 20% do que se ouve. A voz do professor tem grande influência aqui. Deve ter
a intensidade ideal e ser agradável.
✓ Aprende-se 30% do que se vê. Aqui tem grande importância a iluminação. A arrumação
da sala também influi muito.
✓ Aprende-se 70% do que se examina.
✓ Aprende-se 90% do que se faz ou participa em grupo. Exemplo: cânticos com gestos,
marchas, provas, testes, procura e leitura de versículos, trabalhos manuais, desenhos,
pesquisas, redacções, mapas, etc.
✓ Aprende-se 90% do que se fala. Exemplo: leitura, recitativo de memória, perguntas,
reconstituição da lição, temas desenvolvidos, discussão orientada, mesa redonda,
exposição. Um antigo provérbio chinês, diz: “O que ouço, esqueço; o que vejo, lembro; e
o que faço, aprendo”.
3. Juízo. E uma comparação de ideias ou conceitos. Exemplo: escuto várias músicas e faço
um juízo de que são boas ou más, agradáveis ou desagradáveis, para deleite da alma ou não.
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3. Raciocínio. É uma comparação de juízos. Noutras palavras, é uma conclusão.
Exemplo: Se Jesus deu vista a cegos, curou paralíticos e leprosos e ressuscitou o
filho da viúva de Naim, chego a conclusão que Jesus socorre o homem na tristeza,
no abandono e no sofrimento. (Ver os sentidos espirituais da alma, Hb 5.14)
b) A lei do efeito. O aluno aprende mais facilmente o que lhe causa prazer e satisfação. Um
aluno insatisfeito agirá contrariado. Quando o efeito de uma coisa é agradável, a pessoa
quer repetir a experiência, mas quando é ao contrário, ninguém quer repeti-la. Portanto,
aprende-se mais facilmente o que é agradável, e dificilmente o que é desagradável.
c) A lei do exercício ou da repetição. Esta lei prova que a repetição ajuda a gravar. E a
repetição de um acto que forma o hábito. Uma ferramenta sem uso torna-se enferrujada.
A prática faz a perfeição. Uma verdade bíblica aprendida deve ser praticada, aproveitada
ou aplicada, senão será esquecida (Mt 7.24).
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CAPÍTULO II
O Professor da Escola Dominical
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É o momento de louvor e adoração a Deus. O professor pode aproveitar este momento para
ensinar novos louvores.
3. Período de oração (15 minutos)
Mencione alguns motivos e ore com as crianças. Dê oportunidade para as crianças orarem
sozinhas em voz alta.
4. Explanação da lição (35 minutos)
É o corpo da lição ou aula, segundo o esboço preparado. Primeiro deve começar com a
recapitulação da aula passada, isso para avaliar o nível quer de assimilação das matérias
abordadas, e acima de tudo, para avaliar o quão os alunos estão a ser obedientes a Deus
pondo em prática a palavra.
Dada a lição do dia, é importante que a recapitulação dos pontos e verdades básicas da lição,
seguida de perguntas e respostas.
5. Aplicação da lição (5 minutos)
Uma das partes mais importantes da lição. O conhecimento pessoal adquirido pelo aluno não
será eficaz se não for aplicado. Seu valor vem da sua utilidade imediata ou remota, quando
aplicado pela pessoa que o obteve.
6. Ofertório (5 minutos)
7. Encerramento da lição (5 minutos)
O professor pode deixar alguns anúncios e avisos sobre trabalhos especiais da igreja, etc.
Controle seu tempo! O professor dispõe de apenas 90 minutos para tudo isso, mas é possível
fazer a aula em uma hora e dez minutos.
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Capítulo III
MÉTODOS E ACESSÓRIOS DE ENSINO
5. MÉTODOS DE ENSINO
Métodos de ensino são modos de conduzir ou ministrar a aula e o ensino que se tem
em mira. Método é um caminho na ministração do ensino pelo professor, para este atingir um
determinado alvo na aprendizagem do aluno.
Os métodos de ensino têm por finalidade adaptar a lição ao aluno. Nunca o contrário.
