ciün d a n f e l a l i t e r a t u r a d e e v a s i ó n y La e s t é t i c a d e U m e r -
La obra de arte vanguardista
cancía. U n a l i t e r a t u r a q u e t i e n d e a n t e t o d o a i m p o n e r a l
l e c t o r u n a d e t e r m i n a d a c o n d u c t a d e c o n s u m o es p r a c t i c a
de hecho, p e r o n o e n el s e n t i d o e n q u e l o e n t i e n d e el van-
guardista. Semejante l i t e r a t u r a n o e » i n s t r u m e n t o de la
e m a n c i p a c i ó n , s i n o d e l a sumisión L o m i s m o se p u e d e
d e c i r de la estética de la mercancía, q u e t r a b a j a c o n los
e n c a n t o s de la f o r m a p a r a e s t i m u l a r la adquisición de
mercancías inútiles," Este b r e v e a p u n t e b a s t a para mos-
t r a r q u e l a l i t e r a t u r a d e e v a s i ó n y l a estética d e l a m e r c a n -
cía s u n d e s c u b i e r t a s p o r l a l e o r i a d e Ja v a n g u a r d i a c o m o
f o r m a s d e l a f a l s a s u p e r a c i ó n d e l a institución a r t e . L a s
i n t e n c t o n e s d e l o s m o v i m i e n t o * h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a se
c u m p l e n e n la sociedad d e l c a p i t a l i s m o u r d i ó c o m o u n a
a d v e r t e n c i a f u n e s t a . D e b e m o s p r e g u n t a r n o s , d e s d e l a ex-
p e r i e n c i a d e la f a l s a superación, l i es descable, e n r e a l i -
d a d , u n a s u p e r a c i ó n d e l tlalus de a u t o n o m i a d e l arle, si
l a d i s t a n c i a d e l a r l e r e s p e c t o a l a p r a x i s v i l a l n o es g a r a n -
tía d e u n a l i b e r t a d d e m o v i m i e n t o s e n e l s e n o d e la c u a l
se p u e d a n p e n s a r a l t e r n a t i v a s u la situación a c t u a l .
d W c i u n l . p. I ) | Respecto • i o d o emto habría que d l i e u t i r . p a r
:KTI.I : de la leona de l a vanguardia y comanda con invesiipa-
eiunet concreta*, e n qué medida t\ con que consecuencia* p a n el
tu|cio a r t i s t a t la innitución arte tiene en l u * paites socialistas u n
carácter t w i a l d i s i i n t u al que tiene en la sociedad burguesa.
32 Cf. a « t e respecto C h h i i a M M R , Tettanalyse al¡ Ideo-
.'••••r. i ZM ReztptUxt
V leitgenosMitcfter ViierhaJtuntslileratur
I -in..••J.JI de testo como critica de ta ideología. Sobre la recepción,
de l a literalura de cvmuma] i K m Litrrtlurwíu.. L FAT 20ftJ>
F r a n c t o r t . 19TJ.
2J. Ct. a t i r e respecto, W. F. H u « . Krilik der Warcndsthetik
[Critwa de la estética de la mercancía] 1,1 SuhTkamp l i l i
FranefqfT. 1*71.
110
MI.
I. LA PROBLEMATICA DE LA CATEGORIA l)t¿ OBRA
E l e m p l e o d e l c o n c e p t o d e o b r a d e a r t e , r e f e r i d o a Los
p r o d u c t o s de v a n g u a r d i a , p l a n t e a algunos p r o b l e m a s . Se
p o d r i a o b j e t a r q u e La criáis d e l c o n c e p t o d e o b r a p r u v o -
cada p o r lus m o l i m i e n t o s de v a n g u a r d i a n o c i evidente,
q u e l a discusión p a r t e , p u e s , d e f a l s a s p r e m i s a s . « L a des-
c o m p o s i c i ó n d e l a t r a d i c i o n a l u n i d a d de l a o b r a se p u e d e
m o s t r a r de m o d o c o m p l e t a m e n t e f o r m a l c o m o tendencia
c o l e c t i v a d e la m o d e r n i d a d . L a c o h e r e n c i a y l a i n d e p e n -
d e n c i a d e l a o b r a se c u e s t i o n a n c o n s c i e n t e m e n t e y a c a s o
se d e s t r u y e n m e t ó d i c a m e n t e . » E s p r e c i s o a s e n t i r a e s t a
1
c o n s t a t a c i ó n d e ü u b n e r ; n o está c l a r u . e n c u a l q u i e r c a s u .
q u e d e e l l o se d e s p r e n d a q u e l a estética d e b a r e n u n c i a r
hoy a l concepto de obra. B u b n c r , p o r i u parte, piensa
e n e l r e g r e s o a l k a n l i s m u c u m u l a única estética a c t u a l . 1
• L a s únicas o b r a s q u e c u e n t a n b u y s o n a q u e l l a s q u e y a
D O s o n o b r a s . » La enigmática sentencia de A d o r n o e m -
1
plea e l c o n c e p t o d e o b r a e n u n d o b l e sentido: p o r u n lado,
e n u n s e n t i d o general (y desde este p u n t o de vista e l a r t e
m o d e r n o todavía nene carácter de o b r a ) ; p o r o t r o , e n el
1, R. I -L i - - •.- t U b c r euúfe Bcdiiurungen g c a t n w a r t i i e r Asthc-
lik» [-Acerca de algunas tundición** de La eaietiia t u n i c m p u r a -
nea-1. en Nene HcfU lur Phdosophie. núm 5 (19731, p. « .
