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Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Etec “JORGE STREET”

SEMÁFORO SOLAR SUSTENTÁVEL

Daniel Fávaro Guerreiro


Lucas dos Santos Scatolin
Henrique Kirsanoff Rizzo
Nilson de Montes Sales
Renan de Jesus Santana
William Rosa Maschio

Professor Orientador:

Renato de Agostin / Salomão Choueri

São Caetano do Sul / SP


2015
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Etec “JORGE STREET”

SEMÁFORO SOLAR SUSTENTÁVEL

São Caetano do Sul / SP


2015
SEMÁFORO SOLAR SUSTENTÁVEL

Monografia apresentada à Escola


Estadual de Ensino Jorge Street, como
pré-requisito para obtenção do Diploma
de Técnico em Eletrônica, sob
orientação do professor Renato de
Agostin.

São Caetano do Sul / SP


2015
SEMÁFORO SOLAR SUSTENTÁVEL

Data: _______/_________/2015

Banca Examinadora:

________________________
Prof.
Coordenador

_______________________
Prof.
Orientador

_______________________
Prof.
ETEC Jorge Street

_______________________
Prof.
ETEC Jorge Street

_______________________
Prof.
ETEC Jorge Street
Às nossas famílias е às pessoas com
quem nós convivemos аo longo desses
anos, que nos deram apoio e incentivo
nesta e em outras caminhadas.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos concedido a vida e


força para enfrentar todos os obstáculos. Em seguida, agradecemos nossas
famílias que tanto se esforçaram e nos apoiaram para conseguirem nos verem
felizes e concluindo mais uma etapa importante das nossas vidas, e claro aos
nossos amigos que de uma forma ou outra nos ajudaram a desenvolver este
trabalho.

Não poderíamos esquecer também da valiosa ajuda dos Professores


que nos orientaram e acompanharam no desenvolvimento deste trabalho, pela
paciência, disposição e experiências que nos passaram e também aos demais
professores que nos auxiliaram.

Agradecemos também as instituições que nos forneceram informações


para que este trabalho fosse apresentado de maneira coerente, e todos
aqueles que nos prestigiaram com sua presença e incentivo.
A imaginação é mais importante que a
ciência, porque a ciência é limitada, ao
passo que a imaginação abrange o
mundo inteiro.

Albert Einstein
RESUMO

Como o tema sustentabilidade está sendo muito focado ultimamente


devido aos problemas ambientais, foi pensado em um projeto que pudesse
levar para mais perto das pessoas um modo de vida sustentável, visando a
economia energética.
Este projeto apresenta um sistema criado para alimentação elétrica
utilizando energia solar, através de uma placa fotovoltaica junto a um circuito
elétrico. O projeto tem como principal objetivo desenvolver um circuito elétrico
agregado a uma placa fotovoltaica, visando alimentar um semáforo através de
energia sustentável, proveniente do sol.
Para evitar problemas que surgiram durante as pesquisas do projeto, foi
feita uma adição na ideia principal. Esta adição foi o chaveamento da
alimentação do projeto para a rede elétrica.
Este semáforo foi projetado para ser autônomo, e isso foi intensamente
planejado durante o seu desenvolvimento. O chaveamento para a rede elétrica
só acontecerá em casos específicos como em casos da placa fotovoltaica
captar pouca incidência de raios solares ou a bateria estiver com carga
insuficiente armazenada para alimentar o circuito.

PALAVRAS-CHAVE: Alimentação elétrica. Energia solar. Placa fotovoltaica.


Sustentável.
ABSTRACT

As the theme of sustainability is being very focused lately because of


environmental issues, it has been designed on a project that could bring closer
to the people a sustainable way of life, aimed at energy savings.
This project presents a system designed for electric power using solar
energy through a photovoltaic plate next to an electrical circuit. The project aims
to develop a household electrical circuit to a photovoltaic plate, aiming to feed a
light through sustainable energy from the sun.
To avoid problems that arose during the project's research, an addition
was made on the main idea. This addition was the design of switching power to
the grid.
This light was designed to be autonomous, and that was intensely
planned during its development. Switching to the grid only happen in particular
cases and in cases of photovoltaic plate capture little incidence of sunlight or
the battery is insufficiently charged stored to power the circuit.

KEYWORDS: Electric power. Solar energy. Photovoltaic plate. Sustainable.


SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO...........................................................................................12
1.1 – Primeiras Ideias .................................................................................13
1.2 – Apresentação do Problema...............................................................13
1.3 – Objetivos do Trabalho ......................................................................14
1.4 – Justificativa e Importância do Trabalho .........................................15
1.5 – Escopo do Trabalho .........................................................................16
1.6 – Resultados Esperados .....................................................................16
1.7 – Estrutura do Trabalho ......................................................................17

2 – ENERGIA SOLAR.....................................................................................19
2.1 – Breve Revisão Histórica da Energia Solar......................................20
2.2 – Energia Solar no Brasil.....................................................................21

3 – PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DO PROJETO....................23


3.1 – Planejamento do Projeto...................................................................23
3.2 – Desenvolvimento do Projeto............................................................24

4 – MATERIAIS UTILIZADOS.........................................................................26
4.1 – Placa Fotovoltaica..............................................................................26
4.1.1 – Conceito Elétrico ........................................................................28
4.2 – Controlador de Carga........................................................................28
4.3 – Bateria.................................................................................................29
4.4 – Regulador de Tensão ........................................................................31
4.5 – Micro Controlador .............................................................................32
4.6 – Interface de Potência ........................................................................35
4.7 – Fonte de Alimentação........................................................................37
4.8 – Lâmpadas de LED..............................................................................38
4.8.1 – Benefícios da Lâmpada de LED.................................................40
4.9 – Semáforo.............................................................................................40

5 – ESTRUTURA DO PROJETO....................................................................42
5.1 – Painel de Comando............................................................................43
6 – INSTALAÇÃO DOS MATERIAIS MAIS CRÍTICOS...............................45

7 – MANUTENÇÃO DO PROJETO..............................................................46
7.1 – Manutenção dos Módulos Fotovoltaicos ....................................46
7.2 – Manutenção das baterias...............................................................46

8 – MODELO PROPOSTO...........................................................................48
8.1 – Apresentação do Funcionamento..................................................48
8.2 – Diagrama em Blocos da Programação..........................................51
8.3 – Fluxograma da Programação.........................................................52

9 – DESCRIÇÃO DA APLICAÇÃO DO PROJETO.....................................53


9.1 – Custos do Projeto...........................................................................53
9.2 – Público Alvo....................................................................................54
9.3 – Avaliação Global do Projeto..........................................................54
9.4 – Slogan..............................................................................................55

10 – CONCLUSÃO.........................................................................................56
10.1 – Sugestões para Trabalhos Futuros............................................56

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................58
12

1. INTRODUÇÃO

Esse projeto é um semáforo, como os demais vistos em avenidas, ruas,


entre outros, com um diferencial, que está no modo como ele é alimentado.
Diferente dos semáforos comuns, este trabalha em conjunto com uma placa
solar fotovoltaica, uma bateria, um regulador de tensão, um controlador de
carga e um circuito elétrico, junto a um micro controlador Arduino Uno R3.
Diversos projetos foram analisados durante o período de
desenvolvimento do trabalho, dentre estes houveram dois que foram estudados
com mais precisão, um chuveiro sustentável que reaproveitaria a água utilizada
no banho e uma máquina de condensação que visaria captar a umidade do ar
para armazenamento de água.
Foi escolhido o semáforo solar por se tratar de um projeto sustentável e
inovador. Conforme o tema sustentabilidade cresce a cada dia, trabalhos que
desenvolvam essa prática são mais bem vistos diante do governo e da
população, garantindo maior aceitação do público para a utilização das novas
formas de energia nas suas vidas.
O projeto funciona da seguinte maneira, a placa solar fotovoltaica capta
os raios solares, assim gerando energia elétrica, que é enviada ao controlador
de carga e a seguir armazenada em uma bateria, após isso a energia gerada
passa por um regulador de tensão, para que a tensão de entrada seja
transformada na tensão de trabalho do micro controlador e assim alimentando-
o para que sejam acionados os LEDS no período planejado e o circuito seja
chaveado caso necessário.
Para casos de falta de luz solar e, consequentemente, falta de carga
armazenada na bateria, foi desenvolvido um sistema de chaveamento no qual
o circuito passa a ser alimentado pela energia proveniente da rede elétrica. Isto
foi projetado de modo a solucionar e evitar possíveis problemas que surgiram
durante o desenvolvimento do trabalho e também para garantir o
funcionamento correto do semáforo caso haja falta de luz solar.
13

1.1 Primeiras Ideias

Foram pensados em vários projetos antes de ser decidido qual


realmente seria feito. Entre eles podemos citar um chuveiro sustentável, em
que a própria água suja do banho seria tratada, para que pudesse ser
reutilizada em outros banhos, e uma máquina de condensação, que iria usar a
própria humidade presente no ar para, através do processo de condensação,
armazenar água em um reservatório, pensamos nesta máquina como um modo
de levar água para as pessoas que vivem nas regiões mais secas do país.
Decidimos deixar essas ideias de lado, pois não tínhamos conhecimento
suficiente sobre tratamento de água, pela falta de conhecimento sobre as
transformações da água e pelo fato de que a máquina poderia diminuir
drasticamente a humidade do ar no ambiente.

