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O livro dos ,

JUIZES
Autor O autor de Juízes é desconhecido, embora 1.--1 Características e Temas Juízes pode
• possamos inferir algumas informações a seu respeito ilW ser dividido em três seções distintas (Introdução:
!

: a partir do seu trabalho. Ele evidentemente apoiou o ~ ! Esboço). Cada seção tem o seu próprio estilo e con-
1 . reinado de Davi em detnmento ao do filho de Saul, - - sistência, contendo uma narração vívida do povo de
lsbosete, o qual era de Benjamim. A lealdade do autor a Davi e à tri- Deus e dos seus líderes em ação. Ocasionalmente jocosos, algu-
bo de Judá indicaria que ele viveu e escreveu durante o período ini- mas vezes trágicos, mas nunca monótonos, os episódios individua-
cial do reinado de Davi em Hebrom. O escritor de Juízes dirige-se is dentro das seções são completos em si mesmos.
aos israelitas dos seus dias a partir da mesma perspectiva teológi- Os vários episódios e seções do livro empregam recursos
ca de Deuteronômio. A forma final de Juízes é, sem dúvida, a obra como a repetição do vocabulário, comparação histórica e citações
de uma pessoa ou grupo que compartilhava dessa perspectiva. Ver de Josué para enfatizar as conexões entre pessoas, lugares e
também "Caraterísticas e Temas", abaixo, e "Introdução aos Livros acontecimentos. Oleitor é convidado a inquirir pelo padrão e estru-
Históricos". tura moral da história.
A seção central de Juízes (3. 7-16.31). que constitui a maior
- Data e Ocasião Os assuntos tratados em parte do livro, faz uso considerável da repetição. Oautor descreve
1 .::~ ·~Juízes sugerem que o livro foi composto num perío- uma seqüência repetitiva de eventos. Os israelitas praticam o que
1
~..au-:. · do em que havia forte controvérsia em torno da é mau aos olhos do Senhor, voltando-se para servir a outros deu-
~~~--- questão se o rei deveria ser da casa de Davi e da tri- ses. Deus fica irado e os entrega na mão dos opressores. Eles cla-
bo de Judá ou da casa de Saul e da tribo de Benjamim. Havia reis mam por socorro e Deus faz surgir um juiz para livrá-los. Ojuiz traz
rivais dessas tribos quando Davi reinou em Hebrom ao passo que paz, porém a nação retorna ao pecado tão logo este juiz morra. A
lsbosete, filho de Saul, reinava no Norte. Juízes termina com fraseologia reiterada que descreve esse padrão reforça o argumen-
eventos que comprometem severamente a reputação da tribo de to de que os israelitas eram impenitentes. Enquanto cada juiz e os
Benjamim. detalhes do livramento por ele trazidos variam, o fim era inevitável:
Os acontecimentos narrados em Juízes abrangem um período o povo voltava a praticar o que era mau aos olhos do Senhor.
de cerca de 350 anos, desde a conquista de Canaã (c. 1400 a.C.) Seis juízes maiores são apresentados de forma mais detalha-
até imediatamente antes de Samuel, que ungiu o primeiro rei de da enquanto outros seis juízes menores são mencionados. As se-
Israel (c. 1050 a.C.). O primeiro dos juízes apresentado no livro, ções iniciais e finais do livro servem como introdução e conclusão
Otniel, aparece durante a geração imediatamente após Josué. que emolduram as narrativas cíclicas a respeito dos juízes. A intro-
Sansão, o último juiz no livro, foi contemporâneo de Samuel. Duran- dução (1.1-2.5) descreve a omissão geralizada de Israel na con-
te esse período, Israel foi oprimido internamente pelos cananeus e, quista da terra conforme as estipulações que o Deus da aliança
externamente, pelos arameus, moabitas, midianitas, amonitas, lhes havia feito. Os ciclos dos doze juízes mostram que eles não fo-
amalequitas, amorreus e filisteus. ram capazes de conduzir o povo à fidelidade à aliança. Havia um
Como os demais livros históricos do Antigo Testamento, Juí- movimento em espiral para baixo e de desobediência crescente. A
zes pode ser visto como um sermão dirigido à comunidade da conclusão (caps. 17-21) registra dois exemplos especialmente
aliança em um tempo de crise. Os próprios leitores não haviam graves de desobediência à aliança. Oautor repete a breve e trágica
experimentado os acontecimentos descritos no livro. Ao contrá- observação: "Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia
rio, os leitores eram de uma geração posterior e enfrentavam a o que era correto aos seus próprios olhos."
sua própria crise ao guardarem a aliança. As narrativas de suces- O autor de Juízes, à semelhança dos autores dos outros livros
sos e fracassos tanto encorajavam como tranqüilizavam a nova históricos, conclama a comunidade de fé a obedecer à aliança, apli-
geração. Juízes registra um período de ignorância e pecado gros- cando às suas vidas o ensinamento de Deuteronômio. Ele aponta
seiros. Opovo é descrito como instável e facilmente atraído à ido- para os sucessos e os fracassos das gerações precedentes e desafia
latria. Crimes bárbaros são descritos no livro. o povo da época de Davi a serfiel à aliança. Ele os adverte profetica-
Gideão levanta a questão que é central em Juízes• "Se o mente acerca dos perigos trazidos pelo tipo errado de liderança.
SENHOR é conosco, por que nos sobreveio tudo isto?" (6.13). Deu- De acordo com Juízes, Israel estava se afastando da aliança e
teronômio já advertira que o resultado do afastamento de Deus adorando deuses falsos, enquanto os atos salvíficos do Senhor no
para servir aos ídolos seria o tipo de sofrimento que sobreveio du- passado eram esquecidos (2.1 O; 6.13). Como em Deuteronômio, o
rante o período dos juízes. Deus pareceria estar ausente e a terra pecado de buscar outros deuses é o padrão permanente de deso-
se encheria de angústias (Dt 31.16-17). Israel necessitava de um bediência à aliança (Jz 2.11-12; 3. 7, 12; 8.33; 10.6, 1O; Dt 4.23) A
rei que pudesse lhes ensinar como guardar a sua aliança com o repetição dos ciclos acompanhados de refrões básicos ("Os filhos
Senhor. de Israel fizeram o que era mau perante o SENHOR" - 2.11; 3. 7, 12;
277 JUÍZES
4.1; 6.1; 10.6; 13.1; e "cada qual fazia o que achava mais reto" - piedoso e intensifica a expectativa da igreja pelo seu retorno em
i 7.6; 21 .21:Y, d. Gt 12.8; 31.16-17) constitui-se numa severa adver- glória.
tência a Israel no início do reinado de Davi no sentido de que eles de
fato precisavam dum rei que capacitasse a nação a manter os ter-
mos da sua aliança com Deus.
Além dessas aplicações imediatas para a audiência onginal de
!".B
[;=:~=-~~1 Título Otítulo "Juízes" refere-se aos doze homens

i
que Deus levantou no período anterior a Samuel a fim
~ ::::=:. • de livrar Israel dos seus opressores (2.11-19). A tradu-
Juízes, devemos observar que leitores posteriores, sem dúvida, ,,,,._--'""0 ! ção "juízes" e "julgar" que se convencionou dar ao
viram no livro a esperança por um novo Davi que os ensinaria a substantivo e verbo hebraicos pode causar alguma confusão aos lei-
guardar a sua aliança com o Senhor. Isso seria especialmente ver- tores modernos, uma vez que os juízes de Israel foram líderes milita-
dadeiro da parte dos que leram o livro nos tempos da monarquia di- res e políticos, e não presidentes de tribunais. Débora é a única
vidida ou durante e após o exílio babilônico. Nos dias do Novo dentre os 1uízes a quem se atribui uma função judicial no sentido co-
Testamento, o evangelho de Jesus, o filho de Davi (Mt 1.1), res- mum (4.4-5) Oúltimo juiz, Samuel, era também sacerdote e profeta.
ponde aos anseios dos leitores de Juízes pela presença de um rei Em uma passagem do livro, Deus é chamado de "juiz" (11.27).

Esboço de Juízes
I. Introdução: questões de liderança e término da conquista B. Os doze juízes não conseguem manter fidelidade à
(1.1-2.5) aliança (3.7-16.31)
A. A promessa para Judá (1.1-2) 1. Otniel (3.7-11)
B. Várias tribos na conquista (1.3-36) 2. Eúde (3.12-30)
1. Sucessos de Judá (1.3-20) 3. Sangar (3.31)
2. Benjamim não consegue tomar Jerusalém (1.21) 4. Débora e Baraque (caps. 4-5)
3. Sucesso da casa de José em Betel (1.22-26) 5. Gideão e seu filho Abimeleque (caps. 6-9)
4. Fracassos das demais tribos na conquista a. Gideão (6.1-8.32)
(1.27-36) b. Abimeleque (8.33-9.57)
e. o castigo divino pela desobediência (2.1-5) 6. Tola (10.1-2)
li. Os ciclos dos juízes (2.6-16.31) 7. Jair (10.3-5)
A. O padrão para tudo o que segue (2.6-3.6) 8. Jetté (10.6-12.7)
1. Josué e a geração imediatamente posterior (2.6-1 O) 9. lbsã (12.8-10)
2. O padrão da obediência de Israel à aliança (2.11-19) 10. Elom (12.11-12)
3. O castigo divino pela desobediência à aliança 11. Abdom (12.13-15)
(2.20--3.6) 12.Sansão(caps. 13-16)
a. O propósito do castigo de Deus (2.20-23) Ili. Dois pecados graves (caps. 17-21)
b. Os instrumentos do castigo de Deus A. Os danitas e a idolatria (caps. 17-18)
(3.1-6) B. Guerra civil: Israel contra Benjamim (caps. l!l---21)
JUÍZES 1 278
Novas conquistas pelas tribos Po irmão de Calebe, mais novo do que ele; e Calebe lhe deu
Depois da ªmorte de Josué, os filhos de Israel bconsulta- sua filha Acsa por mulher. 14 q Esta, quando se foi a ele, 3 insis-
1 ram o SENHOR, dizendo: Quem dentre nós, primeiro, su-
birá aos e cananeus para pelejar contra eles? 2 Respondeu o
tiu com ele para que pedisse um campo ao pai dela; e ela ape-
ou do jumento; então, Calebe lhe perguntou: Que desejas?
SENHOR: dJudá subirá; eis que nas suas mãos entreguei a ter- 15 Respondeu ela: rDá-me um presente; deste-me terra seca,
ra. 3 Disse, pois, Judá a eSimeão, seu irmão: Sobe comigo à dá-me também fontes de água. Então, Calebe lhe deu as fon-
herança que me caiu por sorte, e pelejemos contra os canane- tes superiores e as fontes inferiores.
us, e também f eu subirei contigo à tua, que te caiu por sorte.
E Simeão partiu com ele. 4 Subiu Judá, e o SENHOR lhe entre- Outras conquistas
gou nas mãos os cananeus e os ferezeus; e feriram deles, em 16 5 0s filhos do queneu, sogro de Moisés, subiram, com
gBezeque, dez mil homens. s Em Bezeque, encontraram os filhos de Judá, 1 da cidade das Palmeiras ao deserto de
Adoni-Bezeque e pelejaram contra ele; e feriram aos canane- Judá, que está ao sul de 11 Arade; V foram e habitaram com
us e aos ferezeus. 6 Adoni-Bezeque, porém, fugiu; mas o per- este povo. 17 xFoi-se, pois, Judá com Simeão, seu irmão, e
seguiram e, prendendo-o, lhe cortaram os polegares das mãos feriram aos cananeus que habitavam em Zefate e totalmente
e dos pés. 7 Então, disse Adoni-Bezeque: Setenta reis, a quem a destruíram; por isso, lhe chamaram "Horma. 18 Tomou
haviam sido cortados os polegares das mãos e dos pés, apa- ainda Judá a ªGaza, a Asquelom e a Ecrom com os seus res-
nhavam migalhas debaixo da minha mesa; h assim como eu pectivos territórios. 19 Esteve o SENHOR com Judá, e este
fiz, assim Deus me pagou. E o levaram a Jerusalém, e mor- despovoou as montanhas; porém não expulsou os morado-
reu ali. res do vale, porquanto tinham bcarros de ferro. 20 cE, como
8 iQs filhos de Judá pelejaram contra Jerusalém e, toman- Moisés o dissera, deram Hebrom a Calebe, e este expulsou
do-a, passaram-na a fio de espada, pondo fogo à cidade. 9 !De-dali d os três filhos de Anaque.
pois, os filhos de Judá desceram a pelejar contra os cananeus 21 eporém os filhos de Benjamim não expulsaram os jebu-
que habitavam nas montanhas, no / Neguebe e nas planícies. seus que habitavam em Jerusalém; antes, os jebuseus habi-
10 2 Partiu Judá contra os cananeus que habitavam em 'He- tam com os filhos de Benjamim em Jerusalém, até ao dia de
brom, cujo nome, outrora, era mQuiriate·Arba, e Judá feriu a hoje.
Sesai, a Aimã e a Talmai. 22 Subiu também a 4 casa de José contra Betel,fe o SENHOR
era com eles. 23 A 5 casa de José genviou homens a espiar Betel,
Otniel conquista Debir cujo nome, dantes, era hLuz. 24 Vendo os espias um homem
11 noali partiu contra os moradores de Debir; e era, dan- que saía da cidade, lhe disseram: Mostra-nos a entrada da cida-
tes, o nome de Debir Quiriate-Sefer. 12 °Disse Calebe: A de, e iusaremos de misericórdia para contigo. 25 Mostrando-
quem derrotar Ouiriate-Sefer e a tomar, darei minha filha lhes ele a entrada da cidade, feriram a cidade a fio de espada;
Acsa por mulher. 13 Tomou-a, pois, Otniel, filho de Quenaz, porém, àquele homem e a toda a sua família, deixaram ir.

• CAPÍT~~01 ~~~:;~29b~m27;~-c~s-171213 2dGn49-89 3eJs191/Jz117 "4g1Sm118-7h~v~~1~ 8iJ;156-3~~~


9jJs10.36;1121.1513 iHebrNegev,lit.Su/ 10iJs15.13-19mJs14.152Atacou 11 nJs15.15 12ºJs15.16-17 13PJz39
14 q Js 15.18-19 3lXJ(e Vele insistiu camela 1S rGn 33.11 16 sNm 10.29-32 IDt 34.3 uJs 12.14 v1Sm15.6 17XJz1.3 zNm 21.3
18ªJs11.22 19bJs17.16,18 20CJs14.9,14dJs1514 21eJs15.63 22/Jz1194famí/1a 238Js21;72hGn28.195fa-
mí/ia 24 i Js 2 12, 14
•1.1-2.5 Essa introdução a Juízes, em que o cumprimento da aliança é expres- Nm 32 12). era contado como membro da tribo de Judá. Representou Judá
sado na expropriação e destruição dos cananeus. levanta a questão da liderança quando os espias foram enviados a Canaã (Nm 13.6).
para a luta contra eles (v. 1). São narrados os sucessos e fracassos das várias tri-
•1.13 Otniel ... o irmão de Calebe, mais novo do que ele. Ver Js 15.17-19. Jz
bos quanto a guardarem a aliança e o juízo divino contra Israel pelo seu fracasso
1.12-15 fornece o único retrato que temos desse primeiro juiz.
pactuai de permitir que os cananeus habitassem na terra (cf. Dt 7.1-2; 20 16-20).
O espaço e os pormenores dedicados aos sucessos de Judá (vs. 3-20) formam •1.19 Esteve o SENHOR com Judá. Deus cumpriu sua promessa segundo a
um nítido contraste com os relatos breves dos fracassos das demais tribos (vs. aliança (v 2). Com exceção da casa de José, o escritor trata resumidamente
21-36). embora a casa de José seja tratada de modo positivo (vs. 22-26). acerca das demais tribos e descreve corno foram fracassadas as suas tentati-
•1.1 Depois. O Livro de Josué começa de modo semelhante: "Depois da morte vas de colonizar a terra (1 27-36, nota).
de Moisés" (Js 1.1). carros de ferro. Esses carros, com suas rodas de madeira revestidas de ferro,
Quem. Os israelitas fazem uma pergunta quase idêntica no fim do livro - "Quem eram armas poderosas, especialmente nas planícies. Com efeito, Judá é descul-
dentre nós subirá primeiro a pelejar contra Benjamim?" (20.181 Deus escolheu pada por não ter conseguido desalojar os cananeus.
Judá. Davi e seus herdeiros nasceriam dessa tribo. •1.20 Calebe. Calebe, da tribo de Judá, é um exemplo de fidelidade à aliança.
cananeus. Os cananeus formavam um dos vários grupos que habitavam na terra Em Dt 1.35-36, Calebe é recompensado pela sua obediência à aliança, obediência
de Canaã. Os israelitas foram ordenados a aniquilá-los (Dt 7.1-2; 20.16-20); se esta que provém da fé na promessa de Deus.
eles conseguiriam obedecer aos termos da aliança é a questão que ocupará a to- •1.21 filhos de Benjamim. Oescritor especifica que Benjamim, a tribo de Saul,
talidade dessa seção introdutória.
não fez uma conquista final de Jerusalém. De acordo com Js 15.63, a tribo de
•1.8 espada. Judá obedeceu à aliança, destruindo sem misericórdia os habitan- Judá também falhou em expulsar os 1ebuseus de Jerusalém. A cidade ficava na
tes (Dt 7.1-2; 20.16-20). Judá não ocupou Jerusalém nessa ocasião (v. 21) fronteira entre as duas tribos. A conquista completa de Jerusalém ficou para Davi
•1.1 D-15 Esses versículos. que descrevem as vitórias de Calebe e de Otniel, são realizar (2Sm 5. 7)
citados de Js 15.13-19. •1.22 o SENHOR era com eles. Além de Judá (v. 19), é somente a respeito da
•1.12 Calebe. Calebe, embora fosse, de descendência, quenezeu (Gn 15.19; casa de José que está escrito que "o SENHOR era com eles."
279 JUÍZES 1, 2
se foi ele à terra dos heteus, e edificou uma cidade, e
26 Então, Deus repreende os israelitas
lhe chamou Luz; este é o seu nome até ao dia de hoje. Subiu o Anjo do SENHOR de Gilgal a Boquim e disse: ªDo

Terras não conquistadas pelos israelitas


2 Egito vos fiz subir e bvos trouxe à terra que, sob juramen-
to, havia prometido a vossos pais. cEu disse: nunca invali-
27 iManassés não expulsou os habitantes de Bete·Seã, darei a minha aliança convosco. 2 dVós, porém, não fareis
nem os de 1Taanaque, nem os de mDor, nem os de lbleão, nem 1 aliança com os moradores desta terra; antes, e derribareis os

os de Megido, todas com suas respectivas aldeias; pelo que os seus altares; !contudo, não obedecestes à minha voz. Que é
cananeus lograram permanecer na mesma terra. 28 Quando, isso que fizestes? 3 Pelo que também eu disse: não os expulsa-
porém, Israel se tornou mais forte, sujeitou os cananeus 6 a rei de diante de vós; antes, vos serão por 8adversários2 , e hos
trabalhos forçados e não os expulsou de todo. seus deuses 3 vos serão 1laços. 4 Sucedeu que, falando o Anjo
29 nEfraim não expulsou os cananeus, habitantes de Ge- do SENHOR estas palavras a todos os filhos de Israel, levantou
zer; antes, continuaram com ele em Gezer. o povo a sua voz e chorou. 5 Daí, chamarem a esse lugar 4 Bo-
30 ºZebulom não expulsou os habitantes de Quitrom, quim; e sacrificaram ali ao SENHOR.
nem os de Naalol; porém os cananeus continuaram com ele,
7 sujeitos a trabalhos forçados. A morte de Josué
31 P Aser não expulsou os habitantes de Aco, nem os de Si- 6 iHavendo Josué despedido o povo, foram-se os filhos de
dom, os de Alabe, os de Aczibe, os de Helba, os de Afeca e os Israel, cada um à sua herança, para possuírem a terra. 7 1Ser-
de Reobe; 32porém os aseritas qcontinuaram no meio dos ca- viu o povo ao SENHOR todos os dias de Josué e todos os dias
naneus que habitavam na terra, porquanto os não expulsaram. dos anciãos que ainda sobreviveram por muito tempo depois
33 rNaftali não expulsou os habitantes de Bete-Semes, de Josué e que viram todas as grandes obras feitas pelo
nem os de Bete-Anate; mas continuou no meio dos cananeus SENHOR a Israel. B mFaleceu Josué, filho de Num, servo do
que habitavam na terra; porém os de Bete-Semes e Bete-Anate SENHOR, com a idade de cento e dez anos; 9 nsepultaram-no
lhe foram sujeitos a trabalhos forçados. no limite da sua herança, em 0 Timnate-Heres, na região mon-
34 Os amorreus arredaram os filhos de Dã até às monta- tanhosa de Efraim, ao norte do monte Gaás.
nhas e não os deixavam descer ao vale. 35 Porém os amorreus 10 5 Foi também congregada a seus pais toda aquela gera-
lograram habitar nas montanhas de Heres, 5 em Aijalom e em ção; e outra geração após eles se levantou, que Pnão conhecia
BSaalabim; contudo, a mão da casa de José prevaleceu, e vfo. o SENHOR, nem tampouco as obras que fizera a Israel. 11 En-
ram sujeitos a trabalhos forçados. 36 O limite dos amorreus foi tão, qfizeram os filhos de Israel o que era mau perante o
1desde a subida de Acrabim e desde Sela para cima . SENHOR; pois serviram aos baalins. 12 rDeixaram o SENHOR,

• 2~ i~s 11-~1-;~
17 Js 21-:;5 m
tnbutários 31 PJs 19.24-31
~s32 q Z8-~fez 33d;;rcananeus-tribu;Mos-
1;-';1
SI 106.34-35 35 s
Js 19.32-39
29 n ~6 R~ ;~6 -;O
Js
Shaalabbin,
10; 1
Js 19.42; Js 19.42 8
0 Js 19 ,-0-16 le foram
Js 19.42 9ficaram tributários
36 t Nm 34.4; Js 15.3
CAPÍTULO 2 1 a Êx 20 2; Jz 6.8-9 b Dt 1.8 e Gn 17.7-8; Lv 26 42,44; Dt 7 9; SI 89.34 2 d Êx 23.32; Dt 7.2 e Êx 34.12-13; Dt 12.3 /Si
106.34 1tratado 3 8Nm 33.55; Js 23.13 hJz 3.6 iÊx23.33; Dt 7.16; SI 106.36 2/ados 3armarãociladaspara vós 5 4Lit. os que choral[I
6 j Js 22.6; 24.28-31 7 I Js 24.31 8 m Js 24.29 9 n Js 2430 o Js 19.49-50 10 5Morreram e reuniram-se aos seus ancestrais PEx
5.2;1Sm2.12;Gl4.8;[Tt116] llqJz37,12;41,6.1 12TDt31.16;Jz8.33,10.6
•1.27-36 Judá, Benjamim e José já foram mencionados. As falhas das demais pai e típico de violação da aliança lv. 11; Êx 34.13; Nm 33.52; Dt 7.5; 12.3; Js
tribos são apresentadas resumidamente, em forma de esboço. 2316)
•1.34 filhos de Dã. Ver caps. 17-18. não obedecestes. Israel celebrou casamentos com os habitantes da terra
•2.1-5 Esse trecho passa em revista o capítulo anterior e, assim como 135-6) e não derrubou os altares destes 16 25-32). Não era possível expulsar os
2.20-3.6. fornece o pano de fundo para a narrativa que se segue. A aliança foi cananeus por causa do pecado de Israel.
feita entre Deus e "vossos pais"; são as duas partes da aliança. As condições da •2.3 adversários ... laços. Os casamentos mistos com os cananeus, bem
aliança proíbem tratados com os cananeus ou a mistura do culto com a religião como todos os demais relacionamentos com eles, tinham sido proibidos porque
deles. A inobservância dessas exigências provocou o castigo da aliança sobre semelhantes contatos levariam à idolatria (Êx 34.12; Nm 33.55; Dt 7.16; Js
Israel IDt 28-31 ). 23.12-13). Por ter desobedecido às condições da aliança, Israel sofreria o que Ca-
•2. 1 o Anjo do SENHOR. Urna teofania, ou seja, uma revelação visível de Deus. naã sofrera: a remoção da terra (Nm 33.56; Js 23.13; 2Rs 175-8; 25 1-11 ).
Ver 6.11-24; 13.2-23. As palavras do preeminente mensageiro de Deus 16.11-24; •2.6-10 Essa seção, excetuando-se o v. 10, tem estreita semelhança com Js
Êx 3.1-17) são as palavras do próprio Senhor. O Anjo do Senhor levou Israel para 24.28-31 e introduz o padrão para os ciclos dos juízes que se seguem.
fora do cativeiro no Egito e lutou em favor dos israelitas IÊx 14.19; 23.20-23; 33.2;
Nm 20.16, Is 63 9). •2.6 Havendo Josué. Ver 1.1; Introdução: Data e Ocasião
Gilgal. A arca da Aliança estava em Gilgal IJs 5 1-12) •2.7 Serviu o povo ao SENHOR. Ver Js 24.16-18,21-22,31 A obediência à ali-
Do Egito vos fiz subir. Os Dez Mandamentos começam com a mesma decla- ança levou a bênçãos na terra para aquela geração.
ração IÊx 20.2; Ot 5.6), o que nos relembra que a história daquilo que Deus tem viram todas as grandes obras. Ver v. 10; Dt 4.9; 6.22; 7.19; 112-7: Js 23.3.
feito está ligada com os seus mandamentos. O Deus Soberano que promulga a
•2. 1Oque não conhecia o SENHOR, nem tampouco as obras que fizera a
aliança identifica-se como o Benfeitor do seu povo. Israel. Uma geração devia declarar as maravilhas de Deus à geração seguinte
e vos trouxe à terra que, sob juramento, havia prometido. Deus cumpriu o IDt 4.9; 6.1-6). Salmistas posteriores as louvam ISI 44.1-3; 78.2-8). Se o povo de
seu juramento IJs 23.3-16). A diferença principal entre Deus e o seu povo é que Deus soubesse o que ele tinha feito, obedeceria aos mandamentos da aliança.