1 La etieliea kaniiana no parte, c o m o sabemus. de una de-
nniciún de las o b r a * de a r l e , sino de lo» jukrloa es i éticos- Sea
embargo, para r u l e o n a , i » es decisiva la c u r t o na de obra;
m i s bien al c o n t r a r i o ; k t u i i puede i n c l u i r asimismo r a t u s re¬
foliones La belfcra n a t u r a l , que no tiene carácter de obra, que n o
et i.!,» por l o * hombne*.
3. T h . W. A P O U O . der neuen táusik [Fdo*ofia de
la mun-a -minea} tLllsicu» Buch, J t W l Francfon/Berlín Viena.
1972, ( 2 a J . p. 13,
111
 * c n l i d o de o b r a de a r t e o r g á n i c a ( A d o r n o h a b í » de -••bt.>
r e d u n d a - ) , y es •• c o n c e p t o l i m i t a d o el q u e destruye la
vanguardia. Esto n o s vale, pues, para d i s t i n g u i r entre u n
significado genera] d e l concepto de o b r a v u n determi-
nado u t o histórico. E n u n s e n t i d o general, l a o b r a de
a r l e se e s t a b l e c e c o r n o u n i d a d d e g e n e r a l i d a d e s y p a n
(icularidades. Esta u n i d a d , s i n la cual no puede concebirse
u n a o b r a d e a r l e , se r e a l i z a , s i n e m b a r g o , d e m o d o s m u y
d i v e r s o s e n las d i s t i n t a s é p o c a s d e l d e s a r r o l l o d e l a r l e . E n
l u o b r a s de a r t e orgánicas (simbólicas) la u n i d a d d e l o
g e n e r a l y l o p a r t i c u l a r se d a s i n m e d i a c i o n e s ; e n Las o b r a s
i n o r g á n i c a s ( a l e g ó r i c a s ) , p o r e l c u n l r a r i u . e n t r e las q u e *e
e n c u e n t r a n las o b r a s de v a n g u a r d i a , h a y m e d i a c i ó n . A q u i
d m o m e n t o d e l a u n i d a d está e n c i e n o m o d o c o n t e n i d o
m u y a m p l i a m e n t e , v e n e l caso e x t r e m o sólo l o p r o d u c e
el r e c e p t o r . A d o r n o señala c o n r a j u n q u e « i n c l u s o d o n d e e l
a r t e [...] c o n s i s t e e n u n a d i s c r e p a n c i a y d i s o n a n c i a e x t r e -
m a , h a y t a m b i é n m o m e n t o s d e u n i d a d : s i n e l l o s n o exis-
tiría l a d i s o n a n c i a » . ' L a o b r a d e v a n g u a r d i a n o n i e g a l a
u n i d a d e n general ( a u n q u e i n c l u s o e s t o i n t e n t a r o n los da-
d a i s l a s ) . sino u n d e t e r m i n a d o U p o de u n i d a d , la conexión
e n t r e l a p a r t e y e l t o d o c a r a c t e r í s t i c a d e las o b r a s d e a r l e
orgánica*.
L a argumentación precedente nos puede s e r v i r p a r a re-
p l i c a r a k a teóricos q u e m a n t i e n e n q u e la categoría de
o b r a c a l i d e f i n i t i v a m e n t e a n t i c u a d a , pues p o d e m o s m o s
t r a r q u e l o s m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o * d e v a n g u a r d i a desa-
r r o l l a r o n aclividadea cuya adecuada comprensión requiere
el u s o d e l a categoría de o b r a ; p o r ejemplo» l o s actos d a -
dalslas c u y o propósito m a n i l i e s t o e r a la provocación d e l
p u b l i c o . E n e s t o s a c t o s se t r a í a d e a l g o m á s q u e d e l a
l i q u i d a c i ó n d e l a c a t e g o r í a d e o b r a : se t r a t a d e l a l i q u i -
dación d e l a r t e c o m o u n a a c t i v i d a d separada de l a p r a x i s
vital. H a y que i n s i s t i r en que, incluso en sus manifestacio-
nes e x l r c m a s , l o s m o v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a se r e r i e r e n
* Th Yv A D O I K O , A*rhc¡inht Thcori* [TeorU inéficm]. tói-
l a d a p o r Grrleí Adorno y R. TiedVmann ÍGeiammellr Schriflen
[Obrai ampiela*]. 1). Francfort. 1070. p 213, en adelante: Al.
