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MARX1
Márcio Vinícius de Brito Cirqueira2
“Produzir a vida, tanto a sua própria vida pelo trabalho, quanto a dos outros
pela procriação, nos aparece, portanto, a partir de agora, como uma dupla
relação: por um lado como uma relação natural, por outro como uma relação
social – social no sentido em que se estende com isso a ação conjugada de
vários indivíduos ,seja quais forem suas condições, forma e objetivos. (...) a
massa das forças produtivas acessíveis aos homens determina o estado social,
e que se deve por conseguinte estudar e elaborar incessantemente a ‘história
dos homens’ em conexão com a história da indústria e das trocas.” (MARX e
ENGELS, 1998, PG. 24)
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Grifo meu.
formação humana, que vão da exclusão ao acesso controlado das oportunidades de
conhecimento e bens produzidos pela própria humanidade.
Marx, assim, concorda com Say quando diz que “a diversidade dos
talentos humanos é mais o efeito que a causa da divisão do trabalho” (Ibidem, pg. 150),
divisão do trabalho esta que tem a finalidade de incrementar a produção e o sistema de
trocas. No entanto, Marx completa seu raciocínio criticando: “o motivo dos que se
empenham nas trocas não é a bondade, mas o egoísmo” (Ibidem, pg. 149-150).
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Poder aqui no sentido de poder-e-saber, uma vez que não basta saber manipular o objeto, deve-se poder
fazê-lo, ter essa permissão, alcançada ao se passar pelo crivo da seleção (e todas as suas
condicionalidades econômicas, sociais, históricas) para um emprego, ou pela aquiescência do Direito da
sociedade em questão para desenvolver, p. ex., trabalho informal.
seja da sociedade humana sob o modo de produção capitalista, seja da vida de cada
indivíduo.
Considerações Finais
(...)
Bibliografia
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Muitas delas só evidenciadas mediante alguma respeitabilidade conquistada na pugna da História.
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“Cuida dos filhos, da filha-miséria / Com que carinho, com que dedicação” (VIANNA e RIBEIRO,
1994)
“O INDIVÍDUO É O SER SOCIAL” – Relação indivíduo x sociedade: como o
indivíduo se constitui
• Alienação
− O homem como “apêndice vivo” da máquina (os movimentos do
instrumento de trabalho precediam dele; hoje, ele [o homem]
acompanha-os)
− Propriedade privada nos Manuscritos Economico-Filosoficos
− Num estado de alienação, cada esfera da vida, a econômica e a moral, é
independente da outra, “cada uma se concentra em uma área específica
da atividade alienada e está, ela própria, alienada da outra”
− Necessidades alienadas (“quanto mais alienado estiver, tanto mais a
sensação de ter e usar constituirá sua relação com o mundo.” (Marx,
MEF: 144)
− Opiniões como alvo principal da classe burguesa
− Democracia política e industrial: o indivíduo participa ativamente do
planejamento e execução dos planos
• Essência do Homem
− Hegel: aparência e essência não coincidem.
− “a essência do homem não é uma abstração inerente a cada indivíduo.
Isso é o ponto essencial do ‘materialismo’ de Marx em oposição ao
idealismo de Hegel. Marx nunca abandonou seu conceito de natureza
humana (como demonstramos ao citar a declaração feita em O Capital),
mas essa natureza não é exclusivamente biológica, nem tampouco uma
abstração; ela só pode ser interpretada historicamente, porque se revela
na História. A natureza (essência) do homem pode ser inferida de suas
múltiplas manifestações (e deturpações) na História; não pode ser vista
como tal, como uma entidade de existência estatística ‘por trás’ ou
‘acima’ de cada homem de per si, mas como existente em cada homem
como uma potencialidade, revelando-se e modificando-se através do
processo histórico.”
− “A maneira pela qual os homens produzem seus meios de subsistência
depende, antes de mais nada, da natureza dos meios concretos de que
dispõem e têm de reproduzir. Este modo de produção não deve ser
considerado como mera reprodução da existência física dos indivíduos.
É, antes, uma forma definida de atividade desses indivíduos, uma forma
definida de expressarem sua vida, um modo de vida definido de parte
deles. Como os indivíduos exprimem sua vida, assim eles o fazem. O que
eles são, portanto, coincide com a produção deles, tanto com o que
produzem quanto com o como produzem. A natureza dos indivíduos
depende, assim, da condições materiais determinantes de sua produção.”