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Havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.
“Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas ao olharem para mim, levantem os
olhos e pensem em Deus”.
Muitos anos se passaram e certo dia três lenhadores cortaram as árvores, todas três ansiosas em serem
transformadas naquilo que sonhavam. Mas os lenhadores não costumavam ouvir ou entender de sonhos...
Que pena!
A segunda virou um simples barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.
Mas, numa bela noite, cheia de luz e de estrelas, uma jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido
naquele cocho de animais. E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
A segunda árvore acabou transportando um homem que terminou dormindo do barco, mas quando a
tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse:
“PAZ !”
E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o rei do céu e da terra!
Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em
forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo sentiu-se horrível e cruel. Mas no domingo seguinte, o
mundo vibrou de alegria. E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um homem para salvação
da humanidade e que as pessoas se lembrariam de DEUS e de seu FILHO ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos e desejos... Mas sua realização foi mil vezes maior do que haviam
imaginado.
PORTANTO, NÃO IMPORTA O TAMANHO DO SEU SONHO! ACREDITANDO NELE A VIDA
FICARÁ MAIS BONITA
Conto popular
ÍNDICE
Estrutura
Personagens
Tempo e espaço
Simbologia
Funções do conto
Classificação
conto é um tipo de narrativa que se opõe, pela extensão, quer à novela, quer ao
romance. De facto, é sempre uma narrativa pouco extensa e a sua brevidade tem
implicações estruturais: reduzido número de personagens; concentração do espaço e
do tempo, acção simples e decorrendo de forma mais ou menos linear.
Embora o conto seja hoje uma forma literária reconhecida e utilizada por inúmeros
escritores, a sua origem é muito mais humilde. Na verdade, nasceu entre o povo
anónimo. Começou por ser um relato simples e despretensioso de situações
imaginárias, destinado a ocupar os momentos de lazer. Um contador de histórias
narra a um auditório reduzido e familiar um episódio considerado interessante. Os
constrangimentos de tempo, a simplicidade da assembleia e as limitações da memória
impõem que a "história" seja curta. Essas mesmas circunstâncias determinam, como
já vimos, a limitação do número de personagens, a sua caracterização vaga e
estereotipada, a redução e imprecisão das referências espaciais e temporais, bem
como a simplificação da acção.
Dada a sua origem popular, o conto de que falamos aqui não tem propriamente um
autor, entendido como um ser humano determinado, ainda que desconhecido. Na
realidade ele constitui uma criação colectiva, dado que cada "contador" lhe introduz
inevitavelmente pequenas alterações ("Quem conta um conto, acrescenta um
ponto.").
Por outro lado, é bom ter consciência de que os contos populares com que hoje nos
defrontamos são diferentes daqueles que, durante séculos, foram transmitidos
oralmente de geração em geração. Em primeiro lugar, porque o seu registo por
escrito implicou necessariamente alguma re-elaboração. Em segundo lugar, porque
no acto de narração oral o código linguístico era acompanhado por outros códigos,
variáveis de contador para contador e irreproduzíveis na escrita (a entoação, a
ênfase, os movimentos corporais, a mímica...).
Também não podemos esquecer que o auditório estava fisicamente presente e
condicionava o acto de narração, fazendo comentários ou perguntas e restringindo,
com a sua censura implícita, a imaginação criadora do contador. É essa censura
latente que ajuda a compreender a permanência dos elementos essenciais,
independentemente do tempo e do espaço.
O interesse dos intelectuais pelo conto popular surgiu no século XVII, quando, em
1697, Charles Perraut publicou a primeira recolha de contos populares franceses, que
incluía histórias tão conhecidas como "A Gata Borralheira", "O Capuchinho Vermelho"
e "O Gato das Botas". Esse interesse pela literatura popular acentuou-se no século
XIX, com os trabalhos dos irmãos Grimm, na Alemanha, e Hans Christian Andersen,
na Dinamarca. Em Portugal destacaram-se nessa tarefa investigadores como Teófilo
Braga, Adolfo Coelho, Leite Vasconcelos e Consiglieri Pedroso. O próprio Almeida
Garrett recolheu no seu Romanceiro numerosas narrativas em verso, que são afinal
parentes próximos do conto popular.
