Sei sulla pagina 1di 28

ESTRUTURAS DE CONCRETO -

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

VISÃO DAS METODOLOGIAS DE


CÁLCULO

1
SUMÁRIO

1. NORMAS ............................................................................................................................4

2. OBJETIVOS ........................................................................................................................4

3. DEFINIÇÕES IMPORTANTES .......................................................................................4

4. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO .....................6

4.1 CONCRETO ...................................................................................................................6

4.1.1 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO...........................................................................6

4.2 AÇO .................................................................................................................................6

4.2.1 RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO .......................................................................6

5. MÉTODOS PARA ATENDIMENTO DAS EXIGÊNCIAS DE RESISTÊNCIA AO


FOGO ...........................................................................................................................................7

5.1 VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA ESTRUTURAL - MÉTODO TABULAR –


NBR 15200 (ABNT, 2012) ................................................................................................. 10

5.1.1 VIGAS DE CONCRETO......................................................................................... 10

5.1.2 LAJES DE CONCRETO ......................................................................................... 17

5.1.2.1 LAJES SIMPLESMENTE APOIADAS ................................................................ 17

5.1.2.2 LAJES CONTÍNUAS .............................................................................................. 17

5.1.2.3 LAJES LISAS OU COGUMELO ............................................................................ 18

5.1.2.4 LAJES NERVURADAS SIMPLESMENTE APOIADA ARMADA EM 2


DIREÇÕES ............................................................................................................................... 18

5.1.2.5 LAJES NERVURADAS CONTÍNUAS EM PELO MENOS UMA DAS BORDAS


- ARMADA EM 2 DIREÇÕES ............................................................................................... 19

5.1.2.6 LAJES NERVURADAS SIMPLESMENTE APOIADAS - ARMADA EM 1


DIREÇÃO ................................................................................................................................. 19

5.1.3 PILARES DE CONCRETO.................................................................................... 22

2
5.1.3.1 PILARES COM 01 FACE EXPOSTA AO FOGO ............................................... 22

5.1.3.2 PILARES COM MAIS DE UMA FACE EXPOSTA AO FOGO ......................... 22

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 28

3
1. NORMAS

As principais normas relacionadas ao assunto são:


• NBR 14432 (ABNT,2001) - Exigências de resistência ao fogo de
elementos construtivos de edificações – Procedimento.
• NBR 15200 (ABNT,2012) - Projeto de estruturas de concreto em
situação de incêndio;

2. OBJETIVOS

Os objetivos principais de se projetar estruturas em concreto verificadas em


relação às situações de incêndio, são:
a) Possibilitar a fuga dos ocupantes da edificação em condições de
segurança;
b) Proporcionar segurança das operações de combate ao incêndio;
c) Minimizar danos a edificações adjacentes e a infraestrutura pública.

3. DEFINIÇÕES IMPORTANTES

Algumas definições são importantes para o perfeito entendimento dos tópicos a


serem abordados.
• Carga de incêndio: Soma das energias caloríficas que poderiam ser
liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis
em um espaço, inclusive os revestimentos das paredes divisórias, pisos
e tetos;
• Carga de incêndio específica: Valor da carga de incêndio dividido pela
área do piso considerado;
• Compartimentação: Medida de proteção passiva por meio de elemento
vedante, fixos ou móveis, destinados a evitar ou minimizar a propagação
de fogo, calor e gases, interna ou externamente ao edifício, no mesmo
pavimento ou para outros pavimentos e riscos a edifícios vizinhos;
• Estanqueidade: Capacidade de um elemento construtivo de impedir a
ocorrência de rachaduras ou aberturas, através das quais podem passar
chamas e gases quentes capazes de ignizar um chumaço de algodão,
conforme estabelecido nas NBR 5628 e NBR 10636;
o Obs:
 NBR 5628 (ABNT, 2001) - Componentes construtivos
estruturais - Determinação da resistência ao fogo;
 NBR 10636 (ABNT, 1989) - Paredes divisórias sem função
estrutural - Determinação da resistência ao fogo - Método
de ensaio.