1.2 Apresentação do Problema

O Brasil está passando, atualmente, por uma séria crise elétrica, o


sistema elétrico foi concebido para tirar proveito da vasta disponibilidade de
recursos hídricos disponíveis. Quando os reservatórios estão cheios, a
participação das hidrelétricas no atendimento ao consumo ultrapassa os 90%.
Entretanto, como as vazões dos rios e chuvas são incertas, é preciso utilizar-se
termelétricas para complementar a operação e ajudar a economizar água em
momentos de hidrologia adversa. Mas essas térmicas respondem por menos
do que 30% do consumo. O Brasil depende basicamente da gestão dos
estoques de água nos seus reservatórios para atender ao consumo de
eletricidade. Para enfrentar a alternância entre períodos úmidos e secos de
maneira segura, os modelos computacionais utilizados pelo operador nacional
do sistema (ONS) precisam representar fidedignamente o sistema elétrico e
hídrico para simular o que pode acontecer em cada possível cenário
hidrológico ao longo do ano.
Devido a essa adversidade, a população acaba por precisar pagar mais
pelo uso da energia. Somente no ano de 2015 houve um aumento médio de
33% na conta para clientes residenciais, este aumento foi determinado pela
ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para todas as distribuidoras, em
14

02 de março de 2015. Isso se deve a elevação do custo de geração de energia


hidrelétrica e acionamento de usinas termoelétricas, por conta do baixo nível de
água dos reservatórios das usinas.
A demanda energética e a sustentabilidade são um dos principais temas
abordados atualmente. Conforme a população dos países aumenta, a
demanda por energia aumenta e, por conseguinte, surgem problemas
relacionados ao meio ambiente devido à busca pela obtenção de energia
elétrica.
O Brasil tem uma grande incidência de raios solares em quase todo o
seu território nacional por muitos meses do ano, pensando nisso teve-se a ideia
de criar um semáforo que seja autônomo, funcionando através da
transformação de energia solar em elétrica.
Este projeto não economizará energia suficiente para solucionar o
problema da crise energética, mas será uma alternativa para ajudar a diminuir
o uso de energia que é gasta nas cidades, neste caso, diminuindo o consumo
de energia gasto com a alimentação dos semáforos. Em longo prazo esse
projeto poderá trazer lucro significativo para o país, pois poupará dinheiro
público em gastos com energia elétrica.

1.3 Objetivos do Trabalho

O projeto foi dividido tendo dois objetivos, o objetivo geral e o objetivo


específico.
O objetivo geral é conseguir desenvolver um circuito que seja alimentado
através de energia solar.
O objetivo específico é o de utilizar uma placa fotovoltaica junto de um
circuito elétrico para criar um semáforo que funcione sem a necessidade da
energia elétrica proveniente da rede de distribuição, apenas com a energia que
a placa solar fotovoltaica irá gerar.
15

1.4 Justificativa e Importância do Trabalho

Nos últimos anos a energia fotovoltaica tem sido vista


internacionalmente como uma tecnologia bastante promissora. Experiências
internacionais apresentam importantes contribuições para análise sobre
expansão do mercado, ganhos na escala de produção e redução de custos
para os investidores.
Estima-se que o Brasil possua atualmente cerca de 20MW de
capacidade de geração solar fotovoltaica instalada, em sua grande maioria
(99%, segundo IEA, 2011) destinada ao atendimento de sistemas isolados e
remotos, principalmente em situações em que a extensão da rede de
distribuição não se mostra economicamente viável. Também se observa o uso
destes sistemas em aplicações como suporte a antenas de telefonia celular e a
radares de trânsito.
Do ponto de vista estratégico, o Brasil possui uma série de
características naturais favoráveis, tais como, altos níveis de insolação e
grandes reservas de quartzo de qualidade, que podem gerar importante
vantagem competitiva para a produção de silício com alto grau de pureza,
células e módulos solares, produtos estes de alto valor agregado. Tais fatores
potencializam a atração de investidores e o desenvolvimento de um mercado
interno, permitindo que se vislumbre um papel importante na matriz elétrica
para este tipo de tecnologia.
Como o uso da eletricidade tende a aumentar conforme o crescimento
da população, futuramente será difícil para alguns países conseguirem suprir a
demanda elétrica desejada. O semáforo alimentado por energia solar é uma
opção para um meio sustentável de conseguir eletricidade, ajudando a
diversificar a matriz energética do país.
Socialmente falando, a aplicação desse projeto em grande escala seria
de grande impacto para o governo e sua população, as pessoas vendo essa
tecnologia sendo implantada teriam mais confiança para utilizá-la, o governo,
por si só seria bem visto nacionalmente e internacionalmente por optar por um
meio sustentável de garantir energia.
Caso seja implantado, este projeto trará grandes benefícios. Inicialmente
sua utilização trará uma nova visão da população sobre o país e seu
16

investimento em energia limpa e sustentável, as pessoas perceberão a


preocupação e o interesse do governo em evoluir a nação sustentavelmente.
Em virtude de o Brasil ter muitos favores favoráveis para a aplicação da
energia solar, não seria um problema investir nesse projeto para utilizá-lo em
escala nacional. A dependência das distribuidoras de energia diminuiria e, em
longo prazo, seria perceptível o valor econômico poupado que ele traria para o
Estado.

1.5 Escopo do Projeto

O projeto em desenvolvimento abrangerá o uso de um micro controlador


Arduino Uno R3, o micro controlador será responsável pela parte automatizada
do projeto, através dele será feita a comunicação entre a placa fotovoltaica, o
controlador de carga, a bateria de 12 V, o regulador de tensão e as lâmpadas
de LED vermelha, amarela e verde.
Esse sistema possui diversas possibilidades de otimização, como por
exemplo a automatização da placa solar para que ela consiga captar a maior
quantidade de raios solares prevista, fazendo com que ela se mova de acordo
com a maior incidência de luz. Isto seria feito utilizando-se sensores de
iluminação para detectar a área com maior incidência de luz, através do micro
controlador Arduino Uno R3 seria feito o controle através dos sinais obtidos nos
sensores para a movimentação da placa, e um motor que receberia o sinal do
micro controlador e movimentaria fisicamente a placa fotovoltaica. É possível
fazer com que a placa solar se movimente na direção mais iluminada
utilizando-se vários sensores de luminosidade em conjunto, visando mais
aproveitamento da luz solar na geração de energia elétrica.

1.6 Resultados Esperados

É esperado que este projeto supra a necessidade do semáforo de


funcionar sem a ajuda da energia elétrica da rede, apenas utilizando a energia
elétrica gerada na placa fotovoltaica. A placa deverá captar a maior quantidade
de raios solares possível, estando parada, e gerar energia elétrica suficiente
para o funcionamento correto do semáforo, desde a alimentação do circuito e
17

do micro controlador, até o acendimento de todos LEDS conforme o tempo


programado.
Espera-se que seja perceptível a diminuição dos gastos e da
dependência do semáforo em relação ao uso da rede elétrica. O semáforo
deverá funcionar 70% do tempo utilizando a energia proveniente da placa
fotovoltaica.
Todo o projeto deve funcionar corretamente, desde o funcionamento do
circuito, que deve utilizar a energia proveniente do sol em sua alimentação para
o acendimento dos LEDS, até o sistema de segurança caso surjam problemas
na alimentação por energia solar, como por exemplo, vários dias nublados
seguidos, que acarretariam em menor captação de raios solares.