Estrutura
Fruto da sua origem oral, estes contos têm quase sempre uma estrutura muito
simples e fixa. As próprias fórmulas inicial ("Era uma vez...") e final ("...e foram
felizes para sempre.") revelam isso. Essa estrutura pode ser traduzida da seguinte
forma:
ordem existente - situação inicial;>
ordem perturbada - a situação de equilíbrio inicial é destruída, o que dá
origem a uma série de peripécias que só se interrompem com o aparecimento
de uma força rectificadora;
ordem restabelecida .
Personagens
A caracterização das personagens é sumária e estereotipada: os heróis concentram
em si os traços positivos, enquanto os vilões evidenciam todos os aspectos negativos
da personalidade humana. Dessa maneira personifica-se o bem e o mal e manifesta-
se insistentemente a vitória do primeiro sobre o segundo.
A caracterização indirecta prevalece sobre a directa, visto que é sobretudo pelas suas
acções que as personagens revelam o seu carácter.
Tempo e espaço
A fórmula inicial ("Era uma vez..." ou outra equivalente) remete para o passado e,
desse modo, funciona como um sinal de que se vai passar do mundo real para um
mundo irreal, o mundo da fantasia, onde tudo é possível. Esse mergulho no
imaginário termina com a fórmula final: "...e viveram felizes para sempre."
Ao longo do conto as indicações de natureza temporal são sempre limitadas e vagas,
não permitindo determinar com rigor a duração da acção ou a localização num
contexto histórico preciso. O mesmo acontece relativamente ao espaço: um palácio,
uma casa, uma fonte, uma floresta...
Na verdade, as vagas referências espácio-temporais aparecem apenas porque são
uma exigência da narrativa, visto que nada acontece fora do tempo e do espaço. Não
é o onde nem o quando que interessa, mas sim o que acontece, a acção. As próprias
personagens são um mero suporte da acção, daí a sua caracterização estereotipada.
A conjugação dessas características (personagens estereotipadas e espaço e tempo
indeterminados) concede às histórias um carácter atemporal e universal, que permite
a sua reactualização permanente: é algo que poderia acontecer em qualquer tempo e
em qualquer lugar.
Simbologia
Os contos tradicionais estão carregados de simbologia: dizem mais do que parecem
dizer. A manifestação mais evidente é a referência sistemática ao número três,
símbolo da perfeição desde tempos imemoriais. Mas há mais... A rosa aparece como
símbolo do amor puro e total. O beijo desperta e faz renascer. A heroína é
frequentemente a mais nova (e por isso a mais pura e inocente) e afirma-se por
oposição às irmãs mais velhas e mesmo aos pais. O herói quase sempre tem que
enfrentar uma série de provas antes de alcançar o objecto - símbolo do
amadurecimento que fará dele um homem. Outras vezes sai da casa paterna em
busca da autonomia.
Funções (importância) do conto
Em maior ou menor grau, o conto popular tinha as seguintes funções:
preencher os tempos de lazer;
propor aos ouvintes modelos de comportamento;
transmitir os valores e concepções do mundo próprios daquela sociedade.
Pedro Dinis,
Vozes dos Animais
Palavras:
ladra
assobio
zurrar
grasna
zumbir
relincha
pia
zune
mia
arrulham
cacareja
Conto- 7º ano
AS BOCAS DO MUNDO
Era uma vez um homem muito velho que tinha na sua companhia um neto, filho de uma sua filha já falecida,
como falecido era o marido desta. Teve o velho de ir a uma feira vender um jumento e como o neto era rapazola
muito turbulento, não o quis deixar sozinho em casa, e levou-o consigo. O jumento era já adiantado em anos e o
velho para não o estropiar resolveu levá-lo adiante, caminhando a pé avô e neto. Passaram a um lugar onde
estava muita gente a brincar na estrada.
— Olhem aqueles brutos! Vão a pé atrás do burro que se não dá da tolice dos donos.
O velho disse ao neto que se pusesse em cima do burro.
Mais adiante passaram próximo doutros sujeitos que se puseram a dizer:
— O mariola do garoto montado, e o velho a pé; o que um tem de esperto tem o outro de bruto.
O velho então mandou apear o neto e ele montou- se no burro.
Mais adiante começaram a gritar:
— Olhem o velho se é manhoso! A pobre da criança a pé e ele repimpado no burro.
