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Faculdade de Farmácia

Departamento de Ciências Farmacêuticas

Tecnologia Farmacêutica:
COMPRIMIDOS

Prof. Dr. Ademar A. da Silva Filho


Conceito F. Bras 5ª Ed.
Conceitos
Os comprimidos são formas farmacêuticas sólidas
obtidas por meio da compactação de sistemas
sólidos particulados (pós
pós ou granulados
granulados) onde uma
elevada pressão é aplicada ao sistema até que este
se rearranje e deforme, dando origem a uma massa
compacta, ou seja, um corpo rígido de forma bem
definida.

“São preparações sólidas com um ou mais PA’s,


obtidas por compressão de partículas uniformes”.
Representam 80% das FF comercializadas
Tipos de Comprimidos

Comprimidos para ingestão oral Comprimidos administrados por


outras vias

Comprimidos convencionais
Comprimidos de compressão múltipla Comprimidos vaginais
Comprimidos de liberação controlada
Comprimidos revestidos com açúcar Comprimidos usados para preparação
Comprimidos revestidos com película de solução
Comprimidos mastigáveis
Comprimidos efervescentes
Comprimidos usados na cavidade bucal

Comprimidos sublinguais
Generalidades sobre os comprimidos

Propriedades físicas e
químicas do fármaco Processo de produção
e do preparado (pós ou
granulados)

podem influenciar a
eficácia do fármaco

 Propriedades dos comprimidos


1- Não devem apresentar defeitos (falhas, descoloração,
contaminação, etc): aparência é característica essencial para
aceitação pelo paciente;

2- Devem ser resistentes  suportar choques mecânicos


durante a produção, embalagem, transporte e dispensação;

3- Estabilidade física e química para manter as propriedades


ao longo do tempo.
Comprimidos
• Fluidez (escoamento) e compressibilidade
(unidade compacta)

• Substâncias diretamente compressíveis e


excipientes para compressão direta.

• Para que se consiga fazer a compressão, é


necessária a presença de adjuvantes,
utilizados para diluir o produto, aglutinar as
partículas, facilitar desagregação, evitar
aderência dos pós, etc
ADJUVANTES
• Adjuvantes tecnológicos:
Constituído por compostos que são adicionados à
substância ativa porque se pretende veiculá-la na forma
de comprimido

- Destinam-se a conferir ao produto a comprimir as


características adequadas de fluidez e
compressibilidade ou facilitar a cedência do fármaco

- Inclusão praticamente obrigatória: diluentes,


aglutinantes, lubrificantes e desintegrantes

• Adjuvantes facultativos: adicionados devido à natureza


específica do fármaco (como absorventes, molhantes,
etc) ou para aumentar a adesão do paciente à
terapêutica
DILUENTES
• Produtos originalmente inertes, adicionados aos pós com
a finalidade de originar comprimidos de peso
conveniente quando os ativos são empregados em
pequenas quantidades.

• Podem ser utilizados para outras funções, como


melhorar o escoamento dos grânulos e/ou coesão entre
as partículas

Podem ser:
• Solúveis: lactose, sacarose, manitol, celulose e cloreto
de sódio
• Insolúveis: amidos (trigo, batata, mandioca, etc)
• Mistos (misturas de solúveis com insolúveis):
amido + lactose
DILUENTES
Características desejáveis dos diluentes:

 Não serem tóxicos e serem aceitos oficialmente;


 Disponíveis comercialmente;
 Custo reduzido;
 Física e quimicamente estáveis, não interagindo
com os fármacos ou outros componentes;
 Se fármaco for classificado como alimento (ex .
Vitaminas) os diluentes devem ser aprovados como
aditivos alimentares.
Diluentes oficiais:
Carbonato de Ca, fosfato de Ca, sulfato de
cálcio, celulose, celulose microcristalina (CMiC),
dextrose excipiente, frutose, caolim, lactose
anidra, lactose monoidratada, manitol, sorbitol,
amido, sacarose.
AGLUTINANTES
• Adicionados para facilitar a aglomeração e compressão,
permitindo trabalhar com força de compressão menor.