Deus cumpre seu voto, enquanto o povo quebra o seu. Mas os líderes - os chefes de famílias, os sacerdotes e os juízes - não guarda-
nunca invalidarei a minha aliança. Ver Dt 7. 9. ram a aliança nem contaram à geração seguinte a respeito dos atos poderosos de
•2.2 derribareis os seus altares. A idolatria é considerada como o ato princi- Deus.
JUÍZES 2, 3 280
Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se ipor elas, lpôr Israel à prova, se guardará ou não o caminho
após s outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia do SENHOR, como seus pais o guardaram. 23 Assim, o SENHOR
ao redor deles, e 1os adoraram, e provocaram o SENHOR à ira. deixou ficar aquelas nações e não as expulsou logo, nem as
13 Porquanto deixaram o SENHOR u e serviram a 6 Baal e a entregou na mão de Josué.
7 Astarote. 14 Pelo que a vira do SENHOR se acendeu contra

Israel e xos deu na mão dos espoliadores, que os pilharam; e Povos pagãos no meio de Israel
zos entregou na mão dos seus inimigos ao redor; e ªnão mais São estas ªas nações que o SENHOR deixou para, por elas,
puderam resistir a eles. 15 Por onde quer que saíam, a mão do 3
provar a Israel, isto é, provar quantos em Israel não 1sabi-
SENHOR era contra eles para seu mal, como o SENHOR lhes dis- am de todas as guerras de Canaã. 2 Isso tão-somente para que
sera e bjurara; e estavam em grande aperto. as gerações dos filhos de Israel delas soubessem (para lhes en-
16 csuscitou o SENHOR juízes, que os livraram da mão dos sinar a guerra), pelo menos as gerações que, dantes, não sabi-
que os pilharam. 17 Contudo, não obedeceram aos seus juí- am disso: J bcinco príncipes dos filisteus, e todos os cananeus,
zes; antes, dse prostituíram após outros deuses e os adora- e sidônios, e heveus que habitavam as montanhas do Líbano,
ram. Depressa se desviaram do caminho por onde andaram desde o monte de Baal-Hermom até à entrada de Hamate.
seus pais na obediência dos mandamentos do SENHOR; e não 4 Estes ficaram para, por eles, o SENHOR pôr Israel à prova,
fizeram como eles. 18 Quando o SENHOR lhes suscitava juízes, para 2 saber se dariam ouvidos aos mandamentos que havia
eo SENHOR era com o juiz e os livrava da mão dos seus inimi- ordenado a seus pais por intermédio de Moisés. 5 cHabitan-
gos, todos os dias daquele juiz; !porquanto o SENHOR se com- do, pois, os filhos de Israel no meio dos cananeus, dos heteus,
padecia deles ante os seus gemidos, por causa dos que os e amorreus, e ferezeus, e heveus, e jebuseus, 6 dtomaram de
apertavam e oprimiam. 19 Sucedia, porém, que, i:falecendo o suas filhas para si por mulheres e deram as suas próprias aos
juiz, reincidiam e se tornavam piores do que seus pais, se- filhos deles; e rendiam culto a seus deuses.
guindo após outros deuses, servindo-os e adorando-os eles;
nada deixavam das suas obras, nem da obstinação dos seus Otniel li'll'a os israelitas do poder de Cusã-Risata.im
caminhos. 20 Pelo que a ira do SENHOR se acendeu contra 7 Os filhos de Israel e fizeram o que era mau perante o
Israel; e disse: Porquanto este povo htransgrediu a minha ali- SENHOR e !se esqueceram do SENHOR, seu Deus; e renderam
ança que eu ordenara a seus pais e não deu ouvidos à minha culto aos baalins e 3 ao poste-ídolo. 8 Então, a ira do SENHOR se
voz, 21 também eu não expulsarei mais de diante dele nenhu- acendeu contra Israel, e ele gos entregou nas mãos de hCusã-
ma das nações que Josué 1deixou quando morreu; 22 para, Risataim, rei da Mesopotâmia; e os filhos de Israel serviram a

·-~Dt;.141Êx 2~7- 1-; "Jz~0.6; 10~-6 d~:s SI ôLJm c;:nitalDeusas ca~ané:s ~-,;- VD;;-1.l~z Sl~6.40-42 x;s1;20-;I~ ~~
;;
50.1aLv26.37; Js 7.12-13 15 b Lv 26.14-26; Dt 28.15-68 16 e Jz 3.9-10,15; SI 106.43-45 17 dÊx 34.15 18 e Js 1.5/Gn 6.6
19g,Jz3.12 20h[Js23.16) 21 iJs23.4-5,13 22iJz3.1,41Dt8.2,16; 13.3 •
CAPITUL03 1ªJz1.1;2.21-22lexperimentaram JbJs13.3 42descobrir 5CSl106.35 ódEx34.15-16;Dt7.3-4;Js23.12
7 e Jz 2.11 /Dt 32.18 3 Hebr. Asherahs, nome ou símbolo para deusas cananéias 8 g Dt 32.30; Jz 2.14 h Hc 3. 7
•2.11-19 Esses versículos oferecem o padrão a ser seguido nos caps. 3--16. •2.17 se prostituíram. Tendo em vista que o acordo segundo a aliança pode ser
Demonstram a soberania de Deus na história, enquanto ele executa os juízos da comparado com o casamento, a prostituição é uma metáfora padronizada para a
aliança. Foi ele quem vendeu o seu povo e lutou contra ele e foi também ele infidelidade e a desobediência (833; Dt 31.16; o Livro de Oséias).
que suscitou os juízes para livrá-lo. A idolatria foi o pecado pelo qual Deus casti- •2.18 se compadecia. Os gemidos do povo comoviam o seu Deus (Êx 2.24;
gou Israel. O conteúdo dos vs. 11-19 é aperfeiçoado em 1Sm 12.9-11, SI 65)
106.34-46.
•2.11 fizeram ... o que era mau. Esse refrão ocorre em 2.11, 3. 7, 12; 4.1, 6.1, •2.19 nada deixavam. Nem os juízes (v. 17) nem a lembrança de como tinham
10.6; 13.1. sido livrados bastavam para levar o povo a guardar a aliança (v. 1O).
serviriun aas baalins. A iniqüidade de Israel chega ao cúmulo na sua adoração •2.23 deixou ficar aquelas nações. Ver Dt 7.22-23; Js 13.1-7. Assim, fica ex-
aos falsos deuses (v. 2, nota). Os israelitas escolheram Baal, o deus cananeu da plicado porque ainda havia cananeus durante o período em que Israel tinha sido
tempestade, e rejeitaram o Senhor que os fez passar pelo mar Vermelho e que era fiel (vs 6-9) Os vs. 20-22 e 3.1-4 fornecem mais uma razão para Deus ter deixa-
o verdadeiro Senhor da tempestade. "Baalins" está no plural, porque Baal era do ficar os cananeus: testar o coração do povo.
adorado de modo diferente em cada localidade cananéia. •3.1 não sabiam. Ver 2.1 O. Mesmo o juízo divino era acompanhado pela sua
•2.13 Astarote. Lit 'Astarotes", no plural feminino. Eram as deusas da fertilida- graça. A provação era uma oportunidade para a geração que não tinha visto o
de no panteão cananeu Senhor operar em seu favor exercer a fé e ver com seus próprios olhos o seu po-
•2.14 e os entregou. Ver Dt 28.48; 1Sm 12.9. Os inimigos e opressores de Isra- der (v 2)
el não tinham poder sobre o povo de Deus, a não ser que ele assim permitisse. A •3.3 filisteus, e todos os cananeus, e sidônios, e heveus. Os cananeus e os
conquista por Israel agora é revertida, à medida em que povos de fora de Canaã heveus deveriam ser totalmente destruídos (1.1 ). Davi os derrotou ou destruiu.
(arameus, moabitas, midianitas, amalequitas e filisteus) oprimem os israelitas, os
novos habitantes da terra (3.8-12; 4.2;.61, 10.7; 131). •3.5 no meio dos cananeus ... jebuseus. Todas essas eram nações condena-
das à destruição (1.1 ). Israel violou a aliança por habitar entre elas ao invés de
•2, 15 a mão do SENHOR era contra eles. A mão do Senhor estava associada
destruí-las.
com o poder salvífico de Deus (Êx 3.20; 6.1; 13.3; Dt 4.34). Agora, a mesma mão
estava virada contra os israelitas em castigo. OSenhor era fiel tanto para abenço- •3.6 tomaram de suas filhas. Isso teve o efeito de levar os israelitas à idolatria.
ar quanto para jul9ar. Quando Deus livra os seus, ele os livra dos inimigos como Oresultado de fazer alianças com os cananeus ao invés de destruir a sua popula-
um ato de graça. Eo seu próprio juízo que permite àqueles inimigos prevalecerem ção é explicado repetidas vezes nos ciclos de narrativas que se seguem 12.2).
e, ao livrar os seus, ele tem que desviar esse juízo. Fica claro que o povo se importava mais com as alianças com seus vizinhos pa-
•2.16 juÍ28S. Opapel dos 1uízes era primariamente livrar a nação dos seus inimi- gãos do que com sua aliança com Deus.
gos (3.9,15; 1Sm 1211) •3.7 aos baalins e ao poste-ídolo. Ver 2.11, 13 e notas.
Cusã-Risataim oito anos. 9 ;Clamaram ao SENHOR os filhos de
281
ra. 21 Então, Eúde, estendendo a mão esquerda, puxou o
JUÍZES 3, 4 l
Israel, e o SENHOR ilhes suscitou libertador, que os libertou: seu punhal do lado direito e lho cravou no ventre, 22 de tal
10tniel, filho de Quenaz, que era irmão de Calebe e mais maneira que entrou também o cabo com a lâmina, e, porque
novo do que ele. 10 mveio sobre ele o Espírito do SENHOR, e não o retirou do ventre, a gordura se fechou sobre ele; e
ele julgou a Israel; saiu à peleja, e o SENHOR lhe entregou nas Eúde, saindo por um postigo, 23 passou para o vestfbulo, de·
mãos a Cusã·Risataim, rei da Mesopotâmia, contra o qual ele pois de cerrar sobre ele as portas, trancando-as. 24 Tendo sa-
prevaleceu. tt Então, a terra ficou em paz durante quarenta ído, vieram os servos 5 do rei e viram, e eis que as portas da
anos. Otniel, filho de Quenaz, faleceu. sala de verão estavam trancadas; e disseram: Sem dúvida
está ele valiviando 6 o ventre na privada da sala de verão.
SeTVidão sob Eglom zs x Aborreceram-se de esperar; e, como não abria a porta da
12 nTornaram, então, os filhos de Israel a fazer o que era sala, tomaram da chave e a abriram; e eis seu senhor esten·
mau perante o SENHOR; mas o SENHOR deu poder a ºEglom, dido morto em terra. 26 Eúde escapou enquanto eles se de·
rei dos moabitas, contra Israel, porquanto fizeram o que era moravam e, tendo passado pelas 7 imagens de escultura, foi
mau perante o SENHOR. 13 E ajuntou consigo os filhos de para Seirá. 27 Tendo ele chegado, ztocou a trombeta ªnas
Amam e Pos amalequitas, e foi, e feriu a Israel; e apodera- montanhas de Efraim; e os filhos de Israel desceram com ele
ram-se qda cidade das Palmeiras. 14 E os filhos de Israel rser- das montanhas, indo 8 ele à frente. 28 E lhes disse: Segui-me,
viram a Eglom, rei dos moabitas, dezoito anos. porque bo SENHOR entregou nas vossas mãos os vossos ini-
migos, os moabitas; e desceram após ele, e tomaram cas
Eúde livra-os vaus do Jordão contra os moabitas, e a nenhum deles deixa-
1s Então, os filhos de Israel 5 clamaram ao SENHOR, e o ram passar. 29 Naquele tempo, feriram dos moabitas uns
SENHOR lhes suscitou libertador: Eúde, 1homem canhoto, fi- dez mil homens, todos robustos e valentes; e não escapou
lho de Gera, benjamita. Por intermédio dele, enviaram os fi- nem sequer um. 30 Assim, foi Moabe subjugado, naquele
lhos de Israel tributo a Eglom, rei dos moabitas. 16 Eúde fez dia, sob o poder de Israel; e da terra ficou em paz oitenta
para si um punhal de dois gumes, do comprimento de um anos.
côvado; e cingiu·o debaixo das suas vestes, do lado direito. 31 Depois dele, foi esangar, filho de Anate, que feriu seis·
17 Levou o tributo a Eglom, rei dos moabitas; era Eglom ho- centos homens dos filisteus !com uma aguilhada de bois; ge
mem gordo. 18 Tendo entregado o tributo, despediu a gente também ele libertou a hJsrael.
que o trouxera e saiu com ela. 19 Porém voltou "do ponto
em que estavam as 4 imagens de escultura ao pé de Gilgal e SeTVidão sob fabim, rei de Canaã
disse ao rei: Tenho uma palavra secreta a dizer-te, ó rei. O ªOs filhos de Israel btornaram a fazer o que era mau pe·
rei disse: Cala-te. Então, todos os que lhe assistiam saíram
de sua presença. 20 Eúde entrou numa sala de verão, que o
4 rante o SENHOR, depois de falecer Eúde. cEntregou-os o
SENHOR nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em
2

rei tinha só para si, onde estava assentado, e disse: Tenho a dHazor. esísera era o comandante do seu exército, o qual, en-


dizer· te uma palavra de Deus. E Eglom se levantou da cadei- tão, habitava em fHarosete-Hagoim. 3 Clamaram os filhos de

9 iJz315/Jz2.16 IJz 1.13 10 mNm 27.18; 1Sm 11.6; 2Cr 15.1 12 nJz 2.19 01sm 12 9 13 PJz 5.14 qDt 34.3; Jz 1.16; 2Cr 28.15
14 rDt 28.48 15 ss178.34 tJz 20.16 19 u Js 4.20 4T pedreiras 24 v1sm 24.3 5Lit. dele 6 Lit. cobrindo seus pés 25 X2Rs 2.17;
8.11 267Tpedreiras 21zJz 6.34; 1Sm 13.3 ªJs 17.15 BLit. ele foi adiante deles 28 bJz 7.9,15; 1Sm 17.47 CJs 2.7; Jz 12.5
30 d Jz 3.11 31 e Jz 5 6f1Sm 17.4U Jz 2.16h1Sm 4.1
CAPÍTULO 4 l a Jz 2.19 b Jz 2.11 2 e Jz 2.14 d Js 11.1, 1Oe 1Sm 12 9; SI 839 f Jz 4 13, 16
•3.9 Otniel. Ver 1.13, nota. Éressaltada a posição de destaque da tribo de Judá como "filho da mão direita" e é possível que o escritor esteja fazendo um jogo de
em Israel, posto que o primeiro juiz provinha dessa tribo e foi o único juiz sem ne- palavras com referência a um filho canhoto da mão direita.
nhuma talha explícita em guardar a aliança. O sucesso de Judá promove Davi,
•3,20 Tenho a dizer-te uma palavra de Deus. A mensagem secreta mencio-
que foi descendente dessa tribo. nada no v. 19 revela ser uma mensagem divina. Não se tratava de uma palavra
•3.1 O o Espírito do SENHOR. O Espírito é mencionado também em conexão falsa, mas da genuína palavra de Deus operando contra a mesma vara levantada
com Gideão, com Jefté e com Sansão. Pelo dom do Espírito, os juízes eram reves- por Deus para castigar o seu povo (v 12, nota). Eglom tinha sido útil como uma
tidos de poder para libertar o povo 16.34; 11.29; 13.25; 14.6, 19; 15.14). ferramenta da ira de Deus contra Israel, mas agora essa ira volta-se contra o pró-
e ele julgou a Israel. Isso significa que lutou em favor de Israel e libertou o povo. prio rei.
Ver Introdução: Título.
•3.28 o SENHOR entregou. Cada um dos principais juízes, menos Otniel, verbal-
•3.11 a terra ficou em paz durante quarenta anos. Embora o padrão em
mente reconhece o controle de Deus na vitória de Israel 14.14; 7.15; 11.21-30;
2.11-19 não mencione a duração dos períodos de paz, as próprias narrativas ter-
15.18; 1628).
minam com um comentário a respeito da paz ou da falta dela lv. 30; 5.31; 8.28;
12.7; 15.20; 16.31). •3.30 em paz oitenta anos. Ver v. 11, nota.
•3.12-30 A história de Eúde humilha o opressor do povo de Deus. •3.31 Sangar, filho de Anate. Sangar é mencionado somente aqui e no cântico
•3,12Ver2.11, nota. de Débora 15.6). Tendo em vista que Anate era uma deusa cananéia de guerra,
Eglom, rei dos moabitas. OSenhor fortaleceu o rei pagão para ser usado como talvez "filho de Anate" tenha sido um apelido de herói de guerra.
seu instrumento de JUÍZO. seiscentos.,, com uma aguilhada de bois. Sansão matou mil filisteus com
•3.15 canhoto. li!. "com sua mão direita restringida." Essa não é a palavra he- uma queixada de jumento 115.15-17).
braica usual para significar "canhoto." Éempregada de novo somente em 20.16,
também no tocante a homens de Benjamim. "Benjamim" pode ser traduzido •4.2 Jabim. Esse Jabim é descendente do Jabim mencionado em Js 11.1-9.
JUÍZES 4, 5 282
Israel ao SENHOR, porquanto Jabim tinha novecentos gcarros rotou a Sísera, e todos os seus carros, e a todo o seu exército a
de ferro e, por vinte anos, hoprimia duramente os filhos de fio de espada, diante de Baraque; e Sísera saltou do carro e fu·
Israel. giu a pé. 16 Mas Baraque perseguiu os carros e os exércitos
até Harosete-Hagoim; e todo o exército de Sísera caiu a fio de
Débora e Baraque li\IT"am-nos espada, xsem escapar nem sequer um.
4 Débora, profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel
naquele tempo. s 'Ela atendia debaixo da palmeira de Débo- f ael mata a Sísera
ra, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim; e os 17 Porém Sísera fugiu a pé para a tenda de z;ael, mulher de
filhos de Israel subiam a ela a juízo. 6 Mandou ela chamar a Héber, queneu; porquanto havia paz entre Jabim, rei de Ha·
iBaraque, filho de Abinoão, de 1Quedes de Naftali, e dis- zor, e a casa de Héber, queneu. 18 Saindo Jael ao encontro de
se-lhe: Porventura, o SENHOR, Deus de Israel, não deu ordem, Sísera, disse-lhe: Entra, senhor meu, entra na minha tenda,
dizendo: Vai, e 1 leva gente ao monte mTabor, e toma contigo não temas. Retirou-se para a sua tenda, e ela pôs sobre ele
dez mil homens dos filhos de Naftali e dos filhos de Zebulom? uma 5 coberta. 19 Então, ele lhe disse: Dá-me, peço-te, de be·
7 E ntarei ir a ti para 0 o ribeiro Quisom a Sísera, comandante ber um pouco de água, porque tenho sede. Ela abriu ªum
do exército de Jabim, com os seus carros e as suas tropas; e o odre de leite, e deu-lhe de beber, e o cobriu. 20 E ele lhe disse
2 darei nas tuas mãos. 8 Então, lhe disse Baraque: Se fores co- mais: Põe-te à porta da tenda; e há de ser que, se vier alguém
migo, irei; porém, se não fores comigo, não irei. 9 Ela respon- e te perguntar: Há aqui alguém?, responde: Não. 21 Então,
deu: Certamente, irei contigo, porém não será tua a honra da Jael, mulher de Héber, btomou uma estaca da tenda, e lançou
investida que empreendes; pois às mãos de uma mulher o mão de um martelo, e foi-se mansamente a ele, e lhe cravou a
SENHOR Pentregará a Sísera. E saiu Débora e se foi com Bara- estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra, estando ele
que para Quedes. 10 Então, Baraque convocou a q Zebulom e em profundo sono e mui exausto; e, assim, morreu. 22 E eis
a Naftali em Quedes, e 'com 3 ele subiram dez mil homens; e que, perseguindo Baraque a Sísera, Jael lhe saiu ao encontro e
Débora também subiu com ele. lhe disse: Vem, e mostrar-te-ei o homem que procuras. Ele a
li Ora, Héber, 5 queneu, se tinha apartado dos queneus, seguiu; e eis que Sísera jazia morto, e a estaca na fonte.
dos filhos de 1Hobabe, sogro de Moisés, e havia armado as 23 Assim, Deus, naquele dia, humilhou a Jabim, rei de Canaã,
suas tendas até ao carvalho de Zaananim, "que está junto a diante dos filhos de Israel. 24 E cada vez mais a mão dos filhos
Quedes. de Israel prevalecia contra Jabim, rei de Canaã, até que o ex-
12 Anunciaram a Sísera que Baraque, filho de Abinoão, ti· terminaram.
nha subido ao monte Tabor. 13 Sísera convocou todos os seus
carros, novecentos carros de ferro, e todo o povo que estava O cântico de Débora
com ele, de Harosete-Hagoim para o ribeiro Quisom. 14 En-
tão, disse Débora a Baraque: 4 Dispõe-te, porque este é o dia
5
Naquele dia, ªcantaram Débora e Baraque, filho de Abi-
noão, dizendo:
em que o SENHOR entregou a Sísera nas tuas mãos; porventu- 2 Desde 1 que os chefes bse puseram à frente de Israel,
ra, vo SENHOR não saiu adiante de ti? Baraque, pois, desceu do ce o povo se ofereceu 2 voluntariamente,
monte Tabor, e dez mil homens, após ele. 15 E o SENHOR der- bendizei ao SENHOR.

• =;-gDt 20 1~; ,;;1~~


119 5 1 Gn 35 8-~
J Hb 11; 1 J~ 1~ i
21; m Jz 8 1~~
m;;cha 7 n Êx 14.4 oJz 5.21; 1Rs 18.40; SI
839-102arrastareiàs 9PJz2.14 IOqJz5.18TÊx11.8;1Rs20.103Litaospésde/e li sJz1.161Nm10.29UJz46 14VDt9.3;
31.3;)Sm5.24;Sl6~.7;1s52.124Levanta-te 16XÊx14.28;Sl839 17ZJz56 185umtapete 19ªJz5.24-27 21 bJz5.24-27
CAPITULO 5 1 a Ex 15.1; Jz 4.4 2 b SI 18.47 e2Cr 17 .16 I Ou quando os cachos do cabelo são soltos. um rito de guerra devido à consa-
gração dos combatentes 2 espontaneamente
•4.4 Débora, profetisa, mulher de Lapidote. Lit "uma mulher, uma profetisa. Deus. Jael (v. 17) terá sucesso naquilo que Baraque. devido à falta de fé. fracas-
a mulher de Lapidote." A ênfase está no fato de uma mulher ser líder em Israel. sará (vs 18-22).
Débora. uma profetisa. é mencionada na altura da narrativa em que geralmente o •4.1 o a Zebulom e a Naftali. Ver 5. 13-18
libertador é mencionado (6.8, nota}. • 4_13 0 ribeiro Quisom. Ver vs. 7,15.
•4.5 a1endia ... a juízo. Ou seja: era magistrado. promulgando decisões 1urídi-
cas. •4.14 o SENHOR entregou a Sísera. Débora confirma a sua palavra da parte do
Senhor lv 7)
•4.6 monte Tabor. Era uma colina redonda que ocupava uma posição isolada no
lado norte da planície no vale de Jezreel. •4.15 o SENHOR derrotou. Ocântico de Débora nos dá a entender que o Senhor
enviou chuvas que provocaram inundações repentinas, imobilizando os carros de
•4.7 ribeiro Ouisom. D ribeiro Ouisom ficava ao sopé do monte Tabor e estava
virtualmente seco durante boa parte do ano lv. 15. nota}. guerra inimigos.
•4.8 Se fores comigo. Baraque estava pedindo que Débora arriscasse sua vida •4.18-21 Ver o relato poético em 5.24-27.
para verificar a veracidade das palavras dela e também estava pedindo a uma •4.21 cravou a estaca. Nenhum motivo é citado para a ação de Jael. Uma mu-
mulher que fizesse aquilo que ele mesmo fora designado para fazer. Do ponto de lher matou Sísera e. assim, a palavra do Senhor a Baraque foi cumprida (v. 9). As
vista dele. a missão era suicida. já que o monte Tabor era tão exposto que facil- mulheres não eram normalmente guerreiras e era considerado vergonhoso mor-
mente poderia ser cercado pelos carros de Sísera. sendo impedida qualquer via rer às mãos de uma mulher (9.53-54)
de escape. A fé que Baraque tinha não era suficiente para enfrentar esse perigo. •5.1-32 O"Cântico de Débora" é famoso por sua antiguidade e pela sua notável
•4.9 não será tua a honra. Baraque foi castigado por ter duvidado (v. 8). qualidade literária.
pois às mãos de uma mulher o SENHOR entregará a Sísera. O inimigo não •5.2 os chefes se puseram à frente de Israel. A liderança é um tema princi-
será entregue a Baraque. mas a uma mulher. Em conformidade com o plano de pal em Juízes.
3 dQuvi, reis, dai ouvidos, príncipes:
e eu, eu mesma cantarei ao SENHOR;
salmodiarei ao SENHOR, Deus de Israel.
283
o povo do SENHOR em meu auxílio
contra os poderosos.
14 De Efraim, cujas raízes
JUÍZES 5
l
4/Saindo tu, ó SENHOR, de Seir, estão na antiga região de qAmaleque,
marchando desde go campo de Edom, desceram guerreiros;
a terra estremeceu; depois de ti, ó Débora,
os céus gotejaram, seguiu Benjamim com seus povos;
sim, até as nuvens gotejaram águas. de Maquir desceram comandantes,
s hOs montes 3 vacilaram diante do SENHOR, e, de Zebulom, os que levam a vara de comando.