— Salta para cima do burro — ordenou o velho ao neto.
O garoto não esperou que o avô repetisse a ordem e lá foram os dois sobre o jumento.
Andaram assim alguns passos e logo viram muita gente sair-lhes à estrada, cheia de indignação e gritando
ameaçadora:
— Infames! Criminosos! Canalhas! Matar o animalzinho com o peso de dois alarves, podendo ir a pé.
O velho e a criança foram obrigados a descer do burro.
Então disse o avô ao neto:
— É para que saibas o que são as línguas do mundo: preso por ter cão e preso por o não ter.
1 Seguindo o exemplo dado, reescreve algumas passagens do conto tradicional «As Bocas do Mundo», mantendo
o seu sentido original.
............ (Dizem/Diz-se) que era um homem muito velho, o qual tinha um neto e um jumento.
Comentários, críticas e até insultos, tudo ............ (saíam/saía) da boca daquela gente.
Um pouco mais adiante, um grande número de pessoas .......... (gritavam/gritava) à beira da estrada.
Enfim, velho, rapaz e burro, cada qual ............ (chegaram/chegou) à feira, depois de muito ter ouvido durante a
viagem.
__________________________________________________________________
5- Caracteriza-as física e socialmente.
_________________________________________________________________________________
___________________________________________________
6- Aplicando os teus conhecimentos, indica porque podemos considerar este texto como um conto tradicional .
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
______
____________________________________________________________________________________
__________________________________________________
10- Completa o texto.
A fórmula inicial ("Era uma vez..." ou outra equivalente) remete para um passado_________________. Por
outro lado, tem como função _________________ a atenção do ouvinte. Os contos tradicionais estão
carregados de simbologia: dizem mais do que parecem dizer. A manifestação mais evidente é a referência
sistemática ao _______________________ símbolo da perfeição desde tempos imemoriais .
O rei e os conselheiros
Um rei quis experimentar o juízo de três conselheiros que tinha e indo passear com eles encontrou
um velho a trabalhar num campo, e saudou-o:
- Muita neve cai na serra!
Respondeu o velho com a cara alegre:
- Já senhor, é tempo dela.
Os conselheiros ficaram a olhar uns para os outros, porque era Verão, e não percebiam o que o velho
e o rei queriam dizer na sua. O rei fez-lhe outra pergunta:
- Quantas vezes te ardeu a casa?
- Já, senhor, por duas vezes.
- E quantas vezes contas ser depenado?
- Ainda me faltam três vezes.
Mais pasmados ficaram os conselheiros; o rei disse para o velho:
- Pois se cá te vierem três patos, depena-os tu.
- Depenarei, real senhor, porque assim o manda.
O rei seguiu o seu caminho a mofar da sabedoria dos conselheiros, e que os ia despedir do seu
serviço se lhe não soubessem explicar a conversa que tivera com o velho. Eles, querendo passar por
espertos, foram ter com o velho para explicar a conversa; o velho respondeu:
- Explico tudo, mas só se se despirem e me derem o dinheiro que trazem.
Não tiveram outro remédio senão obedecer; o velho disse:
- Olhem: «Muita neve cai na serra, é porque eu estou cheio de cabelos brancos: «já é tempo dela», é
porque tenho idade para isso, «Quantas vezes me ardeu a casa?» é porque diz lá o ditado: «Quantas vezes te
ardeu a casa? Quantas casei a filha». E como já casei duas filhas sei o que isso custa. «E quantas vezes
conto ser depenado?» é que ainda tenho três filhas solteiras e lá diz o outro:
Agora os três patos que me mandou o rei são vossas mercês, que se despiram e me deram os fatos
para explicar-lhes tudo.
Os conselheiros do rei iam-se zangando, quando o rei apareceu, e disse que se eles quisessem voltar
para o palácio vestidos que se haviam ali de obrigar a darem três dotes bons para o casamento das outras
três filhas do velho lavrador.
a. “experimentar o juízo”
b. “a mofar da sabedoria”
2. Divide o texto nos seus momentos principais, justificando devidamente a tua resposta
2.1 Explica por que motivo nos contos tradicionais a caracterização indirecta é mais relevante do que a
caracterização indirecta.
