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Celulas de Manufatura

O aumento de produtividade no setor industrial tem sido objeto de preocupação para os


responsáveis pela produção, em razão da concorrência cada vez mais forte no setor industrial.
Os conceitos de células de manufatura têm sido aplicados em vários ambientes de manufatura e
vários benefícios podem ser alcançados. A localização próxima entre os postos de trabalho permite
um tempo mínimo de manuseio e reduz a fila de materiais. As peças podem ser movidas de um posto
para outro manualmente ou por simples dispositivo de transferência.
A organização celular permite processar a matéria-prima de seu estado inicial até atingir o produto
acabado, com as tarefas conduzidas por pequeno número de trabalhadores, já que cada operador é
capaz de atender mais de uma máquina. Os operadores de uma célula visualizam todas as fases e o
resultado de seu empenho, mantendo-se mais próximo da atividade e integrado no ambiente.
A comunicação é imediata. O operador sente-se mais responsável e detecta erros podendo corrigi-los
durante o processo, contribuindo para melhoria da qualidade. Isto proporciona ao elemento humano
um maior nível de satisfação pessoal; sente os resultados de seu trabalho para as atividades da
empresa.
Para a empresa quanto mais funções um empregado puder executar, mais valioso este empregado
será, ao mesmo tempo o funcionário desenvolve o seu potencial, assume mais responsabilidades,
torna-se mais qualificado com maiores opções no mercado de trabalho e, portanto, sente-se mais
motivado.
A Manufatura Celular é um dos mais importantes sistemas de manufatura existentes, pioneiramente
implantada pela Toyota no Japão., composto por células de manufatura, células de submontagens e
células de montagem final. O bloco básico de construção é a célula de manufatura, sinônimo de
célula de fabricação, na qual processos são agrupados de acordo com os processos e operações
necessários para fabricar um grupo ou família de peças ou produtos.
Ele se baseia nos conceitos de Tecnologia de Grupo, através da formação de famílias de peças e na
formação de células de manufatura. A família de peças é constituída por um conjunto de peças que
possuem características e atributos similares, sejam estes de forma geométrica e/ou de processos de
fabricação.
A célula de manufatura é constituída por um agrupamento de máquinas e/ou equipamentos que
possuem capacidade para o processamento de uma dada família de peças. Consiste numa
configuração onde as máquinas são dispostas de acordo com a seqüência do processo de fabricação
de um produto, ou de uma família de produtos, e onde se procura a cada vez completar o ciclo de
produção de uma peça ou produto e caso seja possível, sem estoque intermediário. Alguns autores
afirmam que é como se fosse “uma fábrica dentro da fábrica”.
O arranjo celular funciona como o layout em linha, em que as peças movem-se pela célula uma por
vez; contudo, a célula é projetada para ser flexível. Ela é normalmente arranjada em forma de “U”, de
tal forma que os operadores possam mover-se de máquina para máquina, carregando ou
descarregando peças. As máquinas na célula são, geralmente, de ciclo único e automático, sendo que
elas podem completar o seu ciclo sem cuidados, desligando automaticamente quando terminar um
ciclo. A figura 1 mostra um exemplo de célula de manufatura simples.
A célula normalmente é composta por todos os processos para a fabricação completa de um
componente ou peça. Entre cada máquina um desacoplador contém as peças processadas e
inspecionadas, prontas para serem colocadas na próxima máquina. Desacopladores em células
manuais permitem que o trabalhador se movimente na direção oposta ao fluxo das peças. Quanto ao
número adequado de máquinas numa célula, ele deve ser definido inicialmente em função de um
balanceamento de carga que considere as características das famílias, o tamanho dos lotes, a
diversidade de processos necessários e as limitações no aspecto físico. Outros fatores, no entanto,
devem ser considerados, sob aspectos operacionais e econômicos. Um sistema de produção é
composto de um grande número de etapas que, individual ou coletivamente, interfere na
produtividade de todo o sistema.
Figura 1: Pequena célula operada com quatro máquinas e um operador.

