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AULÃO DO

21 de outubro de 2018 – 08:00h – 12:30h – TESE CONCURSOS

O LUGAR SOCIAL
DAS MINORIAS
GUGA VALENTE JOÃO GABRIEL CONSUELO DEIVID CARNEIRO VICTOR CRETI
REDAÇÃO FILOSOFIA ARTES SOCIOLOGIA HISTÓRIA
No romance distópico 1984 de George Orwell, o
governo tenta controlar não apenas as falas e
ações, mas também os pensamentos de seus
cidadãos, rotulando os pensamentos
desaprovados pelo termo crime de pensamento
ou, em novilíngua, “pensar criminoso” também
traduzido como...

Eric Arthur Blair (Motihari, Índia


Britânica, 25 de junho de 1903 –
Camden, Londres, Reino Unido, 21
de janeiro de 1950), mais
conhecido como GEORGE
ORWELL.
NOTA INTRODUTÓRIA: ALERTA ANTIFASCISTA!
O CRIMIDEIA videoaulas, na figura dos seus idealizadores, os
professores Guga Valente e João Gabriel, juntamente a todos os
convidados do canal e de seus aulões realizados, vem a público
ressaltar que NÃO COMPACTUA, CONCORDA, LEGITIMA OU APOIA
qualquer forma de autoritarismo, seja ela governamental ou escolar.
Diante dos tempos de reflorescimento do neofascismo no Brasil,
reafirmamos nosso compromisso em defender a diversidade, o
pluralismo de etnias, de povos, de identidades, de orientações e
gêneros, de subjetividades e representações. O diverso é algo que
compõe a condição humana e está intrinsecamente ligado à ideia de
humanidade, que só existe e só é possível na DIFERENÇA. Sendo assim,
oferecemos essa aula à todxs que estejam em condição de
vulnerabilidade e que resistem cotidianamente na árdua luta de existir.
“Já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco.”
George Orwell em “A Revolução dos Bichos”.

ALERTA, ALERTA ANTIFASCISTA!


PROGRAMAÇÃO GERAL
AULA 01 – ARTE: DIVERSIDADE DE SEXO E DE GÊNERO NA ARTE
PROFA. CONSUELO HOLANDA
AULA 02 - TEORIA DAS MINORIAS, RISCOS SOCIAIS E VULNERABILIDADES
PROF. JOÃO GABRIEL DA FONSECA
AULA 03 – DEMOCRACIA E MINORIAS ÉTNICO-RACIAIS:
A QUESTÃO DOS POVOS INDÍGENAS
PROF. VICTOR CRETI BRUZADELLI
----------------------------------------------------INTERVALO----------------------------------------------------
(SORTEIOS...)
AULA 04 – A LÍNGUA EM QUESTÃO: VARIEDADE, VARIAÇÃO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO
PROF. GUGA VALENTE
AULA 05 – NEGLIGENCIADOS E INVISÍVEIS: POPULAÇÃO IDOSA E POPULAÇÃO EM
CONDIÇÃO DE RUA NO BRASIL
PROF. DEIVID CARNEIRO
PARTE 1 –– ARTES
PROFa. CONSUELO HOLANDA - @consueloholanda