'e até o Sinai, diante do SENHOR, Deus de Israel. ts Também 4 os príncipes de Issacar foram com Débora;
6 Nos dias de iSangar, filho de Anate, Issacar seguiu a Baraque,
nos dias de 1Jael, mcessaram as caravanas; 5 em cujas pegadas foi enviado para o vale.

e os viajantes tomavam desvios tortuosos. Entre as facções de Rúben


7 Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram, houve grande discussão.
até que eu, Débora, me levantei, 16 Por que ficaste entre os currais
levantei-me por mãe em Israel. para ouvires a flauta?
8 Escolheram-se ndeuses novos; Entre as facções de Rúben
então, a guerra estava às portas; houve grande discussão.
não se via escudo nem lança 17 'Gileade ficou dalém do Jordão,
entre quarenta mil em Israel. e Dã, por que se deteve 6 junto a seus navios?
9 Meu coração se inclina para os comandantes de Israel, s Aser se assentou nas costas do mar
que, voluntariamente, se ofereceram entre o povo; e repousou nas suas baías.
bendizei ao SENHOR. 18 1Zebulom é povo que expôs a sua vida à morte,
IOVós, os que cavalgais ºjumentas brancas, como também Naftali, nas alturas do campo.
que vos assentais em juízo 19Vieram reis e pelejaram;
e que andais pelo caminho, falai disto. pelejaram os reis de Canaã
t t À música dos distribuidores de água, em 11 Taanaque, junto às águas de Megido;
lá entre os canais dos rebanhos, porém não levaram nenhum despojo de prata.
falai dos atos de justiça do SENHOR, 20 Desde os céus pelejaram as estrelas
das justiças a prol de suas aldeias em Israel. contra Sísera, desde a sua órbita o fizeram.
Então, o povo do SENHOR 21 vo ribeiro Ouisom os arrastou,
pôde descer ao seu lar. Ouisom, o ribeiro das batalhas.
12 PDesperta, Débora, desperta, Avante, ó minha alma, firme!
desperta, acorda, entoa um cântico; 22 Então, as unhas dos cavalos socavam pelo galopar,
levanta-te, Baraque, e leva presos o galopar dos seus guerreiros.
os que te prenderam, tu, filho de Abinoão. 23 Amaldiçoai a Meroz, diz o Anjo do SENHOR,
13 Então, desceu o restante dos nobres, amaldiçoai duramente os seus moradores,

e ~;~t;;-;,3 e-sms-
10 o Jz 10.4; 12.14
4tot312;s1~81;s~~88~~1975'Ê-;~918 ~d11~r~-se
12 PSI 57.8 14 q Jz 3.13
- óiJz 3311Jz417 m1s ;;~ s n0t°~2~~1~~-~~
15 4Conforme LXX, S, T, V; TM os meus príncipes em lssacar 5Lit. aos pés dele 17 r Js
22.9SJs19.29,31 óOuemsossego 181Jz4.6,10 19UJz1.27 21 VJz47
•5.4 de Seir... desde o campo de Edom. Omonte Seir era a cordilheira princi- Essa é uma representação poética do ciclo do pecado e do castigo (2.11-19). A
pal que passava por Edom, o ponto de partida de Israel para as batalhas de con- idolatria traz sofrimento à cidade.
quista (Dt 33.2). Deus é retratado como o grande Guerreiro indo à frente do seu •5.9 se ofereceram. Mais adiante no cântico, há uma comparação muito pun-
povo. gente entre os que foram voluntários para a luta e aqueles que, por algum motivo,
•5.4-5 a terra estremeceu ... diante do SENHOR. Deus é retratado como um se recusaram (v. 13-23).
guerreiro que emprega os elementos criados como armas. Oretrato de Deus do-
•5.1 Ocavalgais jumentas brancas. Jumentas eram cavalgadas pela nobreza;
minando a tempestade é duplamente apropriado: ao derrotar Sísera mediante um o cântico é dirigido aos chefes mencionados nos vs. 2,9.
aguaceiro (v. 20), Deus refuta a alegação de Baal de ser este o senhor das tem-
pestades. •5.11 atos de justiça do SENHOR. Esses atos de justiça do Senhor são sua in-
tervenção e a derrota dos inimigos do seu povo. São estes os seus julgamentos
•5.6-7 cessaram as caravanas. A liderança fracassada de Israel tinha resulta-
na terra (cf. Ap 15.4).
do no caos e no domínio por estrangeiros. Não era como nos dias em que Deus ti-
nha sido o guerreiro indo adiante de Israel (vs 4-5) As caravanas já não •5.15 grande discussão. A falta da participação de Rúben, Gileade, Dã e Aser
passavam pelas estradas, pois essas eram inviáveis por causa dos opressores (v. 17) demonstra que Israel não estava unido.
estrangeiros e dos salteadores. Ninguém oferecia proteção. •5.20 pelejaram as estrelas. A participação dos céus significa que Deus esta-
•5. 7 mãe em Israel. Os príncipes não assumiriam a liderança (subentendido no va intervindo, lutando como o Guerreiro divino do céu. Historicamente, esse texto
v. 2), mas uma mulher foi suscitada para conduzir Israel. Contrastar esse "mãe tem sido interpretado como sendo fundamento bíblico para a Astrologia, mas isso
em Israel" com a desesperançosa mãe de Sísera (v. 28) distorce o significado da passagem.
•5. 8 Escolheram-se deuses novos; então, a guerra estava às portas. •5.23 Meroz. Uma cidade de localização incerta.
JUÍZES 5, 6 284
porque não vieram em socorro do SENHOR, A opressão dos midianitas
em socorro do SENHOR e seus heróis. ªFizeram os filhos de Israel o que era mau perante o
24 Bendita seja sobre as mulheres Jael,
mulher de Héber, o queneu;
6 SENHOR; por isso, o SENHOR os entregou nas mãos dos
bmidianitas por sete anos. 2 Prevalecendo o domínio dos mi-
xbendita seja sobre as mulheres que vivem em tendas. dianitas sobre Israel, fizeram estes para si, por causa dos midia-
25 Água pediu ele, leite lhe deu ela; nitas, as covas que estão nos montes, e cas cavernas, e as
em taça de príncipes lhe ofereceu nata. fortificações. 3 Porque, cada vez que Israel semeava, os midia-
26 À estaca estendeu a mão e, nitas e os amalequitas, como também dos povos do Oriente,
ao maço dos trabalhadores, a direita; subiam contra ele. 4 E contra ele se acampavam, e destruindo
e deu o golpe em Sísera, os produtos da terra até à vizinhança de Gaza, e não deixa-
rachou-lhe a cabeça, vam em Israel sustento algum, nem ovelhas, nem bois, nem
furou e traspassou-lhe as fontes. !jumentos. s Pois subiam com os seus gados e tendas e vi-
27 Aos pés dela se encurvou, nham como gafanhotos, em tanta multidão, / que não se po-
caiu e ficou estirado; diam contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na
a seus pés se encurvou e caiu; terra para a destruir. 6 Assim, Israel ficou muito debilitado
onde se encurvou, ali 2 caiu morto. com a presença dos midianitas; então, os filhos de Israel g cla-
28 A mãe de Sísera olhava pela janela mavam ao SENHOR.
e exclamava pela grade: 7 Tendo os filhos de Israel clamado ao SENHOR, por causa
Por que tarda em vir o seu carro? dos midianitas, 8 o SENHOR lhes enviou um profeta, que lhes
Por que se demoram os passos dos seus cavalos? disse: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu é que vos fiz su-
29 As mais sábias das suas· 7 damas respondem, bir do Egito e vos tirei h da casa da 2 servidão; 9 e vos livrei da
e até ela a si mesma 8 respondia: mão dos egípcios e da mão de todos quantos vos oprimiam; e
30 Porventura, não achariam 'os expulsei de diante de vós e vos dei a sua terra; 10 e disse:
e repartiriam despojos? Eu sou o SENHOR, vosso Deus; 1 não temais os deuses dos
Uma ou duas moças, a cada homem? amorreus, em cuja terra habitais; contudo, 1não destes ouvi-
Para Sísera, estofos de várias cores, dos à minha voz.
estofos de várias cores de bordados;
um ou dois estofos bordados, O chamamento de Gideão
para o pescoço da esposa? 11 Então, veio o Anjo do SENHOR, e assentou-se debaixo do
31 Assim, ó SENHOR, ªpereçam carvalho que está em Ofra, que pertencia aJoás, mabiezrita; e
todos os teus inimigos! n Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o
Porém os que te amam brilham bcomo co sol pôr a salvo dos midianitas. 12 Então, ºo Anjo do SENHOR lhe
quando se levanta no seu d esplendor. apareceu e lhe disse: O SENHOR é Pcontigo, homem valente.
E a terra ficou em paz quarenta anos. 13 Respondeu-lhe Gideão: Ai, 3 senhor meu! Se o SENHOR é

• ~24 ~l~c 1 ;8]


89.36-37 d SI 19.5
~7 ~~
z Jz 4 21- 29; prmcesas 8 Lit ela repete suas palavras para si mesma 31 ªSI 92 9 b 2Sm 23.4 e SI 37.6;

CAPÍTULO& 1 ªJz211 bNm22.4;31.1-3 2 CJSm13.6;Hb11.38 3 dJz7.12 4 eLv26.16/Dt28.31 5 lsendotantoelescomo


seus camelos incontáveis 68SI 50.15; Os 5.15 BhJs 24.172escravidão 9 iSI 44.2-3 10i2Rs 17.35,37-38; Jr 10.2 IJz 2.1-2
11 m Js 17 2; Jz 6.15 n Jz 7 1, Hb 11.32 12 o Jz 13.3; Lc 111,28 P Js 15 3 Hebr adoni, referindo-se a homem

•5.24-27 Essa seção do cântico forma um paralelo estreito com a narrativa de midianita era tão grande que Isaías a mencionou séculos mais tarde !Is 9.4;
4.18-22. 1026).
•5.31 em paz quarenta anos. A terminação padronizada liga o cântico de Dé- •6.6 ficou muito debilitado. Lit. "feito pequeno.'" A maldição da aliança foi
bora e Baraque com o cap 4 (cf 2.19; 3.11 ) uma inversão da promessa de Deus a Abraão IGn 15.5; 22.17; Dt 28.62; SI
•6.1-8.32 Gideão foi o maior dos juízes. Os seguintes fatos confirmam esse 107 38-39)
conceito. (a) Sua história é a mais longa no livro. (b) O Senhor está mais visivel- clamavam. Ver 2.19; 3.9
mente ativo nessa história do que em qualquer das demais. (c) OAnjo do Senhor •6.8 um profeta. Os profetas constantemente lembraram o povo de suas obri-
apareceu a ele, mas a nenhum outro JUIZ (vs. 11-24). (d) Séculos mais tarde, Isa- gações pactuais. As palavras desse profeta. cujo nome não foi citado (vs. 8-10\,
ías relembra a derrota de Mídia por Gideão como uma grandiosa vitória (Is 9.4; são virtualmente idênticas às palavras do Anjo do Senhor em 2.1-3.
1O26) (e) Figur~ em primeiro lugar na lista de libertadores em Samuel (':Jerubaal,'"
1Sm 12.11 ). (f) Ecolocado em paralelo com Moisés (6.11-24, nota) (g) O povo •6.8-9 vos fiz subir... e vos livrei ... e os expulsei ... e vos dei. Lembrar-se
procurou fazê-lo rei (8 22-23) (h) Vivia como rei (8 26-27,30,32) Apesar de tudo desses atos salvíficos de Deus é o primeiro passo para guardar a aliança. Em
isso, porém. Gideão fracassou gravemente em um aspecto. Gideão fez uma esto- Israel. a apostasia religiosa estava ligada ao esquecimento dos atos salvíficos
la sacerdotal de ouro e esta o induziu. bem como outros, ao pecado (8.27). Na de Deus e da sua lei.
sua grandeza e na sua deficiência, Gideão prenunciou a necessidade de um liber- •6.11-24 Esse é o âmago da narrativa de Gideão. Seu chamado é semelhante ao
tador melhor, de um rei que realmente guardaria a aliança. Dessa maneira, ele chamado de Moisés (Êx 3); ele faz a pergunta que é central na mensagem do livro
aponta para Cristo. (v. 13); e sua busca pela fé começa com sinais (6.1---8.32. nota). A necessidade
•6.2 o domínio dos midianitas. Nenhuma das outras histórias em Juízes de- e a busca de um libertador que cumpra a aliança. tal como o profeta Moisés. é o
dica tanta atenção aos pormenores da opressão quanto esta. Lares. colheitas e enfoque de Juízes.
gado ficaram sujeitos à maldição da aliança (Dt 28.30-33,38-42). A opressão •6.11 veio o Anjo do SENHOR. Ver 2.1; 13.3.
285 Julzes 6
conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E qque é feito de lhe chamou de 0 SENHOR É Paz. Ainda até ao dia de hoje
5

todas as suas maravilhas 'que nossos pais nos contaram, di· está o altar iem Ofra, que pertence aos abiezritas.
zendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém, agora, o
SENHOR snos desamparou e nos entregou nas mãos dos midia- Gideão destrói o altar de Baal
nitas. 14 Então, se virou o SENHOR para ele e disse: 1Vai nessa 2s Naquela mesma noite, lhe disse o SENHOR: Toma um
tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, boi que pertence a teu pai, a saber, o segundo boi de sete
"não te enviei eu? ts E ele lhe disse: Ai, Senhor 4 meu! Com anos, e iderriba o altar de 1Baal que é de teu pai, e mcorta o
que livrarei Israel? Eis que va minha família é a mais pobre em 6 poste-ídolo que está junto ao altar. 26 Edifica ao SENHOR, teu
Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai. 16 Tornou-lhe o Deus, um altar no cimo deste 7 baluarte, em camadas de pe-
SENHOR: xJá que eu estou contigo, ferirás os midianitas como dra, e toma o segundo boi, e o oferecerás em holocausto com
se fossem um só homem. 17 Ele respondeu: Se, agora, achei a lenha do poste-ídolo que vieres a cortar. 27 Então, Gideão to-
mercê diante dos teus olhos, zdá-me um sinal de que és tu, mau dez homens dentre os seus servos e fez como o SENHOR
SENHOR, que me falas. 18 ªRogo-te que daqui não te apartes lhe dissera; temendo ele, porém, a casa de seu pai e os ho-
até que eu volte, e traga a minha oferta, e a deponha perante mens daquela cidade, não o fez de dia, mas de noite.
ti. Respondeu ele: Esperarei até que voltes. 28 Levantando-se, pois, de madrugada, os homens daquela
19 bEntrou Gideão e preparou um cabrito e bolos asmos cidade, eis que estava o altar de Baal derribado, e o poste-ídolo
de um efa de farinha; a carne pôs num cesto, e o caldo, numa que estava junto dele, cortado; e o referido segundo boi fora
panela; e trouxe-lho até debaixo do carvalho e lho apresen- oferecido no altar edificado. 29 E uns aos outros diziam: Quem
tau. 20 Porém o Anjo de Deus lhe disse: Toma a carne e os bo- fez isto? E, perguntando e inquirindo, disseram: Gideão, o filho
los asmos, e põe-nos sobre esta penha e d derrama-lhes por de Joás, fez esta coisa. 30 Então, os homens daquela cidade dis-
cirna o caldo. E assim o fez. 21 Estendeu o Anjo do SENHOR a seram a Joás: Leva para fora o teu filho, para que morra; pois
ponta do cajado que trazia na mão e tocou a carne e os bolos derribou o altar de Baal e cortou o poste-ídolo que estava junto
asmos; então, esubiu fogo da penha e consumiu a carne e os dele. 31 PorémJoás disse a todos os que se puseram contra ele:
bolos; e o Anjo do SENHOR desapareceu de sua presença. Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-eis vós? Qualquer que por
22/\/iu Gideão que era o Anjo do SENHOR e disse: Ai de mim, ele contender, ainda esta manhã, será morto. Se é deus, que
SENHOR Deus! gPois vi o Anjo do SENHOR face a face. 23 Po- por si mesmo contenda; pois derribaram o seu altar. 32 Naquele

-
rém o SENHOR lhe disse: hpaz seja contigo! Não temas! Não dia, Gideão passou a ser chamado nJerubaal 8 , porque foi dito:
morrerás! 24 Então, Gideão edificou ali um altar ao SENHOR e Baal contenda contra ele, pois ele derribou o seu altar.

·-~J 5~ Q[ls 1] rJs4.6,21; Sl44.1 5 Dt3117;2Cr 152; SI ;~~6 14 tiSm121~~~~-;;-~~ebrAdonai:


Deus JóXÊx312;Js1.5 \7ZJz6.36-37;2Rs20.8;Sl86.17;1s7.11;38.7-8 18ªGn18.3.5 J9bGn18.6-8 20cJz13.19d1Rs
18.33-34 21 eLv 9.24 22/Gn 32.30; Êx 33 20; Jz 13.21-2UGn 16.13 23 h Dn 10.19 24 i Jz 8.32 5Hebr. YHWH Shalom 25 i Jz
referindo-se a

2.2 1Jz 3. 7 m Êx 34.13; Dt 7.5 6 Hebr. Asherah, uma deusa cananéia 26 7 fortaleza 32 n Jz 7.1; 1Sm 12 11. 2Sm 11.21 B Lit. Que Baal
Contenda
•6.13 por que. Essa pergunta é crucial no livro de Juízes. OAnjo não respondeu
..__... à pergunta. pois o profeta já dera a resposta lvs. 8-10; Ot 28.47-52; 29.24-27;
31.17-18) Alguns dos salmos postulam uma pergunta semelhante ISI 44.20;
Mar 74 9-11)
Mediterrâneo •6.14 Vai nessa tua força. Ver v. 34; 7.2,7. Deus seria a sua força, embora Gi-
deão ainda não o soubesse.
•6.15 a mais pobre. Saul, quando lhe perguntaram a respeito do reinado, em-
pregou palavras semelhantes 11 Sm 9.21 ).
•6.22 vi ... face. Ver 13.22; Dt 5.24; Is 6.5; 1Tm 6.16.
•6.25-32 Esse episódio na vida de Gideão explica como ele veio a ser chamado
Jerubaal. A idolatria do seu pai imediato é trágica, à luz daquilo que Gideão diz a
respeito de "nossos pais" no v. 13.
•6.25-26 derriba o altar. Ver Dt 12.3.
•6.26 em camadas de pedra. De conformidade com as disposições da lei de
Moisés.
•6.31 Se é deus. Ver 10.14

Betel.

A campanha de Gideão
Com um batalhão de 300 homens, Gideão atacou os midianitas e
amalequitas próximo ao outeiro de Maré. Enquanto estava em persegui-
ção, solicitou a ajuda de mais homens de Sucote e Penuel, mas isto lhe foi
negado. Todavia, o exército de Gideão teve condições de capturar os de-
'\_ ... -r···-...·-
' mais reis midianitas, em Carcor.
.JUÍZES 6, 7 286
33 E todos ºos midianitas, e amalequitas, e povos do Orien- o seu 1 Jugar. 8 Tomou o povo provisões nas mãos e as trom-
te se ajuntaram. e passaram, e se acamparam Pno vale deJezre- betas. Gideão enviou todos os homens de Israel cada um à
el. 34 Então, q o Espírito do SENHOR revestiu a Gideão, o qual sua tenda, porém os trezentos homens reteve consigo. Estava
'tocou a rebate, e os abiezritas se ajuntaram após dele. 35 Envi- o arraial dos midianitas abaixo dele, no vale.
ou mensageiros por toda a tribo de Manassés, que também foi 9 Sucedeu que, e naquela mesma noite, o SENHOR lhe dis-
convocada para o seguir; enviou ainda mensageiros a s Aser, e a se: Levanta-te e desce contra o arraial, porque o entreguei nas
1Zebulom, e a Naftali, e saíram para encontrar-se com ele. tuas mãos. 10 Se ainda temes atacar, desce tu com teu moço
36 Disse Gideão a Deus: Se hás de livrar a Israel por meu Pura ao arraial; 11 e !ouvirás o que dizem; depois, 2 fortaleci-
intermédio, como disseste, 37 "eis que eu porei uma porção das as tuas mãos, descerás contra o arraial. Então, desceu ele
de lã na eira; se o orvalho estiver somente nela, e seca a terra com seu moço Pura até à vanguarda do arraia\. \2 Os midiani-
ao redor, então, conhecerei que hás de livrar Israel por meu tas, os amalequitas e gtodos os povos do Oriente cobriam o
intermédio, como disseste. 38 E assim sucedeu, porque, ao vale hcomo gafanhotos em multidão; e eram os seus camelos
outro dia, se levantou de madrugada e, apertando a lã, do or- em multidão inumerável como a areia que há na praia do
valho dela espremeu uma taça cheia de água. 39 Disse mais mar. 13 Chegando, pois, Gideão, eis que certo homem estava
Gideão: vNão se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só contando um sonho ao seu companheiro e disse: Tive um so-
esta vez; rogo-te que mais esta vez faça eu a prova com a lã; nho. Eis que um pão de cevada rodava contra o arraial dos mi-
que só a lã esteja seca, e na terra ao redor haja orvalho. 40 E dianitas e deu de encontro à tenda do comandante, de
Deus assim o fez naquela noite, pois só a lã estava seca, e so- maneira que esta caiu, e se virou de cima para baixo, e ficou
bre a terra ao redor havia orvalho. assim estendida. 14 Respondeu-lhe o companheiro e disse:
Não é isto outra coisa, senão a espada de Gideão, filho de
Gideão, com trezentos homens, '/ence os midianitas Joás, homem israelita. 'Nas mãos dele entregou Deus os midia-
Então, ªJerubaal, que é Gideão, se levantou de madruga- nitas e todo este arraial.
7 da, e todo o povo que com ele estava, e se acamparam 15 Tendo ouvido Gideão contar este sonho e o seu signifi-
junto à fonte de Harode, de maneira que o arraial dos midia- cado, adorou; e tornou ao arraial de Israel e disse: Levan-
nitas lhe ficava para o norte, no vale, defronte do outeiro de tai-vos, porque o SENHOR entregou o arraial dos midianitas
Moré. nas vossas mãos. ló Então, repartiu os trezentos homens em
2 Disse o SENHOR a Gideão: É demais o povo que está con- três companhias e deu-lhes, a cada um nas suas mãos, trom-
tigo, para eu entregar os midianitas nas suas mãos; Israel po- betas e cântaros vazios, com tochas neles. 17 E disse-lhes:
deria se bgloriar contra mim, dizendo: A minha própria mão Olhai para mim e fazei como eu fizer. Chegando eu às imedia-
me livrou. 3 Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: ções do arraial, como fizer eu, assim fareis. 18 Quando eu to-
ºQuem for tímido e medroso, volte e retire-se da região mon- car a trombeta, e todos os que comigo estiverem, então, vós
tanhosa de Gileade. Então, voltaram do povo vinte e dois mil, também tocareis a vossa ao redor de todo o arraial e direis:
e dez mil ficaram. Pelo SENHOR e por Gideão!
4 Disse mais o SENHOR a Gideão: Ainda há povo demais; 19 Chegou, pois, Gideão e os cem homens que com ele
faze-os descer às águas, e ali tos provarei; aquele de quem eu iam às imediações do arraial, ao princípio da vigüia média, ha-
te disser: este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele vendo-se pouco tempo antes trocado as guardas; e tocaram as
de quem eu te disser: este não irá contigo, esse não irá. 5 Fez trombetas e quebraram os cântaros que traziam nas mãos.
Gideão descer os homens às águas. Então, o SENHOR lhe dis- 20 Assim, tocaram as três companhias as trombetas e despe-
se: Todo que lamber a água com a língua, como faz o cão, daçaram os cântaros; e seguravam na mão esquerda as tochas
esse porás à parte, como também a todo aquele que se abai- e na mão direita, as trombetas que tocavam; e exclamaram:
xar de joelhos a beber. ó Foi o número dos que lamberam, le- Espada pelo SENHOR e por Gideão! 21 E ipermaneceu cada
vando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do um no seu lugar ao redor do arraial, 1que todo deitou a correr,
povo se abaixou de joelhos a beber a água. 7 Então, disse o e a gritar, e a fugir. 22 m Ao soar das trezentas trombetas, no SE-
SENHOR a Gideão: dCom estes trezentos homens que lambe- NHOR tornou ºa espada de um contra o outro, e isto em todo o
ram a água eu vos livrarei, e entregarei os midianitas nas tuas arraial, que fugiu rumo de Zererá, até Bete-Sita, até ao \imite
mãos; pelo que a outra gente toda que se retire, cada um para de PAbel-Meolá, acima de Taba te .

• 33 ;Jz~.3PJs17
39 VGn 18.32
16; Os 1.5 34-QJz~O; 1C;;218; 2C~24~20 ~N;,O;~ 3 27 35 s~z-5-17~;-;3 ;~z4 ~O; 5~8 "[Ê~4.3~7]
;7 -

CAPÍTUL07 1 ªJz6.32 2büt8.17;1s10.13 3ºDt20.8 7d1Sm14.6 lasuacasa 9eGn462-3;Jz625 tl/Gn24.14;1Sm


14 9-10 2serás encora1ado para desceres 12 g Jz 6.3,33; 8.10 h Jz 6.5 14 i Jz 6.14, 16 21iÊx14.13-14; 2Cr 20.17 izRs 7.7 22 m Js
6.4, 16,20 n SI 83.9; Is 9.4 o 1Sm 14.20; 2Cr 20.23 P 1Rs 4.12

•6.33-40 Gideão quis reforçar sua confiança ao pedir sinais (v. 17) e o Senhor não •7.1-8 A redução drástica das tropas demonstrou o poder de Deus para salvar
os negou a ele (d. Lc 1.18-20) Israel e lhe trouxe glória Serviu também de desafio a Gideão e encorajou Israel a
•6.34 Espírito do SENHOR. Ver 3.10, nota: 11.29; 13.25; 14 6, 19; 15.14. confiar nele.
