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Faculdade de Comunicação
ROSACRUCIANDO
Um código místico de vida
Autora:
Andréa Conceição Costa
Orientador:
Jonicael Cedraz
Salvador, 2000
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ROSACRUCIANDO
Um código místico de vida
Autora:
Andréa Conceição Costa
Orientador:
Jonicael Cedraz
Salvador, 2000
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Agradecimentos
À Deus, acima de tudo.
ÍNDICE
5
Apr esentação ................................................................................... 08
· Capítulo I
O meio e o tema ......................................................................... 09
· Capítulo II
Relato dos procedimentos........................................................... 12
· Capítulo III
Análise do produto ..................................................................... 16
II PARTE – ROSACRUCIANDO: um código místico de vida
· Capítulo I
Por trás do muro rosa ................................................................. 20
· Capítulo II
Falando de Amor ........................................................................ 39
· Capítulo III
Lar Místico Lar .......................................................................... 49
· Capítulo IV
Cristo pela Rosacruz .................................................................. 62
· Capítulo V
Experiência Mística ................................................................... 67
· Capítulo VI
As dificuldades .......................................................................... 72
· Capítulo VII
Em busca do despertar ............................................................... 78
· Capítulo VIII
O Artesão ................................................................................... 86
· Capítulo IX
Culto ao Sigilo ........................................................................... 91
· Capítulo X
No Quarto Milênio? ................................................................... 95
· Capítulo XI
Nova Era .................................................................................... 101
· Capítulo XII
Um templo, uma encarnação ..................................................... 106
· Capítulo XIII
Uma senda faraônica – I ............................................................ 113
6
· Capítulo XIV
Uma senda faraônica – II ........................................................... 122
· Capítulo XV
Vale a pena rosacruciar?............................................................. 130
Considerações Finais .......................................................................... 141
Bibliogr afia .......................................................................................... 145
Anexos .................................................................................................. 146
Endereços da AMORC.......................................................... 146
Perfil dos rosacruzes ............................................................. 147
Fotografias de filiais e membros da AMORC ...................... 148
7
I Parte
APRESENTAÇÃO
Na Faculdade de Comunicação da UFBA, tive noções essenciais do que é o jornalismo, sua
função social e ética, sua linguagem, suas técnicas, suas aplicações no dia a dia de uma
redação. Conheci todas as etapas pelas quais uma notícia passa até chegar as mãos do leitor,
desde a seleção das pautas até a edição final, acompanhada das fotos e da programação
suportes.
Uma disciplina específica, no entanto, me pareceu mais condizente com os meus ideais:
Estudo Orientado em Jornalismo, dada pela Professora Rosângela Vieira. A versão bem
rudimentar do presente trabalho nasceu ao longo da minha passagem por essa disciplina e,
desde já, pensava em desenvolvêlo como trabalho de conclusão de curso.
Através dessa disciplina, tive a chance de saber que EU PODIA OUSAR no jornalismo
que se dê andamento à evolução da comunicação jornalística, que não pode ser vista como
algo estático, que não pode sofrer mudanças. É preciso ousar, começando a se perguntar:
Como eu gostaria fazer jornalismo? Assim, nasceu ROSACRUCIANDO – um código místico de
vida, contendo a forma que eu achei mais prazerosa de elaborar um texto jornalístico.
I O MEIO E O TEMA
Para elaborar um trabalho em um semestre letivo, é preciso muita afinidade e gosto pelo
assunto escolhido. Por isso optei, sem pestanejar, por algo ligado ao esoterismo. Percorro este
caminho há mais de dez anos, lendo livros e participando de debates, seminários, vivências,
etc.
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Encontrei vários elementos de cunho místico interessantes por seu histórico, mas quase todos
sem um quê de novidade, pela forma maciça com que estão sendo divulgados atualmente.
Temas milenares como o poder dos cristais, das runas, do tarô, dos anjos, das fadas, das
bruxas e dos duendes freqüentam hoje os diversos meios de comunicação, como um vulcão
que, anteriormente adormecido, de repente entra em erupção, para nos auxiliar no limiar na
nova era, do próximo século, do futuro milênio.
Uma vertente que se apresentou não tão popular e amplamente camuflada de mistérios foi a
das Sociedades Secretas. O que veio ao encontro de um gosto profundo que tenho de entrar
em contato com o que chamo de comunidades guetizadas, formadas por grupos fechados e
com um singular modo de vida. A sensação é a de estar em uma grande aventura. Há mistura
de euforia, curiosidade e imenso prazer por entrar em um novo mundo.
