Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
A montagem tanto do quadro horário quanto do ciclo de estudos tem uma etapa comum e uma
etapa diferente para cada. Faremos cada uma.
Etapa Comum
Nós sabemos que algumas disciplinas são mais importantes que outras, mas nem sempre
fazemos algo em relação a isso. Isso muda hoje.
Imagine que você tem algumas disciplinas em um concurso. Para termos um exemplo real, vou
usar o edital Bacen/2013.
O edital não previa pesos para as disciplinas, mas haveria 50 itens de conhecimentos básicos e
70 de específicos, totalizando 120 itens.
A forma mais simples de calcular o peso de cada disciplina é começar pelo peso atribuído pela
própria banca. Por quê? Porque ela está nos dizendo o que é mais importante. Não faz sentido
estudar muito uma disciplina secundária em detrimento de uma principal. Em geral, são pontos de
análise necessários para definição dos pesos das disciplinas:
• O peso estabelecido em edital
• Seu conhecimento de cada disciplina
• Sua dificuldade em cada disciplina
Esses três fatores são fundamentais para uma adequada distribuição do tempo disponível.
(Repare que ainda não falei desse tempo disponível. Chegaremos lá).
Então, o primeiro passo é analisar o peso das disciplinas de acordo com o edital (Peso 1).
(Vimos no passo anterior que há 6 disciplinas (com 50 itens no total) básicas dentro de 120 itens. Isso dá
50/120 = 41,66/6 disciplinas = 0,069 ou 6,9. O mesmo com as específicas).
Em um estágio mais avançado, você pode tornar suas pontuações mais detalhadas (por exemplo,
0,5 para disciplinas que você domine – e possa só fazer exercícios e revisões – e 1,5 para
questões que você tem facilidade, mas ainda parecem complexas).
Isso, automaticamente, nos gera nosso terceiro peso, que será o final (multiplicando-se P1 x P2).
TOTAL 146,6
O peso 3 representa o equilíbrio entre a importância da disciplina e sua dificuldade pessoal. Veja
também que surgiu uma nova linha em nossa tabela – Total.
Dica: Se você achar muito discrepantes os pesos atribuídos, você pode tentar encontrar soluções
intermediárias, mas procure manter-se nos propostos, pelo menos até fazer uma prova e ver se a
estratégia funciona para você.
Passada essa etapa, é hora de seguir para a montagem do quadro propriamente dito.
Todos nós temos atividades essenciais, que não podem (nem devem) ser negligenciadas em prol
do estudo para os concursos. Entretanto, grave isso:
Se tudo for mais importante do que os seus estudos, nunca será possível sua aprovação.
Fernando Mesquita Página 4
Curso Ciclo EARA
Quando falei sobre as 5 verdades que ninguém te contou sobre concursos públicos, disse que “se
você não respeitar os estudos, eles não vão te respeitar”.
Falamos isso aqui em outras palavras, quando trabalhamos a questão do foco e da dedicação. É
importante e não é negociável.
Dito isso, é importante saber que algumas tarefas, importantes mas não urgentes, terão de
ficar para depois em função dos estudos. Qual tarefa que ficará para depois é uma decisão
pessoal (às vezes familiar). Cabe a você a à sua família decidir o que pode ser protelado em prol
de um bem maior.
O início do quadro
Para essa etapa, você vai precisar de um software de criação de planilhas. Pode ser algo simples,
como o disponível no Google Drive, no Microsoft OneDrive WebApps (ambos gratuitos). Você
pode usar também o excel. Tanto faz. Para a demonstração, usarei o excel.
O primeiro passo é dar nomes às colunas e às linhas de sua tabela. São elas que vão servir de
referência para o trabalho a ser feito. No meu caso, gosto de ter todos os dias e todos os horários
disponíveis, então coloquei nas linhas os horários de 6 da manhã às 11 da noite e, nas colunas,
todos os dias da semana.
Gaste algum tempo nessa etapa – isso vai te salvar transtornos mais à frente. Pense bem naquilo
que você faz e precisa fazer. Anote todas as atividades.
(Repare que o quadro é apenas fictício – eu nunca iria para a academia às 6h30. Já tentei. Não
funcionou)
No caso em tela, meu tempo de estudos é das 18h às 22h, quando começo a me preparar para
dormir. Assim, isso me dá 4 horas durante os dias de semana e mais 5 horas em cada um dos
dias do fim de semana, totalizando 30 horas de estudos semanais.
Como cada célula tem 30 minutos, isso significa que tenho 60 compartimentos para
distribuir entre as matérias que vou estudar (30 horas x 2 compartimentos de 30 minutos
para cada hora).
Vamos resgatar a tabela original, da última etapa, com os pesos finais. Vou manter só os pesos
finais, que são o que nos interessa.
Inglês 6,9
Economia 20,7
Comunicação 19,4
Total 146,6
Tenho 147 (arredondando) pesos para distribuir entre 60 compartimentos. Para descobrir a forma
de lidar com isso, vamos dividir um pelo outro -> 60/147 = 0,4. Assim, cada “1 peso” equivale a 0,4
compartimento. Com isso, vou multiplicar os pesos finais para descobrir quantos compartimentos
poderei dedicar a cada matéria.
E a mágica aconteceu.
Repare que, ao multiplicar os pesos finais por 0,4 (de acordo com nosso cálculo da relação
compartimentos x pesos) tive o resultado de 58,64 – que, descontadas as frações, é praticamente
igual aos 60 compartimentos que tínhamos disponíveis originalmente.
