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Graduada em Engenharia Civil pelo UNIS. Graduada em Licenciatura Plena em Matemática pela Uni-
versidade Vale do Rio Verde. Pós-graduada em Matemática e Estatística pela Universidade Federal
de Lavras. Pós-graduada em Física pela Universidade Federal de Lavras. Pós-graduada em Gestão
Educacional pela FACECA. Pós-graduada em Design Instrucional pela Universidade Federal de Ita-
jubá. Pós-graduanda em Engenharia das Estruturas pelo UNIS. Mestranda em Estatística Aplicada
e Biometria pela Universidade de Alfenas – UNIFAL. Atualmente atua como professora da Escola
Estadual Coração de Jesus, como Engenheira Civil na empresa G&G Engenharia e como professora
na Unidade de Gestão da Educação a Distância do Unis-MG.
74 p.
Unis EaD
Cidade Universitária – Bloco C
Avenida Alzira Barra Gazzola, 650,
Bairro Aeroporto. Varginha /MG
ead.unis.edu.br
0800 283 5665
5
Ementa
Conceitos gerais, carregamentos e idealizações. Estruturas isostáticas simples e asso-
ciadas (vigas, pórticos e arcos triarticulados, treliças, grelhas). Princípio dos trabalhos
virtuais. Cálculo de deslocamentos em estruturas isostáticas: método da carga unitária.
Orientações
Ver Plano de Estudos da disciplina, disponível no ambiente virtual.
Palavras-chave
Teoria das Estruturas. Análise de Estruturas. Estruturas Isostáticas.
Unidade I - Conceitos Básicos de Teoria das Estruturas e Conceitos Básicos de Está-
tica de Estruturas
1. Introdução 12
1.1. Conceito prático de estruturas 12
1.2. Tipos de elementos estruturais 13
1.3. Esforços ou ações 15
1.4. Objetivos da análise estrutural 16
1.5. Conceitos básicos da estática 17
1.6. Grandezas fundamentais 17
1.6.1. Força 17
1.6.2. Momento 18
1.7. Equilíbrio de corpos rígidos 20
1.8. Modelos e simplificações de cálculo 21
1.8.1. Simplificações geométricas 21
1.8.2. Representação dos carregamentos 21
1.8.3. Representação dos apoios 23
Unidade II - Modelo de Cálculo – Aplicando conceitos
2. Introdução 28
2.1. Primeiro exemplo: 28
2.2. Segundo exemplo: 29
2.3. Terceiro exemplo: 31
2.4. Quarto exemplo: 31
2.5. Quinto exemplo: 32
2.6. Sexto exemplo: 33
Unidade III - Esforços Solicitantes Internos
3. Introdução 35
3.1. Relações fundamentais da Estática 37
3.1.1. Relações entre os esforços normais e cargas axiais distribuídas 38
3.1.2. Relações entre os esforços cortantes e momentos fletores e carregamento
transversal 39
Unidade IV – Estudo das vigas isostáticas
4. Introdução 45
4.1. Vigas simples 45
4.1.1. Vigas biapoiadas 45
4.1.1.1. Viga biapoiada com carga concentrada 46
4.1.1.2. Viga biapoiada com momento concentrado 49
4.1.1.3. Viga biapoiada com carregamento uniformemente distribuído 53
4.1.1.4. Viga biapoiada com carregamento triangular 58
I
Unidade I -
Conceitos Básicos de
Teoria das Estruturas
e Conceitos Básicos de
Estática de Estruturas
Objetivos da Unidade
- Conhecer o conceito de estruturas no âmbito da Engenharia
Civil, bem como os modelos estruturais.
- Compreender os conceitos de esforços ou ações nas estrutu-
ras.
- Conhecer os principais objetivos da análise estrutural e sua apli-
cação no contexto da Engenharia Civil.
- Revisar conceitos básicos da Estática.
- Compreender os modelos e simplificações de cálculo.
- Representar os tipos de apoios.