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O Método Audiovisual: a mensagem que se quer transmitir é ouvida e vista,
combinando assim dois poderosos canais de comunicação na aprendizagem. Ela atrai e
domina a atenção, aumentando portanto a retenção. Exemplos de Jesus utilizando este
método: Mateus 6.26 (Olhai para as aves do céu); Mateus 6.28 (Olhai para os lírios do
campo); Marcos 12.15,16 (“Trazei-me uma moeda, para que eu veja. De quem é esta imagem
e inscrição?”); Lucas 9.47 (Tomou uma criança, colocou-a junto a si);
O Método Demonstrativo. É ensinar fazendo. Jesus usou-o. Ele fazia antes de ensinar
(Mt 4.19; 1 Co 11.1). E o método “faça como eu faço”. E o método do exemplo. Os alunos
precisam não somente aprender de Cristo, mas “aprender a Cristo” (Ef 4.20). Todos os
métodos de ensino conduzem às duas coisas quanto ao aluno: impressão e expressão. Isto é,
os métodos visam impressionar a mente e o coração do aluno, para levá-lo a expressar-se
educativamente.
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O Método de Leitura (Lc 4.16;). O professor pode mandar os alunos lerem alguns textos em
suas Bíblias, ou pode simplesmente dar-lhes alguns livros, artigos ou brochuras para lerem. Isto tem
um valor maior do que se pensa. A leitura deve ser cobrada através de um debate sobre o que se leu.
O Método de Tarefas: através desse método pretende-se que o aluno possa aprender
fazendo. É um método ideal para crianças desde a mais tenra idade. Exemplos: • Trabalhos de
pesquisa. • Trabalhos de redacção. • Trabalhos manuais (desenhos, esboços, mapas,
montagens de lições ilustradas, figuras, labirintos, enigmas, palavras cruzadas).
O professor ao aplicar este método, deve dar instruções as mais claras possíveis se quiser ver
resultados satisfatórios.
O Método de Narração. São as histórias. E nesse campo, nada suplanta a Bíblia. Jesus
usou muito este método, apresentando histórias em forma de parábolas, como em Mateus
capítulo 13 (todo). A história é a janela que deixa a luz entrar na mente. A história é para a
criança o que o sermão é para o adulto. Entretanto, este método pode ser aplicado a todas as
idades. Veja o caso de Natan ensinando a David, em 2 Samuel 12.1-4. A história, depois de
narrada, precisa ser aplicada. Exemplos de Jesus usando o método de narração: • O Bom
Samaritano (Lc 10). • A Ovelha Perdida (Lc 15). • As Dez Virgens (Mt 25). • O Filho
Pródigo (Lc 15).
1. Três distintas finalidades de uma história
• Usada como lição em si. • Usada como ilustração em apoio a um tema. • Usada como
introdução de uma lição ou tema.
2. Duas regras básicas para o êxito ao contar histórias
• Conheça de facto a história. • Mentalize a história, mesmo conhecendo-a. • Viva a história;
isto é, “sinta-a” ao contá-la e dramatizá-la.
6. ACESSÓRIOS DE ENSINO
Alguns deles são:
• Quadros, gravuras (especialmente os coloridos).
• Flanelógrafos (de diferentes tipos).
• Projectores de variados tipos (dependendo de custo e finalidades).
• Mapas bíblicos para aula.
• Livros de trabalhos manuais; Lápis de cores, cartolina, etc.
• Modelos (do tabernáculo, do templo de Salomão, de casas orientais, etc.).
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AULA PRÁTICA DE PEDAGOGIA
Com vista a preparar o professor formando do CUFORPED seguem-se abaixo,
algumas actividades práticas a serem desenvolvidas em sede das aulas de pedagogia.
Urge praticarmos três dos métodos aprendidos em sede de aulas, para que o professor
tenha uma ideia clara e mais compreensível da sua aplicação.
Hoje em dia, no lugar da humildade de espírito, encontramos o orgulho em seu mais alto
grau; em lugar de pranteadores, encontramos somente os que buscam os prazeres; em vez de
mansidão, por toda a parte nos cerca a arrogância; ao contrário de fome e sede de justiça, só se ouve
os homens exclamando: “Estou rico de bens, e de nada tenho necessidade”; em vez de misericórdia,
contemplamos a crueldade; ao invés de pureza de coração, abundam os pensamentos corruptos; em
vez de pacificadores, os homens são irascíveis e rancorosos; em lugar de regozijo em face das injúrias,
vemos os homens revidando a afronta com todas as armas ao seu alcance.
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Todas as nossas preocupações e muitas de nossas mazelas físicas originam -se directamente
dos nossos pecados. O orgulho, a arrogância, o ressentimento, os maus pensamentos, a malícia, a
cobiça - essas são as fontes de todas as enfermidades que afligem a nossa carne.
“Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o
meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”(Mt 11.28-30.)