• Permitem melhor coesão entre as partículas na granulação

• Auxiliam na resistência mecânica

• Podem ser utilizados em pó ou em solução


• Ex:
- Sacarose, glicose, amidos, gomas arábica e adraganta,
Solução de gelatina, polividona ou polivinilpirrolidona (PVP)

Alguns dos aglutinantes oficiais são: ácido algínico,


goma acácia, gelatina, povidona, copovidona, glicose,
xarope simples, amido.
DESAGREGANTES OU DESINTEGRANTES
• Adicionados para acelerar a dissolução ou a
desagregação dos comprimidos na água ou líquidos
orgânicos

• Velocidade de desintegração está condicionada a


fatores como a compressão do pó e a concentração
do desagregante empregado.

• Rapidez de desintegração e a solubilidade dos


componentes do comprimido.
DESAGREGANTES OU DESINTEGRANTES
Desintegrantes atuam geralmente por 3 processos:

1. Inchando em contato com a água, com penetração


rápida do líquido e separação dos grãos
constituintes. Ex: amido, derivados de celulose

2. Reagindo com água ou HCl presente, com liberação


de gases (carbonatos, bicarbonatos, misturas
efervescentes).

3. Dissolvendo-se na água e abrindo canalículos (Ex:


lactose, glicose, etc).
DESAGREGANTES OU DESINTEGRANTES

• Amido: 5 a 15%

• Derivados da celulose: em torno de 2%


-- Carboximetilcelulose sódica (CMC-Na)
– Metilcelulose
– Celulose microcristalina (AVICEL)

• Alginatos: 2 a 10%
• Outros: croscarmelose sódica, crospovidona,
amido glicolato de sódio e amido pré-gelatinizado.
LUBRIFICANTES
• Substâncias capazes de assegurarem um completo
enchimento da matriz e de evitarem a aderência dos
pós aos cunhos da máquina, durante a compressão:

- Facilitam o deslizamento do granulado do distribuidor


para a matriz. Melhora fluidez

- Diminuem a tendência do produto em aderir aos


punções e matriz, promovendo fácil ejeção dos
comprimidos. Facilita as gravações.
- Diminuem fricção durante compressão.

• Promovem a conservação do equipamento


• Promovem enchimento regular e uniformidade de
peso do comprimido
• Conferem aspecto brilhante
LUBRIFICANTES
LUBRIFICANTES
• Podem ser deslizantes (talco) e anti-aderentes
(estearatos)

• Ação lubrificante se deve na introdução de película entre


as superfícies que se friccionam e onde ocorre o atrito
• Podem empregar misturas de deslizantes (talco) e anti-
aderentes (estearatos de Mg, Al, Zn, etc)

• Maior eficiência quando misturados aos granulados já


secos e imediatamente antes da compressão
- Estearato de magnésio 1 a 3%: mais usado
- Talco 3 a 10%;
- Outros: parafina, ác. esteárico, álcool cetílico, álcool
estearílico, derivados de silício (Aerosil), etc.
LUBRIFICANTES
• Adição de lubrificantes visa impedir atritos entre os
comprimidos e os cunhos da máquina.

• Sticking: aderência aos punções e matriz. Pode ser


divido em:
– Binding: aderência as matrizes, criando dificuldade de
ejeção
– Picking: aderência aos punções, formando rugosidades
nos comprimidos
• Atritos responsáveis pelo aparecimento de
comprimidos descabeçados, lascados e esfoliados-
capping
OUTROS ADJUVANTES
• Molhantes e absorventes;
• Corantes: para tornar os comprimidos mais atrativos
e evitar confusões com outros comprimidos.
– Devem ser autorizados por órgão regulador.
– Ex. corantes orgânicos naturais (curcumina, carmim ou
cochonilha, carotenos), corantes sintéticos (amarelo
tartrazina, vermelho de eritrosina, etc) e corantes minerais
(dióxido de titânio-branco)
• Edulcorantes: Para correção do sabor. Ex: açúcares,
sacarina, aspartame, etc
• Aromatizantes: Várias essências
OBTENÇÃO DE
COMPRIMIDOS
Comprimidos
PROCESSOS DE OBTENÇÃO
Compressão
• Via seca direta
• Via úmida
• Compressão direta