4
• Incêndio-padrão: Elevação padronizada de temperatura em função do
tempo, dada pela seguinte expressão:
θg = θo + 345 log (8 t + 1)
Onde:
- t é o tempo, em minutos;
− θo é a temperatura do ambiente antes do início do aquecimento,
em graus Celsius, geralmente tomada igual a 20°C;
- θg é a temperatura dos gases, em graus Celsius, no instante t;

Figura 1. Curva padrão – Temperatura x Tempo

• Incêndio natural: Variação de temperatura que simula o incêndio real,


função da geometria, ventilação, características térmicas dos elementos
de vedação e da carga de incêndio específica;
• Tempo de resistência ao fogo: tempo durante o qual um elemento
estrutural, estando sob a ação do incêndio-padrão não sofre colapso
estrutural;
• Tempo equivalente de resistência ao fogo: Tempo, determinado a
partir do incêndio-padrão, necessário para que um elemento estrutural
atinja a máxima temperatura calculada por meio do incêndio natural
considerado;
• Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF): Tempo mínimo de
resistência ao fogo, de um elemento construtivo quando sujeito ao
incêndio-padrão;
• Isolamento: Capacidade de um elemento construtivo de impedir a
ocorrência, na face que não está exposta ao incêndio, de incrementos

5
de temperatura maiores que 140°C na média dos pontos de medida ou
maiores que 180°C em qualquer ponto de medida;

4. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

As principais propriedades dos materiais que compõem as estruturas de


concreto armado variam de acordo com a elevação da temperatura. A NBR
15200 (ABNT,2012), apresenta essa variação de propriedades.

4.1 CONCRETO

4.1.1 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

fc,θ = kc, θ . fck

Figura 2. Fator de redução da resistência do concreto com agregado silicoso x temperatura (fonte: NBR 15200
(ABNT, 2012))

4.2 AÇO

4.2.1 RESISTÊNCIA AO ESCOAMENTO

fy,θ = ks, θ . fyk

Figura 3. Fator de redução da resistência do aço de armadura passiva x temperatura (fonte: NBR 15200 (ABNT,
2012))

6
5. MÉTODOS PARA ATENDIMENTO DAS EXIGÊNCIAS DE RESISTÊNCIA
AO FOGO

A) Em primeiro lugar é importante classificar o grupo, ocupação e divisão da


edificação em questão. Para isso se faz uso da NBR 14432 (ABNT,2001).

Quadro 1. Classificação das edificações quanto à sua ocupação (Fonte: NBR 14432 – Anexo B – Tabela B.1)

Exemplo 1:
Local: Fabril da Engenharia
Supor para esse exercício:
-Pavimentos: 02;
-Pé direito estrutural: 3,10m
-Área por pavimento: 888m2

7
A) Classificar a edificação quanto à sua ocupação:
Resolução: Analisando o Quadro 1:

Nesse caso seria:


Grupo: D
Divisão: D-1

B) Em seguida, na mesma NBR verifica-se o tempo requerido de resistência ao


fogo (TRRF). Para essa verificação utiliza-se o Quadro 2.

Profundidade do Subsolo Altura da Edificação


Classe S2 Classe S1 Classe P1 Classe P2 Classe P3 Classe P4 Classe P5
Grupo Ocupação Divisão
6m < h ≤ 12m < h ≤ 23m < h ≤
hs > 10m hs ≤ 10m h ≤ 6m h > 30m
12m 23m 30m
A Residencial A-1 a A-3 90 60 (30) 30 30 60 90 120
B Serviços de hospedagem B-1 e B-2 90 60 30 60 (30) 60 90 120
C Comercial varejista C-1 a C-3 90 60 60 (30) 60 (30) 60 90 120
Serviços profissionais,
D D-1 a D-3 90 60 (30) 30 60 (30) 60 90 120
pessoais e técnicos
E Educacional e cultura física E-1 a E-6 90 60 (30) 30 30 60 90 120
Locais de reunião de F-1, F-2, F-5, F-6, F-8 90 60 60 (30) 60 60 90 120
F
público F-3, F-4 e F-7 90 60 *Ver B.1 *Ver B.1 *Ver B.1 30 60
G-1 e G-2 não abertos
90 60 (30) 30 60 (30) 60 90 120
lateralmente e G-3 a G-5
G Serviços automotivos
G-1 e G-2 abertos
90 60 (30) 30 30 30 30 60
lateralmente
Serviços de saúde e
H H-1 a H-5 90 60 30 60 60 90 120
institucionais
I-1 90 60 (30) 30 30 60 90 120
I Industrial
I-2 120 90 60 (30) 60 (30) 90 (60) 120 (90) 120
J-1 90 60 (30) 30 30 30 30 60
J Depósito
J-2 120 90 60 60 90 (60) 120 (90) 120

Quadro 2 – Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) em minutos (Fonte: NBR 14432 - Anexo A –
Tabela A.1)
Obs: Os tempos entre parênteses podem ser usados em subsolo nos quais a área bruta de cada pavimento seja ≤ 500
m2 e em edificações nas quais cada pavimento acima do solo tenha área menor ou igual a 750 m2.