112
n e g a t i v a m e n t e a l a categoría d e o b r a L o * rnaiy moda
d e D u c h a m p . p o r c j c p l ° ' >ók> t i e n e n s e n t i d o e n c o n e x i ó n
m
c o n la categoría d e o b r a . C u a n d o D u c h a m p f i r m a u n ub-
|elo c u a l q u i e r a p r o d u c i d o en s e r i e , y l o e n v i a a u n a ex-
posición, s u provocación a i a r t e i m p l i c a u n d e t e r m i n a d o
c o n c e p t o d e a r l e . V e l h e c h o d e q u e firme l o s reudy utadc*
supone u n a clara referencia a la categoría d e o b r a . La
f i r m a , q u e h a c e a l a o b r a i n d i v i d u a l e i r r e p e t i b l e , se e s t a m -
pa precisamente sobre el p r o d u t l u en serie. C o n el.u m
cuestiona» p r o v o c a n * á m e n l e e l c o n c e p t o d e e s e n c i a d e l
a r l e , l a l y c o m o ae h a c o n f o r m a d o Jes de e l K c n a c t m i c n t u .
c o m o creación i n d i v i d u a l de o b r a s singulares; e l a c t o de
p r o v o c a c i ó n m i s m o o c u p a e l p u e s t o d e l a u b r a . ¿ N o esta-
rá, p u e s , e n d e c a d e n c i a l a c a t e g o r í a d e o b r a ? L a p r o v o c a -
c i ó n d e D u c h a m p se d i i i g c e n g e n e r a l c o n l r a l a institución
t o c i a l d e l a r t e , v a q u e l a o b r a d e a r l e p e r t e n e c e a esa
I n s t i t u c i ó n . eL a t a q u e t a m b i é n l e a f e c t a , Y s i n e m b a r g o , e i
u n h e c h o h i s t ó r i c o q u e d e s p u é s d e Jos m o v i m i e n t o * d e
v a n g u a r d i a se h a n st.-u.uidu p r u d u e i e n d u u b i a * d e a r t e , q u e
la i n s t i t u c i ó n s o c i a l d e l a r l e h a r e s i s t i d o e l a t a q u e de l a
vanguardia.
U n a estética d e n u e s t r o t i e m p o n o p u e d e i g n o i a r las
m u d i litaciones trascendentales q u e los m o v i m i e n t o s de
v a n g u a r d i a h a n causado en el ámbito del a r l e , c o m o t a m -
p o c o p u e d e p r e s c i n d i r d e l h e c h o d e q u e e l a r t e te halLa
d e s d e h a c e t i e m p o e n u n a f a s e p o s v a n g u a r d i s t a . E * l * ae
c a r a c t e r i z a p o r l a restauración de l a categoría d e o b r a y
p o r La a p l i c a c i ó n c o n h n e s a i l i * t i c o s d e l o s p r o c e d i m i e n -
tos q u e l a v a n g u a r d i a i d e o i o n intención antiartística. N o
h a y q u e v e r e n e l l o u n a ' t r a i c i ó n » a l o s l i n e s d e Lo* m o -
v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a ( s u p e r a c i ó n d e l a i n s t i t u c i ó n so-
cial del arte, u n i u n del a r l e y de la vida), sino e l r e i u l t a d o
de u n p r o c e s o histórico. P o d e m o s e x p l i c a r l o d e l m o d o
s i g u i e n t e : e l f r a c a s o J e l m a q u e d e l o s m o v i m i e n t o s histó-
ricos d e v a n g u a r d i a c o n t r a l a institución a r t e , t u i n c a p a -
c i d a d p a r a r e i n t e g r a r eL a r t e a l a p r a x i s v i t a l , a c a r r e s l a
s u b s i s t e n c i a d e Ja i n s i i i u c i ó n a r l e c o m o a l g o s e p a r a d o d e
la praxis v i t a l . Pero e l ataque b ha m o s t r a d o c u m o i n * -
TTlución y h a d e s c u b i e i t o s u p r i n c i p i o e n La ( r e l a t i v a ) d l * -
113
c o n t i n u i d a d del arle en la sociedad burguesa. T o d o arte
p o r t e r i o r a los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a e n
la sociedad b u r g u e s a h a de ajustarse a este hecho: puede
d a r s e p o r s a t i s f e c h o c o n s u stalus de a u t o n o m i a , o puede
e m p r e n d e r i n i c i a t i v a s q u e a c a b e n c o n esc status, pero lo
que y a n o puede — s i n r e n u n c i a r a la pretensión de v e r d a d
d e l a r t e — es n e g a r s e n c i l l a m e n t e e l status de a u t o n o m i a
y creer en la p o s i b i l i d a d de u n efecto i n m e d i a t o .