Unidade I - Conceitos Básicos de Teoria das Estruturas e Conceitos Básicos de Está-
tica de Estruturas
1. Introdução
Uma estrutura é o conjunto formado pelas partes resistentes que garantem a estabilidade,
por exemplo, de uma edificação. Quando se projeta uma estrutura, a análise do comportamento
estrutural exige que sejam feitas algumas simplificações que conduzem a modelos estruturais (Valle
et al, 2009).
Conforme Almeida (2009), uma estrutura é, portanto, um conjunto capaz de receber soli-
citações externas, denominadas ativas, absorvê-las internamente e transmiti-las até seus apoios ou
vínculos, onde elas encontram um sistema de forças externas equilibrantes, denominadas forças
reativas.
Fonte: http://engcarlos.com.br/infraestrutura-de-uma-obra/
12
Podemos dizer que a infraestrutura é representada pela fundação do edifício, bem como
seus elementos acessórios, ou seja, sapatas, estacas, blocos de coroamento, vigas de equilíbrio, tubu-
lões, etc.
A superestrutura, por sua vez, é representada pelas vigas, pilares, lajes, escadas, etc. Tais ele-
mentos estruturais podem ser feitos dos mais diversos materiais, sendo mais comumente: concreto
armado, concreto protendido, aço e madeira.
Os elementos estruturais, assim como toda e qualquer estrutura, devem apresentar as pro-
priedades de resistência e de rigidez, isto é, serem capazes de resistir cargas, dentro de certos limi-
tes, sem romperem e sem sofrer grandes deformações ou variações de suas deformações originais
(Almeida, 2009).
- Bidimensionais: são estruturas que apresentam duas dimensões muito mais significativas que a
terceira. Como exemplo, temos as lajes (Figura 3)
14
- Tridimensionais: são estruturas volumétricas (maciças) em que as três dimensões são significa-
tivas. Como exemplos de estruturas tridimensionais, temos os blocos de coroamento, blocos de
fundação, etc. (Figura 4)
Os conjuntos de forças ativas externas, que atuam em uma estrutura, são chamados de
ações e são divididos em: ações permanentes, variáveis e excepcionais. Segundo a NBR 8681/2003
– “Ações e segurança nas estruturas – procedimento”, temos:
- Ações: causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas. As forças e as deforma-
ções impostas pelas ações são consideradas como se fossem as próprias ações.
- Ações permanentes: ocorrem com valores constantes ou de pequena variação, durante pra-
ticamente toda a vida da construção. Exemplos: peso próprio dos elementos estruturais e de
vedação.
- Ações variáveis: ações que ocorrem com valores que apresentam variações significativas em
torno de sua média, durante a vida da construção. Exemplos: efeitos do vento, variação de tem-
peratura, etc.
15
- Ações excepcionais: são as ações que têm duração extremamente curta e muito baixa probabi-
lidade de ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser consideradas nos projetos
de determinadas estruturas. Exemplos: sismos, enchentes, etc.
Em posse da concepção da estrutura desenvolvida e das ações que sobre ela atuam, pode-
mos dizer que os objetivos da análise estrutural são:
1 – Determinação das reações de apoio: necessárias na própria análise estrutural, para a consi-
deração da ação mútua entre os diversos elementos estruturais. As recíprocas das forças reativas
de uma dada estrutura (ou elemento estrutural) são utilizadas como forças ativas nas estruturas
sobre as quais aquela se apoia (Almeida, 2009).
2 – Determinação dos esforços solicitantes internos (ESI): necessários para o posterior dimensio-
namento dos elementos estruturais, os quais, dependendo dos materiais utilizados, irão requerer
conhecimentos das disciplinas: concreto armado, concreto protendido, aço, madeira, etc. (Almei-
da, 2009).
3 – Determinação dos deslocamentos em alguns pontos: as vezes é necessária para a própria
resolução da estrutura (método dos deslocamentos para a análise das estruturas hiperestáticas).
A limitação da flecha máxima nas vigas é uma verificação exigida pelas normas para evitar a
deformação excessiva. Em algumas situações, tal limitação é necessária por questões funcionais,
16
como por exemplo: acima de janelas com esquadrias, cujo empenamento comprometeria a uti-
lização, podendo levar as vidraças à ruptura (Almeida, 2009).