Interpretando o resultado, como exemplo, para português, terei 2,76 compartimentos por semana.
Mas não posso estudar 0,76 compartimentos. Daí, vem a ideia de arredondar esses números.
Minha estratégia? Tudo que for abaixo de X,5 (ex.: 2,20) vira X,0, o que for acima disso adiciona-
se o ponto (ex.: 3,8 vira 4) e o da metade é escolha própria (a depender de sua impressão da
dificuldade do conteúdo). A minha ficaria assim, por exemplo:
Inglês 2,76 3
Economia 8,28 8
Comunicação 7,76 8
Total 58,64 60
De tudo que falamos e ao ponto que chegamos, significa que, em português, vou estudar 1,5
horas por semana (o seu resultado provavelmente vai ser diferente).
Economia, vou estudar 4 horas por semana. Isso se deve ao fato de que cada compartimento tem
30 minutos. Portanto, cada 2 compartimentos equivalem a 1 hora completa de estudos.
Com essas informações reunidas, basta preencher a tabela com as matérias a serem estudadas.
Minha sugestão é que você faça sessões de 1 a 1,5h no máximo de cada disciplina. Após cada
grupo desses, vale um descanso de 5 a 10 minutos em atividades não relacionadas a estudos.
Uma caminhada breve, uma leitura despreocupada ou aquela conferida em e-mails e redes
sociais, desde que ao final do descanso você esteja pronto para voltar. Marque no cronômetro se
for necessário, coloque um alarme para daí a 9 minutos (que você tem o último para fechar o que
estava vendo e voltar ao ritmo).
A razão de fazermos sessões de estudos pequenas é exatamente permitir que o cérebro não fique
enfadado com os estudos.
Isso é uma das melhores táticas que os bons candidatos usam: com a intercalação de
disciplinas, você se cansa menos nos estudos, aprende melhor e grava melhor aquilo que
estudou.
No meu caso, deixei as atividades cotidianas em cores mais escuras, enquanto o estudo ficou
colorido – separado por matéria.
Como dito no início, de nada adianta passar por tudo isso e não seguir essa bela tabela
construída por você. Siga-a por algum tempo e comece a observar quais são os momentos em
que você se sente mais cansado, com vontade de não estudar, ou os bons momentos, em que
você produz bastante. Essas informações são importantes e serão muito valiosas quando
estivermos falando de adaptação.
Assim, quando notar que algo não vai bem (um horário que não é bom para estudos, ou algum
outro que poderia ser utilizado para estudar em vez da atividade atual), atualize seu quadro.
Prefira fazer essas mudanças periodicamente, em vez de alterar a cada pequena oportunidade.
Você vai ter uma visão mais completa do problema dessa forma.
Produzir o seu quadro horário é uma das atividades mais importantes do candidato a concursos.
Muitas vezes, é a diferença entre ser aprovado ou reprovado em uma prova.
Obs 1.: Caso seu concurso esteja próximo (digamos 8 a 12 semanas) e você queira
construir as tabelas completas até o dia da prova, basta replicar o compartimento
que você construiu e preenchê-lo pelo tempo restante.
Obs 3.: Em qualquer dos casos, você precisa estabelecer limites e prazos para que
possa finalizar uma determinada disciplina – isso evita perda de rendimento e
queda na motivação – porque você observa a matéria progredindo e cada
finalização gera ânimo para seguir na luta.
Como dito, as etapas anteriores de definição dos pesos permanecem na montagem do quadro
horário, porque elas se referem ao conteúdo em si, não à sua forma de planejamento.
Assim, traremos o mesmo exemplo do bacen para aplicá-lo ao ciclo de estudos. Voltamos com o
Peso 3, que é o que vamos utilizar a seguir:
Inglês 6,9
Economia 20,7
Comunicação 19,4
Total 146,6
O que podemos fazer aqui é simplesmente pegar esses pesos já definidos e ver a quanto eles
correspondem, mas agora não em termos de compartimentos, mas em termos de tempo.
Digamos que eu tenha 30 horas de estudos por semana e, conforme orientações, queira fazer 2
ciclos de 15 horas. Então, cada ciclo (se eu for fazer dois iguais) terá 15 horas de duração, para
ser distribuído por 146,6 “pesos”. Para facilitar, veremos em minutos. 15 horas x 60 minutos por
hora nos dá 900 minutos por ciclo.
A partir de agora, dividimos os 900 por 146,6 (estamos fazendo uma simples conversão para
falarmos o mesmo idioma), o que nos dá 6,13 minutos por “peso”.
O que você precisa, agora, é buscar uma forma de transformar isso em uma versão gráfica. Não é
necessário, mas é bacana.
Eu uso programas de apresentações multimídia (Google Docs, Keynote, Powerpoint), que têm
recursos para a construção de esquemas.
Novamente, a lógica é buscar uma distribuição de disciplinas que deixe as disciplinas mais
diferentes possíveis entre si em sequência. Uma sequência ruim seria português e redação. Uma
boa sequência seria português e raciocínio lógico.
Nem sempre é possível fazer isso. Em alguns concursos, por exemplo, você tem 12 “tipos de
direitos”. Mas sempre que for possível, faça-o.
Inglês 42,2
Economia 126,89
Comunicação 118,92
Português 42,2