“DIVERSIDADE DE
SEXO E DE GÊNERO
NA ARTE
PORNOGRAFIA OU ARTE?
REPRESENTAÇÃO, REPRESENTATIVIDADE E DIVERSIDADE
Significado de Pornografia
substantivo feminino: Tudo o que se relaciona à devassidão sexual;
obscenidade, licenciosidade; indecência. Caráter imoral de
publicações, gravuras, pinturas, cenas, gestos, linguagem.
Segundo a OMS a definição de sexualidade é:
“uma energia que nos motiva para encontrar amor, contato, ternura e
intimidade; ela integra-se no modo como sentimos, movemos, tocamos e
somos tocados, é ser-se sensual e ao mesmo tempo ser-se sexual. A
sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, por
isso, influencia também a nossa saúde física e mental”.
Leda e o Cisne, de Peter Paul Rubens (1598-1602)
Capela Sistina, de Michelangelo (1508-1512)
O Jardim das Delícias, de Hieronymus Bosch (1503-1504)
Inferno Musical, de Bosch
Moral é o conjunto de regras
adquiridas através da cultura,
da educação, da tradição e
do cotidiano, e que orientam o
comportamento humano dentro
de uma sociedade.
Etimologicamente, o termo
moral tem origem no
latim morales, cujo significado é
“relativo aos costumes”.
Bosch As regras definidas pela moral
regulam o modo de agir das
pessoas, sendo uma palavra
relacionada com a moralidade e
com os bons costumes.
Gabrielle d’Estrees et une de ses souers, anônimo, 1594
O Sonho da Mulher do Pescador, de Hokusai (1820)
Khajuraho, Índia, século X. ARTE DA CIVILIZAÇÃO MOCHE, PERU
BIA LEITE, Travesti da lambada e deusa das águas (2013) BIA LEITE: Adriano bafônica e Luiz França She-há (2013)
BIA LEITE: Adriano
bafônica e Luiz França
She-há (2013)
Essas duas obras de Bia Leite foram
duramente criticadas por quem se organizou
para censurar a exposição. "Bia talvez seja
uma das poucas artistas brasileiras a
enfrentar com desenvoltura e coragem esse
tema tabu, que é a homossexualidade na
infância e o portentoso sofrimento que
crianças atravessam na fase escolar e no
início da adolescência. A artista produziu
essas pinturas a partir da combinação de
fotografias das crianças retiradas do
Tumblr www.criancaviada.tumblr.com, onde
são postadas fotografias da infância dos
próprios usuários LGBT com comentários",
explica o catálogo da exposição.
CIBELLE CAVALLI BASTOS: Is a Feeling,
2013

Cibelle reproduz a figura de uma


criança comendo e segurando uma
tigela em que se lê a palavra "love".
Sobre seu rosto, um sticker de arco-íris.
Com uma linguagem que lembra a
publicidade, ela apresenta "o afeto
como interferência na forma de um
'ruído conceitual''. "O ingresso de tal
característica na realização desse
trabalho perturba a realidade material
da obra, cujos princípios não toleram
características subjetivas dessa
natureza", diz o catálogo da exposição.
FERNANDO BARIL: Cruzando Jesus
Cristo com Deusa Schiva, 1996
"Era uma semana santa, e eu estava lendo
sobre as santas indianas, então resolvi fazer
uma cruza entre Jesus Cristo e a deusa Shiva.
Deu aquele montaréu de braços carregando só
as porcarias que o Ocidente e a Igreja nos
oferecem. Certa vez, Matisse fez uma exposição
em Paris e, na mostra, tinha uma pintura de
uma mulher completamente verde. Uma dama
da sociedade parisiense disse 'desculpe, senhor
Matisse, mas nunca vi uma mulher verde', ao
que Matisse respondeu que aquilo não era uma
mulher verde, mas uma pintura. Aquilo não é
Jesus, é uma pintura. É a minha cabeça, ponto.
Me sinto bem à vontade para pintar o que
quiser."
Obra do gaúcho Fernando Baril foi considerada uma ofensa ao
cristianismo
PARTE 2 – SOCIOLOGIA
PROF. JOÃO GABRIEL

“TEORIA DAS MINORIAS,


RISCOS SOCIAIS E
VULNERABILIDADES”
MINORIAS SOCIAIS
“[A palavra minoria se refere a] um grupo de
pessoas que de algum modo e em algum setor das
relações sociais se encontra numa situação de
dependência ou desvantagem em relação a um
outro grupo, “maioritário”, ambos integrando uma
sociedade mais ampla. As minorias recebem quase
sempre um tratamento discriminatório por parte da
maioria.”
FILOSOFIA DA DIFERENÇA: MINORIAS SOCIAIS
IDENTIDADE X DIFERENÇA
Entender-se quem é maioria e quem é minoria não é uma
tarefa aritmética. A configuração de maioria e minoria se faz
pela posição ocupada em dada sociedade política
organizada, com a atribuição de bens e valores de forma
impregnada a determinados modelos institucionais que
assumem uma carga impositiva. Deleuze posta-se no
sentido de que a definição de maioria e minoria ocorre a
partir da posição ocupada perante o modelo de ser, de estar,
de apresentar-se perante o todo da sociedade. A minoria é
formada por aqueles que devem adequar-se a um modelo
de ser ou estar em sociedade, é formada por aqueles que
são arrastados a conformar-se a dados modelos de
existência produzidos ou forjados a imperar sobre sua
própria manifestação de autenticidade.
Gilles Deleuze (Paris, 18 de Janeiro de DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Ed. 34, 2010.
1925 — Paris, 4 de Novembro de 1995)
VULNERABILIDADE SOCIAL
a ausência, por parte de indivíduos, grupo ou famílias, de ativos
capazes de enfrentar determinados riscos, ou seja, ativos que lhes
dariam maior controle sobre as forças que afetam seu bem-estar, que
lhes permitisse maior aproveitamento das oportunidades. Assim, ela
seria o desajuste entre ativos e a estrutura de oportunidades,
provenientes da capacidade dos atores sociais de aproveitar
oportunidades em outros âmbitos socioeconômicos e melhor sua
situação, impedindo a deterioração em três principais
campos: os RECURSOS PESSOAIS, os RECURSOS DE DIREITOS e
os RECURSOS EM RELAÇÕES SOCIAIS