A etapa de fabricação tem uma importância particular: com efeito, 5% do tempo destinado à
execução de uma peça são ocupados em operações de máquina e os 95% restantes são gastos em
movimentação e filas de espera. Destes 95%, apenas 30% são reservados à usinagem propriamente
dita na qual ela é realmente processada, uma vez que a preparação das máquinas e outras tarefas
consomem a maior parte do tempo. A manufatura celular atua justamente no tempo de espera ou
movimentação da peça (BLACK, 1998).

1 Benefícios
Em um sistema de produção organizado em células, a administração torna-se mais simples e
eficiente, decorrência da decomposição do sistema global de produção em subsistemas de menor
dimensão.
As principais vantagens da manufatura celular são:
 Menor ciclo de fabricação,
 Redução em transporte e movimentação;
 Redução dos tempos de setup (ajuste de máquina);
 Redução de lead time e tempo de espera;
 Menor número de operadores;
 Fluxos de fabricação e de materiais simplificados;
 Simplificação dos sistemas de controle;
 Melhora de comunicação entre os trabalhadores;
 Redução de refugos e retrabalhos;
 Redução da quantidade de ferramentas;
 Redução dos estoques de produtos semi-acabados;
 Diminuição do espaço físico ocupado;
 Melhoria da motivação dos operadores;
 Menores custos;
 Melhoria da qualidade;
 Aumento da produtividade.
Para se obter o máximo rendimento das células de manufatura, é necessário que os operadores
estejam preparados para desenvolver um novo conjunto de competências, eles necessitam
compreender um escopo mais amplo de procedimentos de trabalho, bem como estar capacitado a
desempenhar múltiplas tarefas dentro do grupo. Além disto, todos necessitam trabalhar em equipe,
resolver e encaminhar os problemas rapidamente e ter autonomia para operar dentro dos grupos
sem muita supervisão. Isto exige um processo de treinamento dos operadores mais intenso,
entretanto, após a implantação o sistema será mais flexível para responder às mudanças de
programação.

2 Etapas
O processo de conversão de um dado sistema de produção para o sistema de manufatura celular
pode ser dividido nas seguintes etapas:
 Formação: refere-se à criação conceitual das células, a qual é feita através da análise da
matriz máquina-peça, e a subseqüente divisão em famílias de peças, cuja similaridade
permite produção das mesmas em grupos de máquinas;
 Desenho da célula: refere-se à determinação dos parâmetros operacionais da célula,
incluindo, entre outros, tamanho do lote, números de operadores e layout da célula;
 Implementação: refere-se ao processo de colocar em operação as modificações sugeridas
durante o processo de formação de células;
 Operação: refere-se ao funcionamento diário das células.

3 Métodos de Formação de Células de Manufatura


O problema de formação de células tem sido objeto de inúmeras pesquisas devido a sua importância
no desenho dos sistemas de produção. Normalmente, a formação consiste na implantação da
manufatura celular em um ambiente cujo sistema já é existente.
Teoricamente, a solução ótima para a formação é a obtenção de células de manufatura
completamente independentes, ou seja, nenhuma peça processada em mais de uma célula, fato que
caracteriza o fluxo intercelular. Desta forma, o principal objetivo da formação de células é a
determinação do agrupamento de máquinas em células que minimizam o fluxo intercelular.
As informações necessárias para a determinação das células de manufatura, podem ser:
 Número, tipo e capacidade das máquinas de produção;
 Números e tipos de peças a serem manufaturadas;
 Rotas das peças;
 Máquinas que processam cada peça.
Dois sistemas clássicos, o layout funcional (job shop) e o layout em linha, podem ser convertidos em
manufatura celular, trazendo vários benefícios (BLACK,1998). O layout funcional é convertido
agrupando-se famílias compatíveis de componentes e as células são projetadas para processarem
famílias de peças.
Quanto ao layout em linha, embora seja mais eficiente que o anterior, produz em grandes lotes e não
é flexível, com a transformação elimina-se setup. A figura 2 abaixo esquematiza o processo.
Ao se implantar a manufatura celular é necessário reestruturar partes do layout, convertendo-o em
estágios para células manuais. Podem ser ligadas diretamente uma à outra ou a pontos de sub-
montagem, ou indiretamente pelo sistema de controle de estoque de “puxar”, chamado kanban.
Para a implantação do arranjo celular o passo inicial é o agrupamento de peças em famílias de peças
e o agrupamento de máquinas em células de manufatura, sistema também conhecido como
Tecnologia de Grupo.
A aplicação de tal metodologia é uma das fases mais importantes no projeto de células de
manufatura.
Figura 2: O layout funcional e o layout em linha requerem uma conversão a nível de sistema para serem
reconfigurados em células de manufatura.

