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INDÍDE

1. Introdução

As lesões bucais ocorrem com frequência em pacientes infectados pelo vírus


HIV.
Pacientes HIV positivos.

2. Desenvolvimento

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS).

A prevalência de 39% de lesões bucais nos pacientes.

Material e Método.

Profilaxia antibiótica.

3. Conclusão

Tratamentos atuais.

As doenças periodontais.

4. Referencia

1
INTRODUÇÃO
.
As lesões bucais ocorrem com frequência em pacientes infectados pelo vírus HIV,
podendo ser a representação dos primeiros sinais da doença, o que torna importante o
diagnóstico inicial precoce pelos cirurgiões-dentistas. Objetivo: Apresentar uma síntese
das informações mais relevantes sobre as principais manifestações bucais em pacientes
soropositivos para HIV/AIDS.

As lesões bucais estão fortemente associadas à infecção pelo HIV. A principal


característica pa-tológica do vírus da imunodeficiência humana é a diminuição
progressiva da imunidade celular e o conseqüente aparecimento de infecções opor-
tunistas e neoplasias malignas A infecção com-promete o sistema imune de maneira
sistêmica, o que ocasiona também depleção na função imu-nológica da mucosa bucal,
tornando-a suscetível a diversas alterações, tais como: candidíase, leucoplasia pilosa,
sarcoma de Kaposi, linfoma não-Hodgkin, gengivite ulcerativa necrotizante aguda e
periodontite .

As manifestações bucais da infecção pelo HIV são comuns e podem representar um


importan-te valor diagnóstico da doença Aproximada-mente 60% dos indivíduos
infectados pelo HIV e 80% daqueles com AIDS apresentam essas mani-festações
Portanto, a presença de alterações bucais “oportunistas” sugestivas de um estado de
imunodepressão deve induzir a buscar no pa-ciente a possibilidade de infecção pelo
HIV, ou alertar para uma queda imunológica naqueles que tem a doença

Em pacientes HIV positivos, alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento


precoce dessas lesões: linfócitos T-CD4 abaixo de.
200 Células/mm, carga viral elevada, xerosto-mia, higiene bucal precária e uso de
tabaco. Com o início da terapia anti-retroviral (TARV)

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DESENVOLVIMENTO

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS) é uma doença sistémica


ocasionada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que acomete o sistema
imunológico do indivíduo e a deixa mais susceptível a outras doenças de origem sistémica,
como por exemplo, as lesões bucais.

Discussão

O estudo demonstrou que houve uma relação inversa do desfecho com o sexo feminino e
com a contagem de leucócitos T CD4, no diagnóstico do HIV, e que houve maior risco entre
aqueles pacientes com menor escolaridade, menor renda, maior consumo de cigarros,
dependência ao álcool, maior tempo de infecção pelo HIV e carga virai mais elevada no
momento do exame. Em relação a questões comportamentais, como o uso e dependência de
álcool, tabagismo e higiene bucal, pode ter havido algumas subestimações porque os
participantes podem informar negativamente esta condição por receio ou constrangimento. Se
isso ocorreu, a RP estará subestimada. Por serem dados secundários, as medidas de carga
virai e leucócitos T CD4 não necessariamente representam os valores na data do diagnóstico
ou do exame realizado. Mesmo assim, como a variação máxima foi de aproximadamente três
meses, e como os pacientes eram acompanhados regularmente com realização de exames, tais
dados são bastante próximos ao momento do estudo.

A prevalência de 39% de lesões bucais nos pacientes estudados está próxima aos
valores encontrados por outros estudos. Alguns estudos brasileiros indicam cifras que
vão de 22% a 74% 2,4, mostrando diferenças que podem acontecer em razão de aspectos
metodológicos. Em estudos realizados fora do Brasil, têm sido encontrados valores que
também variaram entre 49% e 66% Além de questões metodológicas, as variações
podem ter ocorrido também por diferenças nas políticas de ARV entre os países. A
manifestação estomatologia mais prevalente foi a candidate, com 59%. Esta lesão tem
sido amplamente associada à infecção pelo HIV e foi encontrada como lesão mais
prevalente nos estudos realizados em adultos e criança.