É necessário revisar alguns conceitos básicos de análise estrutural que foram aprendidos em
disciplinas como a Física I, Mecânica e Resistência dos Materiais I, para um melhor entendimento do
conteúdo a ser abordado.
Para conseguirmos desenvolver os diagramas de esforços solicitantes internos (ESI) e calcu-
larmos o deslocamento em um ponto qualquer de um elemento estrutural (uma viga, por exemplo);
precisamos desenvolver a concepção dessa estrutura graficamente, bem como avaliar suas condi-
ções de apoio e carregamento e, então, calcular as suas reações de apoio.
1.6.1. Força
Podemos caracterizar força como sendo uma grandeza vetorial definida por: direção, senti-
do, intensidade e ponto de aplicação. A Figura 5, traz representações de forças no plano cartesiano
e no espaço.
17
Lembrando que no espaço:
1.6.2. Momento
Momento é uma grandeza vetorial caracterizada por: direção, sentido, intensidade e ponto
de aplicação. Na prática, o momento representa a tendência de giro, de rotação, em torno de um
ponto de referência, provocada pela ação de uma força.
O momento M de uma força F em relação a um ponto O é função da força F e da distância
entre a aplicação da força (ponto P) e o ponto O, dado pelo seguinte produto vetorial:
18
Figura 6 – Momento M de uma força em relação ao ponto O
A regra da mão direita também é um artifício muito utilizado para a compreensão do senti-
do e do eixo de rotação. A direção e o sentido do momento M são dados pelo polegar, quando a
palma da mão direita é direcionada para o ponto O, o polegar deverá estar perpendicular aos outros
quatro dedos, que, por sua vez, deverão apontar no sentido de F. Para entender o princípio da regra
da mão direita, basta visualizar a Figura 7 a seguir.
Mₒ=OP x F
P P
F
•o F •o
19
1.7. Equilíbrio de corpos rígidos
Um corpo rígido está em equilíbrio quando todas as forças e momentos externos que atuam
sobre ele formam um sistema de forças e momentos equivalentes a zero, isto é, quando o somató-
rio de todas as forças e momentos atuantes na estrutura se igualarem a zero.
Essas expressões são chamadas de equações fundamentais da estática. Para análises estrutu-
rais em duas dimensões, temos o apresentado na Figura 8 para garantir a estabilidade da estrutura.
20
1.8. Modelos e simplificações de cálculo
O carregamento atuante em uma estrutura pode ser classificado quanto ao tipo: forças e
momentos. Quanto às forças, estas podem ser concentradas ou distribuídas (uniformemente, trian-
gulares, etc.), já com relação aos momentos, estes são considerados concentrados ou distribuídos.
- Cargas concentradas: neste quesito podemos enquadrar tanto forças quanto momentos que
são distribuídos em áreas de pequenas dimensões, em comparação com as dimensões da estru-
21
tura em análise.
- Cargas distribuídas: forças e momentos podem ser, de maneira simplificada, considerados dis-
tribuídos ao longo de um comprimento. Neste caso, uma das dimensões da área sobre a qual a
força se transfere é pequena quando comparada com a outra dimensão. Em projetos estruturais,
as ações das lajes sobre as vigas são exemplos de carregamentos distribuídos linearmente (Almei-
da, 2009). A unidade de força distribuída mais usual é kN/m.
Sendo que a resultante (R) será coincidente com o centro de gravidade do diagrama de q
(x).
A seguir (Figura 10) é apresentado um resumo dos carregamentos distribuídos mais utiliza-
dos na prática, com as suas resultantes e respectivos pontos de aplicação.
22
Figura 10 – Resumo dos carregamentos distribuídos
Para o estudo do equilíbrio dos corpos rígidos, não basta apenas conhecer as forças externas
que agem sobre ele, mas também é necessário conhecer como este corpo rígido está apoiado.
Apoios ou vínculos são elementos que restringem os movimentos das estruturas e recebem
a seguinte classificação:
23
apoio e permite a rotação.
- Apoio do 2° gênero (rótula, apoio fixo ou articulação): impede a movimentação (translação) na
direção normal e paralela ao plano de apoio; permite a rotação.