3.2. Aponta mais duas características do conto tradicional aqui patentes e explica-as devidamente.
1 Era uma vez um cego que tinha ajuntado no peditório uma boa quantia de moedas. Para que
ninguém as roubasse, tinha-as metido dentro de uma panela que guardava enterrada no pomar, debaixo de
uma macieira. Ele lá sabia o lugar e, quando ajuntava outra boa maquia, desenterrava a panela, contava tudo
e tornava a esconder o seu tesouro. Um vizinho espreitou-o, viu onde é que ele enterrava a panela, foi lá e
roubou tudo. Quando o cego deu pela falta ficou muito calado mas começou a dar voltas ao miolo para ver se
arranjava maneira de tornar a apanhar o seu dinheiro. Com grande paciência, pôs-se a considerar quem
5 seria o ladrão e achou lá para si que era, por força, o vizinho. Tratou de vir à fala e disse-lhe:
- Olhe, meu amigo, quero-lhe dizer uma coisa muito em particular, que ninguém nos oiça.
- Então que é, senhor Vizinho?
- Eu ando doente e isto há viver e morrer... Por isso quero-lhe dar parte que tenho algumas moedas
enterradas no pomar, dentro de uma panela, mesmo debaixo da macieira. Já se sabe, como não tenho
10 parentes, há-de ficar tudo para vossemecê, que sempre tem sido bom vizinho e me tem tratado bem. Ainda
tinha aí num buraco mais umas peças de ouro e quero guardar tudo junto, para o que der e vier.
O vizinho ouviu aquilo, agradeceu-lhe muito a sua intenção e, naquela noite, tratou logo de ir enterrar
outra vez a panela de dinheiro debaixo da macieira, para ver se apanhava o resto das peças de ouro ao cego.
Quando bem o entendeu, o cego foi ao sítio, encontrou a panela e trouxe-a para casa e só então é que se pôs
15 a fazer uma grande caramunha ao vizinho, dizendo:
- Roubaram-me tudo! Roubaram-me tudo, senhor Vizinho.
E daí em diante, guardou o seu dinheiro onde ninguém, por mais pintado, dava com ele.
Responde, agora, às questões que te coloco, de uma forma clara, completa e objectiva.
1. Refere a primeira solução que o cego encontrou para defender o seu dinheiro.
1.1- Classifica o narrador deste texto.
1.2- Caracteriza o Cego psicologicamente.
2. Transcreve a frase pela qual sabemos que a primeira estratégia do cego não funcionou.
3. Partindo do princípio que o cego desempenha a função de Sujeito neste conto, indica, justificando a tua resposta,
a) um Oponente; ________________________ b)um Objecto_____________________
3.1. .Resume o plano que o cego pôs em prática para reaver o seu dinheiro.
3,2. Comenta a actuação do vizinho e apresenta um provérbio que a ela se pode associar (“Quem tudo…”).
4. Explica o sentido das frases que se seguem:
a) “[...]começou a dar voltas ao miolo [...]” (l. 6);
b) “[…] se pôs a fazer uma grande caramunha ao vizinho [...]” (l. 19).
c) “[…] ninguém, por mais pintado, […]” (l. 21).
4.1. Indica palavras no texto sinónimos dos seguintes: invisual, furtou, familiares, objectivo.
5. Apresenta uma moralidade para este texto, justificando as razões da tua escolha.
6. Aponta três características que permitam classificar este texto como conto popular.
7. Classifica as palavras destacadas no texto quanto à Classe e à Subclasse.
8. Rescreve a frase que se segue de forma a colocares o adjectivo no grau pedido.
A panela estava cheia.
a) grau superlativo absoluto sintéctico.______________________________________
b) grau superlativo absoluto analítico.____________________________________________________
8.1- . Constrói uma frase, estabelecendo uma comparação entre o cego e o vizinho, através do adjectivo esperto.