A s i pues» l o q u e r e f i e r e l a c a t e g o r í a d e o b r a n o s ó l o
es r e s t a u r a d o a p a r t i r d e l f r a c a s o d e l a i n t e n c i ó n v a n g u a r -
d i s t a d e r e i n t e g r a r el arle a l a p r a x i s v i t a l , sino que i n -
c l u s o se a m p l í a . E l objel truuvé, l a c o s a , q u e n o es e l
r e s u l t a d o de u n proceso de producción i n d i v i d u a l , sino
el h a l l a z g o f o r t u i t o e n c| c u a l se m a t e r i a l i z a l a intención
v a n g u a r d i s t a d e u n i ó n d e l a r t e y l a p r a x i s v i t a l , h o y es
r e c o n o c i d o como obra de arle. E l objeí irouvé ha p e r d i d o
s u carácter antiartístico» se h a c o n v e r t i d o e n u n a o b r a
autónoma q u e tiene u n s i t i o , c o m o las demás, e n los
museos/
La restauración de la institución a r t e y l a restauración
de l a categoría de o b r a i n d i c a n q u e la v a n g u a r d i a h o y y a
es h i s t o r i a . N a t u r a l m e n t e , h o y se p r o d u c e n i n t e n t o s d e
c o n t i n u a r la tradición d e lus m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a
íy q u e e s t e c o n c e p t o se p u e d a p o n e r p o r e s c r i t o , s i n q u e
n o s c h o q u e , m u e s t r a u n a vez más q u e l a v a n g u a r d i a h a
s u r g i d o h i s t d r i c a m e n t e j ; p e r o tales i n t e n t o s , c o m o p o r
e j e m p l o l o s happenings — q u e podríamos l l a m a r neovan-
g u a r d i s t a s — y a n o pueden alcanzar e l v a l o r de p r o t e s t a
de l o s actos dadaístas. i n d e p e n d i e n t e m e n t e de q u e p u e d a n
ser p l a n e a d o s y l l e v a d o s a c a b o c o n u n a m a y o r p e r f e c -
ción." E s t o se e x p l i c a p o r e l h e c h o d e q u e e l m e d i o p r o ¬
S. Cf in exposición que M : presenta en Brusela) y en o í r »
ciudades Melamarphase des Kunu u n d Anükuns!, 1910-1970 [*f*-
lamarfotis de Jai ro«i. Arte y antiarte. ¡91O-IV70]. B r i n c i a s . 1970.
6- Cf. • e i l e reí pecio M . I n v ' .1 aunen der bildenden
Kunst tm Sptiikapiialismus. Untersuchr anhand der -avanigardti
tischen» Kunst der sechziger Jahre [Funciones del arte /ijjurarrvo
en el capitalismo tardía. .< -ligación sobre el ane -vanguardis-
ta* de los aAos setenta) <F¡*chcr Tasehenbueh. 6194). Francfort
\97&. Et a u t o r traía de poner de relieve la función afirmativa ó
114
puesto p o r los vanguardistas ha p e r d i d o , desde entonces,
u n a p a r t e c o n s i d e r a b l e d e s u e f e c t o d e shock. Aunque
t a m b i é n p u e d e ser d e c i s i v o e l q u e l a s u p e r a c i ó n d e l a r t e
q u e p r e t e n d i e r o n los vanguardistas, su reingreso a l a pra-
x i s v i t a l , después d e t o d o n o h a v a t e n i d o l u g a r . L a r e c u -
p e r a c i ó n d e las i n t e n c i o n e s v a n g u a r d i s t a s y d e l o s p r o p í o s
m e d i o s de l a v a n g u a r d i a n o puede y a . e n u n c o n t e x t o dis-
t i n t o , v o l v e r a a l c a n z a r e l e f e c t o r e s t r i n g i d o d e las v a n -
g u a r d i a s históricas. E n t a n t o q u e el m e d i o c o n c u y a a y u d a
e s p e r a n a l c a n z a r los v a n g u a r d i s t a s l a superación d e l a r t e
h a o b t e n i d o c o n e l t i e m p o e l status de o b r a de a r t e , su
a p l i c a c i ó n y a n o p u e d e ser v i n c u l a d a l e g í t i m a m e n t e c o n
la p r e t e n s i ó n d e u n a r e n o v a c i ó n d e l a p r a x i s v i t a l . D i c h o
b r e v e m e n t e : la n e o v a n g u a r d i a i n s t i t u c i o n a l i z a la vanguar-
dia como arte y n i e g a asf las g e n u i n a s i n t e n c i o n e s v a n -
g u a r d i s t a s . E s t o es c i e r t o a l m a r g e n d e l a c o n c i e n c i a q u e
tenga el a r t i s t a de s u a c t i v i d a d , y q u e m u y b i e n puede ser
v a n g u a r d i s t a . Pero, e n lo concerniente al efecto social de
7
l a o b r a , éste y a n o d e p e n d e d e l a c o n c i e n c i a q u e e l a r t i s t a
a s o c i e c o n s u o b r a , s i n o d e l status de sus p r o d u c t o s . E l
a r t e n e o v a n g u a r d i s t a es a r t e a u t ó n o m o e n e l p l e n o s e n t i d o
de l a p a l a b r a , y esto q u i e r e d e c i r q u e niega l a intención
a r l e ncovanguardi&ta. Par ejemplo: - E | arte pop [ . . . ] . que en la
elección de los objetos y de los colores y en el m o d o de ejecución
parece u n i d o íntimamente a la vida de las grande* ciudades ame-
ricanas, como cualquier arle previo, hace, p o r asi decirlo, publi-
cidad de cómics. estrellas de cine, sillas eléctricas, cuartos de
baflu. coches y accidentes de coches, herramientas y comestibles
de toda clase, hace p u b l i c i d a d de la publicidad» ( p p . 76 y ss. 1.
