Sei sulla pagina 1di 8

Universidade Federal de Goiás - Ciências Sociais

Curso: Ciências Sociais


Disciplina: Teoria Econômica
Período: 2° segundo 2018/2
Professor: Dr. José de Lima Soares
Aluno: Alunos: Antonio D. Dias, Dandara Fernandes, Iasnaia Poliana, Max
Prado, Karina F. Paz, Geovana da Silva

O Capital - A Jornada de Trabalho


MARX, Karl

Catalão
Novembro - 2018
2

1. Os Limites da Jornada de Trabalho

Na compra e venda de mercadoria, o valor é em cima do trabalho


necessário, na venda da mão-de-obra também, sendo o valor medido pela
necessário a vitalidade do trabalhador. A grandeza total da jornada de trabalho
é medida tanto pelo “necessário”, quanto pela variação do mais-trabalho.

O limite mínimo da jornada de trabalho seria as horas necessárias para


que o trabalhador produzisse o equivalente à sua subsistência, dentro de uma
lógica capitalista, isso não deve ocorrer; o limite máximo esbarra nas
necessidades físicas e sociais do trabalhador. O capitalista compra a força de
trabalho e com ela busca a essência do capital: aumentar o valor do capital. “O
tempo durante o qual o trabalhador trabalha é o tempo durante o qual o
capitalista consome a força de trabalho que comprou. Se o trabalhador consome
seu tempo disponível para si, então rouba ao capitalista. O capitalista, uma vez
que comprou a força de trabalho e agora ela lhe pertence, procurar tirar dela o
maior proveito de seu valor de uso possível, até mesmo transformar uma jornada
de trabalho em duas.

O vendedor da mercadoria “força de trabalho”, encontra-se no direito de


negociar o valor de seu produto, por outro lado, o comprador (o capitalista) vê-
se no direito de fazer o que bem entende com a mercadoria que acaba de
comprar. E assim a regulamentação da jornada de trabalho apresenta-se na
história da produção capitalista como uma luta ao redor dos limites da jornada
de trabalho — uma luta entre o capitalista coletivo, isto é, a classe dos
capitalistas, e o trabalhador coletivo, ou a classe trabalhadora.

2. A Avidez por Mais-Trabalho Fabricante e Boiardo

O mais trabalho sempre existiu, “E assim a regulamentação da jornada de


trabalho apresenta-se na história da produção capitalista como uma luta ao redor
dos limites da jornada de trabalho — uma luta entre o capitalista coletivo, isto é,
a classe dos capitalistas, e o trabalhador coletivo, ou a classe trabalhadora.
Trabalho necessário VS trabalho excedente. No primeiro conceito trata-se do
tempo “necessário” a subsistência da força de trabalho, porém a produção para
3

o capitalista, caminha lado a lado (são processos de produção simultâneos); no


segundo caso, o tempo é inteiramente dedicado a produção de mais-valia, trata-
se do período após o "trabalho necessário" (sucessão). O trabalho excedente é
elástico; um ano de trabalho, 12 meses, pode virar 13, através de “furtos” de
tempo de trabalho.

As legislações legitimam o mais-trabalho, porém não o sobretrabalho.


Mesmo sendo legalmente incorreto, o lucro a partir daí é tão grande, que caso
seja pego e tenha que pagar multa, ainda assim o capitalista obtém lucro. A
esses “pequenos furtos” pelo capital do tempo das refeições e do tempo de
descanso dos trabalhadores chamam os inspetores também de “petty pilferings
of minutes”, pequenas furtadelas de minutos, “snatching a few minutes”,
escamotear minutos, 375 ou, como os trabalhadores os denominam
tecnicamente, “nibbling and cribbling at meal times”.