Outrossim, foi preciso escolher apenas uma dentre essas variadas comunidades. Delimitações
são necessárias para o bom andamento do trabalho. A Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis
recebeu a preferência por ser tradicionalmente a mais antiga do mundo; ter grande quantidade
de filiais em todos os continentes – 266 só na jurisdição de língua portuguesa (Brasil, Portugal
iniciáticas; por aparentar seriedade em seus propósitos e, principalmente, pelo mistério que há
milênios cercam seus ensinamentos.
estudos e difusão das Leis de Deus e da Natureza, que visa proporcionar aos
domínio da vida, por meio de teorias e práticas de tradição milenar e
inacessíveis aos que não são iniciados nessa senda. Francis Bacon, John
Dalton, Isaac Newton Jacob Boehme, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e o
brasileiro Juscelino Kubitschek, foram algumas das célebres personalidades do
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movimento rosacrucianista, que se espalha pelo mundo há mais de trinta
séculos.
ROSACRUCIANDO – um código místico de vida, trabalho de conclusão do
Curso de Comunicação Social da FACOM/UFBA, é uma reportagem que utiliza
o meio impresso, o qual eu tenho mais afinidade, para falar sobre os
especificamente a Loja Rosacruz Salvador, que foi a primeira filial da Ordem
Rosacruz em nosso estado.
trabalho, circula por duas vertentes: tanto pode ser entendido como
AMORC.
Ser fiel à idiossincrasias, detalhes, perfis de pessoas e ambientes, requer sensibilidade e
técnica. Não aquela técnica esquematizada para aprisionar o sentido a partir e tãosomente da
visão do redator. Antes sim, essa reportagem necessita da utilização de uma técnica que
permita a humanização do diálogo, onde o entrevistado seja de fato o protagonista da história e
o texto, o espelho do seu falar, agir, pensar, e o leitor seja participante e não mais um mero
espectador de histórias fragmentadas do cotidiano.
Para tanto, fazse necessário amparar essa proposta em um gênero de narração que dê vida a
um relacionamento entre uma profissional e um modo de fazer jornalismo humanizado. É
escolhido, então, o uso da linguagem dialógica interativa, que estabelece um elo forte de
ligação entre os interlocutores da reportagem, consideradas as participações ativas dos
entrevistados (fontes de informação), do entrevistador (mediador do discurso) e do receptor
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(enquanto sujeito da interpretação), através, inclusive, do aproveitamento por vezes integral
dos discursos das fontes de informação, sob a pretensão de privilegiar a compreensão em
detrimento da explicação do fato. (Cremilda Medina, 1986: 27)
II – RELATO DOS PROCEDIMENTOS
O trabalho está vinculado ao fazer jornalístico, considerandose que o método utilizado na sua
execução orientase pelas normas que fundamentam essa atividade: entrevista, trabalho de
organização de pautas das pesquisas e entrevistas).
Pesquisei na Internet – http://www.amorc.org.br , li alguns livros publicados pela Ordem (Ordem
Rosacruz em perguntas e respostas, Manual Rosacruz, A Vida Mística de Jesus e As Doutrinas
Secretas de Jesus) e vários números dos periódicos que produzem (O Rosacruz, AMORC
GLP, O Domínio da Vida e AMORCCultural).
Dentre vários assuntos interessantes que poderiam servir como o gancho da reportagem, fiquei
na dúvida entre duas possibilidades: a) pensamentos e práticas dos rosacruzes mirins
(crianças e adolescentes); b) pensamentos e práticas dos rosacruzes adultos. Para decidir,
resolvi sondar alguns membros mirins a adultos, fazendolhes perguntas sobre a sua vida
naquela comunidade de místicos e o que estavam aprendendo nos ensinamentos da Ordem.
No começo, os membros adultos da AMORC foram extremamente reticentes em sua grande
maioria. Pareciam estar tão intrinsecamente comprometidos com a questão do sigilo, que não
eram muito de falar e muito menos de deixar que os estudantes mirins fossem abordados.
Educadamente, limitaramse a me indicar que procurasse respostas nos livros da Ordem, cujo
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discurso já teria passado pelo processo de adequação de linguagem e conteúdo para o público
em geral.
Com o tempo, foi crescendo uma empatia entre ambas as partes, já que eu tinha demonstrado
respeito pelos trabalhos da Ordem, uma certa bagagem de conhecimentos e vivências de
cunho místico e também por contar com o apoio de alguns conhecidos meus que eram
rosacruzes, os quais, há cinco anos atrás, já tinham me levado para conhecer a Loja Rosacruz
Salvador.