Dois sistemas básicos podem ser utilizados para organizar a produção:


1. O sistema de produção por produto;
2. O sistema de produção por processo.
Nos sistemas de produção cuja arquitetura privilegia a organização por produto, as máquinas são
dispostas em linha de produção dedicadas à fabricação de produtos específicos. Essa forma de
organizar a produção apresenta certas vantagens, como baixo custo de movimentação de materiais,
pequenos níveis de estoque de produtos em processo e elevado grau de controle das atividades de
produção. Ainda que proporcione elevadas taxas de produção, esse sistema é pouco flexível, não
permitindo o alcance de vantagens referentes à economia de variedade.
Nos sistemas de produção organizados por processo, as máquinas com a mesma funcionalidade são
agrupadas em departamentos, de modo a facilitar o deslocamento das peças que necessitam de
processamento em mais de um tipo de máquina. Esse modo de organizar a produção é relativamente
flexível, além de favorecer uma alta taxa de utilização dos recursos. Em contra partida, induz o
sistema de produção a ter elevados níveis de estoque de produtos em processo, elevados níveis de
movimentação de materiais, além de dificultar as tarefas de controle da produção.
Os sistemas produtivos organizados em células de manufatura conseguem somar as vantagens dos
sistemas de produção orientados por produto e por processo. A manufatura celular quebra o
paradigma de que não é possível obter simultaneamente vantagens de economia de variedade e
médias taxas de produção.
A proximidade física dos equipamentos também é muito importante para a implantação da
manufatura celular, bem como ter operadores multifuncionais e que tenham capacidade de gerenciar
o próprio trabalho.
Ao se implantar as células, existe uma melhor comunicação entre os operadores, uma distância
reduzida de percurso, um controle mais fácil de materiais (um entra, um sai), as atividades do
trabalho são mais facilmente combinadas existe uma maior flexibilidade para mudar o volume de
produção (pela mudança do número de pessoas dentro da célula), um fluxo mais simples e redução
da carga administrativa para controlar a linha e melhor trabalho de equipe para atingir objetivos
comuns.
A implantação de células, no entanto, não consiste apenas no rearranjo do layout da fábrica, ou seja,
de soluções técnicas, mas em uma complexa reorganização que envolve aspectos organizacionais e
humanos. Mudanças tradicionalmente necessárias compreendem seleção de empregados,
aprimoramento dos procedimentos de planejamento e controle de produção, bem como adoção de
sistemas de custos adequados.
Para que as mudanças dentro de uma organização tenham sucesso elas devem ser graduais e
necessitam envolver as pessoas com informações e treinamento para minimizar as resistências às
mudanças. É necessário compreender os seus princípios e pouco a pouco implantar os seus conceitos
dentro da produção.
4 Célula Piloto
A formação de famílias de peças leva ao projeto de células, mas isto não acontece automaticamente.
Este é o passo crítico principalmente na reorganização de um layout já implantado. Muitas empresas
iniciam com uma célula piloto de maneira que todos possam aprender e entender como as células
funcionam.A empresa deveria iniciar o desenvolvimento de células manuais e não esperar até que
todas as peças tenham sido codificadas, pois parece que o método mais simples seja selecionar um
grupo lógico de produtos e formar uma célula para manufaturá-los. Apenas desta maneira irão
aprender como operar as células e como reduzir o tempo de setup de cada máquina. As maquinas
não serão utilizadas 100%. Enquanto o sistema será altamente utilizado. O objetivo da manufatura de
células manuais é utilizar totalmente as pessoas, aumentando e enriquecendo seus trabalhos. Eles
aprendem a operar várias máquinas e/ou fazer muitos serviços e tarefas.
Nos sistemas celulares, o trabalhador é desacoplado da máquina de maneira que a utilização do
trabalhador não está mais ligada à utilização da máquina. Significa que poderá haver menos
trabalhadores do que máquinas nas células.
Nas células mecanizadas, a utilização do equipamento é mais importante porque o elemento mais
flexível nas células (o trabalhador) foi removido e “substituído” por um robô e desacopladores.
O sistema de células manuais proporciona ao trabalhador um ambiente natural ao engrandecimento
do trabalho. Um maior envolvimento no trabalho aumenta as possibilidades do enriquecimento e
proporciona claramente uma disposição ideal para melhorar a qualidade. A qualidade da peça pode
ser verificada entre cada etapa do processo (BLACK, 1998).
5 Tipos de Célula de Manufatura
As células de manufatura podem ser classificadas de várias formas, de acordo com:
 O layout;
 A quantidade de equipamentos (presentes no layout de produção);
 A quantidade de modelos de produto que processa (um só modelo, uma família de produtos
ou qualquer produto);
 A quantidade de operários que nela trabalha (célula individual ou célula grupal com vários
operários);
 A predominância sobre o trabalho, exercida pela máquina ou pelo homem.