Resolução:
Para Divisão D-1 e altura total da edificação = 6,2m, se obtém:
TRRF: 60minutos

B.1) EXCEÇÕES E CONSIDERAÇÕES


Obs1: As isenções a seguir não se aplicam às edificações cujos ocupantes tenham
restrição de mobilidade, como no caso de hospitais, asilos e penitenciárias;
Obs2: Todas as edificações abrangidas na NBR 14432 (ABNT, 2001) devem possuir
saídas de emergência dimensionadas conforme a NBR 9070 (ABNT, 2001) – Saídas
de emergência em edifícios.

8
A NBR 14432 (ABNT, 2001) isenta do atendimento aos requisitos de
resistência ao fogo, as edificações que apresentem as seguintes
condições:
Edificações com área total menor ou igual a 750m2

Edificações com até dois pavimentos cuja área total seja ≤ 1.500m2 e carga de incêndio específica ≤ a 1.000
MJ/m2
Estádios, ginásios e piscinas cobertas
F-3 Centros esportivos
com arquibancadas, arenas em geral
Estações e terminais Estações rodoferroviárias, aeroportos,
Edificações pertencentes às divisões F-3, F-4 e F-4
de passageiros estações de transbordo e outros
F-7 das classes P1 a P3, exceto as regiões de Construções
F-7 Circos e assemelhados
ocupação distinta (nestas regiões devem ser provisórias
respeitados os valores fornecidos no Quadro 2) P1 h ≤ 6m
P2 6m < h ≤ 12m
P3 12m < h ≤ 23m
Garagens sem acesso
G-1 de público e sem Garagens automáticas
Edificações pertencentes às divisões G-1 e G-2, abastecimento
das classes P1 a P4, abertas lateralmente, com Garagens com acesso Garagens coletivas sem automação, em
G-2 de público e sem geral, sem abastecimento (exceto
estrutura em concreto armado ou protendido ou abastecimento veículos de carga e coletivos)
em aço que atenda às condições construtivas do P1 h ≤ 6m
anexo D da NBR 14432 P2 6m < h ≤ 12m
P3 12m < h ≤ 23m
P4 23m < h ≤ 30m
Depósitos sem risco de incêndio
Depósitos de baixo expressivo. Edificações que armazenam
J-1
Edificações pertencente à divisão J-1 das risco de incêndio tijolos, pedras, areias, cimentos, metais
e outros materiais incombustíveis
classes P1 a P4, com estrutura em concreto P1 h ≤ 6m
armado ou protendido ou em aço P2 6m < h ≤ 12m
P3 12m < h ≤ 23m
P4 23m < h ≤ 30m

Edificações térreas, estão isentas do atendimento aos requisitos de


resistência ao fogo exceto quando:
A cobertura da edificação tiver função de piso, mesmo que seja para saída de emergência
A estrutura da edificação, a critério do responsável técnico pelo projeto estrutural, for essencial à estabilidade
de um elemento de compartimentação
A edificação não tiver uso industrial, mas apresentar carga de incêndio específica superior a 500 MJ/m2
(excluem-se desta regra os depósitos)
**Caso a edificação seja provida de chuveiros automáticos ou tiverem área ≤ 5.000m2 com pelo menos 02 fachadas de
aproximação que perfaçam no mínimo 50% do perímetro, permanece a isenção de requisitos de incêndio na estrutura
A edificação tiver uso industrial, com carga de incêndio específica superior a 1 200 MJ/m2, observados os
critérios de compartimentação constantes nas normas brasileiras em vigor ou, na sua falta, regulamentos de
órgãos públicos
**Caso a edificação seja provida de chuveiros automáticos ou tiverem área ≤ 5.000m2 com pelo menos 02 fachadas de
aproximação que perfaçam no mínimo 50% do perímetro, permanece a isenção de requisitos de incêndio na estrutura
a edificação for utilizada como depósito com carga de incêndio específica superior a 2 000 MJ/m2,
observados os critérios de compartimentação constantes nas normas brasileiras em vigor ou, na sua falta,
regulamentos de órgãos públicos
**Caso a edificação seja provida de chuveiros automáticos ou tiverem área ≤ 5.000m2 com pelo menos 02 fachadas de
aproximação que perfaçam no mínimo 50% do perímetro, permanece a isenção de requisitos de incêndio na estrutura