Obtenção

Via Via
úmida seca
ESCOLHA DO PROCESSO DE
OBTENÇÃO DE COMPRIMIDOS
OBTENÇÃO DE
COMPRIMIDOS POR
COMPRESSÃO DIRETA
Compressão direta
• Processo executado a seco e com número reduzido de
fases

• Diluente diretamente compressível (FILLERS-


BINDERS)

• Capacidade de compressão se mantém estando


presentes outros materiais para melhorar o escoamento
da mistura ou o tempo de desintegração

• Materiais para compressão direta devem ser inertes,


inodoros, de fácil processamento e não devem impedir a
desintegração do comprimido

• Fármacos de elevada dose podem apresentar problemas


na compressão direta, caso não seja facilmente
compressíveis.
Compressão direta
Diretamente compressíveis 
- mais de uma função (fillers-binders),
baixa quantidade, modificados.Ex:
Materiais que têm fluxo regular  Celulose
microcristalina (CMiC) e amido diretamente
compressível.
Materiais co-processados (combinam propriedades
e funções diferentes) 
- CMiC silificada, lactose + amido (StarLac®),
- lactose + PVP + crospovidona (Pharmatose®),
- CMiC + lactose (Cellactose®).
CELLACTOSE
(30:70)

CELLACTOSE
CELULOSE
MICROCRISTALINA
+
LACTOSE SPRAY-
DRYED
Compressão direta
Compressão direta

matérias-primas
lubrificante
compressão

comprimido
tamização mistura

Vantagens

- menor tempo
tempo;;
- menor consumo de energia
energia;;
- maior estabilidade (sem água, solventes e calor).
Ex. de Formulação compressão
direta
• Comprimidos de acetaminofeno:
Acetaminofeno USP............................ 325 mg
Avicel PH 101.......................................139 mg
Ácido esteárico ....................................1,65 mg
OBTENÇÃO DE
COMPRIMIDOS POR
GRANULAÇÃO VIA ÚMIDA
Granulados
• É um conjunto de pequenos grãos ou grânulos
irregulares, cujo conjunto tem aspecto homogêneo;

• Podem ser destinados a:


- A administração direta
- A preparação de comprimidos

• Técnica de granulação permite a transformação


dos pós em grânulos
Algumas razões para granulação
como etapa na produção de
comprimidos
• Fluxo e características de compressão
• Estabilidade química e física
• Diminui probabilidade aglomeração,
endurecimento e segregação de
constituintes
• Revestimento
Granulação por via úmida
• Envolve a formação de grânulos de partículas sólidas
divididas usando um líquido de granulação.

• Permite produzir grânulos por ligação dos pós juntamente


com um material aglutinante.

• Emprego de aglutinante (em solução ou em pó) Ex:


gomas, sacarose, lactose, gelatina, amido, etc);

• Emprego de líquido de granulação (água, álcool ou


misturas). Deve ser volátil e não-tóxico
Fases de preparação dos granulados por via úmida
• 1. Seleção, pesagem e mistura dos pós

• 2. Preparação da granulação úmida (Malaxagem)


– Adição do líquido de granulação
– Malaxagem

• 3. Tamisação da granulação úmida em glóbulos ou


grânulos (granulação)
– Passagem da massa por um crivo ou tamis

• 4. Secagem dos grânulos (30-40oC)

• 5. Calibração do granulado
– Para fragmentação de grânulos aglomerados em grãos de
tamanho uniforme
Fases de preparação dos granulados por via úmida

• 1. Seleção, pesagem e mistura dos pós


Fases de preparação dos granulados por via úmida

• 2. Preparação da granulação úmida:


Em máquina misturadora ou outro

- Adição de líquidos de umedecimento


- Água, álcool e misturas
- Quantidade: 1/5 a 1/10 da matéria a granular
- Formação de pasta suficientemente úmida

- Adição de aglutinantes (ex. sol. gelatina, sol.