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Material e Método:
Foi realizada uma revisão da literatura em livros e bases de dados electrónicos. Resultados:
Os pacientes seropositivos podem desenvolver várias lesões bucais e perigues, que não são
únicas para portadores do HIV, mas ocorrem em maior frequência quando associadas a
imunossupressão. O mais prevalente são Infecções Fúngicas (Candidate e Queixito Angular),
Infecções Bacterianas (Doença Periodista e Gengivite Úlcero-Necrosante), Infecções Virais
(Herpes Simples e Leucoplasia Pilosa Oral) e Lesões Neoplásticas (Sarcoma de Kaposi).
Conclusão: O número de pacientes HIV/AIDS é elevado, e mesmo com os tratamentos
actuais, a susceptibilidade à lesões bucais ainda é alta, sendo a candidate pseudomembranosa
a infecção mais comum. O cirurgião-dentista é imprescindível no diagnóstico precoce destas
lesões para contribuir para uma melhor qualidade de vida dos pacientes.

Objectivos do tratamento odontológico do paciente HIV/AIDS

O objectivo principal do tratamento odontológico neste grupo de pacientes é melhorar a


sua qualidade de vida e para isso é fundamental revisar sua história médica. Além disso, é
importante conversar com o paciente para avaliar sua expectativa com relação ao tratamento
(remoção de dor, melhoria da estética), suas condições emocionais e financeiras (Hastreiter e
Jiang, 2002).

O estado emocional do paciente se reflecte directamente na sua capacidade de aderir ao


tratamento, comparecendo às consultas e fazendo uma boa higienização oral. A condição
financeira influencia a capacidade do paciente de se alimentar correctamente (melhorando ou
piorando seu estado nutricional e portanto, sua condição geral) e a possibilidade de pagar
uma prótese ou mesmo comprar um simples fio dental. Em resumo, o plano de tratamento
deve ser o mais simples possível que possa atender às necessidades e expectativas do
paciente.

Conversar com o paciente explicando que a má higiene oral favorece o aparecimento de


lesões e infecções que podem afitar o seu estado de saúde geral é de fundamental
importância.

Profilaxia antibiótica
Uma dúvida frequente dos dentistas que atendem pacientes HIV/aids é quanto à
necessidade de se fazer profilaxia antibiótica antes de procedimentos invasivos.

Diversos autores têm estudado o assunto e segundo Glick et al. (1994), Patton et
al. (2002) e Shirlaw et al. (2002), apesar da presença de comprometimento imunológico
nestes pacientes, pare-se não haver diminuição da capacidade de reparação teci dual e
aumento da ocorrência de alveolares. Desse modo, a profilaxia antibiótica somente
deverá ser indicada em casos particulares, que dependem do grau de comprometimento
imunológico do portador e de sua história médica,

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1.2 Queilite Angular

Muito comum a presença de queilite angular em pacientes debilitados


(devido à carência de vitaminas) e naqueles que já perderam molares (pela perda da
dimensão vertical de oclusão). Como consequência, acontece a formação de uma
dobra na comissura labial, deixando-a constantemente húmida e tornando o local
propício para o desenvolvimento da candidate.
Ela apresenta-se como fissuras partindo da comissura labial, com presença
de eritema e por vezes, placas esbranquiçadas. São frequentemente
acompanhadas por candidate intra-oral.

Metodologia
Esta revisão integrativa constituiu-se no levantamento bibliográfico nas bases de dados:
PubMed e Scielo. No modo “pesquisa avançada”, foram utilizadas as seguintes palavras-
chave individuais e combinadas: “manifestações orais”, “HIV”, “crianças”, “infância”,
“prevalência”, “HAART”, “terapia antirretroviral”, tanto em português quanto em inglês.