(RUBÉN KATZMAN, 1999).


SOCIEDADE DO RISCO – ULRICH BECK
Na “sociedade do risco mundial“, o mundo compartilha das mesmas mudanças
básicas (não apenas o ocidente): há uma pluralização de modernidades, sob
diferentes percepções culturais

Há aspectos negativos (crise do


positivos Estado, flexibilização
(democracia, do trabalho,
multiculturalismo, desemprego,
Ulrich Beck (1944 – 2015) foi
tolerância) um sociólogo alemão que lecionou terrorismo)
na Universidade de Munique e
na London School of Economics.
ULRICH BECK E A “SOCIEDADE DO RISCO”
Há duas fases nesse processo:

1) As consequências e auto-ameaças são


produzidas sistematicamente, sem serem
publicamente tematizadas. A sociedade
industrial potencializa e legitima os riscos
produzidos

2) Quando os riscos dominam os debates


políticos e os conflitos públicos, as
instituições convertem-se em focos de
produção e legitimação de “perigos
controláveis“ (ex.: Brasil, transgênicos).
QUEM É MINORIA? QUEM ESTÁ EM RISCO?
QUEM É VULNERÁVEL?
POPULAÇÕES POVOS POPULAÇÕES
“TRANS” INDÍGENAS NEGRAS

JUVENTUDE
POPULAÇÕES
IDOSAS
SUBALTERNIDADES NEGRA E
PERIFÉRICA

POPULAÇÕES POPULAÇÃO
PESSOAS COM CARCERÁRIA E
EM CONDIÇÕES
DEFICIÊNCIA PRISIONAL
DE RUA
PARTE 3 – HISTÓRIA
PROF. VICTOR CRETI BRUZADELLI

“DEMOCRACIA E MINORIAS
ÉTNICO-RACIAIS:
A QUESTÃO DOS POVOS
INDÍGENAS”
O QUE É DEMOCRACIA?
O QUE É DEMOCRACIA?

• Governo da Maioria?
• Governo de Todos?
• Governo dos Cidadãos?
Ninguém pretende que a democracia seja
• Governo do povo? perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que a
democracia é a pior forma de governo,
salvo todas as demais formas que têm sido
• Governo das diferenças! experimentadas de tempos em tempos
(Winston Churchill)
O QUE É DEMOCRACIA RACIAL?
• No Brasil a miscigenação e
transculturação criaram uma
sociedade sem distinções
raciais;
• Indícios:
• Índices econômicos desatrelados
de fatores raciais;
• Índices sociais desatrelados de
fatores sociais;
• Ausência de racismo
sistematizado.
O QUE É DEMOCRACIA RACIAL?
Democracia maracá,
Jorge de Lima Dizendo coisas, brincando com as crioulas,
Vendo espíritos, abusões, mães-d água,
Punhos Conversando com os malucos,
de redes embalaram o meu canto conversando sozinho,
Para adoçar o meu país, ó Whitman. Emprenhando tudo o que encontrava,
Jenipapo coloriu o meu corpo contra os Abraçando as cobras pelos matos,
maus-olhados, Me misturando, me sumindo, me
Catecismo me ensinou a abraçar os acabando,
hóspedes, Apara salvar a minha alma benzida
Carumã me alimentou quando eu era E o meu corpo pintado de urucu,
criança, Tatuado de cruzes, de corações, de mãos
Mãe-negra me contou histórias de bicho, ligadas,
Moleque me ensinou safadezas, De nomes de amor em todas as línguas de
Massoca, tapioca, pipoca, tudo comi, branco
Bebi cachaça com caju para limpar-me, De mouro ou pagão.
Tive maleita, catapora e ínguas,
Bicho-de-pé, saudade, poesia;
Fiquei aluado, mal-assombrado, tocando
O QUE É DEMOCRACIA RACIAL?
O QUE É DEMOCRACIA RACIAL?
“Evidentemente deslumbrado, o relato de Caminha inaugurava,
também, outro mito recorrente. O da natureza pacífica, de uma
conquista sem violência, uma comunhão que unificou a todos, num
mesmo coração e religião. Estranho processo que definiria o Brasil
como um país da ausência de conflito, como se os trópicos – por algum
milagre ou dádiva – tivessem o poder de aliviar tensões e inibir
guerras.”

(SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING, Heloisa M. Brasil: uma biografia)


O QUE É DEMOCRACIA RACIAL?
1. Discurso político e pseudocientífico que visa
exclusão social sistemática de grandes
parcelas da população;

2. Desejo de manutenção das classes


hegemônicas para submeter os subalternos;

3. Miscigenação marcada pela violência


sexual;

4. Originado com a própria fundação da


história do Brasil;

5. Dificuldade de combater os preconceitos.


IDENTIDADES ÉTNICAS E RACIAIS
“Uma identidade social
implica dois processos, segundo
Pierre Tap (1986:12): o processo pelo • Identidade Cultural:
qual os indivíduos sociais se Identidade de um grupo, partilhado
integram em conjuntos mais vastos através de símbolos culturais,
de referência […] (processo de gerando unidade social;
identificação); e o processo em que
os indivíduos tendem a diferenciar- • Formação das
se socialmente, fixando em relação a identidades:
outros, distâncias e fronteiras mais
Relacional, baseada na semelhança
ou menos rígidas (processo de e na diferença.
identização)”
(CASTAÑEDA, Irene. Um olhar sócio-psico-
semiótico)
IDENTIDADES ÉTNICAS E RACIAIS
“as nações são sempre compostas de
• “Identidade Cultural na pós- diferentes classes sociais e diferentes grupos
modernidade”: étnicos e de gênero. O nacionalismo britânico
moderno foi o produto de um esforço muito
• Stuart Hall; coordenado, no alto período imperial e no
período vitoriano-tardio, para unificar as
• Sujeito moderno em
classes ao longo de divisões sociais, ao provê-
constante transformação; las com um ponto alternativo de identificação
• Identidades culturais fluidas – pertencimento comum à ‘família da nação’.
e fragmentadas, em Pode-se desenvolver o mesmo argumento a
constante reestruturação; respeito do gênero. As identidades nacionais
são fortemente generificadas. Os significados
• Valorização das identidades e os valores da ‘inglesidade’ têm fortes
minoritárias. associações masculinas”
(HALL, Stuart. Identidade cultural na pós-modernidade)
OS INDÍGENAS E A HISTÓRIA DO BRASIL
• Colônia: explorados como mão de obra escrava, apesar das leis;
• Império: tentativa de assimilação e desestruturação das culturas;
• Era Vargas: valorização das “raízes” brasileiras e responsáveis pela
proteção das fronteiras;
• Anos 50: Primeiras políticas de proteção;
• Ditadura Civil-Militar: Relatório Figueiredo:
• Denúncia corrupção por parte da FUNAI;
• Atrocidades: assassinatos de tribos, caçadas de indígenas, prostituição, escravidão
etc.
OS INDÍGENAS HOJE
“O exemplo mais evidente que • Constituição de 1988:
nos salta os olhos, talvez seja a • Defesa da igualdade:
questão indígena e o
esfacelamento de povos que vão à Art. 3º Constituem objetivos fundamentais
margem do dito processo da da República Federativa do Brasil:
civilização dominante. Vemos o IV - promover o bem de todos, sem
• Proteção da cultura indígena:
avanço de um novo século, e as preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
mentalidades dominantes se idade e quaisquer outras formas de
negam em aceitar o direito das discriminação.
minorias, não só dos índios, como
também dos negros, dos doentes, Art. 231. São reconhecidos aos índios sua
dos idosos etc.” organização social, costumes, línguas,
(BARBIERI, Samia Roges Jordy. Os direitos crenças e tradições, e os direitos originários
constitucionais dos índios e o direito à sobre as terras que tradicionalmente
diferença)
ocupam, competindo à União demarcá-las,
proteger e fazer respeitar todos os seus bens
OS INDÍGENAS HOJE
• Dados atuais:
Dados demográfico da população
indígena no Brasil
• População: 817.963; 2500000