O fardo que pesa sobre a humanidade é grande e esmagador. Esse fardo se localiza em nosso
íntimo. Chega primeiramente ao coração e à mente, e atinge o nosso corpo de dentro para fora.
Primeiramente há o fardo do orgulho. Nosso esforço para resguardar o amor-próprio é realmente
exaustivo. Se procurarmos examinar nossa vida, verificaremos que muitas das nossas aflições têm
origem no facto de alguém ter falado de modo depreciativo a nosso respeito.
Como, então, esperamos ter paz interior? O veemente esforço que o coração envida para
defender-se contra as injúrias, para proteger a sua honra sensível, contra toda opinião desfavorável da
parte de amigos e adversários, jamais permitirá que sua mente goze paz. Se persistirmos nessa luta,
com o passar dos anos, o fardo se tornará simplesmente intolerável. No entanto, os homens
continuam levando essa carga pela vida afora, desafiando cada palavra proferida contra eles,
ressentindo-se contra toda crítica, magoando-se profundamente com a mais leve indiferença,
revolvendo-se insones em seus leitos, se outros forem preferidos em lugar deles.
Todavia ninguém é obrigado a carregar um fardo pesado como esse. O homem manso não se
importa se alguém for maior do que ele, porque há muito compreendeu que as coisas que o mundo
aprecia não são importantes para ele, e não vale a pena lutar por elas. Pelo contrário, desenvolve para
consigo mesmo um interessante senso de humor e passa a dizer: “Ah, então você foi esquecido, hein?
Passaram você para trás, não é? Disseram até que você é um traste sem importância? E agora você
está ressentido porque os outros estão dizendo exactamente aquilo que você mesmo tem dito sobre
si? Ainda ontem você disse a Deus que não representa nada, que é apenas um verme que vem do pó.
Onde está a sua coerência? Vamos, humilhe-se, deixe de preocupar-se com o que os homens pensam.”
O homem manso não é covarde nem vive atormentado por reconhecer sua própria
inferioridade. Pelo contrário, seu espírito é valente como um leão e forte como um Sansão; porém,
deixou de iludir a si próprio. Reconheceu que é correcta a avaliação que Deus faz de sua própria vida.
Compreende que é fraco e necessitado tal como Deus afirmou que ele é; mas, paradoxalmente, ao
mesmo tempo sabe que, aos olhos de Deus, é mais importante que os próprios anjos.
Saiba que o mundo jamais o verá como Deus o vê, e por isso deixa de importar-se com os
conceitos dos homens. Sinta-se plenamente satisfeito em deixar que Deus estabeleça os seus valores.
Se andar em mansidão, ficará satisfeito em permitir que Deus o defenda. Já não precisa lutar para
defender o seu “eu”, porque encontrou a paz que a mansidão proporciona.
Outrossim, ficará livre do fardo do fingimento. Quando digo fingimento, não me refiro à
hipocrisia, mas ao desejo muito comum no homem de mostrar ao mundo o seu lado melhor,
ocultando sua verdadeira pobreza e miséria internas. Pois o pecado tem usado connosco de muitas
artimanhas traiçoeiras, e uma delas foi incutir em nós um falso sentimento de vergonha. Dificilmente
encontramos alguém que queira ser exactamente o que é, sem tentar forjar uma aparência exterior
para o mundo.
O temor de ser descoberto corrói o coração humano. O homem de cultura sente-se perseguido
pelo receio de algum dia aparecer um homem mais culto do que ele. O erudito teme encontrar outro
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mais erudito do que ele. O rico vive preocupado, sempre com receio de que suas roupas, seu
automóvel ou sua casa algum dia pareçam baratos em comparação com as posses de outro homem
mais rico do que ele. Os motivos que impulsionam a chamada “alta sociedade”não são mais nobres
do que esses, e as classes mais pobres, em seu próprio nível, também, não são muito melhores em
suas atitudes.
É justamente às vítimas dessa enfermidade corrosiva que o Senhor Jesus diz: “Deveis tornar-
vos como criancinhas.”Isso porque as criancinhas não fazem comparações dessa natureza, mas
alegram-se naturalmente com aquilo que possuem, sem se incomodar com o que as outras crianças
possam ter. Somente quando se tornam maiores, e o pecado começa a afectar seus corações, é que
aparecem o ciúme e a inveja. Daí por diante são incapazes de desfrutar do que possuem, se alguém
tiver algo maior ou melhor. E desde essa tenra idade o fardo passa a pesar sobre suas almas, e nunca
mais as deixa, até que o Senhor Jesus lhes dê a libertação.
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