Os critérios de inclusão para os artigos foram: estudos descritivos, transversais e de


comparação que relatassem as manifestações orais em crianças infectadas pelo HIV,
publicados nos idiomas português ou inglês, entre os anos de 2004 e 2014.

201 Infecções Bacterianas

2.1 Doença Periodontal

Em relação as lesões de origem bacterianas associadas às infecções pelo HIV, estão


a gengivite e periodontite de evolução rápida. Devido à imunossupressão decorrente da
contaminação com o vírus da AIDS, ocorre
Alterações na micróbios oral, propiciando o desenvolvimento de lesões gengivais e
periodontais Entre os factores de risco associados à doença periodontal, podem-se
caracterizar os factores sociais e comportamentais (fumo, álcool, drogas), além dos
factores sistémicos, como infecção pelo HIV. Observa-se que a saúde periodontal depende
da interacção dos factores de risco com os mecanismos imunológicos.
Segundo Glick e Holmstrup (2002), a imunodeficiência causada pelo HIV pode ter
uma influência directa sobre as patogenias da doença periodontal. Assim, indivíduos
infectados pelo HIV exibem lesões bucais frequentemente associadas à imunossupressão,
as quais são causadas por patogenias oportunistas.

Com o início da Terapia Anti-Retroviral (TARV) combinada, alguns pesquisadores


verificaram a redução acentuada na ocorrência de infecções oportunistas e na prevalência
das manifestações bucais. Isso ocorre devido à recuperação parcial da função imunológica
após supressão da viremia e redução da destruição celular causada pelo HIV

2.1 Gengivite Ulcerativa Necromante (GUN)


Segundo Neville et al (2008) a GUN é uma inflamação da gengiva caracterizada
por lesões necróticas na margem papilar, epitélio necromante pseudomembranoso, gosto
metálico, odor fétido, sangramento espontâneo e extrema sensibilidade dolorosa. A
infecção ocorre na presença de estrepe psicológico e estados de imunossupressão,
principalmente associados com a AIDS. Sua prevalência na população normal é menor
que 0,1%.

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Os reduziu o desconforto e o tempo de duração das lesões em até dois dias.
A aplicação clínica da radiação do laser de baixa potência para o tratamento de dor
aguda e crónica é hoje um procedimento bem estabelecido, e sua aplicação nos casos de
herpes simples mostra grande alívio ao paciente
Acometido, favorecendo a interrupção e reparação rápida do quadro.

3.2 Leucoplasia Pilosa Oral

A leucoplasia pilosa oral (LPO) é uma infecção oportunista associada à


presença do vírus Epstein-Barr (EBV) e se apresenta de modo especial nos
pacientes infectados pelo HIV A leucoplasia pilosa foi descrita pela primeira vez
por sua ocorrência em homossexuais masculinos, seropositivos para o HIV. A LPO
manifesta-se clinicamente como uma placa branca, não removível à raspagem,
localizada principalmente nas bordas laterais da língua, uni ou bilateralmente. A
superfície pode apresentar-se plana, corrugada ou pilosa, sendo seus aspectos
clínicos característicos, porém não patognomônicos.

Na maioria dos casos, a LPO é assintomática ou não apresenta


sintomatologia relevante. De acordo com Greenspan et al.33 (1984), em alguns
casos, pode haver dor e ardência e, até mesmo de comprometimento estético para o
paciente, em que o tratamento se faz necessário.
A importância da LPO no diagnóstico e prognóstico da AIDS justifica a
necessidade da precocidade e precisão diagnóstica, sendo que alguns estudos já
apontam a citopatologia como método diagnóstico de escolha.

Na infecção pelo HIV, a LPO acomete preferencialmente pacientes adultos,


com uma prevalência de 28% dos homens homossexuais no início da epidemia em
1984, sendo que essa mesma prevalência foi encontrada em outro estudo realizado
em uma população brasileira. Porém, com a implantação das novas terapias
antirretrovirais, os casos de LPO, assim como outras manifestações bucais, estão
ocorrendo com menor frequência.