gomas, etc)
Fases de preparação dos granulados por via úmida
• 3. Granulação da massa úmida:

- Massa obtida é obrigada, manual ou mecanicamente


(granuladores), a passar através de placas perfuradas

- Aumentar o contato entre as partículas e aumentar a área de


superfície para facilitar a secagem

- Relação de escolha da malha com o peso dos comprimidos,


o qual está relacionado com o diâmetro das punções.
- Ex (Prista): para comprimidos de peso 400-700 mg usar
punção de 12-13 mm e tamis com 49 malhas por cm2.
Uso de grânulos na produção de
comprimidos
• Prevenção da segregação durante a
produção (especialmente mistura e
compressão) ou estocagem;
• Melhoramento das propriedades de fluxo;
• Melhoramento das propriedades de
compactação;
• Baixa incidência de pós e contaminação
cruzada.
Fases de preparação dos granulados por via úmida

4. Secagem dos grânulos:


- Remoção do solvente que foi usado na formação dos
agregados
- Temperatura mais baixa possível
- Duração variável dependendo do método e dos
compostos utilizados. Ex. em estufa 30-40oC 5h.
- Granulado não deve ficar demasiadamente seco ou
excessivamente úmido, para que tenha boa
compressão e não seja friável.
- Secagem tbém pode ser feita por leito fluidizado, onde o
granulado é atravessado por ar quente e seco.
Fases de preparação dos granulados por via úmida

5. Calibração do granulado:
- Passagem em crivo ou tamis
- Obtenção de granulado regular com mesmas
dimensões
- Para que o peso dos comprimidos não sofra
variações apreciáveis
- Malha do crivo deve ser escolhida,
basicamente, em função do peso e diâmetro
dos comprimidos
Granulação via úmida
Líquido ou
solução aglutinante

Granulação

Mistura Aglomeração Granulado


Aglomeração - Malaxador

Secagem

Calibração
INDESEJÁVEL
Preparação dos granulados por via
úmida
OBTENÇÃO DE
COMPRIMIDOS POR
GRANULAÇÃO VIA SECA
Granulação a seco ou dupla
compressão
• A substância ativa, adicionada do adjuvantes
(diluente, aglutinante e desagregante) é comprimida
grosseiramente. Em seguida, reduzidos a granulados
adequados, adicionados de lubrificantes e
submetidos à compressão definitiva

• Processo mais rápido quando comparado à via


úmida

• Principal aplicação é na preparação de comprimidos


de substâncias higroscópicas, alteráveis pela
umidade ou termolábeis
Granulação a seco
(Dupla compressão)
Prensa agregadora
Granulação a seco

• Mistura
• Compactação
• Fragmentação
• Calibração
• Adição de lubrificantes
• Compressão
Granulação via seca

Moagem

Mistura
Prensas agregadoras Grânulos
Irregulares

Calibração
Equipamentos – Compactador
Preparação dos granulados por via seca
Granulação úmida Granulação a seco

Desvantagens Desvantagens
Muitas etapas;
etapas;
Adição e remoção de solventes
solventes;;  Muitas etapas
etapas;;
 Equipamentos caros
caros;;
Maior gasto de energia
energia;;
 Gasto de energia
energia;;
Possibilidade de hidrólise
hidrólise;;
Possibilidade de degradação
por aquecimento
aquecimento..
Via úmida

Via seca
Granulação
Via seca Via úmida
- Compactação prévia (slugs
- Aglutinação  massa
prensas, compactadores)
(malaxador, planetária,
- Cominuição (granulador
misturador-granulador)
oscilante, rotativo, moinho,
- Granulação / Secagem
tamisador-granulador)
- Calibração dos grânulos
- Calibração dos grânulos
Generalidades
Generalidades
PAs sensíveis (ToC e H2O) PAs estáveis
- Coesão por Pressão - Coesão por líquido
- Mais econômica; - Maior número de etapas
- Gera mais pó; e equipamentos;
- Desgasta os equipamentos; - Controle da umidade
- Equipamentos caros. residual.
Granulação em leito fluidizado
• Neste os fármacos e excipientes são suspensos em
uma corrente de ar quente na câmara do equipamento,
enquanto uma solução aglutinante é aspergida sobre
eles, promovendo a agregação.

