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Sofista – Guthrie

Notas introdutórias. A companhia do Teeteto encontra novamente “de acordo com


o acordo de ontem”, e foram unidos por um visitante de Elea que empreende caracterizar
os três tipos que são frequentemente confundidos, mas que ele acredita ser distinto:
sofista, político, filósofo. A questão era vital para Platão, e nos fará dizer que o
‘argumento está mantendo a figura do sofista um pouco arbitrariamente”. Isócrates em
sua opinião apresentaria um exemplo vivo da confusão: ele pensou em Sócrates e Platão
como sofistas, e de si mesmo tanto como um filósofo e uma autoridade em política. E a
superficial similaridade entre filosofia sofística e socrática é enfatizada na descoberta de
uma variedade sofística “nobre de nascimento” que “limpa a mente” de conhecimento
falsificado, e que o visitante está incerto de chamar sofística ou não (230d-231b). É de
fato o elenchus socrático. Novamente, o Górgias e a República têm dado a impressão que
filósofo e homem do estado são idênticos, se excluirmos os políticos contemporâneos
como não sendo "verdadeiros" estadistas. No presente grupo de diálogos, Platão está
olhando para trás mais séria e criticamente sobre seus entusiasmos anteriores, e havia um
campo em que o esclarecimento foi claramente desejável. Mais uma vez ele emprega sua
única habilidade de manusear a forma do diálogo para interlaçar (sua própria metáfora
favorita) mais de um tema, e o fato de que o Sofista usa seu sujeito declarado como um
meio de fazer avançar também a discussão do Ser, não-Ser e a possibilidade do erro não
[página 123] significa que seja uma mera continuação do Teeteto. De fato, a procura pelo
Sofista não pode estar separada dessa discussão, porque os argumentos para se opor são
todos de origem Sofística.

Lendo o Sofista e o Político (“Homem do estado”) nunca devemos esquecer que


eles são somente as duas primeiras partes de uma trilogia inacabadas. O visitante está a
descrever três tipos, e isso é repetido no início do Político, onde Teodoro pede que ele dê
os próximos dois na ordem que preferir, e o visitante responde que ele não desistirá até
que tenha tratado totalmente de ambos. Sofista 253e também parece uma referência
destinada ao Filósofo. Não podemos, portanto, esperar que todas as nossas questões sejam
respondidas nesses dois diálogos. De fato, é provável que Platão deixaria o mais
importante ao Filósofo. Primeiro ele deve terminar seu argumento com os Eleáticos, os
oponentes que mais valem seu punhal porque eles estavam quase corretos. Foi
Parmênides quem abriu uma janela para a verdade introduzindo na filosofia a noção de
imutável, realidade inteligível como um pré-requisito do conhecimento. Mas seu
absolutismo, sua dicotomia “é ou não é” com sua total rejeição da experiência, foi uma
filosofia que não poderia ser vivida. Um meio termo deve ser encontrado entre esta e a
doutrina do fluxo total, e por isso não há melhor discussão-líder que pudesse ser
encontrada do que um educado na escola que é ainda um pensador independente. Com as
dificuldades sobre “é ou não é” removidas, o caminho estaria claro para uma reafirmação
positiva da própria concepção de Platão de conhecimento, e é a conjectura mais atrativa
(não pode, infelizmente, ser mais) que para isso o papel principal era para ser restaurado
a Sócrates ele mesmo. Enquanto isso, dicas são dadas, [página 124] como na Digressão
do Teeteto, do tipo de homem que o filósofo é. O visitante, como um filósofo ele mesmo,
é, embora não seja um deus, divino; “filósofos genuínos olham para baixo de uma altura
na vida dos que estão abaixo” (216b-c); e enquanto o Sofista refugia-se na escuridão, a
dificuldade é descobrir que o filósofo reside no próprio brilho do reino da realidade em
que sua mente habita, “escuro com excessivo brilho”, para os olhos de almas comuns que
não suportam olhar firmemente para o divino (254 a-b).

Em 217c, ao visitante é dada a escolha entre contínua exposição e perguntar-e-


responder, e escolhe a última, desde que o entrevistado seja “dócil e não dê problemas”.
Não deve haver, então, argumento genuíno, mas a retenção do diálogo falado que permite
a vivificação de muitos secos argumentos lógicos pelo humor, metáforas e outros toques
característicos que esperamos de Platão.