1.7 Estrutura do Trabalho

Esta monografia está dividida em capítulos que irão abordar sobre o


sistema de alimentação elétrica através da energia solar desenvolvido neste
projeto.
O Capítulo 1 é a introdução, onde são definidas as ideias básicas que
serão desenvolvidas ao longo do trabalho, bem como o escopo do projeto, o
que ele aborda e o que ele não irá tratar, além de mostrar as primeiras ideias
até a escolha do projeto atual. Neste capítulo também são apresentados os
resultados esperados para o projeto.
O Capítulo 2 apresentará o conceito de energia solar, explicando
tecnicamente os detalhes do tema. É apresentada também uma breve revisão
histórica da energia solar, mostrando pessoas e estudos importantes para o
desenvolvimento da mesma até os dias atuais. O Capitulo finaliza exibindo
dados sobre a energia solar no Brasil.
O capítulo 3 irá tratar do planejamento e desenvolvimento do projeto.
Nele é falado sobre os estudos feitos até a escolha do projeto e a separação
dos itens que ficaram sobre responsabilidade de cada integrante do grupo
durante o período estudos do trabalho.
O capítulo 4 tratará dos conceitos teóricos dos equipamentos e
tecnologias que foram necessárias para o desenvolvimento deste projeto. Este
capítulo irá demonstrar os conceitos de uma placa fotovoltaica, um controlador
18

de carga, bateria, regulador de tensão, micro controlador Arduino Uno,


interface de potência, fonte de alimentação, lâmpadas de LED e por fim falará
sobre o semáforo.
O capítulo 5 explicará sobre a estrutura do projeto. Nele é falado sobre o
material usado para sua realização, a forma da estrutura e mostrará imagens
da mesma para facilitar o entendimento do leitor deste trabalho.
O capítulo 6 tem como objetivo explicar sobre a instalação dos
componentes mais críticos do projeto, dando dicas sobre a melhor localização
para o projeto e também para como conseguir um melhor aproveitamento da
radiação solar incidente.
O capitulo 7 tratará sobre a manutenção do projeto, dando ênfase na
placa fotovoltaica e na bateria, que são os componentes mais críticos do
projeto.
O capítulo 8 apresentará principalmente o modelo do projeto, explicando
como será o funcionamento e esquematizando o circuito elétrico, o diagrama
em blocos da programação e o fluxograma da programação do projeto.
O capítulo 9 irá trazer a descrição do protótipo, com itens como custos,
preço comercial e a pesquisa de campo, que foi realizada para saber qual a
opinião das pessoas após a explicação do trabalho para elas.
O capítulo 10 abordará a conclusão do projeto, demonstrando as
vantagens da utilização deste e suas limitações. Além disso, serão
apresentadas propostas futuras para o desenvolvimento de sistemas mais
robustos, como automação da placa solar para maior captação de luz e
visualização das tensões gerada pela placa e reservada na bateria,
respectivamente, em um display.
19

2. ENERGIA SOLAR

Energia solar é um termo que se refere à energia proveniente da luz e


do calor do Sol. É utilizada por meio de diferentes tecnologias em constante
evolução, como o aquecimento solar, a energia solar fotovoltaica, a energia
hélio térmica, a arquitetura solar e a fotossíntese artificial.
O raio solar é transformado em eletricidade em uma célula fotovoltaica,
fabricada com materiais chamados de semicondutores. O mais utilizado é o
silício. A luz solar é pura energia, composta de pequenos elementos
denominados fótons. Quando os fótons atingem a célula fotovoltaica, parte
deles é absorvida. Esses fótons despertam os elétrons do material
semicondutor, gerando assim eletricidade. Quanto maior for a intensidade de
luz solar, maior será o fluxo de eletricidade.
Em outras palavras podemos dizer que a geração de energia elétrica
através da luz se dá através do uso de células fotossensíveis ou comumente
chamadas de células fotovoltaicas, que agrupadas em módulos ou painéis
compõem os painéis solares fotovoltaicos. Um sistema composto pelo painel,
controlador de carga, acumulador e acessórios, é denominado como Gerador
Fotovoltaico.
Geram energia na presença da luz; Necessariamente não precisam da
incidência direta da luz solar, mas é recomendável para obter-se o melhor
rendimento do painel. Isto significa que há geração elétrica mesmo em dias
nublados;
O rendimento se altera, conforme há maior ou menor intensidade da luz.
A geração só se interrompe na redução quase total de luz.(ex.: à noite).
A corrente gerada é de forma contínua e pode ser guardada em
acumuladores elétricos (baterias), para uso quando necessário ou à noite.
O sistema é modular, ou seja, vários módulos podem ser conectados
entre si, fornecendo a quantidade de energia necessária para o uso, podendo
ser expandida, reduzida ou transferida de local conforme uma nova
necessidade. Não há limite da capacidade de geração.
20

2.1 Breve Revisão Histórica da Energia Solar

A transformação de luz solar em eletricidade ocorre graças ao chamado


efeito fotovoltaico, cujo nome foi criado através da junção das palavras foto
(luz) e volt (unidade de medida de potencial elétrico).
Esse efeito foi definido em 1839, pelo físico francês Edmond Becquerel,
através de um experimento muito simples. Usando dois eletrodos colocados
em um eletrólito (solução condutora de eletricidade), ele verificou que a
eletricidade do sistema aumentava com havia presença de luz solar.
Em 1873, foi a vez de Willoughby Smith, um engenheiro eletricista
britânico, dar sua contribuição para o desenvolvimento da energia solar
fotovoltaica, ao descobrir que o selênio, que é um material isolante (ou seja,
que não conduz eletricidade), se transformava em condutor quando era
exposto à luz. Essa propriedade é chamada de fotocondutividade.
Três anos depois, em 1876, o mesmo Willoughby Smith descobriu que o
selênio não apenas era fotocondutor, mas que também era capaz de produzir
eletricidade a partir de luz solar.
Ele tentou então construir células solares usando selênio, mas elas não
funcionaram bem.
Envolvidas em pastilhas de selênio, surgiram em 1883 as primeiras
células fotovoltaicas funcionais.
Depois, em 1887, o famoso cientista alemão Henrich Hertz descobriu
que a radiação ultravioleta era capaz de fazer faíscas saltarem dos eletrodos
das células fotovoltaicas.
Em 1905, Albert Einstein publicou um artigo sobre o efeito fotoelétrico,
que é quando um material expele elétrons ao ser exposto à luz. Até aquele
momento, não havia nenhuma evidência do efeito fotoelétrico, mas isso foi
somente até 1916, quando o cientista norte-americano Robert Millikan
conseguiu demonstrar o efeito em laboratório.
A partir de 1947, ao final da II Guerra Mundial, o uso equipamentos que
usavam energia solar começou a se tornar cada vez mais popular nos Estados
Unidos.
21

Mas o primeiro uso comercial da energia solar fotovoltaica aconteceu no


espaço, para fornecer eletricidade para satélites e estações espaciais, a partir
de 1958.
Entre os anos de 1959 e 1970, houve uma intensa discussão sobre
como aumentar a eficiência dos painéis solares (que até então era de apenas
14%) e como diminuir seus custos. Somente em 1970, porém, que a Exxon
Corporation (atual Exxon Mobil) descobriu como produzir painéis solares mais
eficientes e mais baratos.
Em 1977, o governo dos Estados Unidos começou a incentivar
oficialmente o uso da energia solar, lançamento do Instituto de Pesquisa em
Energia Solar. Não demorou muito e os governos de outros países começaram
a fazer a mesma coisa.
Em 1999 foi desenvolvida a célula fotovoltaica mais eficiente até hoje,
capaz de converter 36% de luz solar em eletricidade.
Em 2008, devido à crise, o governo da Espanha reduziu os subsídios
que havia para incentivar a produção de equipamentos de energia solar. A
medida impactou diretamente o mercado de energia solar em todo o mundo.
Por falta de demanda no mercado para seus produtos de alta tecnologia,
em 2009 duas grandes empresas do ramo de energia solar fecharam as portas:
Evergreen Solar e Solyndra.
Em 2012, foi inaugurada a então maior usina solar do mundo, o Golmud
Solar Park, na China, com 200 megawatts de capacidade. Menos de 3 anos
depois, em Janeiro de 2015, seria criadas 9 usinas maiores, e o posto de maior
usina solar do mundo ficaria com Desert Sunlight Solar Farm, no Estados
Unidos, com incríveis 550 megawatts de capacidade.