S i n embargo. Damus no dispone de u n concepto de los movi-
mientos históricos de vanguardia, p o r l o que tiende a descuidar
la divergencia entre dadaísmo y surrealismo, p o r u n lado, y el
arte neovanguardista de los años sesenta, p o r el o t r o .
7. Por ejemplo, con referencia explícita a la exigencia de Bre-
tón de practicar la poesía. Gisela DlSCllNER resume Las intencio-
nes de la poesía concreta del m o d o siguiente: «La obra de arle
concreta aspira sin embargo B una situación utópica; su anula-
ción en la realidad concreta* {Konkrete Kunst und Geseltschaft
[Arte concreta y sociedad], en «Konkrete Poesía. Te\t + K r i l i k - ,
nóm. 25 [enero de 1970]. p. 41).
115
 I
v a n g u a r d i s t a de u n a reintegración d e l a r t e en l a p r a x i s
v i t a l . I n c l u s o los esfuerzos p o r u n a superación d e l a r t e
d e v i e n e n actos artísticos, q u e a d o p t a n carácter de o b r a
cun independencia de l a v o l u n t a d de sus p r o d u c t o r e s .
H a b l a r de u n a restauración de la categoría de o b r a
desde el fracasu d e los m o v i m i e n t o s históricos de van-
g u a r d i a n u carece de p r o b l e m a s . Podría d a r la impresión
de q u e los m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a n o h a n t e n i d o u n
significado r a d i c a l p a r a el d e s a r r o l l o u l t e r i o r del arte e n l a
sociedad b u r g u e s a . P e r o asi c o m o las i n t e n c i o n e s políticas
de l o s m o v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a (reorganización de l a
praxis v i l a l p o r m e d i o del arte) n o h a n sobrevivido, su
e f e c t o a n i v e l a r t í s t i c o es. e n c a m b i o , d i f í c i l m e n t e e x a g e -
r a b a Desde esle p u n t o de vista, l a v a n g u a r d i a h a sido
r e v o l u c i o n a r i a , pues h a d e s t r u i d o el c o n c e p t o t r a d i c i o n a l
de o b r a orgánica y h a o f r e c i d o o t r o e n su l u g a r , q u e a
continuación t r a t a r e m o s de d e l i m i t a r . 1
* E l significado adjudicado a q u i a los movimientos de van-
guardia no e i cocnparlidu. ni m u c h u menos, p o r Iodo* | L » kmes-
ligadoret. E n Die Struktur der modernen Lvrik [La estructura de
la lírica moderna], de H . FÉUÜJRICII. que pretende ur¡ una leoria
de la p u n j a moderna. *c excluye por cúmplelo el dadaísmo,
y lólo se lee en la nueva edición ampliada, en el cuadro cro-
nulúgico; - r ' > Mace el dadaísmo en Zürkh* ( D i * Struktur
der modernen Lyrik. Van der Mitre des neunrehnten Iris tur
Mnte des Í I M I - I Í - •: Janrhttnders [la estructura Urica mo-
derna desde la mitad del siglo XtX hasta la mitad del siglo XX]
[Rosvohli* DeuiMhe hnzyklopadie. 25/2o/2oa]. H a m b u r g o . 196S
[2a-] [Ja., p. 288). Suhre el surrealismo, se dice: «De los
surrealista* «Mu r m * puede interesar su p r o p r a m a . que confirma
con instrumentos pseudoclenilficos u n m u d o de hacer ponía inau-
gurado p o r R i m b a u d . La convicción de que el humbre puede am-
p l i a r i l i m i l a d a m e r i l e su experiencia en el caos del Inconsciente;
La convicción J e que el loco, a l crear una '•uibrerrcBlidad'» no »
nteno* " g e n i a l " que el poela; La euncepcion de la ponía c o m o u n
dictado a m o r f o del inconscfenic^ c s i o i son algúnos punios de ese
p r o g r a m i . A s i se contunde el «Omito — i n c l u s o poético— con la
creación. De ello no resulla ninguna poesía de rango. Líricos de
calidad elevada, que se suelen I n c l u i r e n i i e los lurrraFifttas. c o m o
Aragón u F l u a r d . apenas deben I U poesía a semelanle programa,
sino m i s bien a la general fuerza m i h i l i c a que desde Rimbaud
ha Incurpurado Ja lírica al lenguaje de k i Ilógico» (id. p. 197} En
p r i m e r lugar, hay que dejar bien claro que Ja perspectiva de m i
116
2. LO NUEVO
L a Asthciische Theorie d e A d o r n o n o se c o n c i b e c i e r -
t a m e n t e c o m o u n a teoría d e l a v a n g u a r d i a , s i n o q u e p r e -
tende u n a generalidad mavor; A d o r n o parte, n o obstante,
d e l c o n o c i m i e n t o d e q u e ef a r t e d e l p a s a d o s ó l o se p u e d e
c o m p r e n d e r a l a l u z d e l a r t e m o d e r n o . És n a t u r a l e n t o n c e s
i n v e s t i g a r s i las categorías a p l i c a d a s p o r A d o r n o e n el i m -
p ó r t a m e c a p í t u l o s o b r e l o m o d e r n o ( A T , p p . 31-56 [ e d .