“Vê-se que nessa atmosfera a formação de mais-valia por meio do mais


trabalho ”

3. Ramos da Indústria Inglesa sem Limite Legal da Exploração

Esta seção do capítulo narra sobre as péssimas condições de trabalho as


quais os trabalhadores eram submetidos, sobretudo na Inglaterra. Compõe
essas condições desumanas de trabalho as longas horas de trabalho (muitas
das vezes sem pausa para as refeições), falta de tempo para descanso (tanto
físico quando psicológico), insalubridade no local de trabalho, etc. O objetivo do
capitalista, é ter a produção parada o mínimo de tempo possível, argumentando
que poderia ter prejuízo caso suas maquinas ficassem sem produzir por alguns
instantes (sobretrabalho). São expostos relatos sobre algumas
fabricas/manufaturas.

4.Trabalho Diurno e Noturno. O Sistema de Revezamento

Só o mais trabalho e o sobretrabalho não são suficientes, a produção não


pode parar, usa-se o sistema de dois turnos (diurno e noturno) Revezamento do
4

turno da jornada; uso exacerbado da mão-de-obra de jovens, anti-


regulamentação do trabalho noturno usar adultos no o turno da noite seria um
aumento de custo para o capitalista, isso ele considera um absurdo, sendo que
o trabalho do adulto em momento nenhum traz mais lucro, apenas custa mais
caro. Os jovens deveriam trabalhar durante a noite para aprender melhor os
ofícios, tendo em vista que durante o dia não seria possível.

5. A Luta pela Jornada Normal de Trabalho. Leis compulsórias


Para o Prolongamento da Jornada de Trabalho, da Metade do
Século XIV ao fim do Século XVII

O que é uma jornada de trabalho? Durante quanto tempo é permitido ao


capital consumir a força de trabalho cujo valor diário paga? Por quanto tempo se
pode prolongar a jornada de trabalho além do tempo necessário para reproduzir
a própria força de trabalho? O dia de trabalho compreende todas as 24 horas,
descontadas as poucas horas de pausa sem as quais a força de trabalho fica
impossibilitada de realizar novamente sua tarefa. ” Não é a conservação normal
da força de trabalho que determina o limite da jornada de trabalho; ao contrário,
é o maior dispêndio possível diário da força de trabalho, por mais prejudicial,
violento e doloroso que seja, que determina o limite do tempo de descanso do
trabalhador.

A produção capitalista, que essencialmente é produção de mais-valia,


absorção de trabalho excedente, ao prolongar o dia de trabalho, não causa
apenas a atrofia da força humana de trabalho, à qual rouba suas condições
normais, morais e físicas de atividade e desenvolvimento. Ela ocasiona o
esgotamento prematuro e a morte da própria força de trabalho.

O valor da força de trabalho compreende o valor das mercadorias


necessárias para reproduzir o trabalhador, ou seja, para perpetuar a classe
trabalhadora. A experiência mostra geralmente ao capitalista que existe uma
população excedente em relação às necessidades momentâneas do capital de
expandir o valor. Essa superpopulação, entretanto, se compõe de gerações
5

humanas atrofiadas, de vida curta, revezando-se rapidamente, por assim dizer,


prematuramente colhidas.

À queixa sobre a degradação física e mental, a morte prematura, o


suplício do trabalho levado a completa exaustão, responde: por que nos
atormentamos com esses sofrimentos, se aumentam nosso lucro? De modo
geral, isto não depende da boa ou da má vontade de cada capitalista. A livre
competição torna as leis imanentes da produção capitalista leis externas,
compulsórias para cada capitalista individualmente considerado.

O estabelecimento de uma jornada normal de trabalho é o resultado de


uma luta multissecular entre o capitalista e o trabalhador. A história dessa luta
revela duas tendências opostas. Foi preciso que decorressem séculos para que
o trabalhador “livre”, em consequência do desenvolvimento do modo de
produção capitalista, consentir voluntariamente, isto é, ser socialmente
compelido a vender todo o tempo ativo de sua vida, sua própria capacidade de
trabalho, pelo preço de seus meios de subsistência habituais; seu direito à
primogenitura, por um prato de lentilhas.

