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As máquinas a vapor surgiram por volta de 1700, sendo aperfeiçoadas por Watt, que passou
a produzi-las em série, na cidade britânica de Birmingham, entre 1744 e 1800. Até 1961, o
carvão mineral possuía importância capital na indústria, como produtor número um de
energia, sendo, porém, neste mesmo ano sendo superado pelo petróleo.
Há ainda dois outros processos de aproveitamento do carvão como combustível, que são a
gaseificação e a liquefação. Praticada desde a primeira metade do século XIX, a
gaseificação procura converter o carvão mineral em combustível sintético de aplicação
direta. Já o processo de liquefação é bastante recente e visa transformar o carvão sólido
em combustível líquido. Os EUA possuem indústrias de liquefação de carvão, que dependem
de um processo deveras sofisticado e caro. No Brasil, os estudos avançam para conseguir
dominar tal tecnologia.
Carvão mineral
De acordo com a maior ou menor intensidade da encarbonização, o carvão mineral – também
chamado carvão fóssil ou de pedra – pode ser classificado como linhito, carvão betuminoso
e sub-betuminoso (ambos designados como hulha) e antracito. A formação de um depósito
de carvão mineral exige inicialmente a ocorrência simultânea de diversas condições
geográficas, geológicas e biológicas. Primeiro, deve existir uma vegetação densa, em
ambiente pantanoso, capaz de conservar a matéria orgânica. A água estagnada impede a
atividade das bactérias e fungos que, em condições normais, decomporiam a celulose. A
massa vegetal assim acumulada, no prazo de algumas dezenas de milhares de anos – tempo
curto do ponto de vista geológico – transforma-se em turfa, material cuja percentagem de
carbono já é bem mais elevada que a da celulose.
Na etapa seguinte, que leva algumas dezenas de milhões de anos, a turfa multiplica seu teor
de carbono e se transforma na primeira variedade de carvão, o linhito, cujo nome provém
de sua aparência de madeira. Na etapa seguinte, surge a hulha, primeiro como carvão
betuminoso, depois como sub-betuminoso. Na fase final, a hulha se transforma em
antracito, com teores de até noventa por cento de carbono fixo.
Quanto maior o teor de carbono, maior também é o poder energético. Por isso , a turfa, que
em teores muito baixos e altas percentagens de umidade, nem sempre pode ser aproveitada
como combustível, e nesse caso serve para aumentar a composição de matéria orgânica dos
solos. Encontrada nos baixos e várzeas, ou em antigas lagoas atulhadas, a turfa
caracteriza-se pela presença abundante de restos ainda conservados de talos e raízes. Já o
linhito, muito mais compacto que a turfa, é empregado na siderurgia, como redutor, graças
a sua capacidade de ceder oxigênio para a combustão como matéria-prima na carboquímica.
Quando o linhito se apresenta brilhante e negro, recebe o nome de azeviche.
O carvão mineral, em qualquer de suas fases, compõe-se de uma parte orgânica, formada de
macromoléculas de carbono e hidrogênio e pequenas proporções de oxigênio, enxofre e
nitrogênio. Essa é a parte útil, por ser fortemente combustível. A outra parte mineral,
contém os silicatos que constituem a cinza. As proporções desses elementos variam de
acordo com o grau de evolução do processo de encarbonização: quanto mais avançado, mais
alto o teor de carbono na parte orgânica e menor o teor de oxigênio.
Em virtude dessa estrutura complexa e variável, o carvão mineral apresenta diversos tipos.
Seu emprego para fins industriais obedece a uma classificação que toma como base a
produção de matéria volátil e a natureza do resíduo. Assim, há carvões que se destinam à
produção de gás, de vapor ou de coque, que é um carvão amorfo, resultante da calcinação do
carvão mineral, e de largo emprego na siderurgia.
HULHA
A hulha é um carvão mineral com 80% de carbono (abaixo de 80% ocorre o linhito e, acima,
antracito).
A hulha foi a mola propulsora da indústria do século passado, durante a chamada Revolução
Industrial, sendo substituída pelo petróleo no século XX.
Quantidade
Países produtores
(Milhões de toneladas/ano)
Rússia 600
Alemanha 570
China 420
Inglaterra 150
Polônia 150
Índia 70
Japão 65
No Brasil, a hulha ocorre nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e sua
produção é de cerca de 10 milhões de toneladas por ano (a produção não é o maior devido ao
alto teor de cinzas e de enxofre que possui). É usada como combustível de usinas
termelétricas e nos altos-fornos siderúrgicos, após aquecimento prévio para eliminar
material orgânico (gases e alcatrão).
Silano 9.545,90
Silício 7.320,70
Titânio 4.556
Pentano 21.204,21
Propano
Propileno
Carvão Vegetal
http://www.brasilescola.com/geografia/carvao-vegetal.htm
http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo1A/carvao.html
http://cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo1A/carvao.html