Conversando e observado daqui e dali, havia percebido o quanto os rosacruzes respeitavam a
palavra dos que ocupavam o topo da hierarquia – Mestre, MestreAuxiliar, Artesãos. Foi com a
ajuda deles que, foi possível: determinar que o gancho da reportagem fossem os
coletivas, sempre aos sábados, quando haveria maior quantidade de membros na Loja;
levantar assuntos que poderiam ser abordados nas entrevistas, sem que houvesse uma
intervenção muito profunda nos ensinamentos sigilosos. As pautas das entrevistas realizadas
foram elaboradas, por vezes, de forma prévia – como ocorreu nos capítulos 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9,
13 e 14 ou de maneira intuitiva, de acordo com o momento – como aconteceu nos capítulos
2, 10, 11, 12 e 15.
Foi decidida a realização de entrevistas até mesmo porque é compreensível a inevitabilidade
de aceitação da idéia de que “todos os profissionais que tratam de problemas humanos – e, por
isso, devem ter contato direto com os indivíduos – lidam fatalmente com a entrevista” 1
O texto, por isso, foi construído a partir de depoimentos e entrevistas de 32 membros da Loja
Rosacruz Salvador. Desta forma, tentouse aproximar o discurso do perfil dialógico interativo,
1
NAHOUM, Charles, in: MEDINA, Cremilda. Entrevista – o diálogo possível, São Paulo, Ática, 1986).
13
reportagem. Para isso, houve o aproveitamento, por vezes integral, dos discursos das fontes de
informações. É como afirma Edvaldo Pereira Lima (1993: 85):
“... é bastante habitual o livroreportagem aproveitar diversas entrevistas ao longo de
beleza. Nasci daí o diálogo possível, o crescimento do contato humano entre
entrevistador e entrevistado, que só acontece porque não há a pauta fechada
repórter, o autor, é apenas um sutil maestro que costura os depoimentos, interliga
visões de mundo com tal talento que parece natural tal arranjo, como se surgisse ali
espontaneamente, perfeito. Nessas ocasiões, o jornalistaescritor atinge uma situação
máxima de excelência no domínio da entrevista: a de tecedor invisível da realidade,
que salta, vívida, das páginas para o coração, a mente e todo o aparato perceptivo do
leitor.”
É compreensível a probabilidade, nesse trabalho, de efetivação de uma dita inclinação para a
utilização de textos mais humanizados por jornalistas que, apesar de cercados no cotidiano
profissional por determinações estruturais das empresas de comunicação, aproveitam janelas
que se lhes abrem e realizam reportagens que aprofundam temas, em geral, humanísticos ou
existencialistas. Jornalistas que diante de pautas de reportagens abrangentes, enxergam a
possibilidade de ruptura com o rigor racionalista de teorias ortodoxas que ostentam pirâmides
conformam o texto jornalístico nessas fórmulas, o redator se autoriza a expressar sentimentos,
emoções, comportamentos, conceitos, valores, histórico de vida dos entrevistados, bem como
a caracterização do ambiente para complementação do universo receptivo da mensagem,
levando em conta a emissão de mensagem, subjetivada ou submetida ao olhar do
receptor.
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III – ANÁLISE DO PRODUTO
de livroreportagem, que, apesar de baseado em informações de fatos reais
coletadas através da técnica de observação participativa e a partir de relatos de
membros da Ordem, oferece um leque de experimentações para o modo
convencional de se fazer jornalismo.
Não que haja o desejo de contestar infundadamente o formato atual de notícia, de linguagem
predominantemente substantiva, que visa garantir o máximo de distanciamento entre quem
escreve, quem informa, e o que escreve, o que informa. Em meio a insatisfações e protestos
manifestos e latentes, entretanto, ouvemse brados de ruptura e inovação. Já disse Medina
(1986: 16) no Projeto São Paulo de Perfil: “... vivese a emergência da comunicação e
emergente se faz a construção do signo da interação social transformadora”
A insatisfação predominante nos meios acadêmicos em relação ao equacionamento da notícia
através de leads, que conformam respostas intocáveis às estáticas perguntas: quem, o quê,
quando, onde, como e por quê, é generalizada. Na FACOM/UFBA não é diferente.
15
A partir desse panorama, está dada a sugestão de uma análise mais conseqüente dessa
problemática, já que enxergamos o papel social do jornalista e entendemos o quanto esse
profissional pode ser útil à formação e transformação dos valores da sociedade. Provavelmente
e comprometido com a realidade coletiva.