O tratamento pode ser desnecessário. O aciclovir ou o desiclovir produzem


uma rápida resolução, mas a recorrência é esperada com a descontinuidade do
tratamento.

4. Lesões Neoplásticas

4.1 Sarcoma de Kaposi

Morris Kaposi, em 1872, descreveu uma nova patologia que acometia,


predominantemente, idosos do sexo masculino, com lesões múltiplas,
hiperpigmentadas, nodulares e de ocorrência mais frequente nas extremidades dos
membros inferiores, que mais tarde, passaria a ser conhecida como Sarcoma de
Kaposi (SK)

É um tumor vascular, sendo mais comum em pacientes com aids, e


predominantemente em homens. Existem evidências de que o herpes vírus humano
tipo 8 seja o principal co-tutor na manifestação dessa neoplasia36.

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A infecção pelo HIV não é um pré-requisito para o desenvolvimento do SK
já que estudos moleculares não conseguiram detectar esse vírus no tecido
neoplástico, o que torna improvável que o HIV desempenhe um papel orogénico
directo na etiologia do SK

As lesões da cavidade oral ocorrem em aproximadamente um terço dos


pacientes com KS associado Aids, sendo que as lesões duras do palato são as mais
comuns. Estas lesões, placas vermelhas ou roxas, focais ou difusas, podem ser
completamente assintomáticas e Após análise do conteúdo de cada artigo, foram
seleccionados para esta revisão 19 artigos científicos que abordavam as questões
investigadas. Os assuntos mais relevantes levantados foram:
1. Identificação das manifestações bucais que acometem pacientes pediátricos HIV
positivos, destacando as mais frequentes;

2. Efeitos da ART e HAART nas lesões orais das crianças HIV positivas, em especial a
HAART na prevalência dessas manifestações bucais.

As lesões mais frequentes nos pacientes pediátricos HIV positivos foram candidate oral,
gengivite, aumento das parótidas e eritema gengival linear, sendo a candidate oral
considerada um preditos da progressão da doença. O uso da HAART mostrou diminuir a
prevalência das manifestações bucais nos pacientes pediátricos com HIV e ser mais eficaz
que a ART. As principais informações contidas em cada artigo foram descritas em forma
de Quadros (1 a 4) e ordenadas de acordo com o ano de publicação.

Considerações Finais
Os achados deste estudo sugerem que a manifestação bucal mais frequente em crianças
infectadas pelo vírus HIV é a candidate oral, seguida de alterações como gengivite e aumento
das glândulas parótidas, sendo a candidate considerada um marcador da progressão da
doença. É importante destacar que as manifestações bucais são comuns em pacientes
pediátricos seropositivos, e tratá -lás é fundamental para melhorar a qualidade de vida dessas
crianças. Além disso, o uso de HAART parece reduzir a prevalência dessas lesões orais,
sendo, portanto, benéfico a esses pacientes.

Manifestações Bucais da AIDS/SIDA

Sarcoma de Kaposi Candidate e Gengivite crónica

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Candidate ou Cândidos Reacções de hipersensibilidade

Candidate e gengivite Herpes simples recorrente


A AIDS é a manifestação clínica mais grave da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV), um tipo de retrovírus que tem como célula alvo os leucócitos T CD4+
auxiliador causando sua depleção e consequentemente uma imunodepressão do indivíduo
infectado, deixando-o vulnerável a infecções oportunistas, neoplastias e problemas
neurológicos.
A transmissão do vírus pode ser por meio de relações sexuais (vaginais, orais ou anais), sem
protecção; agulhas e/ou seringas contaminadas e de uso colectivo, por transfusão sanguínea
sem controle dos bancos de sangue; através do sangue da mãe infectada para o filho durante
a gravidez, parto e/ou amamentação. Após a contaminação o indivíduo pode passar anos sem
qualquer sintomatologia da doença, portanto, nem todo portador do vírus HIV tem AIDS.