- Apoio do 3° gênero (engaste): impede a movimentação (translação) na direção normal e para-
lela ao plano de apoio e impede a rotação. Veja a Figura 11.
24
- Estrutura: conjunto capaz de receber solicitações externas, denominadas
ativas, absorvê-las internamente e transmiti-las até seus apoios ou vínculos.
- Edifício: sistema estrutural dividido em dois subsistemas principais:
- Infraestrutura: representada pela fundação do edifício, bem como seus
elementos acessórios (sapatas, estacas, blocos de coroamento, etc.).
- Superestrutura (ou supra estrutura): representada pelas vigas, pilares, lajes, escadas, etc.
- Sistemas estruturais: são modelos de comportamento idealizados para representação e aná-
lise de uma estrutura tridimensional.
- Quanto às dimensões e às direções das ações, os elementos estruturais podem ser classifi-
cados em: unidimensionais (vigas e pilares); bidimensionais (lajes) e tridimensionais (blocos de
fundação).
- Ações: causas que provocam esforços ou deformações nas estruturas. Revisar os conceitos
fundamentais apresentados na NBR 8681/2003 – “Ações e segurança nas estruturas – proce-
dimento” e na NBR 6120 – “Cargas para o cálculo de estruturas de edificações”.
- Objetivos da análise estrutural: determinação das reações de apoio; determinação dos esfor-
ços solicitantes internos e determinação dos deslocamentos dos elementos estruturais.
25
- Apoio do 1° gênero: impede a movimentação da estrutura na direção perpendicular (trans-
lação) ao plano de apoio; permite a movimentação paralela (translação) ao plano de apoio e
permite a rotação.
- Apoio do 2° gênero: impede a movimentação (translação) na direção normal e paralela ao
plano de apoio; permite a rotação.
- Apoio do 3° gênero: impede a movimentação (translação) na direção normal e paralela ao
plano de apoio e impede a rotação.
26
II Unidade II -
Modelo de Cálculo –
Aplicando conceitos
Objetivos da Unidade
- Apresentar o cálculo de reações de apoio em vigas com dife-
rentes tipos de carregamentos.
- Apresentar os principais tipos de carregamentos e de apoios.
Unidade II - Modelo de Cálculo – Aplicando conceitos
2. Introdução
Resolução
O primeiro passo para a resolução do exercício é adotar um sistema de eixos ortogonais (x
e y) e nomear os apoios.
28
O segundo passo é indicar, nos apoios da estrutura, as forças reativas que estes introduzem,
arbitrando seus sentidos:
O terceiro e último passo é calcular as reações de apoio com base nas equações de equilí-
brio da estática:
O sinal negativo nas reações HA e VA indica que o sentido correto é contrário àquele arbi-
trado. O sistema de forças externas, em equilíbrio, pode finalmente ser observado a seguir:
29
2 - Dado o pórtico a seguir, calcule as reações de apoio do mesmo.
Resolução
Cálculo das reações de apoio:
Portanto:
30
2.3. Terceiro exemplo:
Resolução
Cálculo das reações de apoio:
31
Resolução
Resolução
32
2.6. Sexto exemplo:
6. Dada a viga biapoiada com balanço a seguir, calcule as reações de apoio da mesma.
33
III Unidade III -
Esforços Solicitantes
Internos
Objetivos da Unidade
- Apresentar e analisar os esforços internos que uma estrutura
está submetida.
- Analisar o comportamento interno de uma estrutura.
Unidade III - Esforços Solicitantes Internos
3. Introdução
Há a interação entre o corpo rígido de estudo e as forças externas (ativas e reativas) que
atuam sobre ele. Tal interação se dá através de forças internas que são mobilizadas em todas as
seções contíguas de um corpo submetido à ação de um conjunto de forças externas.
Imaginemos um corpo rígido, conforme a Figura 12, submetido a um sistema de forças ex-
ternas em equilíbrio. Criando uma seção S seccionando o corpo, dividindo-o em duas partes, fica
evidente a necessidade de introduzirmos um sistema de forças capaz de manter em equilíbrio as
duas partes citadas. Observar que estas forças internas variam dependendo da posição da seção S.