•6.36 Se hás de livrar. Embora o Espírito tivesse vindo sobre Gideão, este ainda •7.17 Olhai para mim. Essas palavras são semelhantes àquelas de Abimele-
lutava com sua fé (6.27, nota). que, filho de Gideão (9.48-49).
287 Juízes 7, 8
23 Então, os homens de Israel, de qNaftali e de Aser e de qNoba e Jogbeá, e feriu aquele exército, que rse achava des-
todo o Manassés foram convocados e perseguiram os midia- cuidado. 12 Fugiram Zeba e Salmuna; porém ele os perseguiu,
l
nitas. 24 Gideão enviou mensageiros a todas 'as montanhas e 'prendeu os dois reis dos midianitas, Zeba e Salmuna, e des-
de Efraim, dizendo: Descei de encontro aos midianitas e im- baratou todo o exército.
pedi-lhes a passagem pelas águas do Jordão até Bete-Bara. 13 Voltando, pois, Gideão, filho de Joás, da peleja, pela su-
Convocados, pois, todos os homens de Efraim, 5 cortaram- bida de Heres, 14 deteve a um moço de Sucote e lhe fez per-
lhes a passagem pelo Jordão, até 1 Bete-Bara. 25 E prenderam a guntas; o moço deu por escrito o nome dos príncipes e
u dois príncipes dos midianitas, vorebe e Zeebe; mataram anciãos de Sucote, setenta e sete homens. IS Então, veio Gi-
Orebe na penha de Orebe e Zeebe mataram no lagar de Zee- deão aos homens de Sucote e disse: Vedes aqui Zeba e Salmu-
be. Perseguiram aos midianitas e trouxeram as cabeças de na, a respeito dos quais 1 motejastes de mim, dizendo:
Orebe e de Zeebe a Gideão, xdalém do Jordão. Porventura, tens tu já sob teu poder o punho de Zeba e Sal-
muna para que demos pão aos teus homens cansados? 16 "E
Gideão aplaca os efraimitas tomou os anciãos da cidade, e espinhos do deserto, e abrolhos
e mata os reis dos midianitas e, com eles, 4 deu severa lição aos homens de Sucote. 17 vDer-
Então, ªos homens de Efraim disseram a Gideão: Que é ribou a torre de xpenuel e matou os homens da cidade. 18 De-
8 isto que nos fizeste, que não nos chamaste quando foste pois disse a Zeba e a Salmuna: Que homens eram os que
pelejar contra os midianitas? E contenderam fortemente com matastes em zTabor? Responderam: Como tu és, assim eram
ele. 2 Porém ele lhes disse: Que mais fiz eu, agora, do que eles; cada um se assemelhava a filho de rei. 19 Então, disse
vós? Não são, porventura, os / rabiscos de Efraim melhores ele: Eram meus irmãos, filhos de minha mãe. Tão certo como
do que 2 a vindima de bAbiezer? 3 e Deus entregou nas vossas vive o SENHOR, se os tivésseis deixado com vida, eu não vos
mãos os príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe; que pude mataria a vós outros. 20 E disse a Jéter, seu primogênito: Dis-
eu fazer comparável com o que fizestes? Então, com falar-lhes põe-te e mata-os. Porém o moço não arrancou da sua espada,
esta palavra, abrandou-se-lhes a d ira para com ele. 4 Vindo Gi- porque temia, porquanto ainda era jovem. 21 Então, disseram
deão ao eJordão, passou com los trezentos homens que com Zeba e Salmuna: Levanta-te e arremete contra nós, porque
ele estavam, cansados mas ainda perseguindo. s E disse aos qual o homem, tal a sua valentia. Dispôs-se, pois, Gideão, e
homens de gSucote: Dai, peço-vos, alguns pães para estes que ªmatou a Zeba e a Salmuna, e tomou os ornamentos em for-
me seguem, pois estão cansados, e eu vou ao encalço de Zeba ma de meia-lua que estavam no pescoço dos seus camelos.
e Salmuna, reis dos midianitas.
6 Porém os príncipes de Sucote disseram: Porventura, Gideão recusa governar; faz uma estola sacerdotal
htens já sob teu poder 3o punho de Zeba e de Salmuna, para e morre
que 'demos pão ao teu exército? 7 Então, disse Gideão: Por 22 Então, os homens de Israel disseram a Gideão: bDomi-
isso, quando o SENHOR entregar nas minhas mãos Zeba e Sal- na sobre nós, tanto tu como teu filho e o filho de teu filho,
muna, ítrilharei a vossa carne com os espinhos do deserto e porque erros livraste do poder dos midianitas. 23 Porém Gi-
com os abrolhos. 8 Dali subiu 'a Penuel e de igual modo falou deão lhes disse: Não dominarei sobre vós, nem tampouco
a seus homens; estes de Penuel lhe responderam como os ho- meu filho dominará sobre vós; d o SENHOR vos dominará.
mens de Sucote lhe haviam respondido. 9 Pelo que também 24 Disse-lhes mais Gideão: Um pedido vos 5 farei: dai-me vós,
falou aos homens de Penuel, dizendo: Quando eu mvoltar em cada um as argolas do seu despojo (porque tinham argolas
paz, nderribarei esta torre. de ouro, epois eram ismaelitas). 25 Disseram eles: De bom
10 Estavam, pois, Zeba e Salmuna em Carcor, e os seus grado as daremos. E estenderam uma capa, e cada um deles
exércitos, com eles, uns quinze mil homens, todos os queres- deitou ali uma argola do seu despojo. 26 O peso das argolas
taram ºdo exército de povos do Oriente; e os que caíram fo- de ouro que pediu foram mil e setecentos siclos de ouro (afo-
ram Pcento e vinte mil homens que puxavam da espada. ra os ornamentos em forma de meia-lua, as arrecadas e as
11 Subiu Gideão pelo caminho dos nômades, ao oriente de vestes de púrpura que traziam os reis dos midianitas, e afora

• 23 ;Jz63~- 24rJ;3.27SJ~~;~Jo ;2;~;5 uJz~-3 ~Sl83.11:~1s~0~~-~;84~~-~ ~ --


CAPÍTULO 8 1 a Jz 12.1; 2Sm 19.41 2 b Jz 6. ~ 1 / Poucas uvas deixadas após a colheita 2 A colheita inteira 3 e Jz 7.24-25 d Pv 15.1
4 e Jz 7 25/ Jz 7.6 S gGn 3317; SI 60.6 6 h lRs 20.11; Jz 8.15 i1Sm 25.11 3 Lit a palma 7 Í Jz 8.16 8 IGn 32 30-31, lRs 12.25
9 m1Rs22.27 nJzS.17 10 oJz712 PJz6.5 11 QNm3235,42'Jz18.27; [1Ts53] 12 sSl83.11 15 1Jz8.6 16 UJzS 7 4disci-
phnouos 17VJz89X1Rs 12.25 18ZJz4.6; Sl89.12 21 ªSl83.11 22 b[Jz98] cJz3.9;9.17 23 d1Sm87; 10.19; 12.12; SI
10.16 24 e Gn 37.25.28 5Lit Pedirei um pedido

•7.23-8.21. A falta de união em Israel fica aparente nas dificuldades entre Gi- •8.22 Domina sobre nós. Gideão foi um juiz tão notável que o povo queria torná-
deão. Efraim. Sucote e Penuel. lo rei.
•7.25 na penha de Orebe. Ver Is 10.26.
•8.23 o SENHOR vos dominará. Esse versículo, assim como 1Sm8.7-9, de-
•8.1-3 Oconflito aqui entre Efraim e Gideão é semelhante ao conflito entre Efraim monstra que o reinado em Israel foi um erro. Mesmo assim. Juízes demonstra
e Jelté; ver 12.1-6. que se tornara necessário. Sem rei, a sociedade desintegrava-se (2125).
•8.4-21 Gideão tem problemas com os homens de Sucote e de Penuel e acaba
castigando os dois grupos por não lhe terem ajudado na perseguição dos líderes •8.24 dai-me ... as argolas. Embora Gideão rejeitasse o reino. agia como rei
midiarntas. (v 30)
JUÍZES 8, 9 288
os ornamentos que os camelos traziam ao pescoço). 27 !Desse dra. Porém Jotão, filho menor de Jerubaal, ficou, porque se
peso fez Gideão uma estola sacerdotal e a pôs na sua cidade, escondera. 6 Então, se ajuntaram todos os cidadãos de Si-
g em Ofra; e todo o Israel h se prostituiu ali após ela; a estola quém e toda Bete-Milo; e foram e proclamaram Abimeleque
veio a ser ium laço a Gideão e à sua casa. 28 Assim, foram aba- rei, junto ao carvalho memorial que está perto de Siquém.
tidos os midianitas diante dos filhos de Israel e nunca mais le-
vantaram a cabeça; ie ficou a terra em paz durante quarenta O apólogo de fotão
anos nos dias de Gideão. 7 Avisado disto, Jotão foi, e se pôs no cimo do imante Geri-
29 Retirou-se 1Jerubaal, filho de Joás, e habitou em sua zim, e em alta voz clamou, e disse-lhes: Ouvi-me, cidadãos de
casa. 30 Teve Gideão msetenta filhos, todos provindos dele, Siquém, e Deus vos ouvirá a vós outros. 8 Foram, certa vez,
porque tinha muitas mulheres. 31 n A sua concubina, que es- as iárvores ungir para si um rei e disseram à oliveira: 1Reina
tava em Siquém, lhe deu também à luz um filho; e ele lhe pôs sobre nós. 9 Porém a oliveira lhes respondeu: Deixaria eu o
por nome Abimeleque. 32 Faleceu Gideão, filho de Joás, ºem meu óleo, m que Deus e os homens em mim prezam, e iria pai-
boa velhice; e foi sepultado no sepulcro de Joás, seu pai, Pem rar sobre as árvores? 10 Então, disseram as árvores à figueira:
Ofra dos abiezritas. Vem tu e reina sobre nós. 11 Porém a figueira lhes respondeu:
33 qMorto Gideão, tornaram a 'prostituir-se os filhos de Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto e iria pairar so-
Israel após os baalins se puseram Baal-Berite por deus. 34 Os bre as árvores? 12 Então, disseram as árvores à videira: Vem
filhos de Israel 1não se lembraram do SENHOR, seu Deus, que os tu e reina sobre nós. 13 Porém a videira lhes respondeu: Dei-
livrara do poder de todos os seus inimigos ao redor; 35 "nem xaria eu o meu vinho, n que agrada a Deus e aos homens, e
usaram de benevolência com a casa de Jerubaal, a saber, Gi- iria pairar sobre as árvores? 14 Então, todas as árvores disse-
deão, segundo todo o bem que ele fizera a Israel. ram ao espinheiro: Vem tu e reina sobre nós. 15 Respondeu o
espinheiro às árvores: Se, deveras, me ungis rei sobre vós,
Abimeleque mata os seus irmãos e se decl.ara rei vinde e refugiai-vos debaixo de minha ºsombra; mas, se não,
Abimeleque, filho de Jerubaal, foi-se a Siquém, ªaos ir- Psaia do espinheiro fogo que consuma qos cedros do Líbano.
9 mãos de sua mãe, e falou-lhes e a toda a geração da casa
do pai de sua mãe, dizendo: 2 Falai, peço-vos, aos ouvidos de
16 Agora, pois, se, deveras e sinceramente, procedestes, pro-
clamando rei Abimeleque, e se bem vos portastes para com
todos os cidadãos de Siquém: Que vos parece melhor: que Jerubaal e para com a sua casa, e se com ele agistes 'segundo 1
bsetenta homens, todos os filhos deJerubaal, dominem sobre o merecimento dos seus feitos 17 (porque meu 5 pai pelejou
vós ou que apenas um domine sobre vós? Lembrai-vos tam- por vós e, arriscando a vida, 1vos livrou das mãos dos rnidiani-
bém de que esou osso vosso e carne vossa. 3 Então, os irmãos tas; 18 "porém vós, hoje, vos levantastes contra a casa de meu
de sua mãe falaram a todos os cidadãos de Siquém todas pai e matastes seus filhos, setenta homens, sobre uma pedra;
aquelas palavras; e o coração deles se inclinou a seguir Abi- e a Abimeleque, filho de "sua serva, fizestes reinar sobre os ci-
meleque, porque disseram: É nosso dirmão. 4 E deram-lhe se- dadãos de Siquém, porque é vosso irmão), 19 se, deveras e
tenta peças de prata, da casa de eBaal-Berite, com as quais sinceramente, procedestes, hoje, com Jerubaal e com a sua
alugou Abimeleque !uns homens levianos e atrevidos, que o casa, xa1egrai-vos com Abimeleque, e também ele se alegre
seguiram. s Foi à casa de seu pai, ga Ofra, e hmatou seus ir- convosco. 20 Mas, se não, zsaia fogo de Abirneleque e consuma
mãos, os filhos de Jerubaal, setenta homens, sobre uma pe- os cidadãos de Siquém e Bete-Milo; e saia fogo dos cidadãos

• 27-~~~-gJz611:24
6.24;8.27
h[SI 106391 iDt716 28/J;531 29 IJz 6 32; 7 1 30
3JqJz219'Jz2.17SJz9.4.46 J410t4.9;Jz3.7;Sl7811,42;106.13.21 J5UJz9.16-18
mJ~9:;,531 nJz9 1 32 ºGn 25.8; Já 5.26 PJz

ª
CAPÍTULO 9 1 Jz 8.31.35 2 bJz 830; 95, 18 cGn 29.14 3 dGn 29.15 4 eJz 833/Jz 113; 2Cr 13.7; At 175 5 g Jz 6.24 h Jz
8.30; 9.2, 18; 2Rs 11.1-2 7 iOt 11.29; 27.12; Js 8.33; Jo 4 20 8 /2Rs 14.9 1Jz 8.22-23 9 m [Jo 5.231 13 n SI 104.15 15 o Is 30 2;
Dn 4.12; Os 14.7 PNm 21.28; Jz 9.20; Ez 19.14 q2Rs 14 9; Is 2.13; Ez 313 16 r Jz 8.35 1 Lit. De acordo com o feito de suas mãos 17 SJz
7 t Jz 8.22 18 u Jz 8.30,35; 9.2,5-6 v Jz 8.31 19 x Is 8.6; [Fp 3.31 20 z Jz 9.15,45,56-57
•8.27 estola sacerdotal, A estola sacerdotal genuína do sumo sacerdote era •8.33 Baal-Berite. Lit. "Baal (senhor) da aliança." Esse deus era uma imitação
usada para buscar a vontade do Senhor llSm 23.9-11; 30.7-8). falsa do Deus que realmente era o Senhor da aliança. Ver 9.4, nota.
se prostituiu, Gideão, o maior dos juízes até Samuel, deu ao povo ocasião para •8.34 não se lembraram. Lembrar-se de Deus e das suas obras salvíficas é o
pecar 12 17 e notas). primeiro passo na obediência à aliança 12.10, nota).
um laço a Gideão e à sua casa. D pai de Gideão tinha sido idólatra 16.25) e, •8,35 nem usaram de benevolência. Ver 9.5, 16-19.
agora, Gideão caiu no mesmo pecado. •9.1 Abimeleque. Ver 8.31, nota.
•8,31 Abimeleque. Gideão dá ao filho da sua concubina o nome de 'í'\bimele- •9.4 Baal-Berite. Ver notas no v. 46; 8.33. Otemplo de Baal-Berite pagava o sa-
que" ("meu pai é rei"), apesar de Gideão ter alegado não querer ser rei. Ver vs. lário dos que oprimiam Israel nos tempos de Abimeleque.
23-24.
•9,5 sobre uma pedra. Esses homens, com efeito, foram sacrificados a Baal-
•8.33--9.57 A história de Abimeleque demonstra o desastre que o tipo errado de Berite lv 53, nota).
rei podia vir a ser. Abimeleque era um antilibertador, um opressor do povo e um vio-
lador da aliança. Sua história suscita a pergunta a respeito de quem deve ser rei •9.7 monte Gerizim. Omonte da bênção IDt 27.12) foi usado para uma maldi-
(9.2,8-20,28-29). Tendo em vista essa pergunta, é significante que Abimeleque e ção. Essa inversão ressalta o tema que permeia a história de Abimeleque
Saul se assemelhem em aspectos importantes 19.23, nota; 9.54, nota). Assim, fica 18.33-9.57, nota).
subentendido que Saul era o mesmo tipo de rei que Abimeleque. A mensagem aos •9.14 espinheiro. Oreinado de Abimeleque, produto da idolatria (v. 41, seria um
leitores de Juízes era que não deveriam querer que lsbosete, filho de Saul, fosse o espinho para Israel (2.3, nota).
seu rei, assim como Israel não tinha desejado Abimeleque, filho de Gideão. •9.20 saia fogo. A maldição de Jotão é cumprida nos vs. 45-52.
de Siquém e de Bete-Milo, que consuma a Abimeleque.
2\ fugiu \ogo )otão, e foi-se para ªBeer, e ali habitou por te-
mer seu irmão Abimeleque.
289
gente dos cimos dos montes. Zebul, ao contrário, lhe disse:
As sombras dos montes vês por homens. 37 Porém Gaal tor-
nou ainda a falar e disse: Eis ali desce gente defronte de nós, e
uma tropa vem do caminho do carvalho dos 9 Adivinhadores.
JUÍZES 9
l
A conspiração de Gaal 38 Então, lhe disse Zebu]: Onde está, agora, a tua boca, com a
22 Havendo, pois, Abimeleque dominado três anos sobre qual 'dizias: Quem é Abimeleque, para que o sirvamos? Não
Israel, 23 bsuscitou Deus um e espírito de aversão entre Abi- é este, porventura, o povo que desprezaste? Sai, pois, e peleja
meleque e os cidadãos de Siquém; e estes dse houveram alei- contra ele. 39 Saiu Gaal adiante dos cidadãos de Siquém e pe-
vosamente contra Abimeleque, 24 epara que a vingança da lejou contra Abimeleque. 40 Abimeleque o perseguiu; Gaal
violência praticada contra os setenta filhos de Jerubaal viesse, fugiu de diante dele, e muitos feridos caíram até a entrada da
e !o seu sangue caísse sobre Abimeleque, seu irmão, que os porta da cidade. 41 Abimeleque ficou em Arumá. E Zebu!
1
matara, e sobre os cidadãos de Siquém, que contribuíram expulsou a Gaal e seus irmãos, para que não habitassem em
para que ele matasse seus próprios irmãos. 25 Os cidadãos de Siquém.
Siquém puseram contra ele 2 homens de emboscada sobre os 42 No dia seguinte, saiu o povo ao campo; disto foi avisado
cimos dos montes; e todo aquele que passava pelo caminho Abimeleque, 43 que tomou os seus homens, e os repartiu em
junto a eles, eles o assaltavam; e isto se contou a Abimeleque. três grupos, e os pôs de emboscada no campo. Olhando, viu
26 Veio também Gaal, filho de Ebede, com seus irmãos, e que o povo saía da cidade; então, se levantou contra eles e os
se estabeleceram em Siquém; e os cidadãos de Siquém confia- feriu. 44 Abimeleque e o grupo que com ele estava romperam
ram nele, 27 e saíram ao campo, e vindimaram as suas vinhas, de improviso e tomaram posição à porta da cidade, enquanto
e pisaram as uvas, e 3 fizeram festas, e foram gà casa de seu os dois outros grupos deram de golpe sobre todos quantos es-
deus, e comeram, e beberam, e amaldiçoaram Abimeleque. tavam no campo e os destroçaram. 45 Todo aquele dia pelejou
28 Disse Gaal, filho de Ebede: hQuem é Abimeleque, e quem Abimeleque contra a cidade e ma tomou. Matou o povo que
somos nós de Siquém, para que o sirvamos? Não é, porventu- nela havia, n assolou-a e a semeou de sal.
ra, filho de Jerubaal? E não é Zebu! o seu oficial? Servi, antes, 4ó Tendo ouvido isto todos os cidadãos da Torre de Si-
aos homens de iHamor, pai de Siquém. Mas nós, por que ser- quém, entraram na 2 fortaleza subterrânea, no templo ºde
viremos a ele? 29 /Quem dera estivesse este povo sob a minha El-Berite. 47 Contou-se a Abimeleque que todos os cidadãos
4mão, e eu expulsaria Abimeleque e 5 lhe diria: Multiplica o da Torre de Siquém se haviam congregado. 48 Então, subiu
teu exército e sai. 30 Ouvindo Zebu!, governador da cidade, ele ao monte PSalmom, ele e todo o seu povo; Abimeleque to-
as palavras de Gaal, filho de Ebede, se acendeu em ira; 31 e mou de um machado, e cortou uma ramada de árvore, e ale-
enviou, astutamente, mensageiros a Abimeleque, dizendo: vantou, e pô-la ao ombro, e disse ao povo que com ele estava:
Eis que Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos vieram a Siquém e O que me vistes fazer, fazei-o também vós, depressa. 49 As-
alvoroçaram a cidade contra ti. 32 Levanta-te, pois, de noite, sim, cada um de todo o povo cortou a sua ramada, e seguiram
tu e o povo que tiveres contigo, e 6 ponde-vos de emboscada Abimeleque, e as puseram em cima da 3 fortaleza subterrâ-
no campo. 33 Levanta-te pela manhã, ao sair o sol, e dá de gol- nea, e queimaram sobre todos os da Torre de Siquém, de ma-
pe sobre a cidade; saindo contra ti Gaal com a sua gente, pro- neira que morreram todos, uns mil homens e mulheres.
cede com ele 7 como puderes.
A morte de Abimeleque
Abimeleque '/ence a Gaal e os siquemitas 50 Então, se foi Abimeleque a Tebes, e a 4 sitiou, e a to-
34 Levantou-se, pois, de noite, Abimeleque e todo o povo mou. 51 Havia, porém, no meio da cidade, uma torre forte; e
que com ele estava, e Bse puseram de emboscada contra Si- todos os homens e mulheres, todos os moradores da cidade,
quém, em quatro grupos. 35 Gaal, filho de Ebede, saiu e se acolheram a ela, e fecharam após si as portas da torre, e su-
pôs-se à entrada da porta da cidade; com isto Abimeleque e biram ao seu eirado. 52 Abimeleque veio até à torre, pelejou
todo o povo que com ele estava se levantaram das embosca- contra ela e se chegou até à sua porta para a incendiar. 53 Po-
das. 36 Vendo Gaal aquele povo, disse a Zebu!: Eis que desce rém certa mulher qlançou uma pedra superior de moinho

• 21 a Nm 21.16 ~;;-1; 1; 5; ;s 1~~ 4~1S~ 1~14; ~O;~ R~2 ~r


18 22; 1022 d Is 33.1 24 ei Rs 2.32; Et 9.25; Mt 23.35-36
/Nm 35.33 25 2Lit. emboscadas contra ele 27 g Jz 9.4 3a/egraram-se 28h1 Sm 25.10; 1Rs 12.16 iGn 34.2,6; Js 24.32 29 f2Sm
15.4 4 Lit. autoridade 5 Cf. LXX; TM e Tele; MMM eles 32 ó Esconder-se para atacar de surpresa ou à traição 33 7 Lit. Como tua
mão puder alcançar 34 8 Prepararam uma cilada 37 9 Hebr. Meonenim 38 1Jz 9.28-29 41 1 exilou 45 m Jz 9.20 n Dt 29.23;
2Rs 3.25 46 oJz 8.33 2Câmara escavada para servir de refúgio 48 PSI 68.14 49 3Câmara escavada para servir de refúgio 50 4fez
um cerco 53 q 2Sm 11.21
•9.23 um espírito de aversão. O paralelo histórico com Saul é significante. •9.45 e a semeou de sal. Isso a arruinaria para a agricultura.
Tanto Abimeleque quanto Saul receberam um espírito mau para vir contra eles •9.46 El-Berite. Lit. "deus da aliança." EI era o pai dos deuses no panteão cana-
quando começaram a perder os seus respectivos reinos (1Sm 16.14). Essa é a neu. Esse era. possivelmente, o mesmo templo que aquele mencionado em 9.4,
primeira menção da ação direta de Deus na história de Abimeleque. que fornecia dinheiro a Abimeleque. Agora, ele voltou para destruí-lo.
•9.26 Gaal. Gaal é outro "Abimeleque". um irmão perdido que reivindica o direito •9.48 fazei-o também vós. As palavras de Abimeleque ao comandar seus ho-
de reinar tendo por base sua ascendência. mens assemelham-se àquelas de seu pai 17 17).
•9.28 Quem é Abimeleque. Note o discurso semelhante no v. 2, também pro- •9.49 e queimaram. Assim foi cumprida a maldição de Jotão lv 20)
nunciado em Siquém •9.53 uma pedra superior de moinho. Uma pedra figurou de modo destacado
JUÍZES 9, 10 290
sobre a cabeça de Abimeleque e lhe quebrou o crânio. 54 En- filisteus; deixaram o SENHOR e não o serviram. 7 Acendeu-se a
tão, 'chamou logo ao moço, seu escudeiro, e lhe disse: De- ira do SENHOR contra Israel, e hentregou-os nas mãos dos ;filis-
sembainha a tua espada e mata-me, para que não se diga de teus e nas mãos dos filhos de iAmom, 8 os quais, nesse mesmo
mim: Mulher o matou. O moço o atravessou, e ele morreu. ano, 2vexaram e oprimiram os filhos de Israel. Por dezoito
55 Vendo, pois, os homens de Israel que Abimeleque já estava anos, oprimiram a todos os filhos de Israel que estavam dalém
morto, foram-se, cada um para sua casa. Sós Assim, Deus fez do Jordão, 1na terra dos amorreus, que está em Gileade. 90s fi-
tornar sobre Abimeleque o mal que fizera a seu pai, por ter lhos de Amom passaram o Jordão para pelejar também contra
aquele matado os seus setenta irmãos. 57 De igual modo, Judá, e contra Benjamim, e contra a casa de Efraim, de manei-
todo o mal dos homens de Siquém Deus fez cair sobre a cabe- ra que Israel se viu muito angustiado.