Definições: o pescador e o Sofista (218e- 231e). O visitante e Teeteto (seu


correspondente escolhido) ambos usam a palavra “Sofista” mas ainda não sabemos se
eles tem a mesma ideia do que eles significam por isso (218c). O Sofista é de fato uma
criatura desajeitada para rastrear, e o visitante sugere tentar seu método proposto pela
primeira vez em algo simples e trivial, dizem um pescador. Sem nenhuma explicação
preliminar do que esse método seja, sem fixação de princípios ou regras, ele mergulha
imediatamente na demonstração por exemplos, do qual vemos que o primeiro passo é
fixar em uma ampla classe na qual o sujeito pode seguramente ser incluído. Ninguém
questionará que o pescador pratica uma arte (techné). As artes são então divididas em
duas, neste caso produtiva e aquisitiva, com a pesca atribuída naturalmente ao ramo
aquisitivo, e aquisitivo em pacífico (por exemplo, por persuasão, permuta ou compra) e
forçosa. Então, as dicotomias continuam, exprimível em uma árvore genealógica em que
o membro do lado direito é sempre escolhido e o esquerdo descartado, até o assunto
[página 125] ser definido pelo gênero original e uma série consecutiva de diferenças. Por
este método, o pescador aparece como um profissional da arte aquisitiva (não produtivo),
forçosa (não pacífica), por caça (não luta), de animais animados (não inanimados) e
aquáticos (não terrestres), peixe (não aves), por golpe (não rede), com anzol (não lança).

Não é somente o método desajeito, mas algumas das divisões são questionáveis;
todos os pássaros são aparentemente classificados como a divisão alada (em oposição ao
subaquático) de animais da natação. E embora aprender seja indiscutivelmente aquisição
do conhecimento, pergunta-se um pouco sobre método que o classifica com o comércio,
luta e caça como arte improdutiva, empenhado em pôr as mãos sobre o que foi produzido
ou impedindo outros de adquiri-lo (219c). Mas antes tentando um julgamento deixa-os
ver como é aplicado ao objeto real, o Sofista. Aqui uma coincidência atinge o visitante: o
Sofista é um parente do pescador, por ele também ser um caçador de animais. Neste ponto
contudo ele diverge e toma a alternativa esquerda o qual ele discordou definir o pescador;
porque o Sofista é um caçador de animais terrestres (não aquáticos), domados (não
selvagens). (Aqui ele faz uma pausa para ganhar a concordância de Teeteto de que o
homem é um animal domado e é caçado.) Depois das mais distantes dicotomias a arte do
Sofista é definida como aquisitiva, caça de animais terrestres domésticos, a saber,
homens, em particular com o dinheiro, capturando jovens de riqueza e reputação sob o
pretexto da educação.

A definição é dificilmente um modelo de objetividade, e junto com a pretenso


descoberta de que Sofisma é uma arte parente à da pesca, ostensivamente escolhida
aleatoriamente simplesmente para ilustrar o método, mostra desde o início que, seja qual
for a opinião de Platão do valor da diairesis em geral, o que ele nos dá é sátira e não
filosofia. O sucesso no método demandaria uma escolha pensativa e imparcial do gênero
e sucessiva diferença, não um designado a mostrar o objeto sob a pior luz possível. De
fato, com nenhuma desculpa do que a arte do Sofista ser [página 126] formidavelmente
complexa, seis definições mais distantes são dadas, cada começo de um gênero diferente.
Uma metáfora retida completamente é que eles estão 'caçando' o sofista, que, Proteus-like
(como Proteu?, inconstante?), tentando escapar de suas redes assumirá todo tipo de
formas. Adotando diferentes pontos de partidas ele é revelado em sete diferentes formas
(disfarces). O primeiro, nós vimos. Aqui estão os próximos cinco.

(2) – (4) (223c – 224e). Estas são de fato as três mais distantes variedades do
Sofista em seu caráter como fazedor de dinheiro. Ocupando o outro principal ramo da
arte aquisitiva, por troca pacífica, e seguindo-o através de três séries de subdivisões, nós
achamos que ele é

(2) Um comerciante entre-cidades de alimentos para a mente preocupado com o


aprendizado da virtude.

(3) Um varejista das mesmas mercadorias em sua própria cidade.