c a s t e l l a n a , p p . 29-661) s o n ú t i l e s p a r a u n a c o m p r e n s i ó n
d e las o b r a s d e a r l e d e v a n g u a r d i a "
trabajo es d i s t i n t a a la de Friedrich. L u que yo l l a m o la compren-
sión de l i s r u p t u r a s históricas esenciales en el desarrollo del le-
oómenu i r l e en el seno de la sociedad burguesa, l o llama Fríe-
d r l c h 'puesta de rango*. Hay algo más i m p u i l a n t e acaso: la Tnis
de la u n i d a d estructural desde fí.i . • ' • • •• ha~ia Renn n u puede
ser disculida si se acepla el cunccplu de estructura de Friedcich.
que resulla problemático. N o se trata de l a palabia e s t r u c t u r a (en
el pasaje citado Frledrich habla, p o r ejemplo, de «fuerza esti-
lística»), u t i l i z a d a en u n sentido d i s i i n m a| del c s i i u e i u n l i s n o o .
que sdlo se conoció tardíamente en Alemania, sino del procedi-
miento clenliheu. Esle procedí míenlo se c a r a r l c r i r a por el hecho
de que Friedcich reúne haio el cunceptu de « l i u e l u r a fenómenos
completamente heierogéneusr procedimienios poéticos (por ejem-
plo. I¿cnica4 de encadenado), contenidos e s p l i c i t u * (e| alslamicn'
to. la angustia) y u n teorema puelulúgicu del poela ( l a magia del
lenguajel. La unidad de estos diverso* ámbitos se consigue con
la ayuda del cunceptu de e s l t u c l u i a . Pero de e s t r u c t u r a sólo se
puede hablar cuando están relacionadas categorías de idéntico
orden. Queda la cuestión de si los procedí miemos artísticos de
• M vanguardias no fuer un com pie Lamente d^sarrolladus por
Rimbaud. Aquí se Irata del problema de los -piccursorei». Éstos
son descubiertos en base a la e s t r u c t u r a n a r r a t i v a de las Ínter-
prefaciones históricas, p e n i siempre solo a posleriori. Unicamente
cuando se han deierm diado los procedimientos empleados po¡
Rimbaud (no lodos), se le puede describir c o m o - p r e c u r s o r " de
la vanguardia- Dicho de o t r a manera: solo gracias a tos m o l i-
mientos de vanguardia a t r i b u i m o s hoy a Rimbaud la i m p o r t a n c i a
que se merece.
9. A d o r n o Llama moderno al arte p r •' . desde Baudclairc.
El concepio abarca, pues, los anieeedentes ile lus m o l i m i e n t o s de
vanguardia, los propios m o v i m i e n t o * y la neovanguardla. Mien-
iras que s-o Intento m o s t r a r los m o v i m l e n t u i histórko* de van-
117
 E n e l c e n t r o d e l a teoría d e A d o r n o s o b r e e l a r t e m o -
d e r n o se e n c u e n t r a l a c a t e g u r i a d e l o n u e v o . A d o r n o c u e n -
t a d e s d e Luego c o n l a p o s i b l e o b j e c i ó n c o n t r a l a a p l i c a c i ó n
d e esa c a t e g o r í a , y t r a t a d e d e b i l i t a r l a s i n e s p e r a r s u l l e -
gada: « E n u n a sociedad esencialmente n o t r v d i c i o n a l i s t a
[ o sea. l a b u r g u e u l Ja t r a d i c i ó n estética es d u d o s a a
n. L a a u t o r i d a d d e l o n u e v o et l a d e l o h i s t ó r i c a m e n t e
n e c e s a r i o - (AT, p . 38 [ e d . c a s t e l l a n a , p . 3 6 ] ) . - P e r o n o
niega [ e l c o n c e p t o de l o m o d e r n o ] lo que siempre h a n
n e g a d o l o s e s t i l o s a r t í s t i c o s , es d e c i r e l a r t e s u p e r i o r , s i n o
H
la t r a d i c i ó n c o m o t a l y , e n e s t a m e d i d a , s i r v e d e r a t i f i c a -
ción d e l p r i n c i p i o burgués e n el a r t e * ( í d e m . ) . A d o r n o
hace d e l o n u e v o l a c a t e g o r í a d e l a r t e m o d e r n o , d e l a
r e n o v a c i ó n d e l o s t e m a s , m o t i v e n y p r o c e d i m i e n t o » artís-
ticos establecidos p o r el d e s a r r o l l o del a r t e desde U a d -
m i s i ó n d e l o m o d e r n o . P i e n s a q u e l a c a t e g o r í a se a p o y a
e n la h o s t i l i d a d c o n t r a l a tradición q u e c a r a c t e r i z a a la
sociedad burguesa capitalista. A d o r n o ha aclarado eslas
m a n i f e s t a c i o n e s e n o t r o l u g a r : - L a s o c i e d a d b u r g u e s a cae
p o r c o m p l e i o b a j o l a ley d e l c a m b i o , d e l " i g u a l p o r i g u a l " ,
de cálculos q u e a j u s t a n y d o n d e t o d o c u a d r a . E l c a m b i o