2.2 Energia Solar no Brasil

No Brasil, o potencial de energia fotovoltaica é imenso, dados seus altos


índices de radiação solar. Atualmente, os governos e as concessionárias de
serviços públicos são os principais investidores, utilizando painéis fotovoltaicos
em sinalização e fiscalização rodoviárias, iluminação pública, telecomunicações
e outros. O projeto federal Luz Para Todos, que visa levar energia elétrica para
22

comunidades isoladas e carentes, também faz amplo uso da energia


fotovoltaica.
No entanto, os sistemas fotovoltaicos on-grid ainda são uma grande
novidade. Um dos principais obstáculos tem sido o custo de compra e
instalação dos painéis que já estão sendo ultrapassados, graças aos avanços
da tecnologia, que vem reduzido os custos e aumentado a eficiência dos
painéis fotovoltaicos. A boa noticia no setor é que a ANEEL aprovou a
resolução normativa que permite aos consumidores em baixa tensão, seja
residencial, comercial, industrial, ou rural, o investimento em um sistema
fotovoltaico que seja capaz de suprir parte ou toda sua demanda por energia
elétrica. O retorno financeiro sobre esse tipo de sistema vem através da
economia na conta de luz que é diretamente relacionada ao percentual de
energia gerado pelo consumidor.
As oportunidades de iniciação de frentes de negócios na indústria
fotovoltaica brasileira são diversas e estão abertas a todos aqueles que
desejam começar uma atividade na área de energias renováveis. A tecnologia
fotovoltaica está representada por uma indústria em franco crescimento global
e a utilização de sistemas fotovoltaicos esta se tornando predominante em
países desenvolvidos e em desenvolvimento. Isso acontece, pois as fontes de
energia suja estão cada vez mais restritas e, com o crescimento das
economias emergentes, a tecnologia fotovoltaica surge como excelente
alternativa de expansão da capacidade de geração de energia elétrica.
23

3. PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Durante o período de estudos sobre o planejamento e desenvolvimento


do projeto, foram analisadas inúmeras atividades para que fosse possível
realizar as tarefas planejadas e desenvolve-las com êxito. Nesse ínterim da
etapa de planejamento, foram estudados diversos itens como capacidade de
geração de energia da placa fotovoltaica, circuito elétrico do projeto, eficiência
energética, segurança e entre outros.
No período de desenvolvimento do projeto, todos os itens planejados
anteriormente foram distribuídos para cada integrante do grupo. Todo o avanço
físico do projeto, como compra e testes de equipamentos e componentes,
criação do hardware, estrutura de apoio do semáforo e montagem circuito
elétrico foram concluídos nas datas previstas.

3.1 Planejamento do Projeto

No inicio do desenvolvimento do projeto foram estipuladas atividades e


tarefas para cada integrante do grupo, além de objetivos como a compra dos
materiais, programação do projeto, estrutura, entre outros, que foram feitas
durante todo o período de realização do trabalho. Abaixo segue a tabela 1 com
o cronograma do projeto.
24

Tabela 1: Cronograma do Projeto


CRONOGRAMA MENSAL DE TCC
(-) SEM ATIVIDADE
(x) EXECUTADO

Cronograma Junho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


Planejamento do TCC x - - - - -
Arrecadação x x x x x -
Previsão de Conclusão da Monografia - - - - x -
Distribuição de Tarefas x - - - - -
Previsão de Finalização - - - - x -
Compras de Equipamentos - x x x x -
Custo e Análise de Mercado - - x - - -
Revisão de Custo e Análise de Mercado - - - - x x
Busca por patrocínio dentro e fora da escola x x x x - -
Marketing e Merchandising x - x x - x
Revisão da Monografia - - - - x -
Apresentação para Banca Examinadora - - - - x -
Preparação para EXCUTE - - - - x -
EXCUTE - - - - - x

Fonte: Autor do projeto, 2015.

3.2 Desenvolvimento do Projeto

A primeira fase do projeto contemplou na compra dos materiais de


utilização do protótipo, em seguida foram feitos os testes para verificar o
funcionamento individual dos componentes. Logo após encomendamos a
estrutura do projeto, que é feita de material metálico.
A segunda fase do projeto se referiu à montagem dos circuitos do micro
controlador junto aos outros componentes do sistema, como o regulador de
tensão, o controlador de potência e a placa fotovoltaica. Após isso foram feitos
testes da programação do projeto.
Podemos observar na figura 1 o fluxograma do desenvolvimento do
projeto.
25

Figura 1: Desenvolvimento do Projeto

Fonte: Autor do Projeto, 2015.


26

4. MATERIAIS UTILIZADOS

Para desenvolver corretamente qualquer tipo de projeto é necessário ter


os materiais certos para a montagem do mesmo. Os materiais utilizados nesse
projeto em particular estão especificados abaixo.

4.1 Placa Fotovoltaica

As placas fotovoltaicas são componentes que possuem a capacidade de


gerar energia elétrica a partir dos raios do sol. Essa energia pode ser utilizada
para diversos fins, como acender uma lâmpada ou ligar uma televisão.
Os painéis fotovoltaicos são compostos por estruturas chamadas células
fotovoltaicas, que têm a propriedade de criar uma diferença de potencial
elétrico por ação da luz. O efeito fotovoltaico faz com que essas células
absorvam a energia do sol e façam a corrente elétrica fluir entre duas camadas
com cargas opostas.
Os materiais mais frequentemente usados para a fabricação destas
células são o silício cristalino e o arsenieto de gálio. Um conjunto de células
formam cristais, que são posteriormente cortados em pequenos discos polidos,
que são as pequenas bolinhas que vistas nos painéis. Com a adição de fósforo
e condutores metálicos, formam-se as células, que são posteriormente fixadas
num painel rígido ou flexível e que recebe uma placa de vidro na face frontal
para proteção das células.
A quantidade de energia gerada por uma usina solar está diretamente
ligada à quantidade de sol que incide sobre a região a cada dia e à área de
painéis de cada usina. O Brasil ainda é incipiente no uso da energia solar, mas
países como Alemanha, Portugal, México e Canadá já possuem diversos
parques de geração de energia solar.
Esta é uma forma totalmente limpa de geração de energia e a tendência
é que seu uso se intensifique. O custo de produção ainda é bastante elevado,
mas estima-se que daqui a alguns anos sua aplicação seja feita com mais
intensidade e assim reduzindo o custo de aplicação.
A seguir, pode-se ver na figura 2 da placa fotovoltaica utilizada no
projeto.
27

Figura 2: Placa Fotovoltaica

Fonte: Autor do projeto, 2015.

Nesse projeto, a placa fotovoltaica funcionará como meio de alimentação


do sistema do semáforo, ela gerará energia a partir da luz do sol. A energia
gerada pela placa será armazenada na bateria e após isso alimentará micro
controlador e as lâmpadas de LED. A tabela 2 abaixo contém dados da placa
fotovoltaica utilizada.

Tabela 2: Dados da Placa Fotovoltaica


DADOS DESCRIÇÃO
Dimensão: 20mm X 35mm
Conector: G4
Cor: Branco quente - Branco frio
Angulo de abertura: 360º
Temperatura de cor: 2800k~3500k - 5500~6500k
Quantidade de led: 27
Tipo do led: smd5050
Tensão: 12 V

Luminosidade: 400 Lumens


Temperatura de funcionamento: -20 º a +55 º
Peso: 8 gramas
Fonte: Autor do projeto, 2015.
28

4.1.1 Conceito Elétrico

A produção de energia elétrica varia muito de acordo com região onde


ele for instalado e a época do ano, já que esses fatores influem diretamente na
quantidade de luz ao qual o painel solar estará exposto. Outro fator a se
considerar é a temperatura que a superfície das células atinge, já que o pico da
conversão luz/energia ocorre a 25°C. A cada grau de aumento, estima-se uma
perda de 0,44% do potencial de geração, por isso as células solares são em
geral fixadas a superfícies que com alto poder de dispersão de calor.
As células solares, basicamente, captam a radiação do sol e utilizam os
fótons da luz para gerar eletricidade.

4.2 Controlador de Carga

O controlador de carga é um dos principais componentes de um sistema


solar fotovoltaico, sendo o responsável pela duração da vida útil dos bancos de
baterias, que é um dos componentes mais dispendiosos nos sistemas solares.
A função do regulador de carga é a de proteger as baterias de serem
sobrecarregadas, ou descarregadas profundamente, e assim garantir que toda
a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos seja armazenada com maior
eficácia nas baterias.
Os controladores de carga possuem uma série de dispositivos que
informam permanentemente sobre o estado de carga do sistema e alertam o
utilizador para que este possa adaptar a instalação às suas necessidades
particulares, aumentando assim o tempo de vida útil das baterias.
Os reguladores de carga são utilizados principalmente em sistemas
isolados da rede, ou seja, autónomos, compostos por módulos fotovoltaicos,
ligados a um regulador, que por sua vez está ligado a baterias para
alimentação. Pode-se visualizar o modelo de controlador de carga utilizado no
projeto na figura 3 abaixo.
29

Figura 3: Controlador de Carga

Fonte: Autor do projeto, 2015.

O controlador de carga está ligado entre a placa fotovoltaica e a bateria,


como normalmente é utilizado. A seguir a tabela 3 com dados do controlador
de carga

Tabela 3: Dados do Controlador de Carga


DADOS DESCRIÇÃO
Modelo: CMP12
Tensão: DC 12 V / 24 V
Corrente Máxima: 10 A
Corte de Carga Total: 13,7 V / 27,4 V
Corte de Carga Baixa: 10,5V / 21 V

Fonte: Autor do projeto, 2015.