• Referências a 69
2000000
população não
contatadas; 1500000

• 305 etnias diferentes; 1000000

• Existência de 274 500000


línguas reconhecidas
(17,5% não fala 0
1500 1570 1650 1825 1940 1950 1957 1980 1995 2000 2010
português). Inígenas do litoral Índígenas do interior

Fonte:
FUNAI
OS INDÍGENAS HOJE
Fonte: Relação entre populações indígenas e não-índias
FUNAI 100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%
1500 1570 1650 1825 1940 1950 1957 1980 1995 2000 2010
Populão não-índia 0 5 27 91 99,6 99,63 99,9 99,81 99,8 99,8 99,74
População indígenas 100 95 73 9 0,4 0,37 0,1 0,19 0,2 0,2 0,26

População indígenas Populão não-índia


POVO KRENAK E A VALE DO RIO DOCE
• Povo indígena do tronco Macro-Jê;
• Denominados de Botocudos ou Aimorés;
• Localizavam-se, no século XVI, na região
do Recôncavo Baiano;
• Expulsos da região, ainda no período
colonial;
• Fixação na esquerda do Rio Doce no
século XIX.
POVO KRENAK E A VALE DO RIO DOCE
• Massacre da população:
• Demarcação do território na década
de 1920;

• Ditadura Militar:
• Construção do Reformatório Krenak;
• Removidos para outras regiões de
MG;
• Intensas migrações para o centro-
oeste;

• Nova remarcação em 1993.


POVO KRENAK E A VALE DO RIO DOCE
• Reserva Krenak:
• Localizada em Resplendor;
• Extensão: 4039 km²;
• Composta por 6 aldeias com
126 famílias;
• Cercada pela Vale e por
agropecuaristas;
• Acordo com a Vale:
compensação de R$ 790 por
família.
POVO KRENAK E A VALE DO RIO DOCE
• Relação religiosa com a natureza;
• Rio considerado sagrado:
“O rio já sabia que ia ser
morto. Quando a sujeira veio,
ele foi subindo chorando,
fazendo barulho. E minha mãe
chorando junto. Até hoje ela
ainda não foi ver o rio”
(Tatiana Krenak)

• Presente em diversas cantigas e


rituais religiosos.
POVO KRENAK E A VALE DO RIO DOCE
• Rompimento da barragem de Fundão
(2015);
• Inundação das terras Krenak e descaso
com o povo;
• Fechamento das estradas férreas da
região;
• Acordo:
• Pagamento de R$ 7092 por família, durante 4
meses;
• Abastecimento de água;
• Construção de 120 cisternas;
• Construção de uma cerca de proteção.
PARTE 4 – REDAÇÃO
PROF. GUGA VALENTE

A LÍNGUA EM QUESTÃO:
VARIEDADE, VARIAÇÃO E
PRECONCEITO LINGUÍSTICO
VARIEDADE LINGUÍSTICA
Formal
Padrão
Informal
VARIEDADE
Não-padrão Coloquial

A variedade linguística está ligada à escolha de


registro, importante conhecimento para a
comunicação, tanto na fala quanto na escrita.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Diatópica
(relativa ao lugar)

Diastrática
VARIAÇÃO (relativa ao estrato social)