Resolução:
Como a edificação em questão não se enquadra em nenhuma das exceções,
permanece o valor anteriormente obtido:
Para Divisão D-1 e altura total da edificação = 6,2m, se obtém:
TRRF: 60minutos

9
C) Os caminhos para atendimento às exigências de resistência ao fogo são:

MÉTODOS PARA ATENDIMENTO DAS


EXIGÊNCIAS DE RESISTÊNCIA AO FOGO

Aplicação de materiais de Aplicação de materiais de proteção


proteção capazes de capazes de garantir a resistência ao Verificação da
garantir a resistência ao fogo calculada de acordo com métodos segurança estrutural do
fogo de acordo com o específicos (Ex: Método de Gretener elemento construtivo
Quadro 2. ou Método do Tempo Equivalente).
Esses métodos avaliam a edificação
como um todo levando em
consideração compartimentação,
cargas de incêndio, etc.

Usualmente se realiza a verificação estrutural do elemento construtivo


baseado em Métodos Normatizados.
Desse modo a NBR 15200 (ABNT, 2012) apresenta O MÉTODO TABULAR.

5.1 VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA ESTRUTURAL - MÉTODO TABULAR


– NBR 15200 (ABNT, 2012)

Neste método, se deve atender às dimensões mínimas apresentadas em


tabelas específicas, em função do tipo de elemento estrutural e do TRRF,
respeitando-se as limitações indicadas, principalmente, a distância entre o eixo
da armadura longitudinal e a face do concreto exposta ao fogo (c1).

Os ensaios mostram que em situação de incêndio as peças de concreto


rompem usualmente por flexão ou flexo-compressão e não por cisalhamento.
Por isso, considera-se apenas a armadura longitudinal nesse critério.

5.1.1 VIGAS DE CONCRETO

Na verificação de vigas pelo método tabular da NBR 15200 (ABNT, 2012)


deve-se considerar apenas a armadura longitudinal, visto que ensaios
mostraram que o rompimento de peças de concreto em situação de incêndio
ocorre normalmente por flexão ou por flexo-compressão. Nesse método de
dimensionamento, basta atender às dimensões mínimas, organizadas em
tabelas, exigidas em função do Tempo Requerido de Resistência ao Fogo
(TRRF).

As tabelas apresentadas para as dimensões mínimas de vigas e valor c1 das


armaduras inferiores, foram elaboradas considerando as seguintes premissas:
• As vigas sofrem aquecimento em 03 lados, sob laje;
• É permitido utilizar os valores das tabelas considerando vigas aquecidas
em 04 lados desde que hVIGA ≥ bmin e ASEÇÃO DA VIGA ≥ 2 x bmin2;

10
• Em vigas com somente 01 camada de armadura inferior e b = bmín,
acrescentar 10mm em c1l
Os parâmetros de verificação são apresentados na Figura 4.

b
Figura 4. Distâncias c1 e c1L

Quando as barras da armadura forem dispostas em várias camadas*, a


distância média à face do concreto (c1m) deve respeitar o valor de c1min
requerido. O valor de c1m deve ser o menor valor dentre os valores indicados
nas expressões:

Onde:
C1hi = distância da barra i, de área Asi, à face lateral mais próxima (cm);
C1vi = distância da barra i, de área Asi, ao fundo da viga (cm);
C1m = distância média à face do concreto para a armadura disposta em
camadas (cm);

Figura 5. Distâncias da barra i à face lateral mais próxima (c1hi) e ao fundo da viga (c1vi)

*Nota: É entendido como camadas, tanto as armaduras sobre as outras, quanto


as armaduras dispostas entre as de canto, no sentido horizontal.