4.3 Bateria

As baterias são utilizadas nos sistemas fotovoltaicos para armazenar a


energia excedente produzida pelos painéis solares, para ser utilizada durante a
noite ou em dias muito nublados ou com baixa insolação.
30

As baterias mais utilizadas em sistemas fotovoltaicos são geralmente to tipo


chumbo-ácido. Devem ser do tipo “descarga profunda” ou estacionárias, ou
seja, podem ser descarregadas entre 20% e 80% de sua capacidade máxima e
recarregadas novamente todos os dias, durando muitos anos, conforme
especificação do fabricante.
Baterias automotivas têm custo menor, entretanto serão inutilizadas se
forem descarregadas abaixo de 20% de sua capacidade por várias vezes. A
figura 4 mostra a bateria utilizada no projeto.

Figura 4: Bateria

Fonte: Autor do projeto, 2015.

A capacidade da bateria ou banco de baterias determina sua autonomia.


Um banco de baterias precisa ser dimensionado para suprir energia entre dois
e quatro dias sem insolação para uso residencial e cinco dias ou mais para
aplicações específicas. O uso da bateria no projeto, foi dimensionado para
suprir dois ou até três dias sem isolação, abaixo segue as especificações da
bateria utilizada.
31

Tabela 4: Dados da bateria


DADOS DESCRIÇÃO
Modelo: Unipower
Tensão de Carga: 13,6 ou 13,9 V
Tensão de Descarga: 10,5
Peso: 2,5 kg
Corrente por Hora: 18 A/h
Fonte: Autor do projeto, 2015.

4.4 Regulador de Tensão

O regulador de tensão tem por finalidade a manutenção da tensão


de saída de um circuito elétrico. Sua função principal é manter a tensão
produzida pelo gerador/alternador dentro dos limites exigidos pela bateria ou
sistema elétrico que está alimentando. Um regulador de tensão é incapaz de
gerar energia. A tensão de entrada deve ser sempre superior à sua tensão de
regulagem nominal.

Figura 5: Regulador de tensão

Fonte: Autor do projeto, 2015.

No projeto, o regulador de tensão foi montado com uma entrada de 12


Volts e uma saída de 5 Volts. Este equipamento pode, também, mantém a
32

tensão de saída constante (estabilizada) mesmo havendo variações na tensão


de entrada ou na corrente de saída, abaixo segue o circuito elétrico do mesmo.

Figura 6: Circuito elétrico do regulador de tensão

Fonte: Autor do projeto, 2015.

4.5 Micro Controlador

O micro controlador é um hardware extremamente disseminado no


mercado atual. Ele possui uma enorme versatilidade de hardware e um
poderoso software. É comum ser denominado de "computador de um chip".
Reúnem neste único chip vários sistemas independentes, como contadores,
CPU, memórias RAM, memórias ROM, entre outros. Este tipo de dispositivo é
ideal para sistemas compactos e com um fim específico. Além disso, a linha de
código deste tipo de dispositivo aliada à sua finalidade é mais difícil de ser
violada.
Antes dos micros controladores, é importante citar e descrever o que é
um microprocessador. Este é basicamente um componente eletrônico que
realiza inúmeras operações lógicas e aritméticas, sob o controle de um
software externo a ele, ponto em que se difere do micro controlador. Em suma,
o micro controlador é um microprocessador com memória RAM, ROM, entre
outros circuitos no mesmo núcleo.
33

4.5.1 – Arduino Uno

O Arduino é uma plataforma de hardware livre. Na verdade, ele não é o


micro controlador em si. O projeto da plataforma Arduino foi desenvolvido em
2005 em Ivrea, Itália, com o intuito acadêmico. Em outras palavras, o Arduino é
um pequeno computador, capaz de ser programado para processar entradas e
saídas (através de seu sistema de suporte I/O) entre ele e outros dispositivos
externos conectados a ele.
Este hardware pode atuar de diversas formas. Primeiramente, o
dispositivo pode ser conectado a outros hardwares, que podem ser
implementados com diversos propósitos. O projeto vai englobar o sensor
infravermelho, o Buzzer e o modulo Celular Shield. Por outro lado, também é
possível a comunicação do Arduino com um computador, atuando em conjunto
com o mesmo, através de troca de dados. Por fim, é possível fazer a
comunicação entre todos os sistemas. Neste caso, por exemplo, o Arduino
recebe dados dos sensores ligados a ele e enviá-los para algum software
específico ou até mesmo para algum site.
Os possíveis componentes que podem ser conectados ao Arduino
englobam sensores de pressão, sensores de presença, sensores de distância,
sensores de temperatura, interruptores, motores, módulos Ethernet, LEDs,
displays de matriz de pontos ou qualquer outro dispositivo que possa emitir
dados ou possa ser controlado.
A arquitetura do Arduino possui um suporte aos dispositivos de entrada
e saída, um cristal ou oscilador, um regulador linear de cinco volts e uma saída
USB, que pode ser conectada ao PC. Por fim, os dois componentes mais
importantes do Arduino são o microprocessador e o micro controlador. O
microprocessador utilizado pelo Arduino Uno é o Atmel AVR, modelo
Atmega8U2, programado como um conversor USB para serial. A diferença
básica da versão Uno para as anteriores é que era utilizado outro chip, como
pode-se observar no modelo Arduino Duemilanove, que utiliza o chip FTDI. A
grande diferença, além do preço do chip (o Atmega8U2 é muito mais barato do
que o chip FTDI), é que o Atmega8U2 permite que o chip USB tenha o seu
firmware atualizado, o que abre uma série de novas possibilidades para o
Arduino.
34

Podemos observar na figura abaixo o Arduino Uno e seus respectivos


componentes:

Figura 7: Arduino Uno

Fonte: Autor do projeto, 2015.

Os itens (números) presentes na figura 7 correspondem, respectivamente:

1 – Micro controlador Atmega328p;


2 - Microprocessador Atmega8U2;
3 - Botão Reset, responsável por reiniciar o micro controlador;
4 - Conectores ICSP, utilizados em uma programação de um circuito serial;
5 - Pinos Digitais, onde os pinos 0 e 1 são os pinos de recepção e transmissão,
respectivamente; os pinos que são antecedidos por um "~" fornecem 8 bits de
saída PWM com a função analogWrite( ); Os pinos 2 e 3 ainda podem ser
utilizados para ativar interrupções de valor baixo; Os pinos 10, 11, 12 e 13
servem de apoio para uma comunicação utilizando uma biblioteca de SPI; Os
pinos "GND" e "AREF" correspondem respectivamente, ao terra e à tensão de
referência;
6 - Conector USB;
35

7 - Cristal, que oscila a 16MHz e é caracterizada pela estabilidade da


frequência e pureza de fase;
8 - Conector de alimentação;
9 - Pinos de Energia;
10 - Pinos Analógicos.
4.5.2 - Linguagem aplicada ao Arduino

O hardware Arduino trabalha com uma linguagem que é baseada na


linguagem C/C++, tratando-se de um DSL (Domain Specific Language), que
trabalha com diversos atalhos e consequentemente gera facilidade na
programação das portas digitais, analógicas e outros recursos do micro
controlador. Os DSL são linguagens de programação baseadas em outras
linguagens, mas que possuem uma característica específica, que podem trazer
benefícios, tais como a optimização da resolução de um problema e o tempo
de aprendizado da linguagem mais rápido.
O compilador utilizado para a programação desta DSL é a própria IDE
do Arduino, um software livre que é disponibilizado no site. O sketch
(compilador) utilizado permite a programação do DSL e o seu upload, gravando
a informação desenvolvida na plataforma Arduino escolhida no sketch.
Assim, definiram-se todos os conceitos e tecnologias necessárias para o
desenvolvimento do dispositivo de controle e monitoramento do projeto.
Observou-se no mesmo o funcionamento dos dispositivos utilizados no projeto,
bem como os componentes que os compõem.

4.6 Interface de Potência

Basicamente, uma interface de potência é um interruptor atuado


eletricamente. Ou seja, tem um circuito de comando (ou primário), que quando
alimentado por uma corrente, aciona um eletroímã que faz mudar de posição
outro par de contatos ligados a outro circuito (circuito secundário).
A grande vantagem do uso desse equipamento é que permite controlar
circuitos de grande consumo, que exigem uma grande potência, através de
sinais fracos.
36

Figura 8: Interface de potência

Fonte: Autor do projeto, 2015.