1. Verrugas orais

Verrugas orais podem se desenvolver em qualquer local do interior da sua boca. Tais
verrugas não são dolorosas, mas se parecem com leves protuberâncias ou com o surgimento
de uma ou muitas manchas. Elas são causadas pelo vírus papila humano (HPV) e são muito
mais comuns entre aqueles que são HIV-positivos do que na população em geral, segundo a

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Dentistas podem remover as verrugas congelando-as ou cortando-as com lasers, mas elas
podem voltar.

2. Leucoplasia pilosa

A leucoplasia pilosa causa o surgimento de manchas esbranquiçadas de aspecto capilar na


superfície de sua língua. Infelizmente, você não será capaz de remover essas manchas com
sua escova dentária. Elas podem ser dolorosas e podem afitar seu paladar também.

3. Sapinho

O sapinho produz aftas esbranquiçadas em sua língua e no interior da boca. À primeira vista,
parece similar à leucoplasia pilosa, mas o sapinho pode ser eliminado. Tenha em mente que
isso pode provocar sangramentos.

O sapinho é causado por um fungo chamado Cândida que está, na realidade, presente em
pequenas proporções nas bocas de todo mundo, segundo o NIH. os Sistemas imunológicos
saudáveis mantêm a população de Cândida sob controle, mas em pessoas com HIV, a quadro
pode piorar além do esperado. Ela pode ser curada com medicamentos antipânicos, mas pode
retornar mais tarde.

4. Aftas

Aftas são muito comuns e surgem no interior de nossas bochechas, lábios ou mesmo em sua
língua. Essas aftas arredondadas ou ovais são normalmente esbranquiçadas no centro e
avermelhadas ao redor. Elas podem ser incómodas quando irritadas por alimentos ou líquidos
fortes, e pode levar cerca de 15 dias para se curarem completamente de acordo com
o University of Michigan Health Center.

Não há cura para as aftas, mas seu dentista poderá prescrever medicamentos para amenizar
seus sintomas enquanto as aftas se curam por conta própria. Caso você sofra de aftas com
frequência, você deve conversar com seu médico a respeito do ajuste de seu programa de
tratamento do HIV.

5. Gengivite

A gengivite é causada por uma má higiene bucal, o que permite que as bactérias se acumulem
ao longo da linha da gengiva. Essas bactérias irritam suas gengivas e fazem com que elas
fiquem avermelhadas, inchadas e um pouco doloridas se deixadas sem tratamento. Pessoas
que são HIV-positivas desenvolvem gengivite com maior facilidade do que aqueles com
sistemas imunológicos saudáveis e a inflamação pode se tornar um problema crónico.

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AIDS E ODONTOLOGIA

Como a cavidade bucal é uma parte do organismo em directo contacto com agentes
patogénicos do meio externo, a boca torna-se fácil alvo para patogenias oportunistas da
AIDS. Diferentes lesões envolvendo cabeça e pescoço estão sendo associadas à esta patologia
e algumas manifestações orais são consideradas os primeiros sinais e sintomas da doença.

Existem estimativas de que 90% dos pacientes contaminados pela HIV apresentam ao menos
uma manifestação oral durante a infecção. A habilidade para diferenciar uma manifestação da
outra, assim como tratar das mais comuns é fundamental para o cuidado geral com a saúde de
todos os pacientes.

Manifestações orais em indivíduos infectados pelo HIV mais comuns são as infecções por
fungos, bactérias, vírus, ectoplasmas ou manifestações de etiologia desconhecida. Estas
manifestações podem ser de extrema importância no diagnóstico precoce da infecção por
HIV.

Tratamento:
Geralmente é efetivo, pelo menos nos casos em que paciente não se encontra nos estágios
finais de infecção pelo HIV; é fundamental a identificação e eliminação do factor
predisponente. O maior problema é que são infecções crónicas que requerem tratamentos
crónicos e repetidos.

A terapêutica exige o uso de anti-fungícos tópicos e sistémicos e a incorporação de


bochechos com substâncias alcalinas. A Nistatina aplicada topicamente ou o Ketoconazale de
uso sistêmico.ou a anfotericina são medicamentos utilizados, podendo em casos de
resistência usar também o Fluconazol Uma boa higienização bucal é importante para o
sucesso do tratamento.