Lima (1993: 16):
“O livroreportagem cumpre um relevante papel, preenchendo vazios deixados pelo
jornal, pela revista, pelas emissoras de rádio, pelos noticiários de televisão. Mais do
que isso, avança para o aprofundamento do conhecimento do nosso tempo,
eliminando, parcialmente que seja, o aspecto efêmero da mensagem da atualidade
praticado pelos canais de cotidianos da informação jornalística.”
Trabalhando com os conceitos de Pereira Lima, o presente livroreportagem pode ser
entre livroreportagemretrato que visa traçar um retrato do objeto em questão, elucidando,
principalmente, seus mecanismos de funcionamento, seus problemas e suas complexidades –
e livroreportagemensaio, que “tem como forma a postura de ensaio, o que vale dizer, a
presença evidenciada do autor e de suas opiniões sobre o tema, conduzida de tal forma a
convencer o leitor a compartilhar do ponto de vista do autor.” (1993:4549)
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II Parte
ROSACRUCIANDO
Um código místico de vida
CAPÍTULO I
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que a tal rua, agora, já recebera outro nome: Rua Boa Ventura
tal tintura naquela rua Pois bem, não demorou dois minutos para,
ponto de referência.
rosa. Ah, nesse dia, a cor rosa nunca esteve tão rosa. O rosa estava
reencontro.
chegam mais cedo e saem mais tarde que os outros, sem falar na assiduidade
místicos e, por que não, também, como pessoas comuns que deviam
tal”. Não vai ser fácil. Entretanto, algo parecia dizerme que agora
seja!”
qualquer leigo.
cor rosa naquele lugar. Será que tinha algo a ver com o termo
rosacruz ?
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representa o amor. Então, podese dizer que, queiramos ou não, aqui dentro
que cada prédio da Ordem recebe a cor escolhida por seus membros. Mas,
insígnias na nossa Ordem: a rosa e a cruz. Rosa, no caso, não tem a ver
trevo, que tem em seu centro uma pequena rosa vermelhorubi (cor do
onde a cruz é o corpo físico do homem, com os braços abertos, voltados para
Quer dizer, olhando para este precioso símbolo, podemos nos lembrar
evolução”.
do lar. Passase por várias graduações. Os iniciantes passam por três níveis
para cada Grau e Seção, existe um Mestre de Classe que, atuando na sede
fóruns que nós fazemos para discutirmos o que não ficou claro nas
livros e cassetes que só podem ser adquiridos nas filiais da Ordem. Outra
coisa, quem quiser fazer um retiro místico, temos vários espaços no Brasil:
filhos, que abrange desde à gestação até a idade de cinco anos. Contém
que é carente, fazemos sempre doações de cesta básica com alimentos não
comemorativos”.
anos, “rosacruz desde a barriga da mãe”, como ela mesmo diz, toma
a palavra:
Como fazer para eliminar um mau hábito?, Qual a diferença entre místico e
programa especial para jovens dos seis até os 17 anos, que oferece pequenas
esses estudantes já podem optar por seguir a Ordem Rosacruz ‘dos adultos’,
visto que é a idade mínima para se entrar na Ordem. Só que, tudo isso não
breve, o Brasil também vai ser sede de uma universidade rosacruz e uma
membros nas diversas localidades de sua jurisdição, toda Grande Loja pode
Estes corpos afiliados são coordenados, cada um, por um rosacruz sob o
Ordem não obtêm retorno financeiro por isso. Eles se comprometem apenas
extinção.
deixaram bem claro que o uso de tal palavra, na Ordem, não tem
Mestre respondeu:
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taxa de inscrição (10 reais) e a primeira trimestralidade (35 reais). Isto não
seja aceito o pedido, o solicitante receberá seu dinheiro de volta, junto com
uma carta fraterna, explicando que ainda não chegara o momento de afiliar
membros, a cada três meses, é necessária, para que a Ordem mantenha sua
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EXERCÍCIO MÍSTICO
todas as partes do corpo, começando pelos pés, até alcançar o topo da cabeça
coração. Visualizemos isto como uma aura cor de rosa, brilhante, que
(pausa). Agora, por uma ato de vontade, transmitamos uma parte de nossa
por essa pessoa ou coisa e vejamos a nuvem envolvêla em uma aura rosada
CAPÍTULO II
Falando de Amor
filosofias lhe é dado significado tão amplo e abstrato que, após toda
equanimidade.
1916: 19).
comum a todos. Desse amor divino nasce o amor que sentimos por
criaturas.