Com uma tensão baixa de entrada, essa interface consegue acionar


componentes que possuem uma tensão maior que a de entrada. Os relés
podem ser utilizados para acionar dispositivos de maior potência como motores
e solenoides.
No caso do projeto, as lâmpadas de LEDs e o chaveamento automático
para a rede elétrica. Abaixo é apresentado o circuito da interface de potência.

Figura 9: Circuito elétrico da interface de potência

Fonte: Autor do projeto, 2015.


37

4.7 Fonte de alimentação

As fontes de alimentação são dispositivos capazes de aumentar ou


reduzir valores de tensão. Também, é um dispositivo responsável por fornecer
energia elétrica aos componentes de um circuito elétrico. Portanto, é um tipo de
equipamento que deve ser escolhido e manipulado com cuidado, afinal,
qualquer equívoco pode resultar em provimento inadequado de eletricidade ou
em danos á carga.

Figura 10: Fonte de alimentação

Fonte: Autor do projeto, 2015.

No projeto, a fonte serve para reduzir e estabilizar a tensão na bateria,


ela está associada diretamente ao chaveamento automático para a rede
elétrica. Foi usada uma fonte que reduz a entrada da rede elétrica de 127 volts
de corrente alternada para 12 volts de corrente contínua. Abaixo é apresentado
o circuito elétrico da fonte de alimentação (127 V – 12 V).
38

Figura 11: Circuito elétrico da fonte de alimentação

Fonte: Autor do projeto, 2015.

4.8 Lâmpada de LED

O LED, é um componente eletrônico semicondutor da mesma tecnologia


utilizada nos chips dos computadores, que tem a propriedade de transformar
energia elétrica em luz. Esta transformação é diferente da encontrada nas
lâmpadas convencionais que utilizam filamentos metálicos, radiação
ultravioleta, dentre outras.
A transformação de energia elétrica em luz é feita na matéria, sendo, por
isso, chamada de Estado sólido (Solid State). É um componente do tipo bipolar,
ou seja, com dois terminais, sendo um anodo e outro catodo. Dependendo de
como for polarizado, permite ou não a passagem de corrente elétrica e,
consequentemente, a geração ou não de luz.
39

Figura 12: Lâmpada de LED

Fonte: Autor do projeto, 2015.

As lâmpadas de LED são muito mais eficientes do que as comuns, pois


produzem a mesma quantidade de luz (ou lúmen, para ser mais correto)
utilizando bem menos energia. Além disso, a geração de calor durante esse
processo é praticamente nula, o que ajuda na economia energética.
No projeto, foi utilizada uma lâmpada de LED para cada cor do
semáforo, com as especificações a seguir.

Tabela 5: Dados da lâmpada de LED

DADOS DESCRIÇÃO
Dimensão: 20mm X 35mm
Conector: G4
Cor: Branco quente - Branco frio
Angulo de abertura: 360º
Temperatura de cor: 2800k~3500k - 5500~6500k
Quantidade de LED: 27
Tipo do LED: smd5050
Tensão: 12 V
Consumo: 3,5 W
Luminosidade: 400 Lúmens
Temperatura de funcionamento: -20 º a +55 º
Peso: 8 gramas

Fonte: Autor do projeto, 2015.


40

4.8.1 Benefícios da Lâmpada de LED

 Consumo de energia e eficiência

A energia consumida pelo LED é revertida em iluminação e não em calor,


consequentemente não desperdiça energia.
O LED pode chegar a mais de 50.000 horas de vida útil, enquanto que:
Incandescente = 1.000 horas
Fluorescente Compacta = 6.000 horas
Fluorescente Tubular = 7.000 horas
Halógena = 3.000 horas
Em termos de durabilidade 1 LED = 50 lâmpadas incandescentes ou 8
lâmpadas compactas fluorescentes ou 16 lâmpadas halógenas.

 Exposição de produtos

A iluminação LED não emite radiação IV/UV, o que evita danos à pele,
plantas e também objetos ou produtos expostos como roupas, calçados,
móveis, decorações e obras de arte.

 Descarte

Como o LED não possui em sua composição metais pesados como chumbo e
mercúrio, não há necessidade de um descarte especial como as lâmpadas
fluorescentes.

4.9 Semáforo

Semáforo, também conhecido popularmente como sinal, sinaleira e farol


ou sinal luminoso é um instrumento utilizado para controlar o tráfego de
veículos e de pedestres (português brasileiro) ou peões (português europeu)
nas grandes cidades em quase todo o mundo. Utiliza uma linguagem simples e
por isso de fácil assimilação. É composto geralmente por três círculos de luzes
coloridas.
41

O controle semafórico permite alternar o direito de passagem na zona de


conflito de uma interseção. No projeto, o semáforo será alimentado por energia
solar proveniente da placa fotovoltaica.

Figura 13: Semáforo

Fonte: Autor do projeto, 2015.


42

5. ESTRUTURA DO PROJETO

A estrutura é um item de grande importância no protótipo, através dela


pode-se demonstrar o funcionamento do semáforo com perfeição, exibindo
componentes, circuitos, e todo o funcionamento do sistema em conjunto.
Devido ao peso dos equipamentos acoplados a estrutura, foi preciso
planejá-la de modo que a mesma aguentasse o semáforo, a placa fotovoltaica,
a bateria, e também os componentes menores ligados no painel de comando
do projeto.
Esse esqueleto foi feito em material de ferro e tem 2200 milímetros de
altura. A figura abaixo mostra a estrutura do projeto após seu término.

Figura 14: Estrutura do Projeto

Fonte: Autor do projeto, 2015.


43

5.1 Painel de Comando

O painel de comando é um dos principais itens do protótipo, no seu


exterior pode se visualizar os componentes utilizados para comunicação entre
o usuário e o semáforo, estes são: um buzzer, um botão de emergência, um
display, três sinaleiros verdes e três chaves seletoras. Pode-se ver na figura
abaixo a parte externa do painel de comando.

Figura 15: Exterior do Painel de Comando

Fonte: Autor do Projeto, 2015.

No interior do painel encontra-se o circuito elétrico, é possível ver as


ligações entre os componentes utilizados. A figura a seguir exibe o circuito
elétrico no interior do painel de comando.
44

Figura 16: Interior do Painel de Comando

Fonte: Autor do projeto, 2015.


45

6. INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS MAIS CRÍTICOS

Para a boa instalação é importante selecionar a melhor localização


possível para os módulos fotovoltaicos. A localização deve reunir duas
condições:

 Estar o mais próximo possível das baterias (a fim de minimizar o


comprimento do cabo)
 Ter condições ótimas para a recepção da radiação solar. Os módulos
deverão estar suficientemente afastados de qualquer objeto que projete
sombra sobre eles no período de melhor radiação (habitualmente das 9
às 17 horas) no dia mais curto do ano.

Para conseguir um melhor aproveitamento da radiação solar incidente,


os módulos deverão estar inclinados em relação ao plano horizontal num
ângulo que variará conforme a latitude da instalação.
O controlador de carga das baterias deverá ser instalado o mais próximo
possível do banco de baterias, pois os controladores mais modernos possuem
dispositivos de compensação de temperatura automáticos que ajustam o nível
de carga dos módulos solares conforme a temperatura do banco de baterias.
As baterias deverão ser instaladas num compartimento separado do
resto da habitação e com ventilação adequada.
46

7. MANUTENÇÃO DO PROJETO

A manutenção pode ocorrer de formas diferentes, como por exemplo, na


placa solar ou nas baterias, que são considerados como componentes críticos
para o funcionamento do sistema.

7.1 Manutenção dos módulos fotovoltaicos

Uma das grandes vantagens dos sistemas de produção fotovoltaicos é


que não necessitam manutenção alguma.
A parte frontal dos módulos é constituída por um vidro temperado com 3
a 3,5 mm de espessura, o que os torna resistentes até ao granizo. Além disso,
admitem qualquer tipo de variação climática. Eles são auto-limpantes devido à
própria inclinação que o módulo deve ter, de modo que a sujeira pode escorrer
assim que ocorrer chuva. De qualquer forma, nos lugares onde seja possível,
será conveniente limpar a parte frontal dos módulos com água misturada com
detergente.
Deve-se verificar periodicamente se o ângulo de inclinação obedece ao
especificado, isto por que é comum que as estruturas de fixação sofram
pequenos desvios pela ação dos ventos e até mesmo desgaste mecânico.
Deve-se confirmar que não haja projeção de sombras de objetos
próximos em nenhum setor dos módulos entre as 9 e as 17 horas, pelo menos.
A simples sombra de um varal ou mesmo a sombra parcial de uma árvore afeta
drasticamente o rendimento do painel solar.
Deve-se verificar periodicamente se as ligações elétricas estão bem
ajustadas e sem sinais de oxidação. Sugere-se o reaperto dos terminais do
controlador pelo menos anualmente.