11
Combinações de bmin/c1
TRRF mm/mm bwmin
min 1 2 3 4 mm

30 80/25 120/20 160/15 190/15 80


60 120/40 160/35 190/30 300/25 100
90 140/60 190/45 300/40 400/35 100
120 190/68 240/60 300/55 500/50 120
180 240/80 300/70 400/65 600/60 140
Valores de c1 para armadura passiva. Para armaduras ativas acrescentar 10mm para barras e
15mm para fios e cordoalhas.
Quadro 3. Dimensões mínimas para vigas biapoiadas (Fonte: NBR 15200 (ABNT, 2012))

Combinações de bmin/c1
TRRF mm/mm bwmin
min 1 2 3 4 mm

30 80/15 160/12 - - 80
60 120/25 190/12 - - 100
90 140/37 250/25 - - 100
120 190/45 300/35 450/35 500/30 120
180 240/60 400/50 550/50 600/40 140
Valores de c1 para armadura passiva. Para armaduras ativas acrescentar 10mm para barras e
15mm para fios e cordoalhas.
**Os valores indicados nesse quadro só podem ser utilizados se o coeficiente de redistribuição
dos momentos à temperatura ambiente respeitar os limites estabelecidos no ítem 14.6.4.3 da
NBR6118, caso contrário se deve considerar o quadro 3.
Quadro 4. Dimensões mínimas para vigas contínuas (Fonte: NBR 15200 (ABNT, 2012))

Para vigas contínuas com TRRF ≥ 90 min, a área de armaduras negativas


entre a linha de centro do apoio e 0,3 ℓef não pode ser menor do que:

As,calc (x) = As,calc (0) ⋅ (1 – 2,5 x/ℓef)

Figura 6. Envoltória de momentos fletores

Onde,

x é a distância entre a linha de centro do apoio e a seção considerada;

12
As,calc (x) é a mínima área de armaduras negativas na seção localizada na
distância “x”;
As,calc (0) é a área de armaduras negativas calculada conforme NBR 6118;
ℓef é o comprimento efetivo do vão da viga determinado conforme NBR 6118.

Exemplo 2:
Local: Fabril da Engenharia
Supor para esse exercício:
-Pavimentos: 02;
-Pé direito estrutural: 3,10m
-Área por pavimento: 888m2

Figura 7. Fabril do Investimento – lado IEMM- Planta de formas parcial – Teto do térreo

Figura 8. Fabril do Investimento – lado IEMM- Planta de formas parcial – Teto do térreo – detalhe V9

13
Figura 9. Fabril do Investimento – lado IEMM- Planta de formas parcial – Teto do térreo – Armação V9

Figura 10. Fabril do Investimento – lado IEMM- Planta de formas parcial – Teto do térreo – Armação V9 –
Estribo e cobrimento

B) Analisar os tramos a. b e c da viga V9 (teto do térreo) em


relação à resistência ao fogo.
Resolução:
Já foi verificado o TRRF: 60minutos
Por se tratar de viga contínua, edificação antiga e não temos a cert1eza que os
coeficientes de redistribuição dos momentos à temperatura ambiente
respeitam os limites estabelecidos no ítem 14.6.4.3 da NBR6118será
considerada a análise do quadro 3:
Combinações de bmin/c1
TRRF mm/mm bwmin
min 1 2 3 4 mm

30 80/25 120/20 160/15 190/15 80


60 120/40 160/35 190/30 300/25 100
90 140/60 190/45 300/40 400/35 100
120 190/68 240/60 300/55 500/50 120
180 240/80 300/70 400/65 600/60 140
Valores de c1 para armadura passiva. Para armaduras ativas acrescentar 10mm para barras e
15mm para fios e cordoalhas.
Quadro 3. Dimensões mínimas para vigas biapoiadas (Fonte: NBR 15200 (ABNT, 2012))

14
As dimensões da V9 são: 200/550mm
a) Análise do tramo “a”

200

150

Figura 11. Armação V9 – tramo “a”

Interpolando:
60 120/40 160/35 190/30 300/25 100

= → =

-110c1 + 2.750 = -500 → 110c1 = 3.250

c1 = 29,54mm ou 2,95cm

O valor de c 1 existente para V9 é:

c1m hor = (2,5 + 0,63 + 0,625)*3*As + (3,76+3,123)*2*As / 5*As =

3,76*3*As + 6,88*2*As / 5*As = 5cm

c1m ver = (3,76)*4*As + (3,76+3,25)*1*As / 5*As = 4,41cm (Adota-se o menor


valor)
(4,41cm > 2,95cm = ok!!!!)

15
b) Análise do tramo “b”

200

150

Figura 12. Armação V9 – tramo “b”

c1 = 2,95cm

O valor de c 1 para V9 é:

c1m hor = (3,76)*2*As / 2*As = 3,76cm

c1m ver = (3,76)*2*As / 2*As = 3,76cm (Adota-se o menor valor)


(3,76cm > 2,95cm = ok!!!!)

c) Análise do tramo “c”

200

150

Figura 13. Armação V9 – tramo “c”

Como o tramo “c” é idêntico ao tramo anterior, fica valendo os cálculos já


realizados.
(3,76cm > 2,95cm = ok!!!!)