IDEALIDADE.
em alguns casos, o Amor pode ser uma conscientização sem que resulte
dizer quando afirma que o amor é uma ânsia pelo bem, pela satisfação
absoluta.”
rosacruz.
ou estariam ausentes.
amaria não por ela mesma, mas aquelas coisas, nela ou acerca dela,
etc.
julgar que, primeiro, Deus concebeu toda a criação como uma idealidade e,
41
toda a criação, desde cada célula polarizada dos oceanos até o corpo
consciência de Deus, aquele ideal a que Deus mais amava” , foi o exemplo
coisas criadas.
pois constituiria uma expressão dos ideais que ele ama; e quando
um resultado do amor.
ideal e, uma vez que todos os ideais teriam sua origem nos ideais
universo.
43
amados, amemos uns aos outros, pois o Amor é Deus; e todo aquele que
ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama, não conhece
a Deus, pois Deus é Amor. Se nos amarmos uns aos outros, Deus habita em
nós, e seu Amor é perfeito em nós. Amamos a Deus, porque Ele nos amou
mentiroso; pois quem não ama seu irmão a quem pode ver (conscientizar
se), como pode amar a Deus a quem não pode ver? E esse mandamento
recebemos dele: Que todo aquele que ama a Deus ame também seu irmão.’
CAPÍTULO III
místicos discretos.
nenhuma delas. Procurava saber quem sou eu, por que estou aqui neste
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equilibrada, coerente com as leis divinas, juntamente com uma ampla visão
sou procurado por pessoas que pedem orientação para amenizar seus
junto com meu pai, cheguei a conclusão de que a AMORC era um canal
lado de minha irmã e meu pai, para sentir o ambiente, conversar com os
e resolvi me afiliar. Meu marido não, ele acha que ainda não está preparado.
no dia a dia, quando por meio dos ensinamentos e dos vários exercícios de
melhorou bastante , você percebe que está com a cabeça mais arejada para
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estresse e você passa a sentir, de verdade, que os outros não são outros, são
seus irmãos”.
torradas.
ALIMENTANDOSE
que irá comer, a fim de que seja ele magnetizado com as radiações
desfruto, e que Deus me faça ver como poderei partilhar com os outros
nosso corpo, a fim de que seja estabelecida por seu intermédio uma
pensar igualmente que, associando todos aqueles que têm fome à nossa
refeição, a eles levamos um sustento real num outro plano. Tudo está ligado
exemplo, visualizando suas mãos por sobre o prato sem que elas
ACORDANDO
de água fresca.
ADORMECENDO
ESTUDANDO
a paz. Aquele que aprende a silenciar a mente encontra suas respostas nos
BAHIA
curiosidade dos demais, que chegaram mais perto para ouvir, atenta
Hoje, a Ordem já conta com dez filiais espalhadas pelo estado. Antes de
1969, alguns rosacruzes, sob a direção do Frater Joel Amorim, que foi
fácil para nós eu estava junto – nos reunirmos e fazermos nossos rituais,
porque não havia lugar. Contamos, a princípio, com a ajuda dos irmãos
nem um ano neste local, logo nos mudamos para a Ribeira, ficando em
espaço de lazer dos moradores, por isso, muitas vezes, quando acabávamos
tínhamos dinheiro, a solução escolhida foi a de doar uma parte da terra para
uma escola pública do estado, que está lá até hoje, é a Escola Estadual
principalmente vindo dos católicos, que por vezes diziam que os rituais
básica, de cesta junina,..., feitas pelos membros de nossa Loja. Atividade que
CIGARRO
para fumar o quarto. Neste instante, uma de suas filhas, a Soror Ana
segundo lugar, deve prosseguir, nos primeiros dias, um regime de onde são
de água entre as refeições. Quando sentir o desejo de fumar, ele pode efetuar
regenera o meu corpo. Assim seja!’. Em seguida, ele deve beber um copo de
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Eu, quando parei de fumar, através desse exercício, comecei a sentir muito
Todos riram.
CAPÍTULO IV
Ñ
57
anos, o que não consta na Bíblia. A Soror Vilma Rios, logo depois da
devido ao seu extremo pacifismo. Talvez seja por isso que os judeus, até
reconheceram Jesus Cristo como tal. Pode ser que, em nenhum momento, o
Nazaré, pois essa aldeia não existia naquela época. A atual cidade que existe
58
com esse nome data do terceiro século depois da era cristã e está situada
num local que era conhecido como “EnNasira”. Portanto, seria posterior
ao nascimento de Jesus. É fato que a Bíblia se refere aos nazarenos, mas esse
termo teria sido usado pelo judeus para designar todos que não aderissem
tarde essa palavra teria sido usada para identificar os primeiros cristãos.
foram reunidas para que aquele que se tornaria o Cristo viesse cercado de
Filho de Deus. Outro detalhe: Jesus não foi o único Avatar cujo
previsto para que Jesus pudesse ser criado, educado e instruído em função
de sua futura missão. Nesse sentido, dos seis aos treze anos de idade, Jesus
foi confiado aos mestres essênios do Monte Carmelo, onde aprendeu muitas
que tinham ligação com sua missão. Depois foi para a Índia para ser
Quéops, que Jesus recebeu sua última iniciação, em que deixou de ser tão
rosacruzes. E finalizou o tema Jesus dizendo ainda que ele não havia
noite. Nesse dia, então resolvi passar por lá, para colher novas
místicos.