(4) Um fabricante deles para venda.

(5) (225a- 226a). Retornando ao outro ramo da arte aquisitiva, aquisição por força,
e que metade dela que consiste em debate aberto e não luta, continuamos subdividindo
até encontrarmos o Sofista sendo um debatedor briguento ou erístico.

(6) (226b – 231b). Para esta definição original, a dicotomia das artes e produtiva
e aquisitiva é abandonada, e um novo gênero mais amplo é selecionado, a arte da
separação, em particular, aquelas que separam o pior do melhor e assim puruficam.
Purificação pode ser do corpo ou da alma. Deste último, o mais importante é o que purga
o erro da crença de saber o que não se sabe, e para isso, o [página 127] método mais eficaz
não é repreendendo e exortando (para todos tal ignorância é voluntária) mas o elenchus,
que, revelando contradições internas, faz um homem consciente de sua própria ignorância
e preparado para receber um ensino positivo. Chamar um versado nesta arte de Sofista é
questionável, mas “deixa passar” (231a 8-9).

Comentário sobre as definições 1-6. A produção de múltiplas definições


atribuindo ao objeto diferentes gêneros por sua vez talvez seja justificada em termos de
método geral (é defendido por Tyalor), mas Platão ele mesmo defende-a no fundamento
especial que sua presa neste caso particular é uma criatura escorregadia e multifacetada
que dá a aparência (fantasma) de pertencer a mais de uma classe. O gênero escolhido sem
questão – caçador, fabricante de dinheiro, negociante de irrealidade – mostra o caráter
satírico, pseudo-científico do exercício. Platão evidentemente não tem em mente um
Sofista individual, mas uma combinação de todos que ele encontrou condenável na
profissão sofística. Somente seis se destacam, e nesta nenhuma. 5 uma histórica nota pode
ser localizada.

(5) No sumário desta definição em 231d-e Platão para em erístico, mas mais cedo
(225d) ele havia adicionado mais uma dicotomia distante: de erístico, um tipo (Sofista)
que debate por dinheiro, o outro para o seu próprio (não seus ouvintes) prazer,
negligenciando sua fortuna para fazê-lo. Estes deveriam ser chamados palrador ou
tagarelas. Quem são estes? Conford escolhe os megáricos contra Campbell que pensou
no Sócrates ele mesmo uma possibilidade. Eu chamaria isso uma certeza. Sócrates
empobreceu ele mesmo em seu zelo pelo elenchus (Apologia 23b, 31b-c), seus parceiros
nos argumentos certamente nem sempre desfrutaram como ele fez, e seus detratores
chamaram-o de “palrador”, um termo que Platão desafiadoramente adotou como o crachá
da filosofia verdadeira. Conford objetou que ele não chamaria Sócrates de um erístico,
mas que também ele era chamado por outros, e o mesmo espírito irônico de Platão poderia
apreciar a [página 128] referência encoberta a ele como um erístico de uma marca
diferente do Sofista. O ponto não é tanto o que ele seja chamado de um erístico quanto
aquilo que ele seja acentuadamente separado do Sofista, com quem ele era
frequentemente confundido. Nos diálogos da juventude, Platão francamente demonstrou
seu uso da técnica erística.

(6) Aqui o visitante dá uma descrição precisa e detalhada, não do sofisma mas do
elenkos como praticado por ninguém mas somente Sócrates. Refutar os poucos que
pensaram de outra forma, só precisa citar a passagem em algum comprimento.