- O ar quente remove o solvente dos grânulos


formados

- O processo permite a obtenção de sistemas


multiparticulados de liberação modificada mediante a
preparação de grânulos matriciais (fármaco + polímero)

- Grânulos convencionais podem ser revestidos em


leito fluidizado
Equipamentos – LEITO FLUIDIZADO

Leito fluidizado
(Fluid Bed)

Alta eficiência de secagem


secagem..
Fluxo de ar quente
quente::
ascendente  no centro
centro;;
descendente  nas paredes
paredes;;
Nebulização contínua
Granuladores de leito fluidizado
Comparação dos métodos

Via úmida Via seca


 Muitas etapas;
 Adição e remoção de solventes;  Muitas etapas;
 Maior gasto de energia;  Equipamentos caros;

 Possibilidade de hidrólise;  Gasto de energia;

 Possibilidade de degradação
por aquecimento.
Desenvolvimento de
excipientes diretamente
compressíveis

FUNCIONALIDADE
 Tendência mínima à segregação;
 Boa compressibilidade;
 Fluir facilmente;
Comparação dos métodos
Etapas Compressão direta Via seca Via úmida
1 Mistura do IA + Mistura do IA + Mistura do IA +
excipiente(s) excipiente(s) excipiente(s)

2 Compressão Compressão dos slugs Adição do aglutinante

3 Redução dos slugs Obtenção da massa

4 Mistura / lubrificação Granulação

5 Compressão Secagem

6 Seleção dos grânulos

7 Compressão
A ETAPA DA
COMPRESSÃO
A etapa de Compressão
• Para produção de comprimido é necessário submeter o
preparado a uma pressão exercida entre 2 punções no
interior de câmara de compressão (ou matriz) da máquina
compressora

• Compressão deve ser regulada em função da possibilidade


de desgaste do equipamento e da dureza desejada

• Peso do comprimido influenciado pela quantidade do


produto que chega à matriz. Peso influenciado pela
constância de volume e peso da amostra – tenuidade e
densidade
Equipamentos
 Componentes básicos das máquinas
1- tremonha = alimenta a máquina com o granulado ou pó;
2- matrizes que definem o tamanho e a forma do comprimido;
3- punções para comprimir o granulado dentro da matriz;
4- calhas para orientação do movimento dos punções;
5- mecanismo de alimentação que conduza o granulado ou os pós
da tremonha para dentro das matrizes.

Matrizes

Punções
Máquinas de compressão
• Máquinas de excêntrico ou alternativas:
- Mais simples, para pequenas produções

- constituídas por 1 estação: 2 punções


(superior e inferior) e câmara de compressão ou
matriz e uma peça móvel distribuidora do pó
(chamada de tolva, tremonha ou distribuidor)

- Diâmetro dos punções relacionado com o peso


dos comprimidos a obter e a tenuidade do
granulado empregado
Punção
superior

Excêntrica Matriz

Punção
inferior

Enchendo Ejetando

Compactando
Máquinas de compressão

• Máquinas rotativas:
- Para produções em larga escala
- Várias estações
- constituídas por várias matrizes, punções e
distribuidores

Principais Vantagens:
- Maior rendimento
- Facilidade de enchimento das matrizes
- produção de comprimidos mais homogêneos
Punções
superiores

Enchimento Ejeção
Rotativa Compactação

Punções
inferiores

Ajuste do peso
(volume de pó)
Fases da compressão
• Preparação e enchimento
• Compressão
• Ejeção
Máquinas de compressão

Toda a pressão durante a compressão é aplicada pelo punção superior.


máquinas de compressão

Punção
superior
Espessura do
comprimido:
penetração do punção
superior.
Matriz

Punção Volume de pó: posição


inferior do punção inferior.
Compressão - adesão e coesão das partículas

• A umidade desempenha papel preponderante na adesão e


coesão dos grânulos obtidos pela via úmida. A umidade
intergranular forma pontes (líquidas e sólidas) entre as
partículas, as quais ficam ligadas umas às outras

• Via seca as forças de atração molecular / intermoleculares


são as responsáveis pela adesão das partículas entre si
(1000 Å): dipolo-dipolo (por fricção) e pontes de Hidrogênio.