7.2 Manutenção das baterias

Desde que possível recomenda-se sempre o uso de baterias do tipo sem


manutenção e que, portanto não permitem reposição de água. Estas baterias
possuem uma vida útil que pode atingir até 4-5 anos.
47

Regularmente deve-se observar os terminais e remover a oxidação que


se forma sobre os mesmos.
48

8. MODELO PROPOSTO

O Semáforo Solar Sustentável é um semáforo comum, desses vistos em


ruas, avenidas, rodovias, e outros tipos de estradas. O que o difere dos demais
é o fato do mesmo funcionar através da energia proveniente do sol, a energia
solar.
O sistema proposto funcionará a partir do momento em que a placa
fotovoltaica captar alguma incidência de raios solares, com isso será gerada
energia elétrica, que passará para o controlador de carga, e será enviada para
a bateria, que irá armazenar toda energia gerada para que seja usada quando
preciso, partindo da bateria, a energia será conduzida a um regulador de
tensão, que deixará a tensão no nível desejado para o bom funcionamento do
micro controlador, o micro controlador será responsável por comandar todo o
processo automatizado do sistema, que neste caso é o acionamento das
lâmpadas de LED no tempo programado e o chaveamento do circuito para a
rede elétrica.
Os materiais envolvidos nesse projeto são uma placa fotovoltaica, um
controlador de carga CMP12, uma bateria de 12 V, um regulador de tensão
LM7805, um micro controlador Arduino Uno R3, uma interface de potência de
relés e três lâmpadas de LED de 3,5 W cada.

8.1 Apresentação do Funcionamento

O ponto chave desse projeto é o uso de uma placa fotovoltaica para


gerar energia elétrica através de luz solar. A energia gerada irá passar por um
controlador de carga, este é responsável por não deixar que a bateria seja
sobrecarregada ou descarregada profundamente, assim garantindo que a
energia gerada seja armazenada na bateria com mais eficácia. A energia
elétrica armazenada na bateria será usada para a alimentação do micro
controlador Arduino Uno R3, para isso ela passará antes por um regulador de
tensão, este componente permitirá uma tensão de 5 V na sua saída, esta é a
tensão necessária para a alimentação do micro controlador. A bateria será
responsável também por alimentar as lâmpadas de LED, isso será feito
49

utilizando-se relés que serão acionados através de um sinal enviado pelo


Arduino.
Para garantir a autonomia do semáforo foi criado um sistema de
chaveamento para a rede elétrica, isso entrará em funcionamento apenas em
casos emergenciais, como diversos dias nublados seguidos ou qualquer outro
fator que interrompa a alimentação do semáforo pela energia gerada através
placa fotovoltaica.
Para esse sistema funcionar corretamente, foi feito um circuito divisor de
tensão. Utilizando-se quatro resistores de valores iguais foi possível dividir a
tensão gerada na placa em quatro valores iguais, assim levando para uma das
entradas analógicas do Arduino um valor de tensão que o mesmo consiga ler.
O micro controlador interpreta esse sinal na sua entrada e, através de cálculos
feitos na programação é possível saber o valor da diferença de potencial
existente antes do circuito divisor de tensão. Isto será usado para detectar
quando não há energia sendo gerada pela placa e também quando não houver
energia suficiente na bateria para alimentar todo o circuito do semáforo.
Quando a placa fotovoltaica voltar a gerar energia suficiente para
carregar a bateria ou a bateria estiver com a carga completa, o sistema do
semáforo será novamente alimentado pela energia solar. A figura 17 abaixo
mostra o esquema de funcionamento do projeto.
50

Figura 17: Esquema de Funcionamento do Projeto

Fonte: Autor do projeto, 2015.


51

8.2 Diagrama em Blocos da Programação

Pode-se ver abaixo na figura 18, o diagrama em blocos da programação.

Figura 18: Diagrama em Blocos da Programação.

Fonte: Autor do projeto, 2015.


52

8.3 Fluxograma da Programação

Segue abaixo a figura 19 com o fluxograma da programação.

Figura 19: Fluxograma da Programação

Fonte: Autor do projeto, 2015.


53

9. DESCRIÇÃO DA APLICAÇÃO DO PROJETO

A utilização da energia solar pode ser aplicada em diversas áreas, como


no caso de aquecedores, alimentação de aparelhos eletrodomésticos, entre
outros, neste caso foi utilizada para alimentar um semáforo com opção de
chaveamento para a rede elétrica, garantindo que o mesmo funcione
corretamente mesmo sobre circunstâncias não favoráveis ao uso da energia
solar.

9.1 Custos do Projeto

A tabela a seguir mostra quais os componentes e equipamentos que


foram comprados, as quantidades e os preços.

Tabela 6: Custos

COMPONENTE QUANTIDADE PREÇO


Placa Fotovoltaica 1 R$ 240,00
Controlador de Carga 1 R$ 70,00
Bateria 1 Empréstimo
Semáforo 1 Doação SEMOB
Regulador de Tensão 1 R$ 32,50
Lâmpadas 4 R$ 140,00
Soquetes 3 R$ 30,00
Arduino 1 R$ 80,00
Doação RB Metais
Estrutura do projeto ------------
(R$ 170,00)
Fonte de Alimentação 1 Empréstimo
Componentes Pequenos ------------ R$ 4,00
Interface de Potência ------------ Empréstimo
Frete (Geral) 3 R$ 70,00

TOTAL: R$ 836,50
Fonte: Autor do projeto, 2015.
54

9.2 Público alvo

O público alvo para esse projeto seria bem específico, pois os semáforos
são responsabilidade da administração civil pública. O interesse maior em
adquirir essa ideia pertenceria ao governo, já que o mesmo é responsável por
cuidar das cidades, com isso, é responsabilidade do governo também cuidar da
segurança nas estradas.
No caso, este semáforo seria um projeto sustentável, que traria lucro ao
governo após certo tempo, já que estaria poupando com os gastos de energia
elétrica.

9.3 Avaliação Global do Projeto

O desenvolvimento e implementação deste sistema de alimentação do


semáforo utilizando-se energia solar servirá como uma alternativa para
aumentar a diversificação da matriz energética e também diminuir os gastos
com a energia elétrica da rede de distribuição, possibilitando a entrada da
energia solar no mercado, já que sua implementação ainda tem alto custo esse
tipo de energia ainda não é tão utilizado, apenas das suas vantagens. Contudo,
o sistema em desenvolvimento não seria capaz de suprir toda a necessidade
que haverá no futuro, de gerar eletricidade, já que seria implantado apenas em
semáforos, seria preciso utilizar essa ideia para desenvolver outros sistemas
que possam ser alimentados desse modo sem problemas nos seus
funcionamentos.
A utilização do Arduino Uno mostrou-se bastante eficiente, visto que é
um controlador amplamente utilizado em meios acadêmicos na atualidade,
demonstrou grande facilidade tanto em sua implementação quanto em sua
programação.
Foi feita uma pesquisa de campo para avaliação do projeto, na estação
Sacomã no dia 07/11/2015 às 10:00 horas e 10 pessoas foram questionadas
se a ideia do projeto é aceitável, após a explicação do mesmo.
55

Figura 20: Pesquisa de campo

Gostaram da idéia do farol ?

Sim 8 pessoas

Não 1 pessoa

Não Sei 1
pessoa

Fonte: Autor do projeto, 2015.

9.4 Slogan

Um slogan ou frase de efeito é uma frase de fácil memorização que


resume as características de um produto, serviço ou até mesmo pessoa. Ela é
usada em contexto político, religioso ou comercial como uma expressão
repetitiva de uma ideia ou propósito. Segue abaixo o slogan criado para o atual
projeto.
Figura 21: Slogan do projeto

Fonte: Autor do projeto, 2015.


56

10. CONCLUSÃO

Através do desenvolvimento desse projeto, foi possível observar a


implantação de um sistema de alimentação elétrica em um semáforo através
da energia solar.
Além da proposta inicial do projeto como um item adicional ao sistema
do semáforo, pode-se perceber a enorme abrangência com o desenvolvimento
deste sistema. Este projeto poderá ser utilizado não somente em um semáforo,
mas em qualquer aparelho ou componente que utilize energia elétrica, desde
que sejam tomadas as medidas de segurança necessárias para o bom
funcionamento do item que irá ser alimentado.
O projeto envolve um sistema com uso alternativo de energia, porém,
não garante seu total funcionamento somente utilizando a mesma, no caso, a
energia solar, pelo fato de que em dias nublados, com menor incidência de
raios solares, a energia captada e transformada é menor.
Em relação aos objetivos gerais e específicos do desenvolvimento do
projeto, ambos foram atingidos com êxito. O objetivo geral, de conseguir
alimentar corretamente um circuito utilizando-se energia solar, e o objetivo
específico, de conseguir fazer um semáforo que funcione corretamente sendo
alimentado por energia elétrica, esta sendo gerada a partir de uma placa solar
fotovoltaica.
Por fim, é esperado que a utilização do micro controlador Arduino Uno
R3 na implementação deste sistema possa demonstrar a enorme abrangência
em relação à funcionalidade do mesmo. O baixo custo e a fácil utilização desse
micro controlador faz com que este componente seja amplamente utilizado em
projetos acadêmicos.