ça deles. Assim, veio sobre eles 1 a maldição de Jotão, filho de 10 mEntão, os filhos de Israel clamaram ao SENHOR, dizen-
Jerubaal. do: ncontra ti havemos pecado, porque deixamos o nosso
Deus e servimos aos baalins. 11 Porém o SENHOR disse aos fi-
Tol.a e fair, juízes dos israelitas lhos de Israel: Quando ºos egípcios, e Pos amorreus, e qos
Depois de Abimeleque, ªse levantou, para livrar Israel, filhos de Amam, e 'os filisteus, 12 e 5 0S sidônios, e 1os amale-
1O Tola, filho de Puá, filho de Dodô, homem de lssacar; quitas, e os 3 maonitas "vos oprimiam, e vós clamáveis a mim,
e habitava em Sarnir, na região montanhosa de Efraim. z Jul- não vos livrei eu das suas mãos? 13 vcontudo, vós me deixas-
gou a Israel vinte e três anos, e morreu, e foi sepultado em Sa- tes a mim e servistes a outros deuses, pelo que não vos livra-
rnir. 3 Depois dele, se levantou Jair, gileadita, e julgou a Israel rei mais. 14 Ide ex clamai aos deuses que escolhestes; eles que
vinte e dois anos. 4 Tinha este trinta filhos, que bcavalgavam vos livrem no tempo do vosso aperto. 1s Mas os filhos de Isra-
trinta jumentos; e tinham trinta cidades, ca que chamavam el disseram ao SENHOR: Temos pecado; 2 faze-nos tudo quanto
1 Havote-Jair, até ao dia de hoje, as quais estão na terra de Gi- te parecer bem; porém livra-nos ainda esta vez, te rogamos.
leade. s Morreu Jair e foi sepultado em Camom. 16 ªE tiraram os deuses alheios do meio de si e serviram ao
SENHOR; então, já bnão pôde ele reter a sua compaixão porca-
Servidão sob os filisteus e os amonitas usa da desgraça de Israel. 17 Tendo sido convocados os filhos
6 dTornaram os filhos de Israel a fazer o que era mau peran- de Amam, acamparam-se em Gileade; mas os filhos de Israel
te o SENHOR e e serviram aos baalins, e a Astarote, e/aos deuses se congregaram e se acamparam em cMispa. 18 Então, o
da Síria, e aos de gSidom, de Moabe, dos filhos de Amom e dos povo, aliás, os príncipes de Gileade, disseram uns aos outros:

e~~~-~~-~~-~-~-~~~~-~~~-~-~~~-~~~-~~~-~~
54 '1 Sm 31.4 56 s Jz 9_24; Jó 31.3; Pv 5-22 57 t Jz 9.20
CAPÍTUL010 l aJz2.16 4bJz5.10;12.14CDt3.14;Nm32.411Lit.A/deiasdeJair. Nm32.41 eDt3.14 ódJz2.11;3.7;6.1,
13.1 e Jz 2 13/Jz 2 1U1As11.3~; SI 106.36 7 h Jz 2 14; 4 2; 1Sm 12.9 IJz 13.1iJz3.13 8 INm 32.33 2Lit despedaçaram to mJz
6.6; 1Sm 12 1On Dt 1.41 li o Ex 14.30 P Nm 21.21,24-25 q Jz 3 12-13 r Jz 3.31 12 s Jz 1.31; 5.19 t Jz 6.3; 7.12 u SI 106.42-43 3 LXX
midianitas 13V[Jr2.13] 14XDt32.37-38 15Z1Sm3.18 16ª2Cr7.14;Jr18.7-8bSl106.44-45;1s639 t7cGn31.49;Jz
11.11,29

na morte de Abimeleque, assim como figurara no assassinato de todos os seus ir- ram proclamados líderes em Mispa l 11.11, 1Sm 10.17). Os dois enfrentaram os
mãos 19.5, nota). amonitas como seus primeiros adversários 111.12-29; 1Sm 11.1-11). Tanto Jefté
•9.54 Desembainha a tua espada e mata-me. Assim como Saul 11Sm 31.4). quanto Saul fizeram um juramento estulto que tornou-se em uma ameaça para
Abimeleque quis manter o seu orgulho até a morte. Esse incidente, assim como a seus primogênitos e os dois ofereceram um sacrifício ilícito ll 1.30-40; 1Sm
presença de um espírito mau da parte de Deus 19-23, nota), ressalta uma grande 13.8-14; 14.24-25)
semelhança entre Saul e Abimeleque. •10.6 deuses. Nos relatos anteriores, somente os baalins e Astarote foram
Mulher o matou. Teve que compartilhar com Sísera esta indignidade 14 9). mencionados 12.11, 13; 3.7). Essa lista mais longa de deuses indica uma des-
•9.56 Assim, Deus fez tornar. Deus não fica muito visível nessa narrativa cida em espiral nas violações da aliança perpetradas por Israel. Ver também
19.23, nota). Mas ele levou Abimeleque ao juízo. os vs. 11-12 e a nota. Os povos mencionados cercavam Israel nas suas fron-
•10.1-5 Dois juízes, Tola e Jair, são apresentados com poucos pormenores. Qua- teiras.
tro outros juízes menores são descritos de modo semelhante 13.31; 12.8-15). •10.10-16 Esse é o único relato no Livro de Juízes em que Israel não somente
•10.1 Tola. Tola é mencionado somente aqui nas Escrituras. clama a Deus, como também deixa de lado os seus ídolos. Noutras ocasiões, eles
simplesmente clamaram ao Senhor e ele os livrou (10.10; 2.19; 3.9). Deus san>a
•10.3 Jair. Assim como Tola, Jair não é mencionado em nenhuma outra parte da
Bíblia. que o arrependimento era superficial, mas mesmo assim escolheu livrar os seus
lcf Dt 32 15-38)
•10.4 que cavalgavam trinta jumentos. Trinta filhos, trinta jumentos e o con-
•10.10 deixamos o nosso Deus e servimos aos baalins. A mesma lingua-
trole de trinta cidades indica grandes riquezas e poder 15.10).
gem é empregada na acusação contra eles no v. 6:
•10.6-12.7 Cf. 1Sm12.11. A lista dos ídolos seguidos (10.6) e o caos interno
de Israel tornaram-se ainda maiores 112.1-7). Jefté introduziu somente seis anos •10.12 vos oprimiam. A lista de deuses, no v. 6, coincide quase identicamente
de paz 112. 7) ao invés de uma geração inteira de paz 1311,30; 5.31; 8.28). Final- com a lista das nações opressoras. Israel rejeitara o Deus que libertara a nação e,
mente, de modo precipitado e pecaminoso, Jefté sacrificou sua filha (11.30-40, além disso, seguia os deuses incompassivos dos seus opressores.
nota). •10.13 não vos livrarei mais. Ver Dt 8.19-20; 31.16-17; Nm 33.55-56; Js
Muitos aspectos de Jefté relembram Grdeão, Abimeleque ou Saul. Jefté, as- 23.13; Jz 2.3
sim como Gideão, era "homem valente" 16.12; 11 1). Os dois homens deixaram •10.14 clamai aos deuses que escolhestes. Ver Dt 32.37-38. Omesmo mo-
os efraimitas zangados por não os terem conclamados a participar de uma bata- tejo é visto em Jr 2.28; 11.12-13.
lha (8.1-3; 12.1-6). Jefté e Abrmeleque eram igualmente filhos marginalizados, •10.15 livra-nos. Odesejo de ser libertado, e não o desejo de servir ao Senhor,
sendo que um nasceu de uma concubina e o outro, de uma prostituta. Os dois foi o verdadeiro motivo do arrependimento de Israel.
reuniram para si bandos de aventureiros 19.4; 11.3). Tanto Jefté quanto Saul fo- •10.17 Mispa. Ver 11.11; 20.1.
291 JUÍZES 1 O, 11
Quem será o homem que começará a pelejar contra os filhos Jefté fugiu da presença de seus irmãos e habitou na terra de
de Amom? dSerá esse o cabeça de todos os moradores de Gi- dTobe; e ehomens levianos se ajuntaram com ele e com ele
leade. saíam.
4 Passado algum tempo, /pelejaram os filhos de Amom
]efté li'll'a os israelitas contra Israel. s Quando pelejavam, foram os anciãos de Gilea·
Era, então, ªJefté, o gileadita, bhomem valente, po- de buscar Jefté da terra de Tobe. 6 E disseram aJefté: Vem e sê
11 rém filho de uma prostituta; Gileade gerara a Jefté.
2 Também a mulher de Gileade lhe deu filhos, os quais, quan-
nosso chefe, para que combatamos contra os filhos de Amom.
7 Porém Jefté disse aos anciãos de Gileade: Porventura, gnão
do já grandes, expulsaramJefté e lhe disseram: cNão herdarás me aborrecestes a mim e não me expulsastes da casa de meu
em casa de nosso pai, porque és filho doutra mulher. 3 Então, pai? Por que, pois, vindes a mim, agora, quando estais em
·-18-;;-jz11.8,11 ~~--~~~-~----~~ ~~~~-~-~-~~~-~~~~--~-~
CAPÍTULO 11 Ja Hb 1132 b Jz 6 12; 2Rs 5 1 2 e Gn 21.10; Dt 23.2 3 d2Sm 10.6,8e1 Sm 22 2 41Jz10.9,17 7 8Gn 26.27
•11.1 homem valente. Esse título tinha sido aplicado a Gideão (6.12). •11.3 homens levianos. Outra semelhança entre Jefté e Abimeleque acha-se
filho de uma prostituta. A ascendência de Jefté fez dele um marginalizado (v. 2). nos seus seguidores (94).

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JUÍZES 11 292
1 aperto? 8 hResponderam os anciãos de Gileade a Jefté: Por contrário, ajuntou todo o seu povo, e se acampou em Jaza, e
isso mesmo, itornamos 2 a ti. Vem, pois, conosco, e combate pelejou contra Israel. 21 O SENHOR, Deus de Israel, !entregou
contra os filhos de Amom, e isê o nosso chefe sobre todos os Seom e todo o seu povo nas mãos de Israel, que gos 3 feriu; e
moradores de Gileade. 9 Então, Jefté perguntou aos anciãos Israel desapossou os amorreus das terras que habitavam.
de Gileade: Se me tornardes a levar para combater contra os 22 Tomou posse de htodo o território dos amorreus, desde o
filhos de Arnom, e o SENHOR mos der a mim, então, eu vos se- Arnom até ao Jaboque e desde o deserto até ao Jordão.
rei por cabeça? 10 Responderam os anciãos de Gileade aJefté: 23 Assim, o SENHOR, Deus de Israel, 4 desapossou os amorreus
10 SENHOR será testemunha entre nós e nos castigará se não ante o seu povo de Israel. E pretendes tu ser dono desta terra?
fizermos segundo a tua palavra. 11 Então, Jefté foi com os an- 24 Não é certo que aquilo que iQuemos, teu deus, te dá consi-
ciãos de Gileade, e o povo o pôs por mcabeça e chefe sobre si; deras como tua possessão? Assim, possuiremos nós o territó-
e Jefté proferiu todas as suas palavras nperante o SENHOR, em rio de todos quantos io SENHOR, nosso Deus, expulsou de
Mispa. diante de nós. 25 És tu melhor do que o filho de Zipor, 1Bala-
12 Enviou Jefté mensageiros ao rei dos filhos de Amom, di- que, rei dos moabitas? Porventura, contendeu este, em al-
zendo: ºOue há entre mim e ti que vieste a mim a pelejar gum tempo, com Israel ou pelejou alguma vez contra ele?
contra a minha terra? 13 Respondeu o rei dos filhos de Amam 26 Enquanto Israel habitou trezentos anos em mHesbom e
aos mensageiros de Jefté: PÉ porque, subindo Israel do Egito, nas suas vilas, e em nAroer e nas suas vilas, e em todas as ci-
me tomou a terra qdesde Arnom 'até ao Jaboque e ainda até dades que estão ao longe do Arnom, por que vós, amonitas,
ao Jordão; restitui-ma, agora, pacificamente. 14 Porém Jefté não as recuperastes durante esse tempo? 27 Não sou eu, por-
tornou a enviar mensageiros ao rei dos filhos de Amom, 15 di- tanto, quem pecou contra ti! Porém tu fazes mal em pelejar
zendo-lhe: Assim diz Jefté: s Israel não tomou nem a terra dos contra mim; o SENHOR, ºque é juiz, Pjulgue hoje entre os fi-
moabitas nem a terra dos filhos de Amom; 16 porque, subin- lhos de Israel e os filhos de Amom. 28 Porém o rei dos filhos
do Israel do Egito, andou pelo deserto até ao mar Vermelho e de Amam não deu ouvidos à mensagem que Jefté lhe enviara.
1chegou a Cades. 17 Então, u1srael enviou mensageiros ao rei

dos edomitas, dizendo: Rogo-te que me deixes passar pela tua O voto defefté
terra. vPorém o rei dos edomitas não lhe deu ouvidos; ames- 29 Então, qo Espúito do SENHOR veio sobre Jefté; e, atraves-
ma coisa mandou Israel pedir x ao rei dos moabitas, o qual sando este por Gileade e Manassés, passou até Mispa de Gileade
também não lhe quis atender; e, assim, Israel 2 ficou em Ca- e de Mispa de Gileade passou contra os filhos de Amam. 30 'Fez
des. 18 Depois, ªandou pelo deserto, e brodeou a terra dos Jefté um voto ao SENHOR e disse: Se, com efeito, me entregares
edomitas e a terra dos moabitas, e chegou ao oriente da terra os filhos de Arnom nas minhas mãos, 31 quem primeiro da porta
destes, e se acampou além do Arnom; por isso, não entrou no da minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos fi-
território dos moabitas, porque Arnom é o limite deles. lhos de Arnom, 5 esse será do SENHOR, 1e eu o oferecerei em ho-
19 Mas CJsrael enviou mensageiros a Seom, rei dos amorreus, locausto. 32 Assim, Jefté foi de encontro aos filhos de Amam, a
rei de Hesbom; e disse-lhe: dDeixa-nos, peço-te, passar pela combater contra eles; e o SENHOR os entregou nas mãos deJefté.
tua terra até ao meu lugar. 20 eporém Seom, não confiando 33 Este os 5derrotou desde Aroer até às proximidades de uMini-
em Israel, recusou deixá-lo passar pelo seu território; pelo te (vinte cidades ao todo) e até 6 Abel-Oueramirn; e foi mui gran-

• ~e~d;ficu~d~ -; hJz 1Õ1~ i~ iJ~10


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10.17 12°2Sm16.10 13PNm21.24-26QJs139'Gn32.22 15S0t2.9,19 161Nm13.26;201 17UNm20.14VNm
20.14-21 x Js 24 9 zNm 20.1 18 ª Dt 2.9, 18-19 b Nm 21.4 19 cNm 21.21; Dt 2.26-36 dNm 21 22: Dt 2.27 20 e Nm 21.23; Dt 2.27
2lfJs 24UNm 21.24-25 3 Lit derrotou 22 h Dt 2.36-37 23 4expu/sou 24 iNm 21.29; 1Rs 11.7; Jr 48.7 i[Dt 9.4-5; Js 3.10] 25 INm
22.2; Js 24.9; Mq 6.5 26 m Nm 21.25-26 n Dt 2.36 27 o Gn 18.25 PGn 16.5; 31.53; [1 Sm 24.12, 15] 29 q Jz 3.1 O 30 'Gn 28.20;
Nm 30.2; 1Sm 1.11 31 s Lv 27.2-3,28; 1Sm 1.11 ISI 66.13 33 u Ez 27.17 SLit.feriu 6 Lit. p/anicie das vinhas
•11.9 o SENHOR mos der. Jefté demonstrou a sua confiança de que seria Deus •11.23 o SENHOR, Deus de Israel. A guerra era considerada uma luta entre os
quem lhe daria a vitória. deuses das forças combatentes. Se Israel ganhou, foi porque o Deus de Israel lhe
•11.1 OOSENHOR será testemunha. Os anciãos estavam prestando juramento dera a vitória e ninguém poderia contestar o resultado (v. 24). Ver v. 21.
para confirmar uma aliança. •11.27 o SENHOR, que é juiz, julgue. Ver vs. 21,23. Jefté declarou que Deus
•11.11 Jefté proferiu todas as suas palavras perante o SENHOR, em Mis- era o juiz sobre todos os povos e deuses. Aqui, a palavra é usada num sentido
pa. A aliança é confirmada diante do Senhor em Mispa. Anos mais tarde, o povo jurídico de promulgar uma decisão, embora Deus também, em última análise,
tomou Saul rei, também diante do Senhor em Mispa (1Sm 10.17). viria a ser libertador (vs 32-33). O Livro dos Juízes afirma que Deus é o Rei ver·
•11.12-29 Para o contexto histórico desse conflito, ver Nm 20.14-21, dadeiro (8.23) e o Juiz verdadeiro, sendo o único que poderia aliviar as angústi·
21.10-35; Ot 2.16-3.11. Nos tempos de Jefté, os amonitas esperavam que as de Israel.
pudessem estender o seu território para dentro de uma região que antigamente •11.29 Espírito do SENHOR. Ver3.10, nota.
lhes pertencera, mas que agora pertencia a Israel havia trezentos anos. Jefté •11.30-40 Jefté derrotou os amonitas, mas, no decurso dos seus atos, fez um
repudiou as exigências dos amonitas relembrando essa história e demonstran- voto precipitado ao Senhor e sacrificou a sua filha como holocausto. Deus não
do que os israelitas não tomaram mais do que aquilo que o seu Deus lhes dera deveria ser adorado do modo como os pagãos adoravam aos seus deuses, me·
e, tendo recebido ordens diretamente dele (Dt 2.18-19), nada tinham roubado diante o sacrifício humano (Dt 12.31, 18.10; SI 106.37-38). Como libertador,
deAmom. Jefté não mostrou ao povo como guardar a aliança, embora demonstrasse evi-
•11.12 rei dos filhos de Amom. Assim como no caso de Saul, o primeiro ad- dência da sua fé (vs. 10-11,21,23,27). Assim como Jefté, Sau\ também fez um
versário de Jefté foram os amonitas 11 Sm 11.1-11 ). Gileade foi a região ameaça- voto precipitado que acabou se tornando em uma ameaça contra seu próprio \i-
da também na história de Saul. lho (1Sm 14 24-45).
293 Juízes 11-13
de a derrota. Assim, foram subjugados os filhos de Amam diante dos os homens de Gileade e pelejou contra Efraim; e os ho-
l
dos filhos de Israel. mens de Gileade feriram Efraim, porque este dissera: e Fugiti-
34 Vindo, pois, Jefté a vMispa, a sua casa, xsaiu-lhe a filha vos sois de Efraim, vós, gileaditas, que morais no meio de
ao seu encontro, com adufes e com danças; e era ela filha úni· Efraim e Manassés. s Porém os gileaditas tomaram dos vaus
ca; não tinha ele outro filho nem filha. 35 Quando a viu, 2 ras· do Jordão que conduzem a Efraim; de sorte que, quando
gou as suas vestes e disse: Ah! Filha minha, tu me prostras por qualquer fugitivo de Efraim dizia: Quero passar; então, os ho·
completo; tu passaste a ser a causa da minha calamidade, por· mens de Gileade lhe perguntavam: És tu efraimita? Se res-
quanto ªfiz 7 voto ao SENHOR e bnão 8 tornarei atrás. 36 E ela pondia: Não; 6 então, lhe tornavam: Dize, pois, e chibolete 1;
lhe disse: Pai meu, fizeste voto ao SENHOR; Cfaze, pois, de quando dizia sibolete, não podendo 2 exprimir bem a palavra,
mim segundo o teu voto; pois do SENHOR te vingou dos teus então, pegavam dele e o matavam nos vaus do Jordão. E caí-
inimigos, os filhos de Amom. 37 Disse mais a seu pai: Conce· ram de Efraim, naquele tempo, quarenta e dois mil.
de· me isto: deixa-me por dois meses, para que eu vá, e desça 7Jefté, o gileadita, julgou a Israel seis anos; e morreu e foi
pelos montes, e 9 chore a minha virgindade, eu e as minhas sepultado numa das cidades de Gileade.
companheiras. 38 Consentiu ele: Vai. E deixou-a ir por dois
meses; então, se foi ela com as suas companheiras e chorou a Os juízes lbsã, Elom e Abdom
sua virgindade pelos montes. 39 Ao fim dos dois meses, tor· 8 Depois dele, julgou a Israel lbsã, de Belém. 9 Tinha este
nou ela para seu pai, o qual 'lhe fez segundo o voto por ele trinta filhos e trinta filhas; a estas, casou fora; e, de fora, trou-
proferido; assim, ela / jamais foi possuída por varão. Daqui xe trinta mulheres para seus filhos. Julgou a Israel sete anos.
veio o costume em Israel 40 de as filhas de Israel saírem por to Então, faleceu lbsã e foi sepultado em Belém.
quatro dias, de ano em ano, a 2 cantar em memória da filha de 11 Depois dele, veio Elom, o zebulonita, que julgou a Israel
Jefté, o gileadita. dez anos. 12 Faleceu Elom, o zebulonita, e foi sepultado em Ai-
jalom, na terra de Zebulom.
fefté peleja contra os efraimitas 13 Depois dele, julgou a Israel Abdom, filho de Hilel, o pira-
Então, ªforam convocados os homens de Efraim, e tonita. 14 Tinha este quarenta filhos e trinta netos, que f caval-
12 passaram para Zafom, e disseram a Jefté: Por que fos· gavam setenta jumentos. Julgou a Israel oito anos. ts Então,
te combater contra os filhos de Amam e não nos chamaste faleceu Abdom, filho de Hilel, o piratonita; e foi sepultado em
para ir contigo? Queimaremos a tua casa, estando tu dentro Piratom, na terra de Efraim, gna região montanhosa dos amale-
dela. 2 E Jefté lhes disse: Eu e o meu povo tivemos grande quitas.
contenda com os filhos de Amam; chamei-vos, e não me li·
vrastes das suas mãos. 3 Vendo eu que não me livráveis, bar· O nascimento de Sansão
risquei a minha vida e passei contra os filhos de Amam, e o }
SENHOR os entregou nas minhas mãos; por que, pois, subistes,
3
ªTendo os filhos de Israel tornado a fazer o que era
mau perante o SENHOR, este os entregou bnas mãos
hoje, contra mim, para me combaterdes? 4 Ajuntou Jefté to- dos filisteus por quarenta anos .

• ~~volta~;lO~;l~~~Ê:-1~·;~~~~
36
6~ 2~; ~r~l~ 3~ ;G;3;2~.3-4;E~ 5-;.~.5-b~m-;;2-1~~b~~7n~~c~BL;;m~lode
37 9/amente
CNm30.2d2Sm18.19.31
;; ;; -
402/amentar
39eJz11.31 IPermaneceuvirgem
-~~
CAPÍTUL012 t•Jz8.1 3b1Sm19.5;28.21.Jó13.14 4CJSm25.10 SdJs22.11 6eSl69.2,151Lit.cursod'água,usadapara
identificação de dialeto 2 Lrt.falar assim 141 Jz 5.1 O; 10.4 1S g Jz 313,27; 5.14
CAPÍTULO 13 1•Jz2.11bJz10.7; 1Sm 12.9
•11.35 rasgou as suas vestes. Era o sinal de luto por causa de uma morte. im IB.1-5); diferentemente de Gideão, deixou resultar em guerra civil. Havia
lastimável falta de união em Israel.
fiz voto. Embora os votos fossem sagrados (Dt 23.21-23), a ação de Jefté foi er-
rada. Osacrifício humano era totalmente proibido em Israel lv. 39, nota). Oato de Por que. Ver em 8.1 uma pergunta quase idêntica postulada a Gideão.
cumprir um voto pecaminoso é pecado. Juramentos e votos ilícitos não devem •12.4 no meio de Efraim e Manassés. Os grleaditas descendiam de José, da
ser feitos ou. se forem feitos. não devem ser cumpridos lcf. Mt 14.1-12) mesma forma que Efraim e Manassés.
•11.36 faze, pois, de mim segundo o teu voto. Ou seja: "ofereça-me como •12.5 os vaus do Jordão. Gileade estava ao leste do Jordão e Efraim, ao oeste.
sacrifício" lvs. 30-31 ). •12.6 chibolete ... sibolete. Os efraimitas podiam ser reconhecidos pela manei-
ra de pronunciarem certas palavras no seu dialeto.