• A natureza da interação depende das características do pó

• Processo de obtenção de comprimidos:


compactação (compressão + consolidação
consolidação))
– Compressão: aumento do contato entre as partículas
– Consolidação: Formação de ligações sólido-sólido
Compactação dos pós envolve:

Compressão Consolidação

Aumento do contato: Aproximação das partículas:


Diminuição no volume dos pós forças de Van der Waals +
com aumento da densidade. fusão local = ponte.
Punção
superior

Força Força
radial axial

Acomodação dos grânulos com expulsão


do ar presente entre os mesmos.
Punção
Fragmentos restantes ajudam à
inferior preencher espaços vazios.
Generalidades sobre o Processo de Compressão

Compressão alteração do empacotamento das


força partículas
mecânica

redução do volume do granel

rearranjo das partículas torna-se difícil e


ocorre deformação

Deformação
plástica:
a deformação é irreversível após a remoção da força;

Deformação
elástica:
após remoção da força, a deformação é reversível
Comportamento do material
Características do material para
Compressão
• Volume e peso viáveis para utilização das ferramentas
básicas de compactação disponíveis (matrizes e punções)

• Suficiente aglutinabilidade interparticular


(compressibilidade)

• Baixa ou nula tendência à aderência com as peças


básicas de compactação

• Baixa ou nula tendência ao atrito e à abrasão em relação


ao equipamento de compactação

• Suficiente capacidade de escoamento

• Capacidade de promover a desagregação do compacto


formado quando em contato com os sucos digestivos
Alguns Fatores que influenciam o Processo de Compressão

Exercem influência:
Tamanho da partícula
- empacotamento (enchimento regular da matriz)
e
Forma da partícula - escoamento das partículas
*formas esféricas tendem a formar ângulos de repouso menores com densidades
do granel maiores, melhorando o fluxo.

A água pode atuar como lubrificante sobre a parede da matriz,


Umidade mas também pode provocar o agarre do material nas faces dos
punções.

Atuam por interposição de um filme de baixa tensão na


interface entre o material e a parede da matriz
matriz.. Reduzem
Lubrificante a fricção do material com a superfície da parede da
matriz..
matriz
Defeitos de produção
• Podem ocorrer em decorrência da formulação, do
equipamento ou de ambos.

• Causas do capping (comprimidos descabeçados):


– Pressão exagerada
– Presença de muito ar absorvido
– Falta de aglutinantes
– Secura exagerada do granulado
– Punções e matrizes sujos ou rugosos
Capping
Defeitos de produção
• Resultantes de atrito: Sticking, onde as partículas
podem se aderir e serem removidas pelas matrizes
(binding) ou pelos punções (picking)

– Formação de lascas nas arestas dos comprimidos


– Comuns em punções com relevo

• Causas do Sticking (conjunto de binding e picking):


– Granulado úmido
– Absorção de umidade durante a compressão
– Emprego de punções ou matrizes riscados ou
inadequados
– Folgas entre a matriz e o punção inferior
– Deficiente quantidade de lubrificante
Defeitos que podem ocorrer nos comprimidos

Capping Laminação

Picking

Sticking
Fissuras
Defeitos de produção
Defeitos de produção
• Comprimidos sarapintados:
– Distribuição desigual da cor pela superfície
– Pode ocorrer no uso de corantes em formulação para
compressão direta em tempo inadequado de mistura
• Variações de peso:
– Pó a ser comprimido é determinado pela quantidade de
granulado na matriz: qualquer fator que puder alterar o
processo de enchimento da matriz pode alterar o peso
• Variação da dureza:
– Causas semelhantes à variação do peso
– Dureza depende do peso do material e do espaço entre
os punções no momento da compressão
– Volume de material ou a distância entre os punções
varia, a dureza se torna inconsistente
Alterações em comprimidos
• Oxidações:
– Coloração amarelada com lactose e glicose
– Reação de Mailard: Lactose + fármacos com grupos
aminas (aminofilina, neomicina, etc)
– Fármacos facilmente oxidáveis: Vitaminas,
principalmente B e C, Paracetamol, outros.