As forças internas correspondem à interação entre as partículas do sólido, que se encontram nos
dois lados da seção imaginária S. Segundo o princípio da ação e reação, estas forças são sempre
recíprocas (iguais direções, intensidades e ponto de aplicação, mas com sentidos opostos). A parte
direita do corpo age sobre a parte esquerda e vice-versa, de tal forma que as forças que aparecem
em ambos os lados formam também um sistema de forças, desta vez internas, em equilíbrio (Almei-
da, 2009).
Figura 12 – A) Corpo submetido a um sistema de forças externas em equilíbrio; B) Tensões internas em uma seção
genérica S.
Figura 13 – A) Resultante do sistema de forças e momentos atuando no centro de gravidade da seção S; B) Esforços
solicitantes internos na seção S de uma estrutura espacial.
36
De maneira a padronizar o desenvolvimento dos diagramas de esforços solicitantes, temos
a Tabela 1 a seguir.
Em termos de estruturas planas, conhecendo-se as forças externas que atuam nesta, pode-
mos determinar os esforços solicitantes internos (N, Q e M) em qualquer seção transversal e, desta
forma, desenvolver os diagramas de esforços solicitantes: DEN (diagrama de esforços normais),
DEC (diagrama de esforços cortantes) e DEM (diagrama de momentos fletores).
37
Conforme observado anteriormente, os ESI variam em função da posição da seção de estu-
do, portanto, podemos dizer que tais esforços são funções do eixo x da barra. Sabemos que os ESI
dependem também do carregamento a que a barra está submetida. A relação entre o carregamento
e os esforços solicitantes internos é o que chamamos de relações fundamentais da estática.
Dada a viga da Figura 14 para garantir o equilíbrio estático nestas condições, temos que:
38
Figura 14 – A) Viga submetida a carregamento axial distribuído; B) Equilíbrio de um elemento infinitesimal; C) Trecho 1-2
Dada a viga da Figura 14, a relação entre os citados esforços é obtida considerando o equi-
líbrio do elemento infinitesimal de comprimento dx, portanto, fazendo-se o equilíbrio de forças na
vertical, temos que:
39
Sabemos que dx é um elemento infinitesimal e, elevado ao quadrado se tornaria menor
ainda, portanto, a parcela (dx)² da equação acima pode ser considerada nula, então, reescrevendo a
equação:
Figura 15 – A) Viga submetida a carregamento transversal distribuído q(x); B) Equilíbrio de um elemento infinitesimal dx.
40
Figura 16 – Estrutura para análise, exercício 03.
Os sinais positivos encontrados no cálculo das reações de apoio indicam que os sen-
tidos arbitrados estão corretos.
41
a partir do qual, obtemos:
Ns1 = -1 t (compressão)
Qs1 = 0
Ms1 = +18 t.m (o sinal positivo indica que as fibras tracionadas são as do lado pontilhado).
42
b) Análise da seção S2:
Calculando pelas torças à esquerda temos, conforme o esquema da figura ao lado:
Ns2 = 0
Qs2 = 1 t
Ms2 = 21 t.m
43
IV Unidade IV -
Estudo das vigas
isostáticas
Objetivos da Unidade
- Conhecer e elaborar a concepção estrutural dos principais ti-
pos de vigas.
- Elaborar os diagramas de esforços solicitantes internos de vigas
isostáticas.
Unidade IV – Estudo das vigas isostáticas
4. Introdução
Uma viga pode ser considerada um elemento estrutural representado por uma barra, ou
seja, um elemento em que uma das suas dimensões é muito maior em relação às demais, permitindo
que a tratemos como unidimensional. Desta forma, a viga é um modelo plano, sendo considerado
que a estrutura e o carregamento a ela submetidos são aplicados a um único plano.
As vigas podem ser consideradas simples (biapoiada, engastada e livre e biapoiada com ba-
lanços) ou compostas (vigas Gerber). As vigas simples são compostas basicamente por um único
elemento de barra, enquanto as vigas compostas são formadas por associações de vários elementos
de barra, ou seja, por várias vigas simples.