•11.37 chore a minha virgindade. Isso significa, provavelmente, lamentar por-
•12. 7 Jefté ... julgou a Israel seis anos. Os juízes anteriores ficavam na lide-
que nunca se casaria nem teria filhos. lvs. 38-39)
rança durante quarenta ou oitenta anos e a paz durava uma ou duas gerações. O
•11.39 lhe fez segundo o voto. O fato fica claro, embor~ seja expresso de governo abreviado de Jefté, o aumento do número de deuses sendo adorados e a
modo delicado. Jefté sacrificou a sua filha como holocausto. Eobservado que ela guerra civil com Efraim contribuem para a decadência moral cada vez maior de
era virgem, mas esse não era o conteúdo do voto. Osacrifício humano era peca- Israel.
do, uma imitação da prática pagã 111.30-40. nota; Dt 12.31, SI 106.38). •12.8-15 lbsã. Elom e Abdom são mencionados resumidamente ( 10. 1-5. nota)
•12.1-7 Essa narrativa, que segue imediatamente após o sacrifício da filha de Nada mais se sabe acerca desses homens. Elevam a doze o número total de Juí-
Jefté 111.30-40), dá a entender que a luta entre Jefté e Efraim e o seu período zes mencionados no livro.
abreviado como juiz (v. 7) foram o castigo divino contra ele por ter sacrificado a •12.14 setenta jumentos. Abdom tinha poderes e riquezas virtualmente como
sua filha. OSI 78 (especialmente vs. 9-11,67) reflete sobre a recusa de Efraim de uma realeza 1104).
entrar na luta e explica a rejeição divina de Efraim como líder de Israel. Judá, a tri- •13.1-16.31 A história de Sansão é a última nos ciclos dos juízes Seu futuro
bo de Davi, e não Efraim, conduziria Israel !SI 78.68-72). era grandemente promissor. Era nazireu desde o ventre materno, e seu nasci-
•12.1 homens de Efraim. Assim como Gideão, Jefté teve problemas com Eira- mento foi uma dádiva sobrenatural aos pais estéreis; assim como o grande juiz
JUÍZES 13 294
2 Havia um homem de e Zorá, da linhagem de Dã, cha- 0 Anjo do SENHOR: Guarde-se a mulher de tudo quanto eu lhe
mado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos. disse. 14 De tudo quanto procede da videira não comerá,
J d Apareceu o Anjo do SENHOR a esta mulher e lhe disse: Eis mnem vinho nem bebida forte beberá, nem coisa imunda co-
que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e da- merá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará.
rás à luz um filho. 4 Agora, pois, guarda-te, enão bebas vi- is Então, Manoá disse ao Anjo do SENHOR: Permite-no:.
nho ou bebida forte, nem comas coisa imunda; s porque eis ndeter-te, e te prepararemos um cabrito. 16 Porém o Anjo do
que tu conceberás e darás à luz um filho !sobre cuja cabeça SENHOR disse a Manoá: Ainda que me detenhas, não come-
não passará navalha; porquanto o menino será A'nazireu rei de teu pão; e, se preparares holocausto, ao SENHOR o ofe-
consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele h come- recerás. Porque não sabia Manoá que era o Anjo do SENHOR.
çará a livrar a Israel do poder dos filisteus. 6 Então, a mulher 17 Perguntou Manoá ao Anjo do SENHOR: Qual é o teu
foi a seu marido e lhe disse: iLJm homem de Deus veio a nome, para que, quando se cumprir a tua palavra, te honre-
mim; isua aparência era semelhante à de um anjo de Deus, mos? 18 Respondeu-lhe o Anjo do SENHOR e lhe disse: ºPor
tremenda; 1não lhe perguntei donde era, nem ele me disse o que perguntas assim pelo meu nome, que é maravilhoso?
seu nome. 7 Porém me disse: Eis que tu conceberás e darás à 19Tomou, pois, Manoá um cabrito e uma oferta de manja-
luz um filho; agora, pois, não bebas vinho, nem bebida forte, res Pe os apresentou sobre uma rocha ao SENHOR; e o Anjo
nem comas coisa imunda; porque o menino será nazireu do SENHOR se houve maravilhosamente. Manoá e sua mu-
consagrado a Deus, desde o ventre materno até ao dia de lher estavam observando. 20 Sucedeu que, subindo para o
sua morte. céu a chama que saiu do altar, o Anjo do SENHOR subiu nela;
8 Então, Manoá orou ao SENHOR e disse: Ah! Senhor meu, o que vendo Manoá e sua mulher, qcaíram com o rosto em
rogo-te que o homem de Deus que enviaste venha outra vez e terra.
nos ensine o que devemos fazer ao menino que há de nascer. 21 Nunca mais apareceu o Anjo do SENHOR a Manoá,
9 Deus ouviu a voz de Manoá, e o Anjo de Deus veio outra nem a sua mulher; rentão, Manoá ficou sabendo que era o
vez à mulher, quando esta se achava assentada no campo; po- Anjo do SENHOR. 22 Disse Manoá a sua mulher: 5 Certamen-
rém não estava com ela seu marido Manoá. 10 Apressou-se, te, morreremos, porque vimos a Deus. 23 Porém sua mulher
pois, a mulher, e, correndo, noticiou-o a seu marido, e lhe dis- lhe disse: Se o SENHOR nos quisera matar, não aceitaria de
se: Eis que me apareceu aquele homem que viera a mim no nossas mãos o holocausto e a oferta de manjares, nem nos
outro dia. 11 Então, se levantou Manoá, e seguiu a sua mu- teria mostrado tudo isto, nem nos teria revelado tais coisas.
lher, e, tendo chegado ao homem, lhe disse: És tu o que falas- 24 Depois, deu a mulher à luz um filho e lhe chamou 'San-

.
te a esta mulher? Ele respondeu: Eu sou. 12 Então, disse são; uo menino cresceu, e o SENHOR o abençoou. 25 vE o
Manoá: Quando se cumprirem as tuas palavras, qual será o Espírito do SENHOR passou a incitá-lo em 1 Maané-Dã, x entre
modo de viver do menino e o seu serviço? 13 Respondeu-lhe Zorá e 2 Estaol.
- . ·-------·---.---------- - .-· - ---------·- ---.--------------

2 e Js 1941. Jz 16.31 3 d Jz 6.12 4 e Nm 6.2-3.20; Jz 134; Lc 1.15 S/Nm 65; 1Sm 1.11 gNm 6.2h1Sm 7.13; 2Sm 8.1; 1Cr 18.1
6 i Gn 32.24-30 i Mt 28.3; Lc 9.29; At 6.15 1Jz 13.17-18 14 m Nm 6.3-4; Jz 13.4 15 n Gn 18.5; Jz 6.18 18 o Gn 32.29 19 P Jz
6.19-21 20 Qlv 9.24; 1Cr 21.16; Ez 1.28; Mt 17.6 21 r Jz 6 22 22 s Gn 32.30; Êx 33.20; Dt 5.26; Jz 6.22-23 24 t Hb 11.32 u 1Sm
3.19; Lc 1.80 25 vJz 3.10; 1Sm 11.6; Mt 4.1 x Js 15.33; Jz 18.11zJz16.31; Jz 18.31 1 campo de Oã
Gideão. o Anjo do Senhor apareceu no seu chamamento; diferentemente de qual- seqüências de terem visto o Anjo do Senhor. Esses paralelos notáveis suscitam
quer outro 1uiz, seu chamado ocorreu desde o ventre materno; e mais do que a pergunta se Sansão não viria a ser um juiz tão grande como Gideão
qualquer outro juiz, experimentou o poder do Espírito vindo sobre ele 113.25, 113.1-16.31. nota). Três vezes as exigências do nazireado foram definidas an-
14.6, 19; 15.14). Mesmo assim, de todos os juízes, Sansão foi o mais claramente tes mesmo de Sansão nascer (vs. 4-5,7,14). Essa repetição ressalta a sua im-
sem compromisso. Tendo assumido o voto do nazireado 113.4-5,7, 14; 16.17; Nm portância.
6.1-21). só observou o aspecto de não cortar os cabelos. Repetidas vezes violou a •13.2 estéril. A mãe de Sansão era estéril. assim como Sara, Rebeca, Raquel
aliança de Deus e o seu voto ao procurar esposas estrangeiras, deitar-se com (Gn 16.1; 25 21. 29.31) e a mãe de Samuel (1Sm 1.2.5; Jz 13.1-16.31, nota).
prostitutas, tocar em coisas mortas e beber vinho. Não demonstrou interesse em
libertar Israel. A forma do seu chamamento e as circunstâncias do seu nascimen- •13.3 o Anjo do SENHOR. Ver 2.1; 6.11-24; 13.1-16.31. nota; "Anjos", em
to e da sua vida só ressaltam a tragédia da sua vida e enfatizam até quais profun- Zc 1.9.
dezas Israel se rebaixara. Mas Deus o suscitara para livrar Israel dos filisteus lv. 5) •13.5 nazireu... desde o ventre de sua mãe. Para o contexto histórico, ver
e Deus aproveitou até mesmo os pecados de Sansão como ocasião contra eles Nm 6 1-21. Normalmente, o voto do nazireado era tomado por um determinado
1144) período de tempo e não desde o nascimento (13.1-16.31. nota).
Sansão não era como Gideão, nem como Samuel. Embora o Espírito tivesse •13.6 sua aparência era semelhante à de um anjo de Deus. Ela deixou de
vindo repetidas vezes sobre ele. esse fato não teve nenhum impacto sobre o seu reconhecer que era realmente o Anjo do Senhor (6.22; 13.16)
caráter. Assim como Saul, Sansão perdeu o revestimento do Espírito como resul- •13.15 prepararemos um cabrito. Repetiram a hospitalidade de Gideão
tado do castigo divino Mesmo assim, o relato do fim da sua vida l 16.25-31) refle- (619)
te uma renovação da sua fé enquanto era prisioneiro dos seus inimigos le os de
•13.17 Qual é o teu nome. Jacó fez a mesma pergunta (Gn 32.29).
Deus). Hb 11 .32 alista Sansão no rol de honra da fé.
•13.19-22 Esses incidentes formam um paralelo com aqueles na vida de Gideão
•13.1 Tendo os filhos de Israel tomado a fazer o que era mau. A fórmula (6 20-22)
introdutória usual é especialmente abreviada lcf 2.11-19)
•13.24 o menino cresceu, e o SENHOR o abençoou. Apesar da bênção divi-
entregou nas mãos dos filisteus. Ver 2.14; 1Sm 12.9. na, Sansão era fraco na fé 113.1-16.31, nota), em contraste com Samuel (1Sm
•13.2-25 Da mesma maneira que Gideão 16.11-24). os pais de Sansão não reco- 2.26; 3.19) e com Jesus llc 2.52)
nheceram o Anjo do Senhor. Viram um fogo milagroso e depois temeram as con- •13.25 o Espírito do SENHOR. Ver 3.10, nota.
295 JUÍZES 14, 15
O casamento de Sansão Do comedor saiu comida,
Desceu Sansão ªa Timna; bvendo em Timna uma das
14 filhas dos filisteus, 2 subiu, e declarou-o a seu pai e a
sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos fi-
e do forte saiu doçura.
E, em três dias, não puderam decifrar o enigma_
ts Ao 2 sétimo dia, disseram à mulher de Sansão: ºPersua-
listeus; ctomai-ma, pois, por esposa. 3 Porém seu pai e sua de a teu marido que nos declare o enigma, Ppara que não
mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas queimemos a ti e a casa de teu pai. Convidastes-nos para vos
de dteus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás to- apossardes do que é nosso, não é assim? 16 A mulher de San-
mar esposa dos filisteus, daqueles eincircuncisos? Disse San- são chorou diante dele e disse: qTão-somente me aborreces e
são a seu pai: Toma-me esta, porque só / desta me agrado. não me amas; pois deste aos meus patrícios um enigma a de-
4 Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto /vinha do cifrar e ainda não mo declaraste a mim. E ele lhe disse: Nem a
SENHOR, pois este procurava ocasião contra os filisteus; por- meu pai nem a minha mãe o declarei e to declararia a ti?
quanto, naquele tempo, gos filisteus dominavam sobre Israel. 17 Ela chorava diante dele os sete dias em que celebravam as
s Desceu, pois, com seu pai e sua mãe a Tunna; e, chegando bodas; ao sétimo dia, lhe declarou, porquanto o importunava;
às vinhas de Tunna, eis que um leão novo, bramando, lhe saiu então, ela declarou o enigma aos seus patrícios. 18 Disseram,
ao encontro. 6 Então, ho Espírtto do SENHOR de tal maneira se pois, a Sansão os homens daquela cidade, ao sétimo dia, antes
apossou dele, que ele o rasgou como quem rasga um cabrito, de se pôr o sol:
sem nada ter na mão; todavia, nem a seu pai nem a sua mãe deu Que coisa há mais doce do que o mel
a saber o que fizera. 7 Desceu, e falou àquela mulher, e dela se e mais forte do que o leão?
agradou. 8 Depois de alguns dias, voltou ele para a tomar; e, E ele lhes citou o provérbio:
apartando-se do caminho para ver o corpo do leão morto, eis Se vós não lavrásseis com a minha novilha,
que, neste, havia um enxame de abelhas com mel. 9Tomou o nunca teríeis descoberto o meu enigma.
favo nas mãos e se foi andando e comendo dele; e chegando a 19 Então, ro Espírito do SENHOR de tal maneira se apossou
seu pai e a sua mãe, deu-lhes do mel, e comeram; porém não dele, que desceu aos asquelonitas, matou deles trinta ho-
lhes deu a saber que do icorpo do leão é que o tomara. mens, despojou-os e as suas vestes festivais deu aos que decla-
raram o enigma; porém acendeu-se a sua ira, e ele subiu à
O enigma de Sansão casa de seu pai. 20 s Ao companheiro de homa de Sansão foi
to Descendo, pois, seu pai à casa daquela mulher, fez San- dada por mulher 1a esposa deste.
são ali um banquete; porque assim o costumavam fazer os mo-
ços. t t Sucedeu que, como o vissem, convidaram trinta Sansão põe fogo às searas dos filisteus
Passado algum tempo, nos dias da ceifa do trigo, San-
companheiros para estarem com ele. 12 Disse-lhes, pois, San-
são: íDar-vos-ei um enigma a decifrar; se, 1nos sete dias das bo-
das, mo declarardes e descobrirdes, dar-vos-ei trinta camisas e
15 são, levando um ªcabrito, foi visitar a sua mulher,
pois dizia: Entrarei na câmara de minha mulher. Porém o pai
trinta 111 vestes festivais; 13 se mo não puderdes declarar, vós me dela não o deixou entrar 2 e lhe disse: Por certo, pensava eu
dareis a mim as trinta camisas e as trinta vestes festivais. E eles que de todo ba aborrecias, de sorte que a dei ao teu compa-
lhe disseram: n Dá-nos o teu enigma a decifrar, para que o ouça- nheiro; porém não é mais formosa do que ela a irmã que é
mos. 14 Então, lhes disse: mais nova? Toma-a, pois, em seu lugar. 3 Então, Sansão lhe

·-~APÍTULO·;;··--
olhos
t ªGn38.~3,Js ~~10,; ~n;2~ :c;n;;-2~3~G;;-;434 ;1,0x341;-D~3 ~~it~/aé:rtaao~~e:---~
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4/Js 11.20; 1Rs 12.15; 2Rs 6.33; 2Cr 10.15 got 28.48; Jz 13.1 6 hJz 3.10 9 iLv 11.27 12 j1Rs 10.1, Ez 17.2 IGn 29.27 mGn
45.22; 2Rs 5.22 13nEz17.2 IS oJz 165 PJz 156 2ConformeTM. Te V; LXXe Squarto 16qjz1615 19 rJz3.10; 13.25 20 5 Jo
3.29 t Jz 15.2
CAPÍTULO 15 ta Gn 38.17 2 b Jz 14.20
•14.1-15.20 Imediatamente, depois de entender que o Senhor estava com •14.6 Espírito do SENHOR. Ver 3 1O, nota
Sansão e que o Espírito começava a se mover nele (13.25). o leitor é informado •14.8-9 o corpo do leão. Parte do voto nazireu incluía evitar a mínima aproxima-
de que Sansão procurou uma esposa dentre os filisteus (14.1-2). Nessa seção, é ção a um cadáver (Nm 6.6). Sansão tocou no cadáver, o que já anularia o seu
revelado que Sansão tinha forças prodigiosas, capacidades poéticas, orgulho e voto. Não contou aos pais. À primeira vista, imaginaríamos que ele guardou se-
mau gênio intensos. A narrativa gira em torno da busca e da perda da esposa filis- gredo visando o propósito de apresentar o seu enigma, rnas também estava es-
téia e das conseqüências tanto para a Filístia quanto para Sansão. No decurso condendo a transgressão do seu voto.
desses eventos, Sansão violou o voto do nazireado ao tocar num animal morto •14.10 fez ... um banquete. Num banquete destes, o vrnho era normalmente ser-
(14 8-9) e ao beber vinho (v. 10). Tudo que lhe restava fazer nesse sentido era cor- vido. Mas Sansão, como nazireu, estava proibido de beber vrnho 1131-16.31,
tar os seus cabelos. Três vezes o Espírito do Senhor veio sobre ele e ele matou os nota; 132-25. nota)
seus inimigos. Liderou Israel durante vinte anos (15.201. Normalmente. esse seria
o fim da narrativa. Sansão, no entanto, continuava a se deixar desviar por mulhe- •14.19 o Espírito do SENHOR. Ver 3.10, nota
res estrangeiras e a história termina com a narrativa da sua morte como resultado •14.20 Ao companheiro de honra. Esse não era um costume, mas uma tenta-
de seus próprios feitos (cap. 16) tiva de um pai envergonhado em salvar as aparências (15.1-2). Até mesmo os fi-
listeus continuavam a referir-se a Sansão como "o genro do timnita" (15.6).
•14.2 uma mulher... dos filisteus. Os israelitas não deviam casar com mulhe-
res estrangeiras (3.1-6; 14.3; Dt 7.3-4; 1Rs 11.1-6; Ed 9-1 O). •15.1 nos dias da ceifa do trigo. Esse era um tempo de seca, quando, então,
os campos se queimariam facilmente (vs. 4-5).
•14.4 isto vinha do SENHOR. Embora o desejo de Sansão fosse pecaminoso,
Deus o usou visando seus próprios propósitos de exercer o juízo contra os filis- sua mulher. Legalmente, era esposa de Sansão.
teus •15.2 a dei ao teu companheiro. Ver 14.20, nota.
JUÍZES 15, 16 296
respondeu: Desta feita sou inocente para com os filisteus, Com uma queixada de jumento
quando lhes fizer algum mal. 4 E saiu e tomou trezentas rapo- um montão, outro montão;
sas; e, tomando fachos, as virou cauda com cauda e lhes atou com uma queixada de jumento feri mil homens.
um facho no meio delas. s Tendo ele chegado fogo aos tições, t7Tendo ele acabado de falar, lançou da sua mão a queixa-
largou-as na seara dos filisteus e, assim, incendiou tanto os da.Chamou-se aquele lugar 2 Ramate·Leí.
molhos como o cereal por ceifar, e as vinhas, e os olivais. 18 Sentindo grande sede, clamou ao SENHOR e disse: iPor in-
6 Perguntaram os filisteus: Quem fez isto? Responderam: termédio do teu servo deste esta grande salvação; morrerei eu,
Sansão, o genro do timnita, porque lhe tomou a mulher e a agora, de sede e cairei nas mãos destes incircuncisos? 19 Então,
deu a seu companheiro. e Então, subiram os filisteus e quei- o SENHOR fendeu a cavidade que estava em 3 Leí, e dela saiu
maram a ela e o seu pai. 7 Disse-lhes Sansão: Se assim proce- água; tendo Sansão bebido, 'recobrou alento e reviveu; daí
deis, não desistirei enquanto não me vingar. 8 E feriu-os com chamar-se aquele lugar 4 En-Hacoré até ao dia de hoje. 20 msan-
grande carnificina; e desceu e habitou na fenda da rocha de são julgou a Israel, nnos dias dos filisteus, ºvinte anos.
dEtã.
Sansão em Gaza
Os homens de Judá am;irram Sansão Sansão foi a ªGaza, e viu ali uma prostituta, e coabi-
9 Então, os filisteus subiram, e acamparam-se contra Judá, 16
tou com ela. 2 Foi dito aos gazitas: Sansão chegou
e estenderam-se e por Leí. to Perguntaram-lhes os homens de aqui. bCercaram-no, pois, e toda a noite o esperaram, às es-
Judá: Por que subistes contra nós? Responderam: Subimos condidas, na porta da cidade; e, toda a noite, estiveram em si-
para amarrar Sansão, para lhe fazer a ele como ele nos fez a lêncio, pois diziam: Esperaremos até ao raiar do dia; então,
nós. 11 Então, três mil homens de Judá desceram até à fenda daremos cabo dele. 3 Porém Sansão esteve deitado até à meia-
da rocha de Etã e disseram a Sansão: Não sabias tu que os filis- noite; então, se levantou, e pegou ambas as folhas da porta da
teus !dominam sobre nós? Por que, pois, nos fizeste isto? Ele cidade com suas ombreiras, e, juntamente com a tranca, as
lhes respondeu: Assim como me fizeram a mim, eu lhes fiz a tomou, pondo-as sobre os ombros; e levou-as para cima, até
eles. 12 Descemos, replicaram eles, para te amarrar, para te ao cimo do monte que olha para Hebrom.
entregar nas mãos dos filisteus. Sansão lhes disse: Jurai-me
que vós mesmos não me acometereis. 13 Eles lhe disseram: Sansão é traído por Dalila
Não, mas somente te amarraremos e te entregaremos nas 4 Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher
suas mãos; porém de maneira nenhuma te mataremos. E do vale de Soreque, a qual se chamava Dalila. s Então, e os prín-
amarraram-no com duas gcordas novas e fizeram-no subir da cipes dos filisteus subiram a ela e lhe disseram: dPersuade-o e
rocha. vê em que consiste a sua grande força e com que poderíamos
dominá-lo e amarrá-lo, para assim o subjugarmos; e te dare-
Sansão fere mil homens mos cada um mil e cem siclos de prata. 6 Disse, pois, Dalila a
com um;i queixada de jumento Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande
14 Chegando ele a Leí, os filisteus lhe saíram ao encontro, força e com que poderias ser amarrado para te poderem sub-
jubilando; porém ho Espírito do SENHOR de tal maneira se jugar. 7 Respondeu-lhe Sansão: Se me amarrarem com sete
apossou dele, que as cordas que tinha nos braços se tomaram tendões frescos, ainda não secos, então, me enfraquecerei, e
como fios de linho queimados, e as suas amarraduras / sedes· serei como qualquer outro homem. 8 Os príncipes dos filiste-
fizeram das suas mãos. ts Achou uma queixada de jumento, us trouxeram a Dalila sete tendões frescos, que ainda não es-
ainda fresca, à mão, e tomou-a, e iferiu com ela mil homens. tavam secos; e com os tendões ela o amarrou. 9 Tinha ela no
16 E disse: seu quarto interior homens escondidos. Então, ela lhe disse:

6--6~ J~4~5 d~Cr~.6 8 - 9 e Jz 15.19 11 /Lv 26.25; Dt 2843; Jz 13.1; 14-4; S~0~0-42 ~ -;-61~:1;-l~~~;~;~
14.6 1 Lit. derreteram-se 15 iLv 26.8; Js 23 10; Jz 3.31 17 2monteda Queixada 18 iSI 3.7
--13 Jz
19 iGn 45 27; Is 40.29; Jz 1514 3Lit.
Oueix,ada. Jz 15.14 4 Lit fonte daquele que chama 20 m Jz 10.2; 12. 7- 14 n Jz 131 o Jz 16.31
CAPITUL016 JaJs1547 2b1Sm23.26;Sl11810-12 5cJs13.3dJz14.15
•15.6 o genro do timnita. Ver 14.20, nota. •15.20 vinte anos. Normalmente, essas palavras assinalariam o fim da história,
•15.13 amarraram-no com duas cordas novas. Ver 16.11-12. mas não neste caso (14 1-15.20, nota). Assim como Jefté (12.7), Sansão não
dirigiu Israel durante uma geração inteira (quarenta anos) assim como tinham fei-
•15. 14 o Espírito do SENHOR. Ver 3.10, nota; 14.6, 19. to os 1uízes anteriores.
•15.15 uma queixada de jumento, ainda fresca ... mil homens. Ver o para- •16.1-22 Esse relato contém duas histórias paralelas que demonstram o dese-
lelo com Sangar, filho de Anate 13.31). jo que Sansão tinha pelas mulheres, sua força prodigiosa e os esforços que os
•15.1 Bclamou. Essa é uma das duas únicas vezes que a narrativa diz que San- filisteus fizeram para prendê-lo. As contínuas violações da aliança por parte de
são clamou ao Senhor 116.28). Sansão foram julgadas por Deus; os filisteus o prenderam e o cegaram (vs.
morrerei eu, agora, de sede. Assim como os israelitas que presenciaram mi- 21-22) As tentativas de Dalila para enganar Sansão revelam quão tolo ele era
lagre após milagre no deserto, Sansão queixou-se a Deus. Oparalelo é marcado por ainda ficar com ela. Éainda mais estranho que o Espírito de Deus tenha se
pelo clamor por água e pela maneira milagrosa de Deus fornecê-la (v 19; Êx apartado dele somente quando foram cortados os seus cabelos e não nalgum
17.1-7; Nm 20.1-131. Tanto Israel quanto Sansão queixavam-se a Deus, mas momento anterior das suas violações da aliança. Deus teve paciência com San-
ele, na sua misericórdia e compaixão, supriu as suas necessidades IJz são até desaparecer o último sinal do seu voto e foi então que ele o julgou.
10.10-161 •16.1 uma prostituta. Sansão violou novamente a aliança 1142).