_______________________________________________________________________________________________
9. Reescreve a frase seguinte nos tempos verbais indicados:
“O vizinho ouviu aquilo”
Pretérito Imperfeito do Indicativo:__________________________________
Pretérito- Mais- que- Perfeito do Indicativo:_______________________________________
Futuro do Indicativo: _______________________________________________________
10. Completa as frases com a forma mais adequada: DEMAIS – DE MAIS
1. Isto é _________________________.
2. Estás a comer _______________________.
3. Portugal e os____________________ países da Europa não têm pena de morte.
4. A Mafia raptou uma testemunha. Ela sabia ______________.
5. Bebeu dois copitos e já está a falar_______________ .
6. Três alunos saíram da sala e os_________________ ficaram lá dentro.
7. Estou cansada______________ para agora te estar a aturar.
8. Não corras______________ que ficas com dor de barriga.
11. Completa o quadro:
Verbo Adjectivo Nome
Morrer
Prometer
Pedir
Entristecer
Combater
12- …tratou logo de ir enterrar outra vez a panela…
12.1. Qual é a raiz da palavra sublinhada?
12.2. Aponta outros três verbos e três substantivos com a mesma raiz.
_______________________ _______________________ ______________________________
13.. Indica o feminino dos substantivos - ladrão, actor, cidadão e herói.
______________________________________________________________________________________________________
14. Passa para o plural os substantivos seguintes.: vizinho, ladrão, capitão, cidadão, barril e réptil.
__________________________________________________________________________________________
.15. Indica os graus diminutivo e aumentativo dos substantivo - dinheiro casa e corpo.
1.O cego guardava o seu dinheiro numa panela que enterrava no quintal, debaixo de uma figueira.
2- Narrador não participante porque narra na 3º pessoa e não participa na acção da história.
2.” Um vizinho espreitou-o, viu onde é que ele enterrava a panela, e foi lá e roubou tudo.”
3.1.O cego disse ao vizinho que quando morresse, o faria herdeiro de uma panela com moedas que tinha
escondida no quintal e de mais umas peças valiosas que pretendia colocar nessa panela, uma vez que não
tinha família.
4.
a)Começou a pensar, a imaginar.
b)Pôs-se a armar uma cilada.
1- A expressão “Era uma vez…”, muito frequente no início dos contos populares, tem como função
situar a acção num tempo passado indeterminado.
2.A personagem protagonista é o cego. Trata-se de um pobre pedinte sem família, muito poupado e
também desconfiado. Mas a principal característica que ressalta da sua actuação é a astúcia, na
medida em que pôs em prática um engenhoso plano para recuperar o seu dinheiro, que resultou em
cheio.
3.Depois de considerar que o ladrão só poderia ter sido o seu vizinho, o cego começou por dizer-lhe
que estava próximo da morte e que lhe iria deixar tudo o que tinha. E o que tinha era não só uma
panela com moedas debaixo da figueira (a que fora roubada), mas também umas moedas de ouro,
escondidas noutro buraco. Acrescentou que queria juntar tudo. O vizinho, na ganância desmedida de
ficar com mais dinheiro, foi repor a panela de onde a tirara, com o fito de ir depois lá buscá-la de novo.
Entretanto, o cego retirou a panela, escondendo-a noutro sítio mais seguro, gritando depois que fora
roubado. O plano tinha resultado.
4.Na minha opinião, a actuação do vizinho foi extremamente incorrecta, porque ninguém deve roubar
nada a ninguém, muito menos quando a vítima do roubo era um pobre pedinte invisual, ainda por cima
vizinho do ladrão. O provérbio que se pode associar à actuação do vizinho é “Quem tudo quer, tudo
perde”.
5. Os sinónimos textuais são os seguintes: invisual –
cego
; furtou –
roubou
; familiares –
parentes
; objectivo –
fito
.6.“Dar voltas ao miolo” significa pensar e voltar a pensar; “isto há viver e morrer” quer dizer que
todos os seres vivos acabarão por morrer e, no caso concreto do cego, a sua hora estaria próxima;
“quero dar-lhe parte”, no contexto frásico em que se situa, significa que o cego ia informar o vizinho.
7.Entre outras, os contos populares apresentam estas três características: a) Não têm autoria definida;
b) As personagens quase nunca têm nome próprio, sendo nomeadas, pelo estatuto social, pelo grau de
parentesco entre si, pela profissão ou por certas características físicas ou psicológicas que apresentam;
c) Estas narrativas encerram quase sempre uma lição de moral, tendo um final “feliz”, sendo os maus
castigados e os bons recompensados.
8.Um outro título adequado ao conto é “O Crime não Compensa”.