(230b 4ff). Eles [sc. Os purgadores da mente exceto por admoestação] interrogam
um homem em um assunto que ele pensa ter algo para dizer embora realmente sem nada
a dizer, e desde que tais pessoas estão todas à deriva, não tem nenhuma dificuldade em
expor suas crenças colovando-as lado a lado na discussão e mostrando serem mutalmente
contraditórias. Quando os oradores veem isto, eles se tornam vexados com eles mesmos
e mais tolerantes com relação aos outros. Assim, eles são libertos das opiniões
pretenciosas e obstinadas na forma de todas as maneiras mais agradáveil para os ouvintes
[cf. Apologia 23c, 33c] e do benefício duradouro para si mesmos. Seus purgadores tratam
a mente como o doutor o corpo. Como doutores, sustentam que o corpo não pode
conseguir nenhum benefício da comida até que alguma obstrução interior seja removida,
então, estes consideram que um desejo da mente do homem não lucrará na admissão de
conhecimento até que alguém o refute e o evergonhe, e o libertando dos obstáculos
mentais para aprender purifica-se e deixa-se persuadido que ele sabe o que sabe e nada
mais... Por todas esss razões o elenchos deve ser chamado o mair e mais efeciente tipo de
purgação, e aquele que não se submete, seja ele o Grande Rei ele mesmo, estteja no mais
alto grau de impureza, ignorante ou imundo nos próprios aspectos em que seja
genuinamente feliz um homem que deva ser mais puro e mais justo... Do que
chamaríamos aqueles que praticam esta arte? Pessoalmente, eu encolho-me para dizer
“Sofistas”... Mesmo assim [129] em nossa presente discussão deixo o elenchos do
conhecimento imaginado ser simplesmente chamado “Sofística de estração nobre”.

O elenchos como aqui descrito não foi procedimento de Euclides, ainda menos
dos jovens arrogantes seguidorres de Sócrates que influenciaram seu nome em descrédito
(Apologia 23c). É uma pintura idealizada de seu próprio método e seus efeitos, como
descrito na Apologia e visto em ação em muitos diálogos socráticos – idealizado porque,
infelizmente, na vida real o adulto e opinativo cresceu irritado com ele e não consigo
mesmo (Apologia 21d-e, 22e-23a). Somente inicialmente o moço modesto e receptivo
como Cármides ou Teeteto poderia se beneficiar da psiquiatria de Sócrates. De fato, o
paralelo entre esta passagem e as palavras finais de Teeteto é surpreendentemente
próximo. Em toda sua vida, Platão teve em mente a tragédia que Sócrates geralmente
classificado com os sofistas. A inclusão de seu elenchos entre as descrições da sofística
faz sobressair em vivo contraste todo o resto, e Platão diz de fato: “Chame-o sofístico se
você quiser, mas então “você e eu temos somente o nome em comum, não a realidade.’
[cf. 218c], a menos que concordemos em inluir dentro da sofística alguma coisa
inteiramente diferente em seus objetivos e resultados a partir de qualquer forma da
sofística, e de um status mais elevado; e persoalmente eu não preferiria.”

Diairesis. É conveniente usar esse termo, que é simplesmente o grego para


“divisão”, para essa divisão em tipos que era uma parte do método platônico. Mais tarde
no Sofista ele diz (253d, exatamente como no Fedro 265): dividir de acorde com tipos,
não confundindo uma forma com outra, pertence à ciência dialética. Quem quer que seja
capaz de fazê-lo dintingue uma [página 130] forma em toda parte extendida ao longo de
muitas, cada um dos quais situa-se além, e muitas formas diferentes de outra englobada
de fora de outra; e novamente uma forma unificada por meio de muitas totalidades, e
muitas em cada caminho distinto e separado. Isto significa conhecer para distinguir, tipo
por tipo, como vários tipos podem e não podem combinar.
Esta habilidade dialética, ele adiciona, é do filósofo.