297 JUÍZES 16, 17
Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Quebrou ele os tendões 21 Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e
1 3

como se quebra o fio da estopa chamuscada; assim, não se o fizeram descer a Gaza; amarraram-no com duas cadeias de
soube em que lhe consistia a força. bronze, e virava um moinho no cárcere. 22 E o cabelo da sua
10 Disse Dalila a Sansão: Eis que zombaste de mim e me dis· cabeça, logo após ser rapado, começou a crescer de novo.
seste mentiras; ora, declara-me, agora, com que poderias ser
amarrado. 11 Ele lhe disse: Se me amarrarem bem com •cordas A morte de Sansão
novas, 1 com que se não tenha feito obra nenhuma, então, me 23 Então, os príncipes dos filisteus se ajuntaram para ofere-
enfraquecerei e serei como qualquer outro homem. 12 Dalila cer grande sacrifício a seu deus m Dagom e para se alegrarem;
tomou cordas novas, e o amarrou, e disse-lhe: Os filisteus vêm e diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos a Sansão, nosso
sobre ti, Sansão! Tmha ela no seu quarto interior homens es· inimigo. 24 Vendo-o o povo, n1ouvavam ao seu deus, porque
condidos. Ele as rebentou de seus braços como um fio. 13 Disse diziam: Nosso deus nos entregou nas mãos o nosso inimigo, e
Dalila a Sansão: Até agora, tens zombado de mim e me tens o que destruía a nossa terra, e o que multiplicava os nossos
dito mentiras; declara-me, pois, agora: com que poderias ser mortos. 25 °Alegrando-se-lhes o coração, disseram: Mandai
amarrado? Ele lhe respondeu: Se teceres as sete tranças da mi- vir Sansão, para que nos divirta. Trouxeram Sansão do cárce-
nha cabeça com a urdidura da teia e se as firmares com pino de re, o qual os divertia. Quando o fizeram estar em pé entre as
tear, então, me enfraquecerei e serei como qualquer outro ho- colunas, 26 disse Sansão ao moço que o tinha pela mão: Dei-
mem. Enquanto ele dormia, tomou ela as sete tranças e as te- xa-me, para que apalpe as colunas em que se sustém a casa,
ceu com a urdidura da teia. 14 E as fixou com um pino de tear e para que me encoste a elas. 27 Ora, a casa estava cheia de ho-
disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Então, despertou mens e mulheres, e também ali estavam todos os príncipes
do seu sono e arrancou o pino e a urdidura da teia. dos filisteus; e sobre Po teto havia uns três mil homens e mu-
15 Então, ela lhe disse: !Como dizes que me amas, se não lheres, que olhavam enquanto Sansão os divertia.
está comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim e 28 Sansão clamou ao SENHOR e disse: SENHOR Deus, peço-
ainda não me declaraste em que consiste a tua grande força. te que 0 te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus,
16 Importunando-o ela todos os dias com as suas palavras e para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus
molestando-o, apoderou-se da alma dele uma impaciência de olhos. 29 Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do
matar. 17 gDescobriu-lhe todo o coração e lhe disse: hNunca meio, em que se sustinha a casa, e fez força sobre elas, com a
subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, mão direita em uma e com a esquerda na outra. 30 E disse:
desde o ventre de minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á de Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa
mim a minha força, e me enfraquecerei e serei como qual- caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e
quer outro homem. foram mais os que matou na sua morte do que os que matara
18Vendo, pois, Dalila que já ele lhe descobrira todo o cora- na sua vida. 31 Então, seus irmãos desceram, e toda a casa de
ção, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi seu pai, tomaram-no, subiram com ele e 'o sepultaram entre
mais esta vez, porque, agora, me descobriu ele todo o coração. Zorá e Estaol, no sepulcro de Manoá, seu pai. 5 ]ulgou ele a
Então, os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela e trouxe- Israel vinte anos.
ram com eles o dinheiro. 19 iEntão, Dalila fez dormir Sansão
nos joelhos dela e, tendo chamado um homem, mandou ra- Mica e o ídolo da sua casa
par-lhe as sete tranças da cabeça; passou 2 ela a subjugá-lo; e re-
tirou-se dele a sua força. 20 E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, 17
Havia um homem da região montanhosa de Efraim
cujo nome era ªMica, 2 o qual disse a sua mãe: Os
Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mes- mil e cem sidos de prata que te foram tirados, por cuja causa
mo: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei; porque ele bdeitavas maldições e de que também me falaste, eis que
não sabia ainda que já o SENHOR /se tinha retirado dele. esse dinheiro está comigo; eu o tomei. Então, lhe disse a mãe:

11 •Jz15.131Lit.quea1íldanãotenhamsidousadas t5/Jz14.16 178[Mq7.5] hNm6.5;Jz13.5 19iPv7.26-272Cf.TM,TeV;na


lXX ele começou a enfraquecer 20 i Nm 14.9,42-43; [Js 7.12]; 1Sm 16.14; 18.12; 28.15-16; 2Cr 15.2 21 l 2Rs 25.7 3 Lit. perfuraram
23 m 1Sm 5.2 24 n Dn 5.4 25 o Jz 9.27 27 P Dt 22.8 28 q Jr 15.15 31 r Jz 13.25 s Jz 15.20
CAPÍTULO 17 ta Jz 18.2 2 b Lv 5.1
•16.11 cordas novas. Ver 15.13. • 16.28 SENHOR Deus. A petição final de Sansão é tirar vingança pela perda da sua
•16.15 Como dizes. Ver 14.16-17. vista. Oescritor não comenta esse motivo. Deus, na sua graça, respondeu à oração
•16.17 desde o ventre de minha mãe. Ver 13.5. e permitiu que Sansão matasse os inimigos de Israel (10.10-16; 15.18-19).
se vier a ser rapado. Sansão sempre desconsiderara os demais aspectos •16.30 mais... do que os que matara na sua vida. Ver 13.1-16.31, nota.
do seu voto (13.1-16.31, nota). Sua verdadeira força era o Espírito do Senhor
•16.31 Julgou ... vinte anos. Ver 15.20, nota.
(v. 20)
•16.20 o SENHOR se tinha retirado dele. OEspírito do Senhor já não lhe dava •17 .1-18.31 Essa seção, que relata a idolatria dos danitas, faz parte da conclu-
forças (13.25; 14.6,19; 15.14) Assim como Saul (cf Is 16.14 com 1Sm 15.23), são do Livro dos Juízes. As expressões: "Naqueles dias, não havia rei em Israel"
Sansão perdeu o poder do Espírito porque desobedeceu. Deus era a sua força e (17.6; 18.1 ), e "cada qual fazia o que achava mais reto" (17.6) são repetidas na úl-
não alguma magia associada com seus cabelos compridos. tima seção dos ciclos de narrativa (19.1; 21.25). Sem um rei, o povo estava na
•16.23 Nosso deus nos entregou. Deus é o Juiz que permitia que opressores desgraça.
maltratassem seu povo por causa do pecado deste (v. 20); não foi o poder dos de- •17.2 A história começa de modo abrupto, com a devolução de dinheiro furtado.
uses das nações que as capacitou a vencer Israel (2.14-15). A mãe não parece ter ficado surpresa.
JUÍZES 17, 18 298
e Bendito do SENHOR seja meu filho! 3 Assim, restituiu os mil e de Belém de 5u.dá para ficar onde melhor lhe parecesse. Se-
cem sidos de prata a sua mãe, que disse: De minha mão dedi- guindo, pois, o seu caminho, chegou à região montanhosa de
co este dinheiro ao SENHOR para meu filho, dpara fazer uma Efraim, até à casa de Mica. 9 Perguntou-lhe Mica: Donde
imagem de escultura e uma de fundição, de sorte que, agora, vens? Ele lhe respondeu: Sou levita de Belém de Judá e vou fi-
eu to devolvo. 4 Porém ele restituiu o dinheiro a sua mãe, car onde melhor me parecer. to Então, lhe disse Mica: Fica
e que tomou duzentos sidos de prata e os deu ao ourives, o comigo "e sê-me por ºpai e sacerdote; e cada ano te. darei ó.e.z
qual fez deles uma imagem de escultura e uma de fundição; e sidos de prata, o vestuário e o sustento. O levita entrou t t e
a imagem esteve em casa de Mica. s E, assim, este homem, consentiu em ficar com aquele homem; e o moço lhe foi como
Mica, /veio a ter uma 1 casa de deuses; fez uma g estola sacer- um de seus filhos. 12 PConsagrou2 Mica ao moço levita, qqu.e
dotal e hídolos do lar e consagrou a um de seus filhos, para lhe passou a ser sacerdote; e ficou em casa de Mica. 13 Então,
que lhe fosse por sacerdote. 6 iNaqueles dias, não havia rei disse Mica: Sei, agora, que o SENHOR me !ará bem, porquanto
em Israel; /cada qual fazia o que achava mais reto. tenho um levita por rsacerdote.

O levita em casa de Mica Os danitas buscam herança maior


7 Havia um moço de 1Belém de Judá, da tribo de Judá, que ªNaqueles dias, não havia rei em Israel, e ba tribo dos
era levita e mse demorava ali. 8 Esse homem partiu da cidade 18 danitas buscava para si herança em que habitar; por-
..&~~
~ cGn14.19 JdÊx20.4,23;34.17 4e1s46.6 5/Jz18Z4gJz827;18.14hGn31.19,30IHebrteraphim 6iJz18.1;19.1iDt12.8
7 IMt 2.1,5-6 m Dt 18.6
10 nJz 18.19 ºGn 45.8 12 PJz 17.5 q Jz 18.30 2Lit. encheu a mão de 13 r Jz 18.4
CAPÍTULO 18 1aJz17.6; 19.1, 21.25 bJs 19.40-48
•17 .3 dedico ... ao SENHOR ... para fazer uma imagem de escultura e uma •17 .1 Osê-me por pai. Isto é, num sentido religioso.
de fundição, Essa declaração é altamente irônica. Por mais bem-intencionada, a
consagração da prata dessa maneira violava o segundo mandamento IDt 5.8), o •17.11 como um de seus filhos. Ofato de que o levita "consentiu" com o pla-
que indica a ignorância espiritual daquele período. no proposto dernostra sua total insensibilidade à apostasia. Um oficial do taberná-
culo estava servindo a um ídolo.
•17.5 uma estola sacerdotal. Ver 8.27, nota.
•17.13 me fará bem. Essa é uma declaração tola lv. 3, nota; 17.1-18.31,
•17.6 Naqueles dias, Ver 18.1; 19.1; 21.25. O refrão comenta a ignorância de nota), que ilustra ainda mais como o entendimento estava obscurecido naqueles
Mica e da sua mãe, ignorância típica daqueles tempos. Fizeram ídolos em nome tempos, rebaixando-se até ao nível da superstição.
do Senhor e designaram seu próprio sacerdote.
•18.1 Naqueles dias... àquele dia. Essa expressão repetida lver também
•17.7 levita. A herança dos levitas era a de servirem ao Senhor na sua morada, o 17 .6) indica, com sutileza, desde o próprio início da narrativa, que os danitas esta-
tabernáculo IDt 18.1-8; Js 13.14,33; 14.3-4). vam fazendo o que era reto aos seus próprios olhos.
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O período dos Juízes (16.31)
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Eventos e Juízes Anos


krael serve a Cusã-Aisatairó{3.7-8) 8
Paz após o livramento sob Otniel (3.7-11) 40
.lstl)el serve a M<Jiitbe (3.12) 18
Paz após o livramento sob Eúde (3.12-30) 80
. Sangar livra lsra.eJ dos filisteus (3.31) ?
Israel serve a Canaã (4. 1-3) 20
Paz após o Jivramento sob Débora e Baraque (4.1--5.31 J 40
Israel serve a Midiã (6.1-6) 7
Paz.aplil'~ M~ sob ~(leão (6.1.:....8.S5) 40
Abimeleque, rei de Israel (9.1-57) 3
A carreira de Tola 110.1 ..2) .-29·
A carreira de Jair (10.3-5) 22
Israel serve a Amom e à Filísüa (10~~r~C,r
A carreira de Jefté (10.6-12.7)
·.,,«'.,.Carreira de lbsã (12.8-10)
A carreira de Elom (12.11-12)
,, ;:Âiil8freiradeAbdom (12.13-15)
Israel serve à Filístia ( 13.1) 40
Acarréira deSsn&o l1á.1-16.31} 2Q
299 JUÍZES 18
quanto, até àquele dia, entre as tribos de Israel, não lhe havia seram a seus irmãos: Sabeis vós que, naquelas casas, xhá uma
caído por sorte a herança. 2 Enviaram os filhos de Dã cinco estola sacerdotal, e ídolos do lar, e uma imagem de escultura,
homens dentre todos os da sua tribo, homens valentes, de e uma de fundição? Vede, pois, o que haveis de fazer.
e Zorá e de Estaol, d a espiar e explorar a terra; e lhes disseram: 15 Então, foram para lá, e chegaram à casa do moço, o levita,
Ide, explorai a terra. Chegaram à região montanhosa de Efra· em casa de Mica, e o saudaram. 16 Os 2 seiscentos homens
im, até à e casa de Mica, e ali pernoitaram. J Estando eles jun· que eram dos filhos de Dã, armados de suas armas de guerra,
to da casa de Mica, reconheceram a voz do moço, do levita; ficaram à entrada da porta. 17 Porém, ªsubindo os cinco ho-
chegaram-se para lá e lhe disseram: Quem te trouxe para mens que foram espiar a terra, entraram e apanharam ba ima-
aqui? Que fazes aqui? E que é que tens aqui? 4 Ele respondeu: gem de escultura, a estola sacerdotal, os ídolos do lar e a
Assim e assim me fez Mica; pois/me assalariou, e eu lhe sirvo imagem de fundição, ficando o sacerdote em pé à entrada da
de sacerdote. 5 Então, lhe disseram: 8Consuita ha Deus, para porta, com os seiscentos homens que estavam armados com
que saibamos se prosperará o caminho que levamos. 6 Dis- as armas de guerra. 18 Entrando eles, pois, na casa de Mica e
se-lhes o sacerdote: 'Ide em paz; / o caminho que levais está tomando a imagem de escultura, a estola sacerdotal, os ídolos
sob as vistas do SENHOR. do lar e a imagem de fundição, disse-lhes o sacerdote: Que es-
7 Partiram os cinco homens, e chegaram a iLaís, e viram que tais fazendo? 19 Eles lhe disseram: Caia-te, e cpõe a mão na
o povo que havia nela 1estava seguro, segundo o costume dos si- boca, e vem conosco, e dsê-nos por pai e sacerdote. Ser-te-á
dônios, em paz e confiado. Nenhuma autoridade havia que, por melhor seres sacerdote da casa de um só homem do que seres
qualquer coisa, o oprimisse; também estava longe dos msidônios sacerdote de uma tribo e de uma família em Israel? 20 Então,
e não tinha trato 2 com nenhuma outra gente. 8 Então, voltaram se alegrou o coração do sacerdote, tomou a estola sacerdotal,
a seus irmãos, a n Zorá e a Estaol; e estes lhes perguntaram: Que os ídolos do lar e a imagem de escultura e entrou no meio do
nos dizeis? 9 Eles disseram: ºDisponde-vos e subamos contra povo.
eles; porque examinamos a terra, e eis que é muito boa. PEstais 21 Assim, viraram e, tendo posto diante de si os meninos,
aí parados? Não vos demoreis em sair para ocupardes a terra. o gado e seus bens, partiram. 22 Estando já longe da casa de
10 Quando lá chegardes, achareis qum povo confiado, e a terra é Mica, reuniram-se os homens que estavam nas casas junto à
ampla; porque Deus vo-la entregou nas mãos; ré um lugar em dele e alcançaram os filhos de Dã. 23 E clamaram após eles, os
que não há falta de coisa alguma que há na terra. quais, voltando-se, disseram a Mica: eQue tens, que convo-
11 Então, partiram dali, da tribo dos danitas, de Zorá e de caste esse povo? 24 Respondeu-lhes: !Os 4 deuses que eu fiz
Estaol, seiscentos homens armados de suas armas de guerra. me tomastes e também o sacerdote e vos fostes; que mais me
12 Subiram e acamparam-se em 5 Quiriate-Jearim, em Judá; resta? Como, pois, me perguntais: Que é o que tens? 25 Po-
pelo que chamaram a este lugar 1Maané-Dã3 , até ao dia de rém os filhos de Dã lhe disseram: Não nos faças ouvir a tua
hoje; está por detrás de Quiriate-Jearim. 13 Dali, passaram à re- voz, para que, porventura, homens de 5 ânimo amargoso não
gião montanhosa de Efraim e chegaram até "à casa de Mica. se lancem sobre ti, e tu percas a tua vida e a vida dos da tua
casa. 26 Assim, prosseguiram o seu caminho os filhos de Dã; e
Roubada a imagem de Mica Mica, vendo que eram mais fortes do que ele, voltou-se e tor-
e conquistada a cidade de Laís nou para sua casa.
14 vos cinco homens que foram espiar a terra de Laís dis- 27 Levaram eles o que Mica havia feito e o sacerdote que

6--;; Jz 1325 d~~ 131;~ 21-ejz171 ~/Jz 1710,12 - ~ 22-;-[ls 30~-0s~~2 ;1~1; 17 ~~181~'1R:·2~6
5 h I LitO
SENHOR está adiante no caminho em que tu vais 7 i Js 19.47 I Jz 18.27-29 m Jz 10.12 2 Conforme TM. Te V; LXX com a Síria 8 n Jz 18.2
9ºNm13.30;Js2.23-24P1Rs 22.3 10qjz18.7,27 rDt8.9 J2SJs 15.601Jz13253Lit.campodeDã 13Ujz18.2 14 v1sm
14.28XJz175 J6ZJz18.11 J7aJz182,14bJz17.4-5 J9CJó215;299;40.4;Mq716dJz17.10 2Je2Rs6.28 24/Gn
31.30; Jz 17 .5 4 ídolos 25 5 Lit. amargo de alma
não havia rei em Israel. Ver 17.6, nota. versículos que se seguem (vs. 17-18,20) e. ainda, é referida mais duas vezes de
não lhe havia caído por sorte a herança. Os danitas tinham falhado em não modo mais geral (vs. 27,30-31 ).
conquistar a porção destinada a eles (1.34-36). Estavam violando a aliança. •18.16 seiscentos homens... armados ... à entrada. A ação dos danitas foi
•18.2 a espiar... aterra. Estavam imitando os seus antepassados INm 13.2, 12). um tipo de paródia da conquista da terra iniciada anteriormente sob a liderança de
•18.3 reconheceram a voz. Ou seja: o sotaque distintivo do jovem do Sul de Josué. Vão com a força de números esmagadores contra um único lar. ao invés
Israel (cf 12.6) de enfrentarem, com a força do Senhor, um inimigo feroz. Duas vezes é mencio-
•18.5 Consulta a Deus. Aparentemente, os sacerdotes usavam uma estola sa- nado que os homens armados ficaram à entrada da porta.
cerdotal para buscar saber a vontade do Senhor (8.27, nota). •18.19 sê-nos por pai e sacerdote. Ver 17.10, nota.
•18.6 o caminho que levais está sob as vistas do SENHOR. A ironia trágica •18.20 Então, se alegrou o coração do sacerdote. Ficou feliz pelo progresso
dessa história - o levita ministrando a ídolos, a confiança absurda de Mica (17.13) pessoal.
- cancela a validade de semelhante bênção pronunciada por lábios ímpios. tomou a estola sacerdotal... a imagem de escultura. O sacerdote estava
•18. 7 em paz e confiado. Sua natureza pacffica e indefesa é ressaltada pela re- para dirigir Dã em falsa adoração, assim como tinha feito na casa de Mica.
petição (vs 10,27-28)
•18.21 diante de si. Isto é, a fim de protegê-los de um ataque vindo por detrás.
•18.9 a terra ... é muito boa. Diferentemente dos espias originais que entraram
em Canaã, estes espias trouxeram um bom relatório. A conquista seria fácil, por- •18.24 Como ... me perguntais. Mica é uma figura patética, que acredita que
que o povo de nada desconfiava e era pacífico (vs. 7, 10) Deus abençoará a "obediência" em qualquer forma que ele optasse por oferecê-la
•18.14 uma estola sacerdotal, e ídolos do lar, e uma imagem de escultu- 117 13)
ra, e uma de fundição. Essa lista inteira 117 5) é repetida três vezes nos seis •18.27 Levaram eles o que Mica havia feito. Verv. 14.
JUÍZES 18, 19 300
tivera, e chegaram a Laís, a um povo em paz e confiado, ge os bocado de pão, e, depois, partireis. 6 Assentaram-se, pois, e
feriram a fio de espada, e queimaram a cidade. 28 Ninguém comeram ambos juntos, e beberam; então, disse o pai da
houve que os livrasse, porquanto hestavam longe de Sidom e moça ao homem: Peço-te que ainda esta noite queiras pas-
não tinham trato com ninguém; a cidade estava no vale 1jun- sá-la aqui, e se alegre o teu coração. 7 Contudo, o homem le-
to a Bete-Reobe. Reedificaram a cidade, habitaram nela 29 e vantou-se para partir; porém o seu sogro, instando com ele,
ilhe chamaram 1Dã, segundo o nome de Dã, seu pai, que nas- fê-lo pernoitar ali. 8 Madrugando ele ao quinto dia para partir,
cera a Israel; porém, outrora, o nome desta cidade era Laís. disse o pai da moça: Fortalece-te, e detende-vos até ao decli-
30 Os filhos de Dã levantaram para si aquela imagem de escul- nar do dia; e ambos comeram juntos. 9 Então, o homem sele-
tura; e Jônatas, filho de Gérson, o filho de 6 Manassés, ele e vantou para partir, ele, e a sua concubina, e o seu moço; e
seus filhos foram sacerdotes da tribo dos danitas maté ao dia disse-lhe seu sogro, o pai da moça: Eis que já declina o dia, a
do cativeiro do povo. 31 Assim, pois, a imagem de escultura tarde vem chegando; peço-te que passes aqui a noite; vai-se o
feita por Mica estabeleceram para si n todos os dias que a Casa dia acabando, passa aqui a noite, e que o teu coração se ale-
de Deus esteve em Siló. gre; amanhã de madrugada, levantai-vos a caminhar e ide
para a vossa 2 casa.
O levita e sua concubina 10 Porém o homem não quis passar ali a noite; mas levan·
Naqueles dias, ªem que não havia rei em Israel, hou- tou-se, e partiu, e veio até à altura de eJebus (que é Jerusa-
19 ve um homem levita, que, peregrinando nos longes lém). e com ele os dois jumentos albardados, como também a
da região montanhosa de Efraim, tomou para si uma concubi- sua concubina. 11 Estando, pois, já perto de Jebus e tendo-se
na de bBelém de Judá. 2 Porém ela, aborrecendo-se dele, o adiantado o declinar-se do dia, disse o moço a seu senhor: Ca-
deixou, tornou para a casa de seu pai, em Belém de Judá, e lá minhai, agora, e retiremo-nos a esta cidade Idos jebuseus e
esteve os dias de uns quatro meses. 3 Seu marido, tendo con- passemos ali a noite. 12 Porém o seu senhor lhe disse: Não
sigo o seu servo e dois jumentos, levantou-se e foi após ela nos retiraremos a nenhuma cidade estranha, que não seja dos
cpara falar-lhe / ao coração, a fim de tornar a trazê-la. Ela o fez filhos de Israel, mas passemos gaté Gibeá. 13 Disse mais a seu
entrar na casa de seu pai. Este, quando o viu, saiu alegre are- moço: Caminha, e cheguemos a um daqueles lugares e per-
cebê-lo. 4 Seu sogro, o pai da moça, o deteve por três dias em noitemos em Gibeá ou hem Ramá. 14 Passaram, pois, adiante
sua companhia; comeram, beberam, e o casal se alojou ali. e caminharam, e o sol se lhes pôs junto a Gibeá, que pertence
s Ao quarto dia, madrugaram e se levantaram para partir; en- a Benjamim. 15 Retiraram-se para Gibeá, a fim de, nela, passa-
tão, o pai da moça disse a seu genro: dfortalece-te com um rem a noite; entrando ele, assentou-se na praça da cidade,

• 27 ;~;;47 -28 h J;~ ;~-13 2~~;Sm


71
31nDt12.1-32; Js 18.1,8; Jz 19.18; 21.12
;6 47 / Jz 20 1 2~1Js19 1~~2
29-Jo. 15 2; 30 m 2Rs 15.29 ó LXX e ---- V-Mois~s
CAPÍTUL019 1 ªJz17.6;181,2125bJz177;Rt11 3'Gn34.3;5021 lgentilmente SdGn18.5;Jz198;Sl10415 92Lit.ten-
da JOeJs18.28; 1Cr11.4-5 JJ/Js15.8,63;Jz121;2Sm5.6 J2gJs18.28 J3hJs18.25
um povo em paz e confiado. Os israelitas deviam destruir somente as sete na- ça da linguagem entre 1.1-2 e 20.18) Os benjamitas tinham praticamente setor-
ções proscritas de Canaã IDt 7.1 ). Aos demais povos. deviam primeiramente ofe- nado cananeus. Ninguém. porém. estava sem culpa no caso. Cada tribo estava
recer a paz IDt 20.10-18). Dã não perguntou quem eram essas pessoas IJs fazendo o que achava certo 121.25). A conclusão a ser tirada era de que havia ne-
9.1-27) e pode ter destruído uma população inocente. Além disso, essa não era a cessidade de um rei. proveniente de Judá e não de Benjamim Davi, e não Saul.
região que Deus havia apontado à tribo de Dã IJs 19.47) teria as qualificações iniciais. Mas o próprio Davi. sendo um homem. revelaria ser
•18.30 levantaram para si aquela imagem de escultura. Isto exemplifica o insuficiente para a tarefa. conforme demonstrariam os acontecimentos posterio-
comportamento na ausência de um rei. quando todos faziam o que era reto aos res l2Sm 12 10-11) Somente o Senhor. a quem o povo rejeitara 11 Srn 8.7-8). po-
seus próprios olhos lv 14; 17.6). deria ser Rei verdadeiro 18 22-23)
Jônatas, filho de Gérson, o filho de Manassés. Esse frn o levita que Mica ti- •19.1 levita. Esse homem provinha da tribo cuios homens serviam ao Senhor
nha contratado 117.10.13). como seus sacerdotes.
concubina. Uma concubina era normalmente uma escrava e tinha uma condi-
até ao dia. Visto que o v. 31 específica que o ídolo de Mica permaneceu em pé
ção 1uríd1ca inferior a de uma esposa 18.31; 9 18)
enquanto '"a Casa de Deus esteve em Siló,'" o cativeiro mencionado aqui sena o
período de opressão que começou com a vitória dos filisteus perto de Siló. quan- •19.2 aborrecendo-se dele. Ou '"prostituindo-se'" A lei exigia que os adúlteros
do, então, a arca foi removida de lá 11Sm4.4, 11) Ocativeiro na Babilônia ocorreu fossem apedrejados IDt 22.22). mas o povo não estava seguindo a lei (17.6; 21.25).
muito mais tarde. •19.1 OJebus... Jerusalém. Ver 1.21, nota.