HISTOPLASMOSE
A histoplasmose é uma micose profunda causada pelo fungo Citoplasma capsulados e que às
vezes manifesta-se na cavidade oral. As manifestações orais são variadas e incluem
ulcerações dolorosas, nódulos ou processos vegetativos. As lesões são mais comuns na
orofaringe, mucosa jugal, língua e palato e o aspecto clínico é semelhante ao do carcinoma
espinocelular.

Infecções Bacterianas
Há alguns anos, tornou-se evidente que lesões gengivais e periodontais incomuns, com
frequência não esperada, estavam afligindo pacientes afetados pelo HIV. O envolvimento das
estruturas periodontais, cria uma oportunidade precoce de detecção daqueles indivíduos que
desconhecem o seu estado de infecção pelo HIV.

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Infecções fúngicas

Candidate: Causado principalmente por Cândida albinas, é a manifestação bucal mais


frequente. Embora não seja, por si só patognomônico da SIDA, a candidate oral pode ser uma
indicação de imunossupressão e progressão da doença.

Queixito angular: Infecção mista envolvendo C. albinas e Staphylococcus áureos manifesta-


se como fissuras vermelhas provenientes das comissuras labiais da boca e pode estar presente
com candidate intra oral. Secura da boca concomitante também é não é incomum.

O tratamento da candidate oral inclui antipânicos tópicos e sistémicos. Terapias tópicas


incluem bochechos com antipânicos tópicos, pastilhas e gel oral. Essas formulações devem
ser utilizadas concomitantemente com drogas sistémicas, principalmente nos casos de
candidate esofágica. Terapias antifúngicas tópicas são mais eficazes em pacientes com
contagem de CD4 acima de 150 a 200 células/mm3. Tratamentos tópicos comuns incluem
suspensão oral de histamina (100.000 unidades/mL); histamina em pastilhas; e gel em ora
base, como 1% clotrimazol, e miconazol. Antipânicos sistémicos mais comuns incluem
fluconazol (150 mg comprimidos), e itraconazol 100 mg.

A resistência ao fluconazol foi relatada em pacientes com deficiência imunológica grave. O


tratamento de pacientes que são resistentes ao fluconazol, com uma combinação de
fluconazol e terebintina têm sido bem-sucedidos.

Infecções profundas

Manifestações intercorram causadas por Cryptococcus neofobias, Citoplasma capsulados,


Geotrichum cândidos, e Aspergimos spp, são incomuns e geralmente são uma indicação de
imunossupressão importante. Lesões disseminadas intercorrais associadas com criptococose,
histoplasmose e aspergidos foram relatadas como sendo lucrativas, nodulares, enquanto as
lesões Geórgicos são descritas como sendo pseudomembranosas. Como as lesões orais desta
categoria são inespecíficas, o diagnóstico definitivo requer a verificação histológica. O
tratamento destas lesões é geralmente a administração intravenosa anfotericina.

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Infecções virais

Apesar de não existirem lesões orais específicas causadas pela infecção por HIV, um
paciente pode exibir manifestações orais como um sinal precoce de infecção pelo HIV.
Tais sintomas orais podem incluir ulcerações orais inespecíficas, faringite e candidate
oral durante a fase aguda da infecção.

Herpes vírus
A presença de intraoral de lesões por herpes vírus (HSV) é geralmente o resultado da
reactivação de vírus latente, e entre indivíduos imunocomprometidos pode ser mais
grave e manifesta de forma diferente. Embora ulcerações causadas por HSV-1 e HSV-2
sejam clinicamente indistinguíveis. HSV na cavidade oral manifesta-se como vesículas
com ulceração e cicatrização subsequente. As úlceras são pequenas, rasas e tendem a
cicatrizar em 7-10 dias, embora isso possa ser estendido em imunocomprometidos. Os
pacientes podem apresentar sinais clínicos e sintomas que se assemelham aos de uma
infecção primária por HSV tais como mal-estar, linfadenopatia cervical e intensamente
dolorosa.