1.
1.1. A raiz da palavra sublinhada é
terra.
1.2. Três verbos com a mesma raiz: enterrar, aterrar, desterrar; Três substantivos: terraço, terramoto
território
2.
2.1. Os femininos são os seguintes: ladrão – ladra; actor – actriz; cidadã o – cidadã; herói
– heroína
2.2.
vizinho – vizinhos; ladrão – ladrões; capitão – capitães; cidadão – cidadãos; barril – barris
; réptil – répteis.
2.3. Grau diminutivo: dinheirinho; casinha; corpinho./Grau aumentativo: dinheirão casarão
; ; corpanzil.
1 Era uma vez um cego que tinha ajuntado no peditório uma boa quantia de moedas. Para que
ninguém as roubasse, tinha-as metido dentro de uma panela que guardava enterrada no pomar, debaixo de
uma macieira. Ele lá sabia o lugar e, quando ajuntava outra boa maquia, desenterrava a panela, contava tudo
e tornava a esconder o seu tesouro. Um vizinho espreitou-o, viu onde é que ele enterrava a panela, foi lá e
roubou tudo. Quando o cego deu pela falta ficou muito calado mas começou a dar voltas ao miolo para ver
se arranjava maneira de tornar a apanhar o seu dinheiro. Com grande paciência, pôs-se a considerar quem
5 seria o ladrão e achou lá para si que era, por força, o vizinho. Tratou de vir à fala e disse-lhe:
- Olhe, meu amigo, quero-lhe dizer uma coisa muito em particular, que ninguém nos oiça.
- Então que é, senhor Vizinho?
- Eu ando doente e isto há viver e morrer... Por isso quero-lhe dar parte que tenho algumas moedas
enterradas no pomar, dentro de uma panela, mesmo debaixo da macieira. Já se sabe, como não tenho
10 parentes, há-de ficar tudo para vossemecê, que sempre tem sido bom vizinho e me tem tratado bem. Ainda
tinha aí num buraco mais umas peças de ouro e quero guardar tudo junto, para o que der e vier.
O vizinho ouviu aquilo, agradeceu-lhe muito a sua intenção e, naquela noite, tratou logo de ir enterrar
outra vez a panela de dinheiro debaixo da macieira, para ver se apanhava o resto das peças de ouro ao cego.
Quando bem o entendeu, o cego foi ao sítio, encontrou a panela e trouxe-a para casa e só então é que se pôs
15 a fazer uma grande caramunha ao vizinho, dizendo:
- Roubaram-me tudo! Roubaram-me tudo, senhor Vizinho.
E daí em diante, guardou o seu dinheiro onde ninguém, por mais pintado, dava com ele.
Responde, agora, às questões que te coloco, de uma forma clara, completa e objectiva.
10. Refere a primeira solução que o cego encontrou para defender o seu dinheiro.
1.3- Classifica o narrador deste texto.
1.4- Caracteriza o Cego psicologicamente.
11. Transcreve a frase pela qual sabemos que a primeira estratégia do cego não funcionou.
12. Partindo do princípio que o cego desempenha a função de Sujeito neste conto, indica, justificando a tua resposta,
a) um Oponente; ________________________ b)um Objecto_____________________
3.1. .Resume o plano que o cego pôs em prática para reaver o seu dinheiro.
3,2. Comenta a actuação do vizinho e apresenta um provérbio que a ela se pode associar (“Quem tudo…”).
13. Explica o sentido das frases que se seguem:
a) “[...]começou a dar voltas ao miolo [...]” (l. 6);
b) “[…] se pôs a fazer uma grande caramunha ao vizinho [...]” (l. 19).
c) “[…] ninguém, por mais pintado, […]” (l. 21).
4.1. Indica palavras no texto sinónimos dos seguintes: invisual, furtou, familiares.
14. Apresenta uma moralidade para este texto, justificando as razões da tua escolha.
15. Aponta três características que permitam classificar este texto como conto popular.
16. Classifica as palavras destacadas no texto quanto à Classe e à Subclasse.
17. Rescreve a frase que se segue de forma a colocares o adjectivo no grau pedido.
A panela estava cheia.
a) grau superlativo absoluto sintético.______________________________________
b) grau superlativo absoluto analítico.____________________________________________________
8.1- . Constrói uma frase, estabelecendo uma comparação entre o cego e o vizinho, através do adjectivo esperto.