es e n s u e s e n c i a p r o p i a a l g o i n t e m p o r a l , c o r n o l a r a t i o
m i s m a [ . . . J . Pero esto q u i e r e decir nada menos q u e re
c u e r d o , t i e m p o , m e m o r i a [,..] son l i q u i d a d o s c o m o u n
residuo irracional.- *
Empecemos por aclarar con algunos ejemplos el pen-
guardia romo u n fenómeno d e l i m i t a d o por l a historia. Adorno
parte de la unidad del arte moderno cuma d única arte I r e U i m "
del préseme. Por medio de una h l i i o r i a del concepta de .moder
n o . y de su p o e s i . rn cuestión, H u J i v i ha e s b o u d o una his-
icina de la euncrienei* de la transición desde la anligUcdnd tardía
IUIMÜ Bandelalrc: - L i l e r a n s c h c T r a d i l i u n u n d g c g c n w i l r W * . Be-
* u 1 i * e m der Moderan*» [«Tradición liierarta y M a n t a E pre
lente de la modernidad»], en su lJUfmiur €sthi(Hit t aíi Provoca
non [ H u r ó n * de U Itttrettira como prenotmeidn] [ E d Suhikamn
« t i l . F r a n c l u n . 14711 pp. !| — •
10. Th_ W. A a o u o , Was beoeulet: »Aufarbeitun| der V e n t a n -
fenheii- sigmuca acabamieniu del pasado») n su Erueh-
ung zur Mundirketi [Fducaciov para la mayoría <tt edad] edita
do por G. K a d e l h a i h . Francfort. \VJ0. p. I J .
III
S a r n i e n t o de A d o r n o L a n o v e d a d c o m o c a t e p o r i a estética
h a sido p r o p u e s t a p o r los m o d e r n o * desde hace m u c h o
t i e m p o , i n c l u s o c o m o p r o g r a m a E l t r o v a d o r c o r t e s a n o ae
p r e s e n t a c o n La a s p i r a c i ó n d e c a n t a r u n a - n u e v a c a n c i ó n » ;
los a u t o r e s de la t r a g i c o m e d i a francesa d i c e n satisfacer,
prio m e d i a n t e La n o m - e a u r * , u n a e x i g e n c i a d e l p ú b l i c o En
a m b o s c a s o * t e t r a t a d e a l g o d i s t i n t o a La p r e t e n s i ó n d e
n o v e d a d d e l a r l e m o d e r n o . L a - n u e v a c a n c i ó n - d e l o s poe-
t a * c o r t e s a n o s n o consiste sólo e n u n d e t e r m i n a d o t e m a
(el i i n o r K sino también en u n a c a n t i d a d de m o t i v o s par-
t i c u l a r e s ; a q u i se l l a m a n o v e d a d a l a v a r i a c i ó n d e n t r o d e
los e s t r e c h o s l í m i t e s d e u n g é n e r o E n l a t r t g i c o m e d i a
francesa ya n o estín p r e d e t e r m i n a d o s los temas, pero t i
u n e s q u e m a de d e s a r r o l l o , en e l que los c a m b i o s repenti-
nos d e l a r g u m e n t o [ p o r ejemplo, cuando descubrímm que
u n p e r s o n a j e m u e r t o n o h a b l a m u e r t o e n r e a l i d a d ! con»-
l i t u y e n el d i s t i n t i v o d e l género. E n la t r a g i c o m e d i a , q u e
t e a p r o x i m a a l o q u e m i s t a r d e se l l a m a r á l i t e r a t u r a d e
c o n s u m o , los efectos d e i f t o c * ísurpnsel que el p u b l i c o
reclama eiián previstos ya por l o * esquemas estructurales
d e l g é n e r o ; l a n o v e d a d t u r p e c o m o c i t x l u c a l c u l a d o y ea-
tablecido. Finalmente podríamos recordar u n tercer t i p o
de n o v e d a d , a q u e l q u e l o s f o r m a l i s t a s r u s o s q u i s i e r a n c o n -
v e r t i r e n la lev de d e s a r r o l l o de la l i t e r a t u r a : la renova-
ción de los p r o c e d i m i e n t o s d e n t r o de u n a l i n e a l i t e r a r i a
d a d a E l p r o c e d i m i e n t o - a u t o m á t i c o » , q u e y a n o se p e r c i b e
como f o r m a v que precisamente por ello ya no permite
t a m p o c o n i n g u n a n u e v a visión de la r e a l i d a d , debe * e r
r e e m p l a z a d o p o r u n u nuevo, l i b r e de tales l i m i t a c i o n e s ,
h a s t a q u e él m i s m o se h a g a - a u t o m á t i c o - y e a i j a u n a
n u e v a sustitución. 11
I I . Sobre la nW* mnWÉá en la tragicomedia. if. f B t
m
rmJien Jto-todre-i Pttrre Comedies und da» /raflzmisrfer Thcaier
u n ¡tío. Eme wirJtunisatlliíliK'i Anadyse [L*s p r i m e r a * come
dina de Fierre Comeiüe y ti rasure /raneé* hacia 1*30 V***m
I J I de t u e o n w i a f j i c s a i esicíioas}. F r a n c f o r t , 1971. pp
13. Cf- a este m pee l o J. tssssassWi D** liierarnchen Kut+r-
mmel und die E-viunon kt der Uttralur [Los recurso* animio-
II?
