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É a arte e a ciência de prevenir a doença e a incapacidade, prolongar a vida e promover a saúde física e
SAÚDE PÚBLICA
mental mediante esforços organizados da comunidade. Os objetos de trabalho são problemas de saúde,
definidos em termos de mortes, doenças, agravos e riscos, juntamente com a epidemiologia tradicional e concepção biologista
da saúde.
SAÚDE COLETIVA É o campo de produção de conhecimentos voltados para a compreensão da saúde e a explicação de
seus determinantes sociais, bem como âmbito de práticas direcionadas prioritariamente para sua
promoção, além de voltadas para a prevenção e o cuidado a agravos e doenças, tomando por objeto não apenas os indivíduos,
mas, sobretudo, os grupos sociais, portando, a coletividade. É algo exclusivo do Brasil.
IMPORTÂNCIA DA SAÚDE COLETIVA: articulação de profissionais e serviços, sendo que apenas 1 profissional, muitas vezes, não
é capaz de resolver os problemas, pois são vários os problemas envolvidos. Clínica ampliada é a visão biológica + visão social.
Os casos complexos envolvem os determinantes sociais, gestão de cuidados.
DETERMINANTES SOCIAIS “São fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos, psicológicos e comportamentais que
influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de
risco na população”. Em linhas gerais, os determinantes sociais da
saúde resultam no processo saúde-doença, supera a concepção
causa-efeito.
POR QUE OS POBRES ADOECEM MAIS? Maior exposição às doenças e agravos, menos ações preventivas, pior qualidade e
número recebida de serviços de saúde, principalmente em níveis secundários e terciários. Piores condições de moradia,
alimentação, higiene e trabalho (principalmente).
CONCEPÇÃO DE SAÚDE Reflete a conjuntura social, econômica e cultural, não representando a mesma coisa para todas
as pessoas, é subjetivo. Conceito ampliado de saúde: “Em sentido amplo, a saúde é a resultante
das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade,
acesso e posso da terra e acesso aos serviços de saúde. Sendo assim, é principalmente resultado das formas organização social,
de produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida”. VIII Conferência Nacional de Saúde.
MODELO UNICAUSAL: uma bactéria causa determinada doença; MODELO MULTICAUSAL: filariose; HISTÓRIA NATURAL DAS
DOENÇAS: é a tríade ecológica, desenvolvimento natural da doença, atuando em diversos estágios da doença: 1) vacinas 2)
diagnóstico e tratamento precoce, limitação de danos 3) é o tratamento, reabilitação; MODELO BIOMÉDICO: saúde como
ausência de doenças, senso comum, exclui psicossocial; SAÚDE E BEM-ESTAR: OMS, reagrupa várias dimensões, idealizado e
sem objetividade; CONCEITO AMPLIADO DE SAÚDE: VII Conferência (1986), resultante de diversos fatores; SAÚDE COMO
DIREITO: CF/88, Lei 8080/90 e Lei 8142/90.
HISTÓRICO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS As políticas são norteadoras da ação do poder público, os recursos são para produzir
melhorias na realidade social da população.
MODELO DE PROTEÇÃO SOCIAL: políticas que visam a garantia de condições mínimas de igualdade entre os cidadãos. a)
ASSISTENCIAL (residual): filantrópico, caridade, Governo sem atuação, hospitais em modelos biomédicos; b) SEGURO SOCIAL
(meritocrático): se trabalha e tem direito de acesso a saúde, CAP – caixa de aposentadoria e pensões; C) SEGURIDADE SOCIAL:
institucional;
Final do Império à República Velha: a) regulamentação médica, saneamento de portos pestilentos, Lei da Vacinação
Obrigatória, 1923: CAP – caixas de aposentadorias especiais;
1923 – CAP – Caixa de Aposentadorias e Pensões, a lei vem apenas para conferir estatuto legal as iniciativas de
organização dos trabalhadores por fábricas.
1932 – IAPs – Instituto de Aposentadorias e Pensões, criados no Estado Novo de Vargas, resposta as reinvindicações
dos trabalhadores no contexto de industrialização e urbanização.
1965 – INPS – Instituto Nacional de Previdência Social, consolida o componente assistencial hospitalocêntrico,
curativista e médico centrado, o qual terá forte influencia no futuro SUS.
1977 – SINPAS e INAMPS – o primeiro, Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social, o segundo, dentro dele,
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, que passa a ser o grande órgão governamental de
assistência médica.
1982 – PAIS – Programa de Ações Integradas em Saúde, dava ênfase a atenção primária, tratando-a como porta de
entrada do sistema.
1987 – SUDS – Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, eles tinham como principais diretrizes: universalização
e equidade no acesso aos serviços de saúde; integralidade dos cuidados assistenciais; descentralização das ações de
saúde; implementação de distritos sanitários.
1990 – Criação do SUS; se deu através da Lei 8.080/90
1991 – CIT – Comissão de Intergestores e Tripartite, contava com a representação do Ministério da Saúde, das
secretarias municipais de saúde e da primeira norma operacional básica do SUS para o acompanhamento da
implantação e operacionalização do recém SUS.