A seguir, explica-se como é feita a classificação por layout e quantidade de equipamentos, em vista de
serem as mais conhecidas e utilizadas.
a) Classificação em função do layout:
Identificam-se quatro tipos de Célula de Manufatura, os quais foram classificados analogamente aos
tipos clássicos de layout:
 Por produto com predominância da máquina;
 Por produto com predominância do homem;
 Por processo;
 Por posição fixa do produto.

Célula de Manufatura por produto com predominância da máquina : corresponde ao modelo da


Toyota, na qual a localização de cada posto de trabalho deve possibilitar adequada visualização dos
demais postos, bem como permitir uma visão completa do processo produtivo. Sendo assim, cada
operador deve ter condições de livremente comunicar-se com os demais operadores que participam
da fabricação do produto. Deve-se induzir a uma integração de cada posto de trabalho no processo
completo. As distâncias entre os postos de trabalho devem ser mínimas, a fim de reduzir o custo do
transporte da produção e proporcionar maior flexibilidade à célula, no caso de ser necessário
modificar o seu número de operadores. O grande inconveniente da célula por produto é a
necessidade de mão-de-obra versátil, ou seja, de operador multifuncional, capaz de executar com
habilidade e eficiência um grande número de operações. As empresas, de um modo geral, não
dispõem desse tipo de operário, e treiná-lo requer tempo longo.

Célula de Manufatura por produto com predominância do homem: É semelhante à anterior, onde os
postos de serviços são dispostos na seqüência das etapas do processo de fabricação de um produto
ou família de produtos, de forma a completar pelo menos parte da fabricação de uma peça ou
produto numa área restrita. A única diferença é o predomínio do trabalho humano. Normalmente a
produtividade da célula individual, na qual possui apenas um operador, é superior a de uma célula
grupal, onde vários trabalham, entretanto exige operador funcional. Serve como exemplo o
acabamento de peças fundidas pela execução seqüencial de três operações: rebarbação, lixação e
esmerilhação realizadas por três operários ou por um operário multifuncional.