61
CAPÍTULO V
Experiência Mística
anos, um Frater (não quis dizer o nome) havia sido roubado no Rio de
dia 07/12/99:
referente à meditação”.
indagação o por que certos indivíduos vivem tais experiências e outros não
afirmar que todo ser humano já teve ou terá uma experiência mística, em
algum momento da vida, e seria capaz de dizer que normalmente até passa
luminosos e som de sinos. Pode até ser bastante simples, como uma
uma sensação de bemestar geral por ter vivido uma experiência na qual
CAPÍTULO VI
As dificuldades
hoje tenho dúvidas. É sempre muito estudo e muitos rituais, o que exige
rituais têm que ter uma seqüência diária. Sem falar nas faculdades que
pouco de medo com relação a isso. Por um período, cheguei até deixar de
67
Sei que a Ordem não nos obriga a nada, mas para alcançar o estado de
profissionalmente:
68
com o marido, já que ele não demonstrava interesse efetivo por nada da
rosacruz. Ele sempre foi meio devagar (risos). Com o tempo, o desestímulo
Bahia. Entrei na Rosacruz por indicação de uma amiga muito querida, mas
confesso que não estou dando conta de tudo. Mas, não se trata somente de
então, a partir daí é que se poderia não apenas entender, mas sentir,
experienciar com mais intensidade a verdade das coisas. Bom, isso tudo é
muito bonito e até interessante. Mas, está difícil eu chegar até lá. É bem
mais fácil trilharem esse caminho os membros que já tiveram uma vivência
rosacruzes”. Termina sua fala o Frater Paulo Soares, que não sabe
de Vida Rosacruz.
acredito que boa parte dos estudantes deste lado do mundo vêm seguindo o
CAPÍTULO VII
Em busca do despertar
estudo de qualquer assunto, tanto mais propensão ela vai ter para sondar os
uma atitude de que a vida é um mistério que não pode ser desvendado. Que
vida que possa ser obtido sem esforço; mas não têm entusiasmo para aquilo
DESPERTAR PLENO
estrelado, azul escuro, tentando vislumbrar qual o mistério por trás dos
Ninguém com uma mente pensante consegue olhar para o espaço e deixar
entanto, algo resulta de seu interesse e de sua devoção que apoia o seu
o seu espírito.
homem.
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CAPÍTULO VIII
O Artesão
turma que vem atrás. Formado por pessoas que persistiram nos estudos
se passa do Décimo Segundo Grau, “entrase num outro plano que não
é o físico”.
81
seu livro Assim Seja: ‘Ser Rosacruz é estar na senda. Ser Rosacruz é ter
alguém no estado de Rosacruz é ser um exemplo. Também é ser uma luz tão
grande que faça esquecer sombra. Aquele que tem o estado de Rosacruz é
podem ser acrescentadas, pois seu número é infinito em vista do que deve
desastrosas para o planeta e seus habitantes. Sem falar que aquele que o
83
menor do que a luz no final do túnel, cujos raios sempre nos fortalecem,
CAPÍTULO IX
Culto ao sigilo
qualquer pessoa, exceto um Frater ou uma Soror desta Ordem, que conheça
monografias.
da Inquisição.
CAPÍTULO X
No Quarto Milênio?
Ñ
novo Mestre. Nesse sentido, a Mestre, até então, Maria Carneiro, fez
de Mestre Auxiliar.
Milênio.
rosacruzes, pois nossa máxima é de que o saber é uma força muito poderosa
mais luz, criamos vida mais intensa, insuflados pela essência do Amor
no Brasil.
no outro dia ele voltaria para Curitiba. Foi, então, que lhe falei da
CAPÍTULO XI
Nova Era
maioria dos seres humanos sente por uma nova era no mundo, sem
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de qualquer espécie.
eficaz.
ser humano – gerador ele próprio da maior parte dos problemas que o
coercitivas”.