10.1 Sugestões para Trabalhos Futuros

O meio de utilização da energia solar para geração de energia elétrica


possui diversas áreas de aplicação, podendo ser usado para armazenamento
de energia, alimentação de equipamentos residenciais, entre outros modos.
Foram pensados em dois diferentes sistemas que podem ser usados em
conjunto, para melhorar ainda mais o projeto.
57

O primeiro é um modo de automatizar a placa solar, fazendo com que a


mesma mudasse de direção de acordo com a maior incidência de luz, neste
caso a placa solar seguiria o movimento do sol para captar a maior quantidade
de raios solares possível. Isso seria feito utilizando o próprio micro controlador
do projeto, sensores de luminosidade e um motor. Os sensores serviriam para
indicar a região do céu com maior quantidade de luz e enviar um sinal para o
micro controlador, este por sua vez enviaria um sinal ao motor que
movimentaria a placa na direção indicada pelos sensores, que no caso seria a
região no qual a placa geraria mais energia.
O segundo modo de optimização do projeto é um sistema de
monitoramento cuja função seria de avisar quando o sistema passou a ser
chaveado para a rede elétrica. O sistema funcionaria através de rede móvel ou
internet. Cada vez que o sistema fosse chaveado para rede elétrica uma
central seria avisada com uma mensagem, cuja esta seria o órgão responsável
pela mobilidade urbana da região em que o sistema estivesse instalado. Além
de mostrar em tempo real o monitoramento da bateria e do controlador de
carga, exibindo a tensão de ambos respectivamente, seria possível saber
quando houvesse alguma inconformidade no sistema, podendo ser prevista a
manutenção antes mesmo deste erro se agravar e prejudicar o funcionamento
correto do semáforo, assim evitando q que ocorram problemas e acidentes
nas estradas.
58

REFEFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://super.abril.com.br/blogs/planeta/semaforos-solares-para-as-ruas
brasileiras/ (Acesso em 20 de Junho de 2015).

http://www.vidasustentavel.net/energia-alternativa/semaforo-movido-a-energia-
solar/ (Acesso em 20 de Junho de 2015.)

http://www.wwf.org.br/empresas_meio_ambiente/porque_participar/sustentabili
dade/ (Acesso em 20 de Junho de 2015).

http://super.abril.com.br/blogs/planeta/semaforos-solares-para-as-ruas-
brasileiras/ (Acesso em 20 de Junho de 2015).

Semáforo Solar Sustentável, Adriano Lino, 2012.

Energia Solar Sustentável: Oportunidades e desafios, Luciano Schuch, 2014.

STREET, Alexandre. “A crise energética de 2015”. Valor Econômico. São


Paulo, 24 de fevereiro de 2015.

https://www.aeseletropaulo.com.br/para-sua-casa/prazos-e-
tarifas/conteudo/entenda-o-aumento-na-conta-de-energia)/ (Acesso em 08 de
Outubro de 2015).

http://www.smartsolar.com.br/news/uma-breve-historia-da-energia-solar/
(Acesso em 31 de Outubro de 2015).

http://www.blue-sol.com/energia-solar/pergunta-frequentes-sobre-energia-solar/
(Acesso em 31 de Outubro de 2015).
59

ANEXO A: PROGRAMAÇÃO SENSOR 1

void setup()
{

Serial.begin (9600);
}

void loop()
{
int SensorValue1 = analogRead (A5);
float OutputValue1 = map (SensorValue1, 0, 1023, 0, 24810);
float val;

val=OutputValue1/1000;
Serial.print ("Tensão (V):");
Serial.print(val,3);
Serial.print ("\n");

delay (200);
60

ANEXO B: PROGRAMAÇÃO SENSOR 2

void setup()
{

Serial.begin (9600);
}

void loop()
{
int SensorValue1 = analogRead (A5);
float OutputValue1 = map (SensorValue1, 0, 1023, 0, 24970);
float val;

val=OutputValue1/1000;
Serial.print ("Tensão da bateria: ");
Serial.print(val,3);
Serial.print (" V\n");

delay (200);
61

ANEXO C: PROGRAMAÇÃO TESTE DE LÂMPADAS

void setup()
{
pinMode (5,OUTPUT); // Verde
pinMode (6,OUTPUT); // Amarelo
pinMode (7,OUTPUT); // Vermelho
Serial.begin (9600);
}

void loop()
{

digitalWrite (7, HIGH); // Liga vermelho


delay (10000);
digitalWrite (7, LOW); // Desliga vermelho
digitalWrite (5, HIGH); // Liga verde
delay (10000);
digitalWrite (5, LOW); // Desliga verde
digitalWrite (6, HIGH); // Liga amarelo
delay (5000);
62

digitalWrite (6, LOW); // Desliga amarelo

ANEXO D: PROGRAMAÇÃO TESDE DO CHAVEAMENTO

void setup()
{

Serial.begin (9600);
pinMode (5,OUTPUT);
}

void loop()
{
int SensorValue1 = analogRead (A4);
float OutputValue1 = map (SensorValue1, 0, 1023, 0, 24810);
float val1;
int SensorValue2 = analogRead (A5);
float OutputValue2 = map (SensorValue1, 0, 1023, 0, 24970);
float val2;
val1=OutputValue1/1000;
Serial.print ("Tensao Bateria:");
Serial.print(val1,3);
Serial.print ("\t");
63

val2=OutputValue2/1000;
Serial.print ("Tensão da bateria: ");
Serial.print(val2,3);
Serial.print (" V\n");

if (OutputValue1 < 10.0)


{
if (OutputValue2 < 10.0)
{
digitalWrite (5, HIGH);
}
if (OutputValue1 < 7.0)
{
digitalWrite (5, HIGH);
}
}
else
{
digitalWrite (5, LOW);
}
if (OutputValue2 > 10.0)
digitalWrite (5, LOW);
}
}
64

ANEXO E: PROGRAMAÇÂO TESTE GERAL

void setup()
{
pinMode (5,OUTPUT); // Verde
pinMode (6,OUTPUT); // Amarelo
pinMode (7,OUTPUT); // Vermelho
pinMode (8,OUTPUT); // Rede elétrica
Serial.begin (9600);
}

void loop()
{
int SensorValue1 = analogRead (A0);
int SensorValue2 = analogRead (A0);
int OutputValue1 = map (SensorValue1, 0, 1023, -30, 30);
int OutputValue2 = map (SensorValue2, 0, 1023, -30, 30);

if (OutputValue1 < 0,8)


{
digitalWrite (8, HIGH); // Vai pra rede elétrica
65

digitalWrite (7, HIGH); // Liga vermelho


delay (10000);
digitalWrite (7, LOW); // Desliga vermelho
digitalWrite (5, HIGH); // Liga verde
delay (10000);
digitalWrite (5, LOW); // Desliga verde
digitalWrite (6, HIGH); // Liga amarelo
delay (5000);
digitalWrite (6, LOW); // Desliga amarelo

if (OutputValue2 > 0,8)

{
digitalWrite (8, LOW); // Vai pra placa fotovoltaica
digitalWrite (7, HIGH); // Liga vermelho
delay (10000);
digitalWrite (7, LOW); // Desliga vermelho
digitalWrite (5, HIGH); // Liga verde
delay (10000);
digitalWrite (5, LOW); // Desliga verde
digitalWrite (6, HIGH); // Liga amarelo
delay (5000);
digitalWrite (6, LOW); // Desliga amarelo
}
}

else
{
digitalWrite (8, LOW); // Vai pra placa fotovoltaica
digitalWrite (7, HIGH); // Liga vermelho
delay (10000);
digitalWrite (7, LOW); // Desliga vermelho
digitalWrite (5, HIGH); // Liga verde
delay (10000);
66

digitalWrite (5, LOW); // Desliga verde


digitalWrite (6, HIGH); // Liga amarelo
delay (5000);
digitalWrite (6, LOW); // Desliga amarelo
}
}

ANEXO F: ESTRUTURA DO PROJETO 3D


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ANEXO G: ESTRUTURA COTADA 2D


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