• Hidrólises:
– Ácido acetilsalicílico e umidade. Uso de lubrificante
adequado.
– Substâncias susceptíveis de hidrólises: ácido fólico,
penicilinas, AAS, estreptomicina, entre outros.
– Observar a escolha do processo de granulação
Verificação dos comprimidos
• Ensaios de controle de qualidade executados durante
e após a preparação

• Durante a produção e antes da compactação vários


ensaios podem ser realizados, como doseamento dos
P.As. Nos granulados, para verificar a distribuição e
uniformidade

• Após a preparação dos lotes os comprimidos são


submetidos a ensaios, a fim de se verificar se as
características obtidas correspondem às necessidades
pretendidas.
Controle de Qualidade: principais ensaios realizados

São parâmetros críticos à considerar


considerar::

- Uniformidade de conteúdo::
-Uniformidade de peso
-Determinação do teor de fármaco

- Cedência do fármaco
fármaco::
- desintegração e dissolução
dissolução;;

- Resistência mecânica
mecânica::
- Dureza e friabilidade
friabilidade;;
Tamanho e Forma

- Punções e matrizes durante


Forma e dimensões o processo de compressão;
-Volume de enchimento e
pressão.

Além de exame da superfície e cor

Peso Volume de enchimento

Produção de comprimidos uniformes

- mesmo volume de enchimento;


- mesma pressão: controle de dureza

afetam a espessura e dureza do comprimido


Dureza
Os comprimidos devem ser duros suficientes para resistir à quebra
durante a embalagem, o transporte e à manipulação.
Proporcional à força de compressão e inversamente à porosidade

 Devem ser “moles” o bastante para desintegrar ou dissolver


após a administração.

Equipamentos utilizados para Avaliação


de Dureza Plano Plano
móvel móvel
**Medidor de dureza

comprimido

Superfície fixa

Durômetro de bancada Durômetro digital


Friabilidade

Friabilidade: é a tendência do comprimido perder pós.

**Friabilômetro
- Os comprimidos rolam e caem dentro do
receptáculo giratório.

- Os comprimidos são pesados antes e depois


de um número específico de rotações,
determinado-se a perda de peso.

- Perda máxima de 1% é aceitável.

F  1.5%
Desintegração
- O comprimido deve desintegrar-ser para que o fármaco fique
disponível para absorção no TGI
- Simulador do TGI

 Equipamento utilizado para Avaliação de Desintegração


**Desintegrador
- 6 tubos de ensaio abertos, presos verticalmente
em uma malha 10 de aço inoxidável
inoxidável..
- os comprimidos são colocados (unidade) em cada
um dos 6 tubos da cesta que é suspensa e
mergulhada no líquido de imersão
imersão..

Exemplos de ensaios
- água mantida em 37
37ºC
ºC (monografia)
(monografia)::
*comprimidos bucais devem desintegrar
desintegrar- -se em 4h.
*comprimidos sublinguais devem desintegrar
desintegrar--se em
30’’.
30

-suco gástrico a 37
37ºC
ºC por 30
30’’:
*comprimidos orais sem revestimento
revestimento..
Dissolução
- Avalia proporção do fármaco dissolvido em tempo estabelecido,
sob condições padronizadas

- A dissolução do ativo a partir do comprimido é fator limitante da


absorção.

 Equipamento utilizado para Avaliação de Dissolução


**Dissolutor

- em cada teste, coloca


coloca-
-se no recipiente um volume do
meio de dissolução (monografia), mantendo
temperatura a 37 37ºC
ºC ± 0,5ºCºC..
-o comprimido é imerso no recipiente ou colocado na
cesta acionando-
acionando -se o agitador na velocidade
especificada..
especificada
- Após tempo especificado na Farmacopéia, amostra é
retirada e quantificada
quantificada..
-a velocidade de dissolução deve satisfazer os
requisitos da monografia
monografia..

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