A nova era que a maioria de nós almeja, então, não viria por
humanos.
rolante sem fim, sem sair do lugar”, brada Zaneli Barcellos, como se
outras pessoas, com forças e coisas, etc., é nisso muito pobre, por mais
97
para o tempo, como que imaginando que o que dissera poderia dar
CAPÍTULO XII
O RITUAL
foi a atual Mestre da Loja Rosacruz Salvador, Ana Lúcia Rios, que,
para os Rosacruzes:
101
também é um símbolo deste mesmo universo. Por isso, podese dizer que o
desse drama; porém até mesmo antes que o Capelão fale, o soar do gongo,
para formar a matéria, que é o primeiro ponto necessário para que o Ser
mesmo em que se forma. Esta é a base da técnica que serve para estabelecer
energia.
umas com as outras para formar o corpo do homem. A entrada dos Oficiais
102
representa a Mente Cósmica que está presente em cada uma das células de
nosso Ser.
alento, uma vez que tudo o mais tenha sido preparado. Ao formarmos Loja
encarnar novamente.”
CAPÍTULO XIII
Loja Salvador tem suas paredes pintadas com uma série de motivos
Antigo.
mistérios da vida. Por isto, o termo mistério lhes foi aplicado e esses grupos
sabedoria. Foi Tutmés III, ou Thoumosis III (que reinou como Faraó de
pela primeira vez na História que havia um só Deus, numa época em que o
ela é hoje conhecida, viria bem mais tarde” , relatou o Frater Antônio
mundo.
Renascimento Europeu.
107
conhecimento e a sabedoria.
Roma, na Índia e em outros países. Com o passar dos anos, uma fusão de
Oliveira:
quase certo que os líderes das antigas escolas rejeitavam aqueles que
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das escolas eram tão inflexíveis a esse respeito que qualquer ramo que se
somente a homens e usar o Sol como ponto focal exclusivo da sua Ordem,
Cruzadas.
forma atual.
112
CAPÍTULO XIV
113
estender por toda a vida do indivíduo, ou, até, além dela. Vamos
GRAUS DE TEMPLO
115
aprende a utilizar as leis da vida e do universo. Mais, ainda, ele deve passar
pelo processo iniciático, através dos rituais que se desenvolvem nas Lojas
assim nos deu seu ponto de vista o Frater Rui Brasil, aposentado da
15/04/2000.
está ótimo. Até há poucos anos atrás, você só chegava no Décimo Segundo
119
CAPÍTULO XV
121
olhei para a Mestre, Ana Rios, que, para o meu alento, soltou um
oculta. Agora, aos vinte e cinco, já explorei muitos sistemas e visitei alguns
lugares ao longo da senda com os quais não me senti muito feliz. Passei um
especiais’. Li tantos livros sobre magia e misticismo que não posso contá
123
um neófito.
alguma dificuldade para compreender por que é incluída tanta ciência nos
como pessoa – para me tornar mais do que sou e para aprender a respeito
estou estudando são assuntos que já conheço. Estou certo de que isto dá a
lentamente para nos ajudar a estarmos prontos quando algo do arcano nos
AMORC. Sabem, eu não posso me dar ao luxo de pagar por coisas que já
sei. Esse conhecimento poderá valer a pena no futuro, mas até agora não vi
que depois a Ordem vale a pena? Nunca estive num templo ou num
Pronaos. Sei que a Ordem tem despesas a pagar, mas é difícil para mim
entender por que as monografias devam me custar cem reais por ano.
neófito:
chama de ‘artes especiais’ tem pouco valor espiritual até que é posto em
pensa, como você interpreta, como você reage e como você vive.
diversas, mas há um fio comum: seja como for que eles se envolvam, os
monografias façam tudo; elas orientam e você aplica. Então você aprende. E,
encontrar revelações na vida – por exemplo, nos assuntos que você está
estudando na escola. Isto pode ser feito por estudo e meditação. Muitos
encarar esses mesmos assuntos como um místico, vai achar mais fácil
realmente daquilo que o preocupa, mas com certeza espero que isso tenha
pareciam estar apresentando idéias bem básicas, bem comuns mesmo. Mas
interessantes.
arcano. Bem, se você está em busca de segredos arcanos, acho que os está
e pode não ser prontamente evidente para o estudante, mas virá o dia em
O que posso lhe dizer é que, agora que estou na Ordem há alguns
então, a palavra:
“Eu também tenho vinte e cinco anos e já andei por vários outros
AMORC, descobri algo: a senda rosacruz nada tem a ver com o controle de
forças e com mudar o seu destino de modo que agrade ao seu ego; tem a ver
CONTROLE x DOMÍNIO
cósmicas.
ciladas. Por que? Minha experiência indica que o ego pode bloquear nossa
evolução na senda”.
da Ordem.
