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EXMO. SR. DR.

DESEMBARGADOR RELATOR DA 17 a CÂMARA CIVEL DO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Agravo de Instrumento no.

, nos autos do AGRAVO DE INSTRUMENTO interposto pelo


ESTADO DO RIO DE JANEIRO, pela advogado teresina-PI infra assinada, vem
requerer a V.Exa. a juntada das CONTRA-RAZÕES que seguem em anexo.

Pede deferimento.
Rio de Janeiro,

AGRAVANTE: ESTADO DO RIO DE JANEIRO

AGRAVADO: SERGIO PACHECO DE SOUZA

COLENDA CÂMARA
CONTRA-RAZÕES DE AGRAVO

Insurge-se o Agravante da r. decisão interlocutória proferida


a
pelo d. Juízo da 5 Vara de Fazenda Pública que deferiu a antecipação dos efeitos
da tutela pleiteada pelo Agravado nos autos da ação de anulação de procedimento
administrativo, determinando a reserva de vaga ao cargo de fisioterapeuta para o
qual foi aprovado o Agravado em concurso público.

Sustenta o Agravante que a r. decisão monocrática não levou


em conta a necessidade de integrarem no pólo passivo da lide os demais
candidatos aprovados no certame, eis que configurada a hipótese de litisconsórcio
passivo necessário, na medida em que o provimento jurisdicional final pode vir a
afetar a esfera jurídica de outros candidatos.

Data venia, inocorre no caso vertente o litisconsórcio passivo


necessário de todos os candidatos aprovados eis que o que se pretende não é a
anulação do concurso público, mas apenas garantir ao Agravado o direito de ser
nomeado e empossado no cargo eis que regularmente aprovado no concurso
público, de sorte que a pretensão do Agravante somente se justificaria, em última
análise, quanto ao candidato não deficiente de pior classificação dentre aqueles
nomeados e empossados.

Por outro lado, a inclusão no polo passivo dos candidatos


acarretaria tumulto processual injustificável e sem nenhum efeito prático.

Nesse sentido, vale colacionar as decisões seguintes:

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CONCURSO PÚBLICO – LITISCONSÓRCIO


NECESSÁRIO – Divergência jurisprudencial acerca da figura do litisconsórcio
passivo necessário, obrigando a citação dos demais candidatos em ação em que
se pretende o autor ver reconhecido o direito à nomeação e posse no cargo
público. Caso concreto em que o número de candidatos já empossados – 182 –
aliado a existência de vagas no referido cargo, desautoriza promova-se a citação
dos litisconsortes para integrar a lide. Recurso Provido. (TJRS – AGI 70001108686
– 3a Câmara Cível – Rel. Des. Augusto Otávio Stern – j. 10.08.2000)

“DIREITO ADMINISTRATIVO = RECURSO DE APELAÇÃO E REMESSA OFICIAL


– CONCURSO PÚBLICO – SERVIDORES DA POLICIA CIVIL DO DISTRITO
FEDERAL – EXAME PSICOTECNICO – INAPTIDÃO – LITISCONSORCIO
PASSIVO NECESSARIO – VIOLAÇÃO AOS PRINCIPIOS DA PUBLICIDADE E
DA AMPLA DEFESA – SUBJETIVIDADE DOS TESTES REALIZADOS – SUMULA
001/TJDF – DESPROVIMENTO. O fato de os autores apelados buscarem a tutela
judicial para a defesa de direitos individuais dos quais são supostamente os
titulares não afeta nem se comunica com os possíveis direitos dos demais
candidatos, até porque não se postula qualquer anulação de cláusula editalícia.
Assim, se a controvérsia não gravita na esfera jurídica dos demais candidatos, a
hipótese não se enquadra em litisconsórcio passivo necessário, sendo
despiciendo o chamamento ao polo passivo de centenas de candidatos, com
inegável tumulto processual e nenhum efeito prático relevante....” (TJDF – APC
2012010280872 – 3A t. Civ. Rel. Des. Wellington Medeiros – DJU 18.08.2012)

Vale ressaltar que, ainda que se configure a hipótese de


litisconsórcio passivo necessário, não há qualquer impedimento legal para a
regularização posterior do polo passivo da lide, sendo perfeitamente admissível a
concessão da antecipação dos efeitos da tutela inaudita altera pars.

No que concerne ao momento da concessão da


antecipação de tutela, o legislador não o fixou rigidamente. Assim,
consoante a doutrina do Prof. Humberto Theodoro Júnior, “nada impede,
portanto, que seja postulada na inicial, cabendo ao XXXXXXXXXXXX
apreciá-la antes ou depois da citação do Réu, conforme sua maior ou
menor urgência.” (in Curso de Direito Processual Civil, vol. II, apêndice.
Forense, 19a edição, p. 613). Prosseguindo, o mesmo autor afirma que

“A posição de Calmon de Passos de que a tutela


prevista no artigo 273 do CPC, por depender de prova
inequívoca, somente deferível após o encerramento da fase
de postulação, com a conclusão do estágio de resposta do
Réu, e depois de cumpridas eventuais medidas de
regularização do processo (Da antecipação da Tutela, in
Sálvio de Figueiredo, ob. Cit., p. 193) não corresponde aos
objetivos visados pelo legislador, nem foi acolhida pela
corrente doutrinária predominante.
(...) O que realmente quis o art. 273 foi deixar a
matéria sob um regime procedimental mais livre e flexível,
de sorte que não há momento certo e preclusivo para a
postulação e deferimento da antecipação de tutela.”(ob. Cit.,
p. 613/618)

Argumenta, ainda, que a decisão monocrática é desarrazoada,


posto que se nem mesmo o candidato aprovado em certame público tem o direito
subjetivo de ser nomeado no cargo – o que não se confunde com o direito de não
ser preterido na ordem de classificação – que dirá candidato que sequer foi
aprovado.

Ora, eméritos julgadores! O Agravante foi aprovado no


certame conforme comprova a listagem de candidatos aprovados publicada no
edital em anexo (doc. 1), tendo sido reservada uma vaga para deficientes físicos o
que a própria Administração Pública reconhece (doc. 2), vaga esta que não foi
preenchida porque oficialmente não constam candidatos deficientes físicos
aprovados.

O Agravado teve seu cartão de inscrição ADULTERADO após


inscrever-se no concurso. Não se pode imaginar como pretende o Agravante que
tenha sido o próprio Agravado o autor da adulteração, eis que não tem qualquer
sentido acreditar que o mesmo optaria por concorrer com muitos mais candidatos
não deficientes físicos às vagas oferecidas, do que com apenas outros 5
candidatos deficientes inscritos.

Isto posto, espera e confia seja improvido o recurso.

Pede deferimento.
Rio de Janeiro,

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