16
5.1.2 LAJES DE CONCRETO

Na verificação de lajes por esse método se deve atender às dimensões


mínimas, organizadas em tabelas, exigidas em função do Tempo Requerido de
Resistência ao Fogo (TRRF).
Os valores de h indicado nos Quadros abaixo são os mínimos para garantir a função
corta-fogo

5.1.2.1 LAJES SIMPLESMENTE APOIADAS

Quadro 5. Dimensões mínimas para lajes simplesmente apoiadas (Fonte: NBR 15200 (ABNT, 2012))

5.1.2.2 LAJES CONTÍNUAS

Quadro 6. Dimensões mínimas para lajes contínuas (Fonte: NBR 15200 (ABNT, 2012))

**Os valores indicados nesse quadro só podem ser utilizados se o coeficiente


de redistribuição dos momentos à temperatura ambiente respeitar os limites
estabelecidos no ítem 14.6.4.3 da NBR6118, caso contrário o valor de c1 deve
considerar o quadro 5.

17
5.1.2.3 LAJES LISAS OU COGUMELO

Quadro 7. Dimensões mínimas para lajes lisas ou cogumelo (Fonte: NBR 15200 (ABNT, 2012))

**Os valores indicados nesse quadro só podem ser utilizados se o coeficiente


de redistribuição dos momentos à temperatura ambiente respeitar os limites
estabelecidos no item 14.6.4.3 da NBR6118, caso contrário se deve considerar
o quadro 5 referente às lajes armadas em apenas 01 direção e h conforme
quadro 7.

5.1.2.4 LAJES NERVURADAS SIMPLESMENTE APOIADA ARMADA EM 2


DIREÇÕES

Quadro 8. Dimensões mínimas para lajes nervuradas simplesmente apoiadas – armada em 2 direções (Fonte:
NBR 15200 (ABNT, 2012))

18
5.1.2.5 LAJES NERVURADAS CONTÍNUAS EM PELO MENOS UMA DAS
BORDAS - ARMADA EM 2 DIREÇÕES

Quadro 9. Dimensões mínimas para lajes nervuradas contínuas em pelo menos uma das bordas – armada e, 02
direções (Fonte: NBR 15200 (ABNT, 2012))

5.1.2.6 LAJES NERVURADAS SIMPLESMENTE APOIADAS - ARMADA EM


1 DIREÇÃO

Quadro 10. Dimensões mínimas para lajes nervuradas armada em 1 direção (Fonte: NBR 15200 (ABNT, 2012))

**O Quadro 10 se aplica somente às nervuras. Para a capa se deve utilizar o


Quadro 5 – coluna referente às lajes armadas em apenas 01 direção.

Exemplo 3:
Local: Fabril da Engenharia
Supor para esse exercício:
-Pavimentos: 02;
-Pé direito estrutural: 3,10m
-Área por pavimento: 888m2

19
Figura 14. Fabril do Investimento – lado IEMM- Planta de formas parcial – Teto do térreo

Figura 15. Fabril do Investimento – lado IEMM- Planta de formas parcial – Teto do térreo – detalhe V9

Figura 16. Fabril do Investimento – lado IEMM- Planta de formas parcial – armação das lajes 15 e 16 - Teto do

20
Figura 17. Fabril do Investimento – lado IEMM- Armação das lajes – Teto do térreo – cobrimento e espessura

A) Analisar os lajes L15 e L16 (teto do térreo) em relação à resistência


ao fogo.
Resolução:
Já foi verificado o TRRF: 60minutos

Como não se tem certeza sobre o modelo de cálculo considerado (laje


simplesmente apoiada ou contínua) será utilizado quadro 5 (simplesmente
apoiada) para a verificação.

a) Análise da laje L15


Sendo ly=maior lado, se tem:

Ly/lx = 710/350 = 2,03 → Laje armada em 01 direção

c1 = 20mm ou 2,0cm e hmin=8,0cm

c1 existente = 15 + 6,3/2 = 18,15mm ou 1,82cm

Como 1,82 < 2,0cm (não ok!!!)