Célula de Manufatura por processo: Corresponde ao agrupamento de duas ou mais máquinas de


mesmo tipo, operadas por um único homem e dispostas convenientemente de forma a minimizar os
deslocamentos do operador, como por exemplo, três fresadoras para fundição. A finalidade desta
célula é aproveitar o tempo-máquina, durante o qual o operador fica parado esperando a máquina
completar automaticamente o seu ciclo, para que ele opere outra máquina nesse período. Permite a
fabricação de qualquer tipo de produto independentemente da sua família de peças, porém a
duração dos ciclos deve ter valores próximos entre si. Apresenta três vantagens extremamente
importantes:
 Proporciona significativo aumento da produtividade do homem;
 Não requer operários multifuncionais (não havendo a necessidade treinar funcionários);
 É muito fácil de ser implantada.
Pode ser denominada também célula funcional, por agregar máquinas que têm a mesma função.

Célula de Manufatura por posição fixa do produto: É caracterizada pelo agrupamento de operários
que trabalham em volta de um produto colocado numa posição fixa. É o modelo implantado pela
Saab-Scania numa fábrica de motores na Suécia, onde um grupo de três operários monta um motor
colocado sobre uma bancada em meia hora. Também denominado grupo semi-autônomo. O objetivo
desta célula é oferecer ao trabalhador algo mais do que seu salário: ambiente de trabalho mais
adequado, maior responsabilidade sobre a qualidade e um envolvimento ativo nos processos de
decisão. A sua implantação não é fácil, pois exige operários multifuncionais, só alcançáveis após longo
período de treinamento. Como este tipo de célula foi implantado e desenvolvido pioneiramente na
Suécia, pode se denominado célula sueca ou escandinava, ou, seguindo a tradição do layout, por
célula posicional.

b) Classificação em função da quantidade de equipamentos:


Os tipos de células de manufatura estão ligados à quantidade de equipamentos que fazem parte do
layout de produção. As células de manufatura podem ser divididas em:
 Células de uma máquina;
 Células de máquinas agrupadas e transporte manual;
 Células de máquinas agrupadas e transporte semi-integrado;
 FMS - sistemas flexíveis de manufatura.

Células de uma máquina: As células de uma máquina (Single Machine Cell) são compostas por
apenas um equipamento mais o ferramental e dispositivos necessários para o seu funcionamento.
Geralmente os componentes que compõe o produto final são fornecidos externamente e apenas
passa por um processamento.
Células de máquinas agrupadas e transporte manual: As células de máquinas agrupadas e
transporte manual correspondem às células compostas por várias máquinas capazes de processar
componentes e produtos completos, sem possuir mecanismos automáticos de manuseio e transporte
destas partes entre os equipamentos. A disposição em forma de “U” permite que o fluxo de materiais
percorra a célula sempre no mesmo sentido, e a entrada e saída de material aconteça na mesma
ponta, facilitando também a movimentação entre os operadores dentro das células.
Células de máquinas agrupadas e transporte semi-integrado :
As células de máquinas agrupadas e transporte semi-integrado diferem dos outros tipos de células
porque são providas de algum sistema automático de transporte entre as máquinas. Quando as peças
processadas têm um roteiro de produção semelhante pode-se utilizar um layout em linha com um
sistema de transporte retilíneo passando por todas as máquinas. Quando as peças processadas têm
roteiros de produção diferentes se utiliza o layout em forma de “loop” possibilitando que cada peça
possa ter uma seqüência de trabalho diferente. Nos dois casos, se faz necessário que os roteiros de
produção sejam realmente semelhantes, a fim de evitar uma movimentação excessiva de peças entre
os equipamentos.