A casa de terror para os indigentes, com a qual a alma do capital ainda


sonhava em 1770, ergueu-se poucos anos mais tarde, gigantesca, no cárcere
de trabalho para o próprio trabalhador da indústria. Ela se chamava fábrica. E
desta vez o ideal empalideceu diante da realidade.

6. A Luta pela Jornada Normal de Trabalho. Limitação Legal do


Tempo de Trabalho. A Legislação Fabril Inglesa de 1833 a 1864.

O capital levou séculos, antes de surgir a indústria moderna, até prolongar


a jornada de trabalho até seu limite máximo normal e, ultrapassando-o, até o
limite do dia natural de 12 horas. A partir do nascimento da indústria moderna,
no último terço do século XVIII, essa tendência transformou-se num processo
que se desencadeou desmesurado e violento como uma avalanche. Eram as
orgias do capital. Logo que a classe trabalhadora, atordoada pelo tumulto da
produção, recobra seus sentidos, tem início sua resistência, primeiro na
6

Inglaterra, a terra natal da grande indústria. Todavia, as concessões que


conquista durante três decênios ficaram apenas no papel. Eram letra morta.

Uma jornada normal de trabalho para a indústria moderna só aparece com


a lei fabril de 1833, aplicável as indústrias têxteis, de algodão, lã, linho e seda.

Assim nasceu a lei fabril adicional de 7 de julho de 1844. Colocou sob a


proteção da lei uma nova categoria de trabalhadores: as mulheres maiores de
18 anos. A nova lei fabril de 8 de junho de 1847 estabelecia que, a 1º de julho
de 1847, o dia do trabalho dos adolescentes de 13 a 18 anos e de todas as
mulheres seria, preliminarmente, reduzido a 11 horas e, a partir de 1º de maio
de 1848, a 10 horas, definitivamente. Nenhuma delas, essa (leis) limita a jornada
do trabalhador do sexo masculino maior de 18 anos.

Os trabalhadores tinham oferecido uma resistência até então passiva,


embora inflexível e cotidianamente quotidianamente renovada. A pretensa lei
das 10 horas, diziam eles, não passava de simples embuste, de logro
parlamentar, e nunca existira. Os inspetores do trabalho preveniram o governo
insistentemente a respeito do antagonismo de classe, que estava atingindo um
grau inacreditável de tensão, “lei de 1850. A lei de 1850 foi finalmente
complementada em 1853.

7. A Luta Pela Jornada Normal de Trabalho. Repercussões da


Legislação Fabril Inglesa nos Outros Países

Se, portanto, em nosso esboço histórico, desempenham papeis


importantes e indústria moderna e o trabalho de menores juridicamente
incapazes, é porque consideramos àquela e estes, respectivamente, uma esfera
particular e um exemplo particular da exploração do trabalho.

A história da regulamentação da jornada de trabalho em alguns ramos de


produção e a luta que ainda prossegue em outros para se obter essa
regulamentação demonstram palpavelmente que o trabalhador isolado,
trabalhador como vendedor livre de sua força de trabalho, sucumbe sem
qualquer resistência a certo nível de desenvolvimento da produção capitalista. A
instituição de uma jornada normal de trabalho é, por isso, o resultado de uma
7

guerra civil de longa duração, mais ou menos oculta, entre a classe capitalista e
a classe trabalhadora.

O pomposo catálogo dos direitos inalienáveis do homem será, assim,


substituído pela modesta Magna Carta que limita legalmente a jornada de
trabalho e estabelece claramente, por fim, “quando termina o tempo que o
trabalhador vende e quando começa o tempo que lhe pertence.
8

Bibliografia

_MARX, K. O Capital: Crítica da Economia Política. Livro 1. Vol I. 13a edição,


Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.

Potrebbero piacerti anche