Este processo complexo, as simples classificações dicotômicas do início do


diálogo, é o clímax de um longo desenvolvimento, originariamente na busca socrática por
definições. Que foi reaizada “dividindo coisas de acordo com seus tipos” (Xen. Men.
4.5.12), por exemplo, definindo coragem separando-a da obstinação deslocada ou da
preciptação (Laques). Uma forma antiga do procedimento platônico também aparece no
socrático Eutífron (12d), onde para descobrir a natureza da piedade todo campo da
conduta correta é dividida em conduta para os homens e conduta para os deuses. Uma
divisão mais elaborada é realizada no Górgias (464b), que Dodds vê como uma
exemplificação do método do Sofista e do Político, mas (seguindo Conford), chama de
“invenção platônica, não socrática”. Acontece na República (454a), onde erísticos são
distinguidos dos dialéticos por sua inabilidade de “dividir de acordo com os tipos”. A
primeira discrição formal do método dialético ocorre em Fedro 265 d-e, embora nos
primeiros diálogos (249b) poder humano universal de formarn um conceito geral de uma
massa de sensações individuais. Primeiro o dialético, tendo uma visão sinótica, traz
muitos tipos dispersos sob uma forma sigular genérica, incluindo o assunto ser [página
131] definido (nesse caso de amor), assim marcando-o fora dos membros de outros
gêneros. Em segundo, a forma genérica é cuidadosamente dividida “nas articulações
naturais” até que através da aplicação de sucessivas differentiae a espécie ínfima
(“indivisível”, Fedro 277b7, Sofista 229d5) é atingida. Formalmente portanto o processo
dialético é uma dupla, uma coleção ou “reunião” seguida pela diairesis, e a este método
Platão foi fiel toda sua vida. Não só ele honra, bom como a pratica, é o Político (ver
especialmente 285a-b, 286d), mas nas Leis (965c) ele estava ainda escrevendo que não
existia mais claro ou mais acurado caminho de investigação do que pressionar a partir de
muitos exemplos diferentes do conhecimento da forma simples, e então ordenando todos
em relação a ela. O primeiro estágio não é mencionado no Sofista (que é singularmente
carente de explicação do método que emprega), e pouco uso é feito dele. Na sexta
definição a “arte separativa” é alcançada embora a meção de vários processos caseiros –
filtragem, peneiragem, limpar com ciranda, “pentear” (na tecelagem) – mas em outros a
forma genérica é considerada como auto-evidente. Na demonstração elaborada do Sofista
253d, o termo diairesis parece incluir o processo preliminar de coleção.

Na primeira parte do Sofista, Platão escreve como se uma parte integral do


método, mas como uma ferramenta de classificação a sua utilidade é obviamente limitada,
e em outro lugar ele fala dela apenas como preferível mas nem sempre é possível;
Aristóteles, em sua obra Sobre as partes dos animais [página 132] (Bk I, ch. 2), argumenta
em detalhes contra ele como método de classificação na Biologia. Distinções biológicas
figuram na definição platônica do pescador, e já que sabemos que a zoologia e a botânica
foram zelosamente perseguidas na Academia, é provavelmente nesta conexão que o
método de diairesis foi desenvolvido. A paródia pelo poeta cômico Epicatres é bem
conhecida, em que ele retrata Platão, Speusipo e Menedemo ensinando pupilos a “dividir’
animais, árvores e plantas e colocando-os para nomear a abóbora da sua classe própria.
De Speusipo nós temos um número de citações de um trabalho meticuloso em
classificação e nomenclatura, em que para exemplo ele agrupa não menos que seis
espécies de bivalves em conjunto, então, ostras e lapas em um sub-grupo diferente, e
distingue quatro espécies (eidé) de pólipo.

A reivindicação de Jaeguer que a classificação biológica foi perseguida por Platão


somente “a fim de aprender as relações lógicas das concepções” (Aristóteles 19) parece
confunfir a apreciação de Platão da verdade que ciência pode nunca penetrar abaixo do
nível de infimae species (que para ele era baseada na doutrina das formas) com a completa
falta de interesse no mundo sensível. O modo de existência dos individuais, e a natureza
do nosso conhecimento deles, estavam sempre a frente de seus pensamentos, como o
Teeteto mostrou. (Ver mais a frente pp. 412-417abaixo) Isso nos leva a uma outra questão
muito discutida: Quão sérias as dicotomias do Sofista são destinadas? Leisegang achou o
paradigma da defnição do pecador tão caprichosa e absurda que deve ser simplesmente
uma zombaria de todo o procedimento. Apelt achou que ele (Sofista 30f) queria distinguir
ridicularizando o sofista da ridicularização do método, e até mesmo considerou que a
razão para a oferta de meia dúzia de definições era dar ao leitor abundância de ilustrações
de um procedimento do qual Platão pensou tão altamente: foi um erro grosseiro supor que
ele iria rir do próprio método. Que as divisões são tendenciosas e polêmicas é obvio. Que
elas exibem inteligência, brincadeira e leveza é a própria admissão de Apelt. Além de que
cada um deve julgar por si mesmo, mas é menos possível que Platão é, como se poderia
colocá-lo, sendo seu próprio Epicatres, e tendo um pouco de diversão [página 133] à custa
do excesso de entusiasmo dos colegas que estavam propagando a diairesis, especialmente
em sua forma dicotômica, como a chave universal ao problema do conhecimento.
Também pode haver um elemento de auto-crítica, como no argumento posterior o
“amigos das Formas” (pp. 141-143 abaixo), por ter estragado uma tese fundamentalmente
sólida por excesso de alargar o seu campo de aplicação.