Diafásica
(relativa ao contexto de
produção)
VARIAÇÃO DIASTRÁTICA
Saudosa maloca – Adoniran Barbosa (1951)
VARIAÇÃO DIATÓPICA
Vida Loka – parte 1– Racionais Mcs (2002)
VARIAÇÃO DIAFÁSICA
A sociedade é formada por
práticas sociais, que sofrem
mudanças ao longo do tempo, e
os gêneros do discurso que nelas
se desenvolvem refletem as
mudanças que ocorrem nas
articulações que as formam:
“de uma forma imediata e ágil,
refletem a menor mudança na
vida social”
(BAKHTIN, 2000 [1979], p. 285). MIKHAIL BAKHTIN
(1895 – 1975)
O PRECONCEITO
LINGUÍSTICO
É preciso distinguir a “norma culta”, que é a língua
falada e escrita pelos brasileiros com acesso à
cultura letrada, da “norma-padrão”, fonte de
preconceito social, que não é língua de ninguém, é
só um ideal de língua, cada vez mais distante e
difícil de ser alcançado – quase um saber esotérico!
Não se pode confundir o uso real, autêntico,
empiricamente coletável da língua por parte dos
falantes privilegiados (a norma culta), do modelo
idealizado de língua “boa”, arbitrariamente definido
Marcos Bagno
pelos gramáticos normativistas.
(sociolinguística – UnB)
O PRECONCEITO
LINGUÍSTICO
O preconceito linguístico existe em todas as sociedades
onde se estabeleceu uma tradição escolar, uma cultura
literária e instituições reguladoras dos usos da língua
como a Academia Brasileira de Letras, por exemplo. Uma
vez que toda e qualquer língua é essencialmente
heterogênea, o que ocorre é a exclusão da maioria dos
falantes do círculo restrito do “falar bem”. No caso do
Brasil, nem mesmo as camadas privilegiadas da
população acreditam falar bem a língua portuguesa,
porque nosso modelo de “língua certa” é extremamente
arcaico, inspirado nos usos literários dos escritores de
Marcos Bagno
(sociolinguística – UnB)
Portugal na primeira metade do século 19.
ERRO DE PORTUGUÊS
Quando o “erro” já se tornou uma regra na
língua falada pelos cidadãos mais letrados,
ele passa despercebido e já não provoca
arrepios nem dores de ouvido — muito
embora contrarie as regras da gramática
normativa, aquelas que, teoricamente,
deveriam ser seguidas pelas pessoas
“cultas”, sobretudo quando se acham em
situação de alto monitoramento estilístico,
como num programa jornalístico ao vivo na
televisão. – M. Bagno
PARTE 5 –– HISTÓRIA/FILOSOFIA
PROF. DEIVID CARNEIRO

“NEGLIGENCIADOS E INVISÍVEIS:
POPULAÇÃO IDOSA E POPULAÇÃO
EM CONDIÇÃO DE RUA NO BRASIL”.
LUMPEMPROLETARIZAÇÃO
processo de ampliação dos
grupos sociais que compõe a
totalidade do exército industrial
de reserva, ou seja, os
desempregados temporários,
subempregados, sem-teto,
mendigos etc.
PARTE 1
POPULAÇÃO EM
CONDIÇÃO DE RUA
SITUAÇÃO DE RUA
conjunto de significados que contempla um grupo bastante heterogêneo,
como os andarilhos, trecheiros, pardais, dentre outros sujeitos que fazem da
rua seu principal espaço de convivência.

Marcam sua relação com a rua segundo “[...] parâmetros temporais e identitários
diferenciados, vis-a-vis os vínculos familiares, comunitários ou institucionais presentes e
ausentes”. É comum que estabeleçam “[...] no espaço público da rua seu palco de relações
privadas, o que os caracteriza como 'população em situação de rua'”(BRASIL, 2008, p.3).

As características acima foram conceituadas em 2005 pelo Ministério do Desenvolvimento