O diagnóstico diferencial se faz com outras infecções virais, como citomegalovírus,


vírus varicella-zóster, e úlceras aftosas. O diagnóstico definitivo deve ser realizado com
base na história clínica e nos testes laboratoriais (coloração mitológica para células
Tzanck, a cultura virai da úlcera, biopsia ou presença do anticorpo). Tratamento:
aciclovir, famciclovir (pode causar efeitos secundários em pacientes
imunocomprometidos). Foscarnet pode ser utilizado para infecções resistentes.

Infecção bacteriana: doença periodista


As manifestações orais de origem bacteriana são associadas com condições periodontais
e podem ser classificadas como: Erigem Gengival Linear (LGE), Gengivite Ulcerativa
Necromante (NUG) e Periodontite Necromante Ulcerativa (NUP).

Também foi observado que os pacientes seropositivos para o HIV com doença
periodistas anterior podem apresentar taxas mais rápidas de deterioração periodista.

O diagnóstico diferencial deve incluir um eritema devido à mucosa seca associada à


respiração bucal, líquen plano, penfigoide da membrana mucosa ou uma reacção
alérgica.

Pode estar associada à candidate subgengival como uma possível causa. Os tratamentos
incluem a melhoria de cuidados bucais e uso de antipânicos tópicos.

Manifestações de NUG e NUP são desencadeadas por alterações no estado imunitário,


mais provavelmente agravado por bactérias, estrepe, ansiedade, má nutrição e
tabagismo.

O diagnóstico definitivo é baseado na avaliação clínica e na avaliação radiológica com


radiografias panorâmicas ou radiografias periclitais. Exames laboratoriais específicos

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podem ser necessários para descartar condições e lesões como: lesões bolhosas do
penfigoide benigno de mucosa, eritema multiforme, formas agudas de leucemia e
ulcerações aftosas do tipo major.

O tratamento para ambos consiste em desbridamento de tecidos moles e duros


necróticos, a antibioticoterapia.

AIDS: principais manifestações bucais

ODONTOLOGIA

AIDS ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é uma doença infecto-contagiosa


causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que leva à perda
progressiva da imunidade. A doença - na verdade uma síndrome - caracteriza-se por um
conjunto de sinais e sintomas advindos da queda da taxa dos leucócitos CD4, células
muito importantes na defesa imunológica do organismo. Quanto mais a doença
progride, mais compromete o sistema imunológico e, consequentemente, a capacidade
de o portador defender-se de infecções.

Sintomas

Na maioria dos casos, os sintomas iniciais podem ser tão leves que são atribuídos a um
mal-estar passageiro. Quando se manifestam com mais intensidade, são os mesmos de
várias outras viroses, mas podem variar de acordo com a resposta imunológica de que
cada indivíduo. Os mais comuns são febre constante, calafrios, ínguas, dores de cabeça,
de garganta e dores musculares, que surgem de 2 a 4 semanas após a pessoa contrair o
vírus. Nas fases mais avançadas, é comum o aparecimento de doenças oportunistas,
causadas por agentes como outros vírus, bactérias, fungos e parasitas, que acometem
principalmente a cavidade bucal.

Tuberculose - Quando acomete a cavidade oral pode causar ulceração de bordos


endurecidos e de sintomatologia dolorosa, infecção da parótida, lesões ulceradas de
faringe, osteomielite tuberculosa;

Candidate - Lesões brancas em língua, parede interna da bochecha e palato. O paciente


queixa de ardência e diminuição do paladar;

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Sarcoma de Kaposi - É um câncer que surge dos tecidos dos vasos sanguíneos, e
linfáticos. As lesões variam entre manchas e pequenos nódulos de formato arredondado.
As cores variam de roxo, vermelho e marrom. É muito comum na mucosa oral,
acometendo cerca de 30% dos pacientes. O palato e a gengiva são os locais mais
afetados;

Herpes labial - Pequenas vesículas agrupadas, principalmente na área de transição


entre.
A mucosa e a pele. Essas lesões são precedidas por coceira, ardor, agulhadas e
formigamentos;

Leucoplasia Pilosa - É uma lesão de aspecto esbranquiçado mais comum nos bordos
laterais da língua;

Doenças Periodontal relacionadas ao HIV - Indivíduos HIV estariam sujeitos a


maior velocidade da progressão da doença periodontal.