_______________________________________________________________________________________________
18. Reescreve a frase seguinte nos tempos verbais indicados:
“O vizinho ouviu aquilo”
Pretérito Imperfeito do Indicativo:__________________________________
Pretérito- Mais- que- Perfeito do Indicativo:_______________________________________
Futuro do Indicativo: _______________________________________________________
CORRECÇÂO
1.O cego guardava o seu dinheiro numa panela que enterrava no quintal, debaixo de uma figueira.
1.1-- Narrador não participante porque narra na 3º pessoa e não participa na acção da história.
1.2- A personagem protagonista é o cego. Trata-se de um pobre pedinte sem família, muito poupado e
também desconfiado. Mas a principal característica que ressalta da sua actuação é a astúcia, na
medida em que pôs em prática um engenhoso plano para recuperar o seu dinheiro, que resultou em
cheio.
2.” Um vizinho espreitou-o, viu onde é que ele enterrava a panela, e foi lá e roubou tudo.”
3- Vizinho e panela.
3.1- Depois de considerar que o ladrão só poderia ter sido o seu vizinho, o cego começou por dizer-lhe
que estava próximo da morte e que lhe iria deixar tudo o que tinha. E o que tinha era não só uma
panela com moedas debaixo da figueira (a que fora roubada), mas também umas moedas de ouro,
escondidas noutro buraco. Acrescentou que queria juntar tudo. O vizinho, na ganância desmedida de
ficar com mais dinheiro, foi repor a panela de onde a tirara, com o objectivo de ir depois lá buscá-la de
novo. Entretanto, o cego retirou a panela, escondendo-a noutro sítio mais seguro, gritando depois que
fora roubado. O plano tinha resultado.
3.2- Na minha opinião, a actuação do vizinho foi extremamente incorrecta, porque ninguém deve
roubar nada a ninguém, muito menos quando a vítima do roubo era um pobre pedinte invisual, ainda
por cima vizinho do ladrão. O provérbio que se pode associar à actuação do vizinho é “Quem tudo
quer, tudo perde”.
4-“Dar voltas ao miolo” significa pensar e voltar a pensar; se pôs a fazer uma grande caramunha ao vizinho- fazer
queixa ao vizinho lamentando-se; ninguém, por mais pintado- ninguém por mais esperto.
4.1-. Os sinónimos textuais são os seguintes: invisual – cego
; furtou – roubou; familiares – parentes;
6- Entre outras, os contos populares apresentam estas três características: a) Não têm autoria
definida; b) As personagens quase nunca têm nome próprio, sendo nomeadas, pelo estatuto social,
pelo grau de parentesco entre si, pela profissão ou por certas características físicas ou psicológicas que
apresentam; c) Estas narrativas encerram quase sempre uma lição de moral, tendo um final “feliz”,
sendo os maus castigados e os bons recompensados.
7- ninguém – pronome indefinido ; pomar,- nome colectivo; debaixo- advérbio de lugar; pela- contracção da
preposição) ; por+ a (artigo definido) , muito- advérbio de intensidade/quantidade,; paciência ,- nome comum ,
abstracto, feminino, singular; pôs-se - pronome pessoal, 3º pesssoa; seria – verbo ser modo condicional; de –
preposição simples.
8- A panela estava cheiíssima , A panela estava muito cheia.
9- ouvia/ouvira/ouvirá.
10- morto/morte
Prometido/promessa
Pedinchão/pedido
Triste/tristeza
Combatente, combativo/combate.
11.1- Terra
11.2- Três verbos com a mesma raiz: enterrar, aterrar, desterrar; Três substantivos: terraço,
terramoto território
12- Os femininos são os seguintes: ladrão – ladra; actor – actriz; cidadã o – cidadã; herói
– heroína
13- vizinho – vizinhos; ladrão – ladrões; capitão – capitães; cidadão – cidadãos; barril – barris
; réptil – répteis.
14- Grau diminutivo: dinheirinho; casinha; corpinho./Grau aumentativo: dinheirão casarão
; ; corpanzil.
15- Um outro título adequado ao conto é “O Crime não Compensa”.