O método diairesis tem frequentemente, e acertadamente, foi elogiado como a


fundação da classificação científica, e sem dúvida foi a experiência de Aristóteles na
Academia, be como a sua inclinação natural, que coloca-o no caminho para se tornar um
biólogo, superior aos olhos de Darwin para Linnaeus ou Cuvier. Sua utilidade extende-se
também à matemática, um assunto próximo do coração de Platão. Mas como um método
filosófico geral ele talvez carrega muito claramente as marcas de sua herança na sua
concepção de toda a filosofia como incluída em uma resposta à questão socrática de o que
a coisa é, culminando com a doutrina majestosa das Formas objetivamente existentes
como a explicação de todo ser e conhecimento iguais. Como nós vimos no Teeteto,
conhecimento para Platão sempre se apresentaria como conhecimento de alguma “coisa”
em vez de “conhecimento de que” ou “conhecimento como”. Além disso para alcançar a
Forma acima de muitas não é simplesmente o último estágio do processo do pensamento
mas uma conquista do conhecimento direto com o mundo divino em um ato análogo a
visão. Este para muitos é o núcleo do platonismo, e por esta razão (expressa uma visão
impopular) sua grandeza pode ser pensada para mostrar-se mais claramente nos diálogos
escritos com plena certeza de que esta era a verdade, antes a visão primitiva foi
obscurecida por dúvidas – que em qualquer caso não levou a abandonar a assimilação de
todo o conhecimento ao cohecimento pela conquista direta de “O que é”.

Sétima e última definição. O sofista como fabricante de ilusão (nominalmente de


232b ao final). As primeiras seis diairesis realmente só revelaram seis aspectos, ou
manifestações, de nosso objeto esquivo. Para pegá-lo completamente na rede, diz o
estrangeiro (seguindo o procedimento descrito no Fedro 265d mas praticado por Platão
desde os primeiros diálogos socráticos), nós tempos que encontrar o elemento comum em
todos elas. Como sempre, a suposição socrática é tida como certa, que um nome comum
implica uma [página 134] natureza comum. Para começar, tudo configurado como
controversos e professores em controvérsia sobre qualquer assunto, até mesmo
escrevendo livros que professam superar um especialista em seu próprio campo, da
teologia à ciência psicológica, política ou até luta livre. Já que nenhum homem pode saber
tudo, o que eles oferece aos seus pupilos deve ser aparência, não a realidade, do
conhecimento. Como um artista pode eganar crianças pequenas, se elas não forem
autorizados a aproximar-se muito perto, em pensar que uma cena pintada era real, assim
os sofista exibe simulacros em palavras (eidola legomena, 324c), que aqueles que estão
suficientemente afastados da verdade as confundem por realidades, e atriuem toda a
sabedoria aos seus autores.

Então o sofista é colocado em seu gênero: ele é um ilusionista ou imitador da


realidade (234e – 235a), e aplicando a diairesis o estrangeiro discerne dois tipos de
imitação. Um modelador pode ou reproduzir o original exatamente, em suas próprias
dimensões e cores, ou intencionalmente distorcer suas proporções (como um desenho de
uma estátua acima do tamanho natural para uma grande construção) fazê-la aparecer
correta de uma distância particular e ponto de vista, embora se vista à mão e ao nível dos
ollhos a decepção seria óbvia. O leitor pode sentir certeza de que a divisão do sofista vai
acabar, mas nesse ponto a divisão é interrompida e não é retomada até perto do fim do
diálogo, para no caráter de imitador sua astúta presa ter encontrado um esconderijo escuro
e obscuro. Apenas no Teeteto a definição de conhecimento como crença verdadeira
elevou toda a questão da possibilidade da falsidade, então aqui antes que se possa marcar
o sofista como imitador deve-se estabelecer o mesmo problema desconcertante: “Este
aparecendo e parecendo sem ser, e o dizer coisas mas não coisas verdadeiras, são agora
como no passado absolutamente perplexas. “Como se pode dizer que existe realmente tal
coisa como discurso falso ou verdadeiro, sem ser apanhando contradizendo a si mesmo,
é muito difícil ver” (236e).

[página 135]

O status de “o que não é” e o critério do sendo (237a- 248e)

(a) A resposta do sofista (237b- 241b).

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