Social como os fatores intrínsecos à condição de rua e constam na POLÍTICA NACIONAL PARA
A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA (DECRETO Nº 7.053 DE 2009), sobre a qual falaremos
mais à frente.
MORADIA
A moradia é um direito de todo cidadão brasileiro, segundo o
parágrafo o artigo 6º da Constituição Federal e a Declaração
Universal dos Direitos Humanos da ONU.
Segundo o último Censo do IBGE, apenas 52,5% dos domicílios brasileiros são considerados
adequados. Para o instituto, uma moradia adequada deve possuir abastecimento de água por rede
geral, esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica, coleta de lixo direta ou indireta e, no
máximo, dois moradores por dormitório.
As casas que habitamos formam as cidades, as quais, por sua vez, representam a maior criação
humana e nossa mais profunda intervenção no espaço geográfico e na natureza. Megalópoles como
São Paulo são tão poderosas e gigantescas que alteram não só a paisagem, mas também o clima da
região onde estão inseridas.
No Brasil, a urbanização é marcada pela falta de planejamento. Isso afeta profundamente a qualidade
das nossas moradias. Para se viver bem, a casa deve necessariamente responder a todas as
disposições existentes na Constituição Federal, a qual prevê como princípios fundamentais de uma
habitação adequada o acesso à dignidade humana o direito à intimidade e à privacidade. A casa de
qualquer cidadão brasileiro deve é um asilo inviolável.
EXCLUSÃO SOCIAL
exclusão social com a fragilização e/ou ruptura dos laços sociais
que integram o indivíduo à sociedade, “[...] um processo que
envolve trajetórias de vulnerabilidade, fragilidade ou precariedade
e até a ruptura dos vínculos em cinco dimensões da existência
humana em sociedade” (1999 apud LEAL, 2011, p.13).
dimensão econômico- dimensão sociofamiliar Dimensão das dimensão da cidadania e da
ocupacional fragmentam-se e representações e dos política
relacionada fragilizam-se as relações relacionamentos com o poder de ação e
principalmente a esfera fundamentais entre os o outro representação é retirado,
do trabalho familiares, com a o processo de exclusão privando o indivíduo deste
vizinhança e comunidade, se materializa por direito.
meio das
discriminações e pelos
estigmas,
O QUE DIZ A LEI? DECRETO 7.053/2009
Art. 1o Fica instituída a Política Nacional para a População em Situação de Rua, a ser implementada de acordo com os princípios,
diretrizes e objetivos previstos neste Decreto.
Parágrafo único. Para fins deste Decreto, considera-se população em situação de rua o grupo populacional heterogêneo que
possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia
convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de
forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia
provisória.
Art. 2o A Política Nacional para a População em Situação de Rua será implementada de forma descentralizada e articulada entre
a União e os demais entes federativos que a ela aderirem por meio de instrumento próprio.
Parágrafo único. O instrumento de adesão definirá as atribuições e as responsabilidades a serem compartilhadas.

Art. 5o São princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua, além da igualdade e equidade:
I - respeito à dignidade da pessoa humana;
II - direito à convivência familiar e comunitária;
III - valorização e respeito à vida e à cidadania;
IV - atendimento humanizado e universalizado; e
V - respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa,
com atenção especial às pessoas com deficiência.
PARTE 2
POPULAÇÃO IDOSA
No texto, A velhice (1970),
Simone de Beauvoir escreveu
que o idoso é uma espécie
de objeto incômodo, inútil, e
quase tudo que se deseja é
poder tratá-lo como quantia
desprezível.

“Para a sociedade a velhice aparece como uma espécie de


segredo vergonhoso, do qual é indecente falar”
(BEAUVOIR, 1990, p.08).
INCLUSÃO SOCIAL
conjunto de meios e ações que combatem a
exclusão aos benefícios da vida em sociedade,
provocada pelas diferenças de classe
social, educação, idade, deficiência,
gênero, preconceito social ou preconceitos
raciais. Inclusão social é oferecer oportunidades
iguais de acesso a bens e serviços a todos.
ESTATUDO DO IDOSO
LEI 10741/2003
No Brasil, o estatuto do idoso é um estatuto no qual são
estabelecidos os direitos dos idosos e são previstas
punições a quem os violarem, dando aos idosos uma maior
qualidade de vida.
O Estatuto do idoso, de iniciativa do Projeto de lei nº 3.561
de 1997 e de autoria do então deputado federal Paulo Paim, foi
fruto da organização e mobilização dos aposentados,
pensionistas e idosos vinculados à Confederação Brasileira dos
Aposentados e Pensionistas (COBAP), resultado de uma grande
conquista para a população idosa e para a sociedade.
FC
Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-
se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para
preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder


Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao
trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência
familiar e comunitária.

Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à


saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um
envelhecimento saudável e em condições de dignidade.
Art. 14 cap. III. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições
econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse
provimento, no âmbito da assistência social.

Art. 15 CAP. IV. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por


intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe o acesso
universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços,
para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a
atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.

Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa


permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas,
quando obrigado por lei ou mandado: Pena - detenção de 6 (seis) meses a 3
(três) anos e multa.
EXPECTATIVA DE VIDA NO BRASIL
POPULAÇÃO E FAIXA ETÁRIA NOS PRÓXIMOS ANOS
Muito obrigado a todas e todos aqui presentes! Esperamos que
estas aulas de hoje possam ajudar vocês no engrandecimento
intelectual e escolar e que vocês continuem conosco nessa parceria
incrível cometendo o crime de pensar!

“Se a liberdade significa alguma coisa,


será sobretudo o direito de dizer às
outras pessoas o que elas não querem
ouvir.”
George Orwell

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