21
Mesmo com a espessura da laje (h=100mm) maior que o mínimo necessário, se

concluí que o coeficiente c1 está fora dos critérios mínimos de norma, e a laje

L15 não se enquadra aos requisitos de norma.

b) Análise da laje L16


Essa laje apresenta o mesmo dimensionamento e conclusão da laje anterior

5.1.3 PILARES DE CONCRETO

Na verificação dos pilares se deve atender às dimensões mínimas, organizadas


em tabelas, exigidas em função do Tempo Requerido de Resistência ao Fogo
(TRRF).

5.1.3.1 PILARES COM 01 FACE EXPOSTA AO FOGO

Quadro 11. Dimensões mínimas para pilares com uma face exposta ao fogo (Fonte: NBR 15200 (ABNT, 2012))

5.1.3.2 PILARES COM MAIS DE UMA FACE EXPOSTA AO FOGO

Essa formulação é adequada a estruturas de nós fixos. Entretanto, ela pode ser
empregada nos casos de estruturas em que os deslocamentos não lineares (2ª
ordem) devido ao desaprumo puderem ser desconsiderados em situação de
incêndio. Em qualquer caso, os efeitos globais de 2ª ordem à temperatura
ambiente não podem ultrapassar 30 % dos respectivos esforços de 1ª ordem
(por exemplo, γz ≤ 1,3).

Onde:
67 = componente de resistência ao fogo dependente do nível de carregamento;
68 = componente da resistência a fogo dependente da localização das barras
dentro da seção transversal de concreto do pilar;
69 = componente da resistência ao fogo dependente do comprimento efetivo do
pilar;
6: = componente da resistência ao fogo dependente da largura efetiva da
seção do pilar;
6; = componente da resistência ao fogo dependente da quantidade de barras
no pilar.

22
Para o uso dessa expressão é necessário atender às seguintes condições:

<=
• ≤ 0,04;
<
- >? = área total das armaduras na seção (cm²);
- Ac = área da seção (cm²)

• 25mm ≤ c1 ≤ 80mm;
• b` ≥ 190mm
• e ≤ 0,15b
- "@" é a excentricidade de primeira ordem da força normal atuante em
situação de incêndio, que pode ser assumida igual à excentricidade de
primeira ordem da força normal atuante à temperatura ambiente,
desconsiderando o efeito das forças decorrentes do vento.
O valor da excentricidade pode ser obtido pela expressão:
,A BC=D
e=
,A EC=D
-Mosd = valor de cálculo do momento fletor de 1ª ordem à temperatura
ambiente;
-Nosd = valor de cálculo da força normal de compressão de 1ª ordem à
temperatura ambiente.
A NBR 6118 (ABNT, 2014), indica como excentricidade mínima de 1ª
ordem, o valor:
ei,mín = (0,015 + 0,03h) = excentricidade mínima (em metros).
h = altura total da seção transversal na direção considerada (em metros);
• ℓef,fi ≤ 6 metros.

67 – Definição do valor:
E=D,FG
Rμ = 83 (1 – μfi ) e μfi =
EHD

NSd,fi = valor de cálculo da força axial em situação do incêndio;


NRd = valor de cálculo da força normal resistente do pilar calculado de acordo
com a ABNT NBR 6118, com ɣm à temperatura ambiente, incluindo os efeitos
da não linearidade geométrica (2ª ordem) e desconsiderados os efeitos das
forças decorrentes do vento.

A NBR 15200 (ABNT, 2012) em seu ítem 8.1 permite que a solicitação em
situação de incêndio Sd,fi seja tomado como 0,70 da solicitação de cálculo à
temperatura ambiente Sd, ou seja, Sd,fi = 0,70 Sd.
Então :
,A IJ
μfi =
EHD
Considerando por segurança Nsd = NRd, obtem μfi = 0,70 e Rμ = 24,9

68 – Definição do valor:

R8 = 1,60 (c1 – 30), c1 em mm;

23
c1 pode ser definido conforme já visto para as vigas.

69 – Definição do valor:

Rℓ = 9,60 (5 – ℓef,fi ), ℓef,fi = comprimento equivalente do pilar em situação de


incêndio (m). Pode ser considerado igual ao da temperatura ambiente, ℓe.