•18.31 a Casa de Deus. Trata-se do tabernáculo. que esteve em Siló até os •19.12 Não nos retiraremos a nenhuma cidade estranha. Ironicamente.
tempos de Samuel IJs 18.1; 1Sm 3.21; 4.3). Isso foi antes do reinado de Davi. A não querem pernoitar com estrangeiros. mas depois descobrem que seus com-
arca foi levada de Siló para a batalha pelos filhos de Eli e foi capturada pelos filis- patriotas israelitas não são melhores do que Sodoma e Gomorra 119.1-2125,
teus 11 Sm 4.4· 11 ). Depois disso. a arca nunca mais esteve em Síló. nota).
•19.1-21.25 A situação em Israel havia se deteriorado tanto que alguns entre Gibeá. Quando Juízes foi escrito. Gíbeá devia ser bem conhecida como a cidade
o povo de Deus comportavam-se como os habitantes de Sodoma e de Gomorra natal de Saul 119.1--21.25. nota).
IGn 19.1-11). A guerra civil entre as tribos foi o resultado. Essa história final na •19.14-20.48 A história do que aconteceu com o levita em Gíbeá é semelhan-
conclusão de Juízes declara que a desgraça de Israel era resultado da falta de um te à história de Sodoma e Gomorra IGn 19 1-13). O pecado de Gíbeá foi como o
rei 119.1; 21.25; cf. 17.6; 18.1). Foi Benjamim a tribo que pecou. Ainda mais. fo- de Sodoma e Gomorra e os benjamitas foram destruídos pela penmissão e ajuda
ram os homens de Gibeá, cidade natal de Saul. que se comportaram como o povo do Senhor 120 18,28,35). Saul provinha de Benjamim e não seria de ajuda para
de Sodoma. A ação de Saul, em 1Sm 11.6-8, forma um paralelo claro com a pro- ele nem para seus descendentes que esses eventos fossem lembrados.
fanação que o levita fez da sua concubina l 19 29. nota) Finalmente. Judá, a tribo •19.15 assentou-se na praça da cidade. Dessa maneira. os viajantes de-
de Davi, foi a escolha do Senhor para ser líder contra Benjamim !note a semelhan- monstraram que precisavam de hospitalidade lvs 16-20).
1
porque não houve quem os recolhesse em casa para ali per-
301
da casa e, saindo a seguir o seu caminho, eis que a mulher,
JUÍZES 19, 20 l
noitarem. 16 Eis que, ao anoitecer, vinha do iseu trabalho no sua concubina, jazia à porta da casa, com as mãos sobre o li-
campo um homem velho; era este da região montanhosa de miar. 28 Ele lhe disse: Levanta-te, e vamos; porém bela não
Efraim, mas morava em Gibeá; porém os habitantes do lugar respondeu; então, o homem a pôs sobre o jumento, dispôs-se
eram benjamitas. 17 Erguendo o velho os olhos, viu na praça e foi para sua casa. 29 Chegando a casa, tomou de um cutelo
da cidade este viajante e lhe perguntou: Para onde vais e don· e, pegando a concubina, ca despedaçou 4 por seus ossos em
de vens? 18 Ele lhe respondeu: Estamos viajando de Belém de doze partes; e as enviou por todos os limites de Israel. 30 Cada
Judá para os longes da região montanhosa de Efraim, donde um que a isso presenciava aos outros dizia: Nunca tal se fez,
sou; fui a Belém de Judá e, agora, estou de viagem para 1a nem se viu desde o dia em que os filhos de Israel subiram da
Casa do SENHOR; e ninguém há que me recolha em casa, terra do Egito até ao dia de hoje; ponderai nisso, d considerai e
19 ainda que há palha e pasto para os nossos jumentos, e tam· falai.
bém pão e vinho para mim, e para a tua serva, e para o moço
que vem com os teus servos; de coisa nenhuma há falta. Os israelitas vingam o ultraje feito ao levita
20 Então, disse o velho: m Paz seja contigo; tudo quanto te vier ªSaíram todos os filhos de Israel, e a congregação se
a faltar fique a meu cargo; "tão-somente não passes a noite na
praça. 21 ºLevou-o para casa e deu pasto aos jumentos; Pe,
2O ajuntou perante o SENHOR bem Mispa, como se fora
um só homem, desde cDã até dBerseba, como também a ter-
tendo eles lavado os pés, comeram e beberam. ra de Gileade. 2 Os príncipes de todo o povo e todas as tribos
22 Enquanto qeles se alegravam, eis que 'os homens da- de Israel se apresentaram na congregação do povo de Deus.
quela cidade, 5 fiJhos 3 de Belial, cercaram a casa, batendo à Havia quatrocentos mil homens de pé, e que puxavam da es-
porta; e falaram ao velho, senhor da casa, dizendo: 'Traze pada. 3 Ouviram os filhos de Benjamim que os filhos de Israel
para fora o homem que entrou em tua casa, para que abuse- haviam subido a Mispa. Disseram os filhos de Israel: Con-
mos dele. 23 °0 senhor da casa saiu a ter com eles e lhes dis- tai-nos como sucedeu esta maldade. 4 Então, respondeu o ho-
se: Não, irmãos meus, não façais semelhante mal; já que o mem levita, marido da mulher que fora morta, e disse:
homem está em minha casa, vnão façais tal loucura. 24 xMi· !Cheguei com a minha concubina a Gibeá, cidade de Benja-
nha filha virgem e a concubina dele trarei para fora; 2 humi· mim, para passar a noite; 5 g os cidadãos de Gibeá se levanta-
lhai-as e fazei delas o que melhor vos agrade; porém a este ram contra mim e, à noite, cercaram a casa em que eu estava;
homem não façais semelhante loucura. 25 Porém aqueles ho- intentaram matar-me e hviolaram a minha concubina, de ma-
mens não o quiseram ouvir; então, ele pegou da concubina neira que morreu. 6 Então, 1peguei a minha concubina, e a fiz
do levita e entregou a eles fora, e eles ªa forçaram e abusaram em pedaços, e os enviei por toda a terra da herança de Israel,
dela toda a noite até pela manhã; e, subindo a alva, a deixa- porquanto ifizeram vergonha e loucura em Israel. 7 Eis que
ram. 26 Ao romper da manhã, vindo a mulher, caiu à porta da todos sois filhos de Israel; eia! 1Dai a vossa palavra e conselho
casa do homem, onde estava o seu senhor, e ali ficou até que neste caso. 8 Então, todo o povo se levantou como um só ho-
se fez dia claro. mem, dizendo: Nenhum de nós voltará para sua tenda, ne-


27 Levantando-se pela manhã o seu senhor, abriu as portas nhum de nós se retirará para casa. 9 Porém isto é o que

15 iMt 25.43 16 iSI 104.23 18 1Js18.1; Jz 18.31; 20.18; 1Sm 1.3,7 20 m Gn 43 23; Jz 6.23; 1Sm 25.6 "Gn 19.2 21 ºGn 24.32;
43.24 PGn 18.4; Jo 13.5 22 q Jz 16.25; 19.6,9 rGn 19.4-5; Jz 20.5; Os 9.9; 10.9 5 Dt 13.13; 1Sm 2.12; 1Rs 21.1 O; [2Co 6.15] IGn 19.5; [Rm
1.Z6-27] 3homenspervertidos 23ºGn19.6-7 VGn34.7; Dt22.21, Jz20.6,10; 2Sm 13.12 24XGn 19.8ZGn34.2; Dt21.14 25 ªGn
4.1 28 b Jz 20.5 29 e Jz 20.6; 1Sm 11.7 4 Lit. com os ossos dela 30 d Jz 20.7; Pv 13.1 O
CAPÍTULO 20 1 aJs 2.12; Jz 20.11; 21.5 bJz 10.17; 1Sm 7.5 eJz 18.29; 1Sm3 20; 2Sm 3.10; 24.2 dJs 19.2 2 eJz 8 1O 4/Jz 19.15
S 8Jz 19.22hJz19.25-26 6iJz19.29/Js 7.15 7IJz19.30
•19.16 um homem velho ... de Efraim. Foi necessário um outro "estrangeiro" e •20.1-48 O ataque contra o levita e sua concubina resultou na guerra civil entre
de outra geração para lhes dar hospitalidade. Benjamim e o restante de Israel (cap. 19) As referências à atuação unida de
•19.18 para a Casa do SENHOR. Isto é, para o tabernáculo em Siló (18.31 ). Israel \vs. 1-2,8, 11) ressaltam um fato importante: pela primeira vez. em Juízes. a
•19.22 Traze para fora o homem. Ver Gn 19.5. nação de Israel ficou unida. Embora a sua atuação não fosse injusta, é lastimável
que só se uniram a fim de castigar uma das suas próprias tribos (v 23) Judá tinha
•19.23 não façais tal loucura. No mínimo, segundo os costumes da hospita-
que tomar a liderança contra Benjamim assim como fizera contra os cananeus (v
lidade, o hospedeiro não pode contemplar a entrega do seu hóspede à violên- 18; 11-2 e notas)
cia. Na lei, o ato sexual envolvido é descrito como "abominação" \lv 18.22;
20 13) •20.1 perante o SENHOR em Mispa. Ver 11.11, nota. Saul tornou-se rei em
Mispa.
•19.24 Minha filha virgem. Assim como Ló ofereceu as suas filhas para
proteger o seu hóspede (Gn 19.8), o hospedeiro oferece a sua filha para prote- como se fora um só homem. Pela primeira vez. Israel agiu unido, mas o propó-
ger o levita. Oautor não comenta a moralidade dessa oferta, mas a história in- sito era guerrear contra seus irmãos.
teira é apresentada como uma derradeira ilustração das conseqüências desde Oã até Berseba. As extremidades do Norte e do Sul de Israel.
malignas de abandonar o governo de Deus e fazer o que é certo aos seus pró- •20.2 na congregação do povo de Deus. Depois dos repetidos ciclos de pe-
prios olhos. cado, do juízo e do livramento. é uma evidência da misericórdia de Deus que Israel
•19.28 porém ela não respondeu. Já estava morta. ainda fosse chamado de o "seu povo".
•19.29 doze partes. Os leitores originais de Juízes deviam estar bem cientes de •20.5 violaram a minha concubina. O levita omite os pormenores de como a
como Saul, posteriormente, cortou bois em doze partes a fim de conclamar Israel concubina tinha sido oferecida (19.23-24).
a lutar contra os amonitas \1 Sm 11 6-8) •20.8 como um só homem. Ver vs. 1, 11 e 20.1-48, nota. Os israelitas presta-
•19.30 Nunca tal se fez. Trata-se do uso grotesco do cadáver da mulher. ram juramento no sentido de levar o caso até às últimas conseqüências.
JUÍZES 20 302
faremos a Gibeá: msubiremos contra ela por sorte. 10 Tomare- 27 E os filhos de Israel perguntaram ao SENHOR (porquanto ba
mos dez homens de cem de todas as tribos de Israel, e cem de arca da Aliança de Deus estava ali naqueles dias; 28 ce Finéi-
mil, e mil de dez mil, para providenciarem mantimento para as, filho de Eleazar, filho de Arão, d ministrava perante ela na-
º povo, a fim de que este, vindo a Gibeá de Benjamim, faça a queles dias), dizendo: Tornaremos a sair ainda a pelejar
ela conforme toda a loucura que tem feito em lsrael. 11 As- contra os filhos de Benjamim, nosso irmão, ou desistiremos?
sim, se ajuntaram contra esta cidade todos os homens de Respondeu o SENHOR: Subi, que amanhã eu os entregarei nas
Israel, unidos corno um só homem. vossas mãos.
12 n As tribos de Israel enviaram homens por toda a tribo 29 Então, Israel e pôs emboscadas em redor de Gibeá.
de Benjamim, para lhe dizerem: Que maldade é essa que se 30 Ao terceiro dia, subiram os filhos de Israel contra os filhos
fez entre vós? 13 Dai-nos, agora, os homens, ºfilhos 1 de Beli- de Benjamim e se ordenaram à peleja contra Gibeá, como das
ai, que estão em Gibeá, para que os matemos e Ptifemos de outras vezes. 31 Então, os filhos de Benjamim saíram de en-
Israel o mal; porém Benjamim não quis ouvir a voz de seus ir- contra ao povo, e, deixando-se atrair para longe da cidade, co-
mãos, os filhos de Israel. 14 Antes, os filhos de Benjamim se meçaram a ferir alguns do povo, e mataram, como das outras
ajuntaram, vindos das cidades em Gibeá, para saírem a pele- vezes, uns trinta dos homens de Israel, pelas estradas, Idas
jar contra os filhos de Israel. 15 E qcontaram-se, naquele dia, quais uma sobe para Betel, a outra, para Gibeá do Campo.
os filhos de Benjamim vindos das cidades; eram vinte e seis mil 32 Então, os filhos de Benjamim disseram: Vão derrotados di-
homens que puxavam da espada, afora os moradores de Gi- ante de nós como dantes. Porém os filhos de Israel disseram:
beá, de que se contavam setecentos homens escolhidos. Fujamos e atraiamo-los da cidade para as estradas. 33 Todos os
16 Entre todo este povo havia setecentos homens escolhidos, homens de Israel se levantaram do seu lugar e se ordenaram
'canhotos, os quais atiravam com a funda uma pedra num ca- para a peleja em Baal-Tamar; e a emboscada de Israel saiu do
belo e não erravam. 17 Contaram-se dos homens de Israel, seu lugar, das vizinhanças de Geba. 34 Dez mil homens esco-
afora os de Benjamim, quatrocentos mil homens que puxa- lhidos de todo o Israel vieram contra Gibeá, e a peleja se tornou
vam da espada, e todos eles, homens de guerra. 18 Levanta- renhida; gporém 4eles não imaginavam que a calamidade lhes
ram-se os israelitas, 5 subiram a 2 Betel e 1consultaram a Deus, tocaria. 35 Então, feriu o SENHOR a Benjamim diante de Israel;
dizendo: Quem dentre nós subirá, primeiro, a pelejar contra e mataram os filhos de Israel, naquele dia, vinte e cinco mil e
Benjamim? Respondeu o SENHOR: "Judá subirá primeiro. cem homens de Benjamim, todos dos que puxavam da espada;
19 Levantaram-se, pois, os filhos de Israel pela manhã e 36 assim, viram os filhos de Benjamim que estavam feridos.
acamparam-se contra Gibeá. 20 Saíram os homens de Israel à hOs homens de Israel retiraram-se perante os benjamitas, por-
peleja contra Benjamim; e, junto a Gibeá, se ordenaram con- quanto estavam confiados na emboscada que haviam posto
tra ele. 21 Então, vos filhos de Benjamim saíram de Gibeá e contra Gibeá. 37 1A emboscada se apressou, e acometeu a Gi-
derribaram por terra, naquele dia, vinte e dois mil homens de beá, e de golpe feriu-a toda a fio de espada. 38 Os homens de
Israel. 22 Porém se animou o povo dos homens de Israel e tor- Israel tinham um sinal determinado com a emboscada, que
naram a ordenar-se para a peleja, no lugar onde, no primeiro era fazerem levantar da cidade uma grande nuvem de ifuma-
dia, o tinham feito. 23 x Antes, subiram os filhos de Israel, e ça. 39 Então, os homens de Israel deviam voltar à peleja. Co-
choraram perante o SENHOR até à tarde, e consultaram o meçara Benjamim 5 a ferir e havia já matado uns trinta entre
SENHOR, dizendo: Tornaremos a pelejar contra os filhos de os homens de Israel, porque diziam: Com efeito, já estão der-
Benjamim, nosso irmão? Respondeu o SENHOR: Subi contra rotados diante de nós, como na peleja anterior. 40 Então, a nu-
ele. vem de fumaça começou a levantar-se da cidade, como se
24 Chegaram-se, pois, os filhos de Israel contra os filhos de fora uma coluna; 1virando-se Benjamim a olhar para trás de si,
Benjamim, no dia seguinte. 25 Também 2 os de Benjamim, no eis que toda a cidade subia em chamas para o céu. 41 Viraram
dia seguinte, saíram de Gibeá de encontro a eles e derribaram os homens de Israel, e os de Benjamim pasmaram, porque vi-
ainda por terra mais dezoito mil homens, todos dos que puxa- ram que a calamidade lhes tocaria. 42 E 6 viraram diante dos
vam da espada. 26 Então, todos os filhos de Israel, todo o homens de Israel, para o caminho do deserto; porém a peleja
povo, ªsubiram, e vieram a 3 Betel, e choraram, e estiveram os apertou; e os que vinham das cidades os destruíram no meio

.Q
ali perante o SENHOR, e jejuaram aquele dia até à tarde; e, pe- deles. 43 Cercaram a Benjamim, seguiram-no e, onde repousa-
rante o SENHOR, ofereceram holocaustos e ofertas pacíficas. va, ali o alcançavam, até diante de Gibeá, para o nascente do

m J;~; ~;-n 1~4; ~~ 13,1~


Dt iJ o D~ 13~;;
Jz19;2 ;-Dt 17 12~
1Co-513 I h~mens
pervertidos
26.41 t6rJz3.15; 1Cr12.2 18SJz20.23,261Nm27.21 UJz1.1-22Lit.acasadeDeus, Gn28.17,19 21 V[Gn4927] 2JXJz
2 ª
q -~~- N~ ~36-;~2
2;;-

20.26-27 25 Jz 20.21 26 Jz 20.18,23; 21.2 3Lit. a casa de Deus 27 bJs 18.1; 1Sm 1.3; 3.3; 4.3-4 28 CNm 25.7, 13; Js 24.33 dOt
10.8;18.5 29eJs8.4 31/Jz21.19 34gJs8.14;Jó21.13;1s47.1140sbenjamitas J6hJs8.15 37iJs8.19 38iJs8.20
39 5Lit. a ferir os imolados 40 1Js 8.20 42 ô fugiram
•20.13tiremos de Israel o mal. Os israelitas não percebiam o mal que perme- Quem dentre nós subirá, primeiro. Essa é a mesma linguagem empregada no
ava a sua própria comunidade. início de Juízes, quando, então, a questão a ser resolvida era quem comandaria a
luta contra os cananeus [1.1 ).
•20.16 canhotos. Ver 3.15, nota.
Judá. O Senhor deu a mesma resposta que em 1.2, mas numa situação dife-
•20.18 Betel. Ou "Casa de Deus". A arca do Senhor e o sacerdote com a estola rente.
sacerdotal estavam em Betel nesses tempos [v. 27). •Z0.23 consultaram o SENHOR. Ver vs. 18,27-28; cf. 1Sm 28.6.
303 JUÍZES 20, 21
sol. 44 Caíram de Benjamim dezoito mil homens, todos estes mem e a toda mulher que se houver deitado com homem
homens valentes. 45 Então, 7 viraram e fugiram para o deser· destruireis. 12 Acharam entre os moradores de Jabes-Gileade
to, à penha mRimom; e, na respiga, mataram ainda pelos ca- quatrocentas moças virgens, que não se deitaram com ho-
minhos uns cinco mil homens, e de perto os seguiram até mem; e as trouxeram ao acampamento, a hSi!ó, que está na
Gidom, e feriram deles dois mil homens. 4ó Todos os que de terra de Canaã. 13 Toda a congregação, pois, enviou mensa-
Benjamim caíram, naquele dia, foram vinte e cinco mil ho- geiros aos filhos de Benjamim ique estavam na penha Ri·
mens que puxavam da espada, todos eles 8 homens valen- mom, e lhes proclamaram a paz. 14 Nesse mesmo tempo,
tes. voltaram os benjamitas; e se lhes deram por mulheres as que
47 nporém seiscentos homens viraram e fugiram para o foram conservadas com vida, das de Jabes-Gileade; porém es-
deserto, à penha Rimam, onde ficaram quatro meses. 48 Os tas ainda não lhes bastaram. 15 Então, o povo iteve compai-
homens de Israel voltaram para os filhos de Benjamim e pas- xão de Benjamim, porquanto o SENHOR tinha feito brecha nas
saram a fio de espada tudo o que restou da cidade, tanto ho- tribos de Israel.
mens como animais, em suma, tudo o que encontraram; e 16 Disseram os anciãos da congregação: Como obtere-
também a todas as cidades que acharam puseram fogo. mos mulheres para os restantes ainda, pois foram extermi-
nadas as mulheres dos benjamitas? 17 Disseram mais: A
Esposas para os benjamitas herança dos que ficaram de resto não na deve perder Benja-
Ora, ªhaviam jurado os homens de Israel em Mispa, mim, visto que nenhuma tribo de Israel deve ser destruída.
21 dizendo: Nenhum de nós dará sua filha por mulher 18 Porém nós não lhes poderemos dar mulheres de nossas fi-
aos benjamitas. 2 Veio o povo a bBetel 1 , e ali ficaram até à tar- lhas, 1porque os filhos de Israel juraram, dizendo: Maldito o
de diante de Deus, e levantaram a voz, e prantearam com que der mulher aos benjamitas. 19 Então, disseram: Eis que,
grande pranto. 3 Disseram: Ah! SENHOR, Deus de Israel, por de ano em ano, há msolenidade do SENHOR em nsiló, que se
que sucedeu isto em Israel, que, hoje, lhe falte uma tribo? celebra para o norte de Betel, do lado do nascente do sol,
4 Ao dia seguinte, o povo, pela manhã, se levantou e e edifi- ºpelo caminho alto que sobe de Betel a Siquém e para o sul
cou ali um altar; e apresentaram holocaustos e ofertas pacífi· de Lebona. 20 Ordenaram aos filhos de Benjamim, dizendo:
cas. 5 Disseram os filhos de Israel: Quem de todas as tribos de Ide, e emboscai-vos nas vinhas, 21 e olhai; e eis aí, saindo as
Israel não subiu à assembléia do SENHOR? dPorque se tinha filhas de Siló P a dançar em rodas, saí vós das vinhas, e arre-
feito um grande juramento acerca do que não viesse ao batai, dentre elas, cada um sua mulher, e ide-vos à terra de
SENHOR a Mispa, que dizia: Será morto. 6 Os filhos de Israel ti- Benjamim. 22 Quando seus pais ou seus irmãos vierem quei-
veram compaixão de seu irmão Benjamim e disseram: Foi, xar-se a nós, nós lhes diremos: por amor de nós, tende com-
hoje, eliminada uma tribo de Israel. 7 Como obteremos mu- paixão deles, pois, na guerra contra Jabes-Gileade, não
lheres para os restantes deles, pois juramos, pelo SENHOR, que obtivemos mulheres para cada um deles; e também não lhes
das nossas filhas não lhes daríamos por mulheres? destes, pois neste caso ficaríeis culpados.
8 E disseram: Há alguma das tribos de Israel que não tenha 23 Assim fizeram os filhos de Benjamim e levaram mulhe-
subido ao SENHOR a Mispa? E eis que ninguém de eJabes· res conforme o número deles, das que arrebataram das rodas
Gileade viera ao acampamento, à assembléia. 9 Quando se que dançavam; e foram-se, voltaram à sua herança, qreedifi-
contou o povo, eis que nenhum dos moradores deJabes· Gile- caram as cidades e habitaram nelas. 24 Então, os filhos de
ade se achou ali. 10 Por isso, a congregação enviou lá doze mil Israel também partiram dali, cada um para a sua tribo, para a
homens dos mais valentes e lhes ordenou, dizendo: /Jde e, a sua família e para a sua herança.
fio de espada, feri os moradores de Jabes-Gileade, e as mulhe· 25 'Naqueles dias, não havia rei em Israel; scada um fazia
res, e as crianças. 11 Isto é o que haveis de fazer: ga todo ho· o que achava mais reto .

• 45m~~15.32; 1Cr6-;7;Zc 1410 7LXXosrestantes ;óB~uerreirosvalentes


47nJz21.13 - ...
CAPÍTULO 21 1 a Jz 20.1 2 b Jz 20.18,26 1 Lit. a casa de Deus 4 e Dt 12.5; 2Sm 24.25 5 d Jz 20.1-3 8 e 1Sm 11.1; 31.11
tO/Nm31.17;Jz5.23;1Sm11.7 ttgNm3117;Dt20.13-14 t2hJs18.1;Jz18.31 J3iJz20.47 t5iJz21.6 t81Jz11.35;
21.1 t9mLv23.2nDt125;Js18.1;Jz18.31, 1Sm1.3ºJz20.31 21 PÊx15.20;Jz11.34;1Sm18.6 23QJz20.48 25'Jz17.6;
18.1; 19.1sot12.8; Jz 17.6
Benjamim, nosso irmão. Note como os israelitas agora acrescentam a palavra •21.8 Jabes-Gileade. Oprimeiro ato de Saul como rei foi defender Jabes-Gilea-
"irmão" à sua consulta (v. 18). de. Visto que era um benjamita proveniente de Gibeá, Saul pode ter sido descen-
•20.48 passaram a fio de espada. Os israelitas trataram os benjamitas como dente de uma das mulheres tiradas de Jabes-Gileade (v. 12).
os cananeus (1.8, 17). Além disso, o fim dos benjamitas foi como o dos habitantes •21.15 o SENHOR tinha feito brecha nas tribos de Israel. Assim fez Deus
de Sodoma (19.14-20.48, nota) para castigar os benjamitas pelo seu pecado.
•21.1-25 As ações de Israel nesse episódio final do livro devem ser interpreta- •21.19-23 A degeneração de Israel agora estava tão completa que até mesmo
das à luz do comentário final: "Naqueles dias. não havia rei em Israel; cada um propuseram e permitiram o seqüestro das suas próprias mulheres para evitar a vi-
fazia o que achava mais reto" (v. 25). Os israelitas queriam saber por que esse olação de um voto precipitado. A nação, de fato, agia irrefreadamente, segundo
triste fim lhes sobreviera (vs. 3, 15; 6.13, nota) Assim como no caso de Gideão suas próprias inclinações pecaminosas (v. 25; cf. 17.6).
(6.13), não foi dada nenhuma resposta. Entretanto, o contexto global do livro •21.25 Naqueles dias. Embora a única esperança de Israel dependesse da leal-
oferece a resposta clara de que Israel tinha pecado e continuava a pecar horri- dade ao seu Rei divino, a nação preferiu satisfazer-se com uma monarquia huma-
velmente. na (1 Sm 8.7,22). que inevitavelmente iria fracassar.

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