Podemos generalizar e dizer que o estudo das vigas isostáticas constitui a base de todo o
aprendizado do comportamento das estruturas. Os conceitos teóricos que serão apresentados se
aplicam, em geral, aos demais tipos de estruturas.
Vigas biapoiadas são estruturas planas definidas por um único elemento de barra, com dois
apoios em suas extremidades. Como tratamos de estruturas isostáticas, um destes apoios será do
primeiro gênero e o outro será do segundo gênero.
45
Para se verificar como variam os esforços solicitantes internos de uma estrutura devemos
estudar esses esforços ao longo de toda ela. Para isso utilizamos os diagramas de esforço cortante e
momento fletor.
Vamos construir os diagramas de esforço cortante e momento fletor para as vigas a seguir:
Genericamente, para uma viga biapoiada com carga concentrada temos, pela Figura 19:
46
- Desenvolvendo-se o somatório de momentos no apoio A, temos:
Trecho I: 0 ≤ x ≤ a
Trecho II: a ≤ x ≤ L
47
Figura 20, a seguir. Observe que quando o momento fletor for positivo, indicaremos que a viga
estará sendo tracionada em suas fibras inferiores. Desenharemos o diagrama de momentos fleto-
res sempre para o lado da região tracionada. Nos trechos onde não há carregamento na viga, o
diagrama de momentos fletores se comportará como uma reta e apresentará um ponto anguloso
no ponto de aplicação da carga concentrada (ponto C).
Figura 20 – Diagrama de momentos fletores de uma viga biapoiada submetida à carga concentrada
Trecho I: 0 ≤ x ≤ a
Trecho II: a ≤ x ≤ L
48
Partindo da equação anterior, podemos fazer a seguinte análise: quando x = a, Qd = -Pa/L
e quando x = L, Q = -Pa/L
- Com estes resultados é possível traçar o diagrama de esforços cortantes apresentado na Fi-
gura 21, a seguir. Observe que consideraremos o esforço cortante positivo quando o sentido
de giro deste for horário e o desenharemos na parte superior da viga. Em trechos onde não há
carregamento na viga, o diagrama de esforços cortantes será uma reta horizontal. No ponto de
aplicação do carregamento (ponto C) concentrado haverá uma descontinuidade no diagrama
com magnitude igual à força aplicada (no caso, força P).
Figura 21 – Diagrama de esforços cortantes de uma viga biapoiada submetida à carga concentrada
49
Figura 22 – Viga biapoiada submetida a um momento concentrado M
50
b) Diagrama de momentos fletores:
Em posse das reações de apoio, podemos começar a desenvolver o diagrama de momentos
fletores:
- Estudando o trecho I da viga, que varia de A a C, temos:
Trecho I: 0 ≤ x ≤ a
Trecho II: a ≤ x ≤ L
51
Figura 23 – Diagrama de momentos fletores de uma viga biapoiada submetida a um momento concentrado.
Trecho AB: 0 ≤ x ≤ L
Equacionando o esforço cortante para um ponto intermediário qualquer, temos:
Trecho AB: 0 ≤ x ≤ L
Ou seja, conclui-se que o momento será máximo no meio da viga, portanto, em L/2. Apli-
cando tal valor para x na equação M(x), descobriremos a magnitude de tal momento fletor:
55
mentos fletores nos apoios e no centro da viga, marca-se duas vezes o valor de qL²/8. O primeiro
ponto será o máximo da parábola e o segundo, quando ligado aos valores de momentos fletores
aos apoios, permite a obtenção das tangentes à parábola.
Figura 26 - Diagrama de momentos fletores de uma viga biapoiada submetida a carregamento uniformemente distri-
buído
Trecho I: 0 ≤ x ≤ L
56
Partindo da equação anterior, podemos fazer a seguinte análise: quando x = 0 e x = L, Q
= qL/2, em ambos os casos. Observamos, portanto, que uma viga biapoiada submetida a um carre-
gamento uniformemente distribuído apresenta esforços cortantes iguais às suas respectivas reações
de apoio nas extremidades, e no intermédio da viga ela se comportará como uma reta, evidenciada
pela equação apresentada acima.