‘para me tornar mais do que sou’. Pois bem, persista e você vai conseguir
isso!
129
sobrenaturalismo.
centros dos corpos físico e psíquico. Isto não pode ser feito do dia para a
deste debate. O que foi dito aqui realmente me ajudou a esclarecer algumas
Considerações Finais
131
humano.
riqueza dos seus valores. Não existem signos que revelem com
comunicacional.
134
BIBLIOGRAFIA
LEWIS, H. Spencer
Ordem Rosacruz em perguntas e respostas. Curitiba: Ordem Rosacruz,
AMORC – Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa, 1998.
Manual Rosacruz. Curitiba: Ordem Rosacruz, AMORC – Grande Loja da
Jurisdição de Língua Portuguesa, 1998.
A Vida Mística de Jesus. Curitiba: Ordem Rosacruz, AMORC – Grande
Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa, 1998.
As Doutrinas Secretas de Jesus. Curitiba: Ordem Rosacruz, AMORC –
Grande Loja da Jurisdição de Língua Portuguesa, 1998.
LIMA, Edvaldo Pereira
Páginas Ampliadas – O Livroreportagem como extensão do
jornalismo e da literatura. Campinas: Editora da UNICAMP, 1993.
MEDINA, Cremilda
Entrevista – o diálogo possível. São Paulo, Ática, 1986.
135
Sob o signo do diálogo. Série São Paulo de Perfil, CJE/ECA/USP, São
Paulo, 1994.
Guia das Almas. Série São Paulo de Perfil, CJE/ECA/USP, São Paulo,
1993.
PARUCKER, Charles Vega
O Rosacruz. Curitiba: Ordem Rosacruz, AMORC – Grande Loja da
Jurisdição de Língua portuguesa, 1999.
AMORCGLP. Curitiba: Ordem Rosacruz, AMORC – Grande Loja da
Jurisdição de Língua portuguesa, 1999.
O Domínio da Vida. Curitiba: Ordem Rosacruz, AMORC – Grande Loja
da Jurisdição de Língua portuguesa, 1999.
AMORCCultural. Curitiba: Ordem Rosacruz, AMORC – Grande Loja da
Jurisdição de Língua portuguesa, 1999.
ANEXO I
Endereços da AMORC
SEDE NACIONAL
GRANDE LOJA DA JURISDIÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Caixa Postal: 307, CEP: 80001970, CuritibaPR
FILIAIS DA BAHIA
LOJA ROSACRUZ DE FEIRA DE SANTANA B A
Rua São Francisco, 10 Santa Mônica
136
LOJA ROSACRUZ DE ITABUNA BA
Rua Dinamarca, 75 São Judas Tadeu
LOJAS ROSACRUZES DE SALVADOR BA
Rua Boa Ventura Andrade, 12 – Boca do Rio (Loja Salvador, AMORC)
Rua Ana M. Bitencourt, 20 São Caetano (Loja Mares, AMORC)
CAPÍTULO ROSACRUZ DE ALAGOINHAS BA
Av. Ayrton Senna, s/n. Caixa Postal 28. CEP 48100000
CAPÍTULO ROSACRUZ VITÓRIA DA CONQUISTA BA
Av. Rosacruz, 753. Caixa Postal 130. CEP 45100000
PRONAOS ROSACRUZ ILHÉUS B A
Rua Carneiro da Rocha, 174. Caixa Postal 198. CEP 45660000
PRONAOS ROSACRUZ NAZARÉ BA
Rua Conselheiro Saraiva, 10. Caixa Postal 04. CEP 44400000
PRONAOS ROSACRUZ SANTO ANTÔNIO DE JESUS B A
Rua Castro Alves, 322. Caixa Postal 21. CEP 44570000
ANEXO II
Os dados seguintes foram obtidos mediante pesquisa recente realizada pela AMORC nas
principais regiões do Brasil, relativos ao seu quadro de membros.
FAIXAS ETÁRIAS
De 18 a 31 anos de idade ............................................................................ 45%
De 32 a 46 anos de idade ............................................................................ 43%
Maiores de 47 anos ..................................................................................... 12%
ESCOLARIDADE
137
Universitária ................................................................................................. 55%
Ensino Médio ............................................................................................... 31%
Ensino Fundamental .................................................................................... 14%
SEXO
Masculino ..................................................................................................... 62%
Feminino ...................................................................................................... 38%
ESTADO CIVIL
Casados ....................................................................................................... 46%
Solteiros ....................................................................................................... 41%
Outros .......................................................................................................... 13%
ANEXO III
Fotos