O tratamento da AIDS se dá através de coquetes antivirais, visto que ainda não existe
cura. Portanto a prevenção é de fundamental importância.

TRATAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES BUCAIS DE


PACIENTES HIV-POSITIVOS: REVISÃO INTEGRATIVA.

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre o tratamento e o


acompanhamento odontológico adequado de pacientes HIV-positivos com lesões
bucais fortemente relacionadas ao vírus HIV.
A leitura dos artigos permitiu concluir, quanto ao tratamento da candidíase
oral, que o uso de antifúngico sistêmico (cetoconazol) mostrou-se mais eficaz do
que o tratamento com antifúngico tópico (nistatina) e que não houve diferença
significativa entre os dois protocolos de tratamento com fluconazol. Quanto à
leucoplasia pilosa em pacientes HIV-positivos, o tratamento tópico com solução
alcoólica de podofilina associada ao aciclovir mostrou-se mais eficaz, a partir da 6ª
semana de tratamento, por apresentar velocidade de cura mais rápida e não
apresentar nenhum caso de recorrência em 12 meses de acompanhamento.

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CONCLUSÃO

Mesmo com os tratamentos atuais, que elevam a expectativa de vida


dos pacientes soropositivos, a suscetibilidade à lesões bucais ainda é alta,
sendo a candidíase pseudomembranosa a infecção mais comum, seguida da
queilite angular e doenças periodontais.
O número de pacientes soropositivos aumenta a cada dia, e o cirurgião-
dentista se torna imprescindível no reconhecimento precoce destas
manifestações bucais associadas ao HIV, para que possa contribuir para uma
melhor qualidade de vida dos pacientes.

As manifestações orais em pacientes com AIDS, que em muitos casos


representam os primeiros sinais da doença, variam de acordo com a idade, hábitos
e costumes do grupo estudado, condição sóci o-econômica, nível cultural,
condições de higiene bucal e estilo de vida, sendo mais freqüente no sexo
masculino em homo ou bissexuais.
Diante do que foi analisado percebe-se a importânci a da realização de um
minucioso exame clínico da cavidade bucal, visto que através deste é possível
identificar lesões freqüentes em pacientes aidéticos, possibilitando o diagnóstico da
AIDS pelo cirurgião-dentista.

As doenças periodontais são muito comuns em associação com a AIDS.


Além da gengivite e da periodontite que podem ser encontradas normalmente em
pessoas infectadas ou não pelo HIV, são reconhec idas outras formas de
Patologias periodontais muito associadas ao paciente aidético, sendo estas a GUN
e a PUN.

Infecções bacterianas
GUN e PUN

Segundo Karranza (2007), a GUN é uma inflamação da gengiva


caracterizada por lesões necróticas na margem papilar, epitélio necrosante
psudomembranoso, gosto metálico, odor fétido, sangr amento espontâneo, aumento
da salivação e extrema sensibilidade dolorosa.

REFERÊNCIAS

15
1. Motta WKS, Nóbrega DRM, Santos MGC, Gomes DQC, Godoy GP,
Pereira JV. Aspectos demográficos e manifestações clínicas bucais de
pacientes seropositivos para o HIV/Aids. Rev Odontol UNESP. 2014;
43(1):61-7.
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Departamento de Atenção Básica. HIV/Aids, hepatites e outras DST /
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de
Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 197 p. il. -
(Cadernos de Atenção Básica, n. 18) (Série A. Normas e Manuais
Técnicos).
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☆ Como citar este artigo: Hirata CH. Oral manifestations in AIDS. Braz J
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