6: – Definição do valor:
Rb = 0,09 b' → para 190 mm ≤ b' ≤ 450mm;

Rb = 40,5 → para b' > 450mm;

:′ é a largura efetiva da seção transversal, (mm)

Ac é a área da seção transversal do pilar, (mm²);


b é a menor dimensão da seção transversal do pilar, (mm);
h é a maior dimensão da seção transversal do pilar, (mm);

6; – Definição do valor:

; é a quantidade de barras longitudinais na seção transversal do pilar.


Exemplo 4:
Local: Fabril da Engenharia
Supor para esse exercício:
-Pavimentos: 02;
-Pé direito estrutural: 3,10m
-Área por pavimento: 888m2

A) Analisar os pilares P21 e P22 no térreo em relação à resistência ao


fogo.

As figuras a seguir apresentam a posição dos pilares. Será considerada a ação


do fogo nos 4 lados. A seção do pilar é 40x40cm. O cobrimento das armaduras
dos pilares é de 30mm.

24
Figura 18. Fabril do Investimento – lado IEMM- Planta de formas parcial – Teto do térreo

Figura 19. Fabril do Investimento – lado IEMM- Planta de formas parcial – Teto do térreo – detalhe V9

Figura 20. Fabril do Investimento – armadura dos pilares P21 e P22 (fonte: B9361FX06055)

Resolução:
Já foi verificado o TRRF: 60minutos

25
Como se trata de fogo nas 04 faces do pilar, será aplicada a equação:

Durante o cálculo dos coeficientes deverá ser verificado o atendimento aos


requisitos de uso da equação:
<=
 ≤ 0,04;
<
16*0,785 / 40*40 = 12,56 / 1600 = 0,008 (ok!!)

 e ≤ 0,15b
ei,mín = (0,015 + 0,03h) = (0,015 + 0,03 *0,4) = 0,027m ou 2,7cm
0,15b = 0,15*40 = 6cm
2,7<6cm (ok!!!)

 ℓef,fi ≤ 6 metros.
ℓef,fi = 3,10m (ok!!!)

a) Rμ = 24,9
b) 68

R8 = 1,60 (c1 – 30), c1 em mm;

79,4mm

Como a armadura é igual no 4 lados, faremos a verificação


de c1 para uma face:
c1xm= ((3+0,63+0,5)*0,785*5) +
(3+0,63+0,5+7,94)*0,785*2 +
(3+0,63+0,5+7,94+7,94)*0,785*1) / 8*0,785 =
c1xm= (16,21 + 18,95 + 20,01) / 6,28
c1xm= 8,79cm = 87,9mm
c1my= ((3+0,63+0,5)*0,785*5 +
(3+0,63+0,5+7,94)*0,785*2 +
(3+0,63+0,5+7,94+7,94)*0,393*2 )/8*0,785 =

26
c1m = (16,21 + 18,95 + 15,73) / 6,28 = 8,10 = 81mm
 25mm ≤ c1 ≤ 80mm;
Como c1m > 80mm, considerar c1=80mm
R8 = 1,60 (c1 – 30), c1 em mm
Ra = 1,60 (80 – 30)
Ra = 80

c) Rℓ
Rℓ = 9,60 (5 – ℓef,fi )
Rℓ = 9,60 (5-3,10)
Rℓ = 18,24
d) R:

Rb = 0,09 b' → para 190 mm ≤ b' ≤ 450mm;

Rb = 40,5 → para b' > 450mm;

:′ é a largura efetiva da seção transversal, (mm)

Ac é a área da seção transversal do pilar, (mm²);


b é a menor dimensão da seção transversal do pilar, (mm);
h é a maior dimensão da seção transversal do pilar, (mm);

h = 400mm
1,5b = 600mm, então h < 1,5b, então:
L .
b` = 2 = 400,
M NM
 b` ≥ 190mm (ok)
como 190 mm ≤ b' ≤ 450mm,
Rb = 0,09 b' = 0,09 *400
Rb = 36
e) R;

; = 16, então:

R; = 12

27
M, N O N O, MN L N
TRF = 120 ( )1,8 = 227,35 minutos

Como o TRF calculado (227,35) > 60 minutos, os pilares


avaliados atendem à condição de resistência ao fogo.

6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• ABNT NBR 14432. Exigências de resistência ao fogo de elementos


construtivos de edificações - Procedimento. Rio de Janeiro, 2001.

• ABNT NBR 15200. Projeto de estruturas de concreto em situação de


incêndio. Rio de Janeiro, 2012.

• ABNT NBR 9070. Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro,


2012.

• ABNT NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. Rio


de Janeiro, 2014.

28

Potrebbero piacerti anche