Sistemas flexíveis de manufatura : Os sistemas flexíveis de manufatura (Flexible Manufacturing


Sysems - FMS) representam, em termos de tecnologia empregada, o mais elevado nível de
automação em células de manufatura. Eles são caracterizados por terem estações de trabalho
automatizadas e programáveis por controle numérico, sistemas de movimentação autônomos e
sistema de controle de produção computadorizado. Os computadores são responsáveis pelo controle
dos equipamentos de produção, transporte e comunicação entre os equipamentos. As maiores
vantagens da utilização de um FMS são as reduções de custo de produção, aumento de produtividade
e flexibilidade do sistema, além de que estes sistemas permitem uma inspeção em 100% das peças
processadas, aumentando a qualidade.
Células de Manufatura e Sistema Flexível de Manufatura
As Células Flexíveis de Manufatura (CFM), contidas em um Sistema Flexível de Manufatura (FMS), são
muito semelhantes às células em um sistema de Manufatura Celular, devido ao seu agrupamento. No
entanto, em um Sistema Flexível de Manufatura as peças são movimentadas entre as células e dentro
delas por sistemas automatizados de movimentação de materiais.
A Célula Flexível de Manufatura pode conter de duas a doze máquinas de controle numérico
computadorizado, alimentadas por robôs, transportadores fixos ou Veículos Guiados Automatizados.
Essas instalações com robôs recebem peças ou por um sistema manual de movimentação de
materiais ou por um automatizado. Uma vez designadas para uma Célula Flexível de Manufatura, as
peças recebem múltiplas operações em várias máquinas. Raramente passam por mais de uma célula;
em vez disso, as peças e a sua Célula Flexível de Manufatura relacionada são projetadas para serem
auto-suficientes. Além disso, o controle da Célula Flexível de Manufatura também é auto-suficiente.
Quando duas ou mais Células Flexíveis de Manufatura são colocadas juntas, é criado um Sistema
Flexível de Manufatura.
Portanto, as CFMs e os FMSs são versões automatizadas das células em um sistemas de manufatura
celular. Como resultado muitas das tecnologias de layout e controle da MC se aplicam a um FMS e
inversamente. Na realidade, a tecnologia para determinados sistemas de manufatura celular é muito
mais avançada do que para um FMS. Mas, o trabalho de desenvolvimento associado ao controle do
FMS excede muito o trabalho dos sistemas de manufatura celular.

5. Conclusão
A evolução do mercado de manufatura tem passado por radicais modificações nos últimos tempos.
As teorias de administração e organização para fabricação que vieram com a revolução industrial,
perderam espaço para uma nova organização, em conseqüência da imposição de uma automatização
mais flexível, na busca de qualidade e produtividade, para fabricação em lotes pequenos e médios.
Os conceitos de células de manufatura vêm ao encontro dessa nova ordem, permitindo conceber
uma reorganização dos moldes tradicionais e racionalização dos meios produtivos, para uma
automatização mais flexível com um tratamento de grupo para a solução dos problemas.
A aplicação da Tecnologia de Grupo é uma das fases mais importantes no projeto de células de
manufatura.
A migração de um ambiente tradicional de manufatura para um ambiente de Tecnologia de Grupo,
embora possa parecer tarefa complexa, na verdade conduz a toda uma simplificação, à medida que
são organizados racionalmente os recursos.
Os benefícios trazidos pela aplicação da filosofia evidenciam-se, entre outros aspectos, numa sensível
melhora no clima de trabalho, no crescimento dos padrões de qualidade e produtividade, além de
viabilizar uma automatização mais flexível.
Para a implantação dos princípios da Tecnologia de Grupo, toda uma reorganização do ambiente de
manufatura se faz necessária como, por exemplo, a adequação do arranjo físico, a formação de
famílias de peças e células de máquinas, racionalização de projetos e processo de fabricação e
implantação de um sistema de codificação e classificação. A Manufatura Celular juntamente com a
Tecnologia de Grupo têm sido aplicados em vários ambientes de manufatura e os inúmeros
benefícios são alcançados.
6. Referências Bibliográficas
Livros: BLACK, J. T.. O projeto da fábrica com o futuro. Porto Alegre, Editora Bookman, 1998.
LORINI, Flávio José. Tecnologia de grupo e organização da manufatura.

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