REFORMA SANITÁRIA: envolvimento de Sergio Arouca, 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986), universalização do direito à
saúde e criação de bases para o SUS. Nasceu no contexto da luta contra a ditadura no início de 1970. Procuravam mudanças não
só no sistema, mas em todo o setor de saúde que melhorassem a qualidade de vida da população. Grupos de médicos e outros
profissionais desenvolveram teses e integraram discussões políticas. Esse processo teve como marca a VIII CNS. As propostas da
Reforma Sanitárias resultaram na universalidade do direto à saúde, oficializado na Constituição de 1988.
CEBES – Centro Brasileiro de Estudos de Saúde 1976: direito universal à saúde, formado pela sociedade social (movimentos
sociais, estudiosos da área, professores)
ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva 1979: pesquisadores, formação na área da saúde, impulsiona a criação do
SUS, que resultará na Reforma Sanitária;
1991 CINAEM: Comissão Institucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico, comprova-se a incoerência na formação médica;
2001 PROMED: injetou dinheiro para fazer modificações nas estruturas das escolas médicas; comprovou-se a resistência às
mudanças curriculares por parte dos docentes; estudantes resistentes a atenção básica; não aderência dos médicos para atuar
como preceptores; infraestrutura inadequada para receber estudantes;
2005 PRÓ SAÚDE: Em moldes do VER-SUS, ampliado para os demais cursos em 2007, oferecia recursos para melhores estruturas,
em 2005 atendia somente medicina, odonto e enfermagem;
2008 PET SAÚDE: programa de educação ao trabalho para a saúde, grupos tutoriais (professores, profissionais de saúde e
estudantes), união das áreas do conhecimento;
2011 PROVAB
2013 PMM A partir de 2014, DCN e ANASEM trazem todo o complexo da saúde a atenção básica desde a década de 1970;
Distribuição inadequada no Brasil; Os médicos estrangeiros ao chegar no Brasil é feito um acolhimento (‘curso”) e ao final é feito
uma avaliação, o que dispensaria o Revalida; A prioridade é para médicos brasileiros ou com Revalida; A 2ª prioridade é para
médicos brasileiros formados fora do BRA sem Revalida; 3ª prioridade é para médicos estrangeiros;
ANASEM – Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina: avaliar durante o 2, 4 e 6 anos; avaliar os domínios e
habilidades explicitadas nas novas DCN e com participação obrigatória dos estudantes.
DOUTRINÁRIOS:
Universalidade: significa que o Sistema Único de Saúde deve atender a todos por meio de sua estrutura e serviços, sem
distinções ou restrições, oferecendo toda a atenção necessária, sem qualquer custo. Não importando, por exemplo, se
a pessoa possui um plano de saúde privado.
Equidade: preconiza o direito das pessoas a serem atendidas de acordo com as suas necessidades de saúde, sem
privilégios ou preconceitos. O SUS deve disponibilizar recursos e serviços de forma justa, de acordo com as necessidades
de cada um. Portanto, não é sinônimo de igualdade, apesar de o texto da lei colocar nesses termos e esses conceitos
terem muito em comum. Ocorre que essa concepção evoluiu, visando, entre outros aspectos, reduzir o impacto dos
determinantes sociais da saúde que acabamos de estudar.
Integralidade: preconiza a garantia ao usuário de uma atenção que abrange as ações de promoção, prevenção,
tratamento e reabilitação, com garantia de acesso a todos os níveis de atenção do Sistema de Saúde. A integralidade
também pressupõe a atenção focada no indivíduo, na família e na comunidade (inserção social) e não num recorte de
ações programáticas ou doenças.
ORGANIZATIVOS:
Regionalização: trata-se de uma forma de organização do Sistema de Saúde, com base territorial e populacional,
adotada por muitos países na busca por uma distribuição de serviços que promova equidade de acesso, qualidade,
otimização dos recursos e racionalidade de gastos.
Hierarquização: diz respeito à possibilidade de organização dos níveis de atenção do Sistema conforme o grau de
densidade tecnológica dos serviços, isto é, o estabelecimento de uma rede que articula os serviços dos diferentes
níveis de atenção, por meio de um sistema de referência e contrarreferência de usuários e de trânsito de informações.
Descentralização: é o processo de transferência de responsabilidades da gestão e recursos para os municípios,
atendendo às determinações constitucionais e legais que embasam o SUS e que definem atribuições comuns e
competências específicas à União, estados, Distrito Federal e municípios.
Controle Social: é um mecanismo institucionalizado pelo qual se procura garantir a participação social, com
representatividade, no acompanhamento da formulação e execução das políticas de saúde. Ele se concretiza
primordialmente por meio dos Conselhos e Conferências de Saúde, mas se dá também em outras instâncias.
A Lei 8.080/90 foi a primeira lei orgânica do SUS, ela dispõe dos objetivos e atribuições; dos princípios e diretrizes; da
organização, direção e gestão, da competência e atribuições de cada nível (federal, estadual e municipal); da participação
complementar do sistema privado; recursos humanos; financiamento e gestão financeira e planejamento e orçamento.
A Lei 8.142/90 dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais
de recursos financeiros. Institui os Conselhos de Saúde e confere legitimidade aos organismos de representação de governos
estaduais (CONASS) e municipais (CONASEMS).