Para respondermos à questão proposta, basta igualarmos a equação genérica para o esforço
cortante a zero, ou seja:
57
Figura 27 - Diagrama de esforços cortantes de uma viga biapoiada submetida a carregamento uniformemente distribuído
58
a) Cálculo das reações de apoio:
- Desenvolvendo-se o somatório de forças na direção x (horizontal), temos:
Trecho AB: 0 ≤ x ≤ L
Para equacionarmos o momento fletor para uma seção genérica S, temos primeiramente
que conhecer o valor da resultante R e para tanto, podemos descobrir o valor de y através da se-
melhança entre triângulos:
59
Figura 29 - Viga biapoiada submetida a carregamento triangular q(x), análise genérica.
Dessa forma:
60
Derivando-se a equação genérica para M(x) e igualando-a a zero, obteremos o ponto de
máximo da função:
É importante observar que obtemos na realidade duas raízes para a equação desenvolvida
acima, porém, somente a raiz positiva é coerente com o exemplo apresentado, pois é a única que
estará no intervalo de validade da função, ou seja, 0 ≤ x ≤ L.
Portanto, conclui-se que o momento será máximo na posição 0,577L. Aplicando tal valor
para x na equação M(x), descobriremos a magnitude de tal momento fletor:
61
Figura 30 - Diagrama de momentos fletores de uma viga biapoiada submetida a carregamento triangular
Trecho I: 0 ≤ x ≤ L
Para respondermos à questão proposta, basta igualarmos a equação genérica para o esforço
cortante a zero, ou seja:
63
Figura 31 - Diagrama de esforços cortantes de uma viga biapoiada submetida a carregamento triangular
Resolução
O primeiro passo para resolvermos o problema proposto é organizá-lo e discriminá-lo em
trechos, conforme apresentado a seguir:
64
O próximo passo é calcular as reações de apoio, conforme será feito a seguir:
65
Trecho II (Cdir a Desq): 3,0 < x2 < 7,0 m
Da mesma forma, iremos equacionar o momento fletor para cada uma das seções
indicadas (S1, S2, S3 e S4):
66
Trecho IV (E a B): 10,0 ≤ x4 ≤ 14,0 m
A 44,3 0,0
Cesq 44,3
132,9
Cdir 24,3
Desq 24,3
230,0
Ddir -15,7
Eesq -15,7
182,9
Edir -45,7
B -45,7 0,0
DEC:
67
DMF:
Resolução
Como o carregamento ao longo da viga não varia, podemos trabalhar com um único trecho
de estudo, conforme será apresentado a seguir.
68
Tal situação implica em dizer que teremos o momento máximo atuante nesta viga
também em x = 3,5 m. Equacionando o momento fletor, temos que:
É sabido que o momento máximo (qL²/8) ocorrerá na seção x = 3,5 m (0,5 L), por-
tanto:
69
Organizaremos agora o comportamento de alguns pontos importantes para o traçado
dos diagramas:
Valendo-se dos pontos obtidos na Tabela acima e sabendo-se que, para a situação
apresentada no exercício 02, o esforço cortante é representado por uma equação do 1° grau
e o momento fletor é representado por uma equação do 2° grau, temos condições de traçar
os seguintes diagramas:
DEC:
DMF:
70
3. Dada a viga biapoiada a seguir, submetida a um carregamento triangular de 15,0 kN/m,
desenvolva os diagramas de esforços cortantes e momentos fletores da mesma.
Resolução
Como o carregamento ao longo da viga não varia, podemos trabalhar com um único trecho
de estudo, conforme será apresentado a seguir.
71
Portanto, teremos um esforço cortante nulo quando x = 2,89 m (0,577 L), pois:
72
Tal situação implica em dizer que teremos o momento máximo atuante nesta viga
também em x = 2,89 m. Equacionando o momento fletor, temos que:
A 12,5 0,0
x = 2,89 m 0,0 24,1
B -25,0 0,0
DEC:
73
DMF
74