 N i n g u n o de estos tres t i p o s de n o v e d a d c o i n c i d e c o n lo
q u e A d o r n o l l a m a la caracterización de !o m o d e r n o . N o
se t r a t a y a d e v a r i a c i o n e s d e n t r o d e l o s e s t r e c h o s l i m i t e s
de u n género ( p o r e j e m p l o l a - n u e v a canción-), n i de u n
e f e c t o d e s o r p r e s a g a r a n t i z a d o p o r l a e s t r u c t u r a d e l géne¬
r o f p o r e j e m p l o , la t r a g i c o m e d i a ) , n i de la renovación de
ÍOs p r o c e d i m i e n t o s d e u n a l i n e a l i t e r a r i a ; n o se t r a t a d e u n
súbito d e s a r r o l l o , s i n o de la r u p t u r a , d e . u n a tradición. L o
que d i s t i n g u e l a aplicación d e l a categoría ¿Teló n u e v o
en l o m o d e r n o d e c u a l q u i e r aplicación precedente, entera-
m e n t e l e g i t i m a , es l a r a d i c a l i d a d d e s u r u p t u r a c o n l o d o
l o q u e h a s t a e n t o n c e s se c o n s i d e r a v i g e n t e . Y a n o se n i e
g a n los p r i n c i p i o s o p e r a t i v o s y estilísticos d e l o s a r t i s t a s ,
v á l i d o s h a s t a ese m o m e n t o , s i n o l a t r a d i c i ó n d e l a r t e e n
su totalidad.
E n este p u n t o a p l i c a A d o r n o la categoría de la nueva
c r i t i c a . Se i n c l i n a r á , p u e s , a c o n s i d e r a r q u e l a s i n g u l a r r u p -
t u r a histórica c o n l a tradición, q u e caracterizó a los m o
v m i i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a , d e b e c o n s i d e r a r s e el
p r i n c i p i o de d e s a r r o l l o del a r t e m o d e r n o en general: - L a
a c t i v a c i ó n d e l c a m b i o d e l o s p r o g r a m a s y t e n d e n c i a s esté-
t i c a s , q u e l o s filisteos h a n d e s p r e c i a d o c o m o u n a b u s o d e
la m o d a , se ve a f e c t a d a p o r u n a h o s t i l i d a d q u e c r e c e i n c e -
s a n t e m e n t e , q u e y a V a l e r y p e r c i b i ó . » " N o se l e o c u l t a a
A d o r n o , d e s d e l u e g o , q u e l a n o v e d a d es l a e t i q u e t a b a j o
la q u e e l m e r c a d o o f r e c e s i e m p r e a l o s c o n s u m i d o r e s l a s
m i s m a s m e r c a n c í a s (AT. p . 3 9 } . S u a r g u m e n t a c i ó n se h a c e
d i s c u t i b l e c u a n d o p r o c l a m a q u e e l a r t e se - a p r o p i a » d e l
m e r c a d o de los bienes de c o n s u m o . * S ó l o c o n d u c i e n d o su
i m a g i n e r í a f i a p o e s í a d e B a u d e l a i r e ] h a c i a l a p r o p i a autó-
n o m a , p u e d e a l r a v e s a r ese m e r c a d o q u e l e es h e t e r ó n o -
m o . L o m o d e r n o es a r t e p o r fa i m i t a c i ó n d e l o e n d u r e c i d o
y l o e x t r a ñ o - {AT, p . 39 [ e d . c a s t e l l a n a , p . 3 6 1 ) . A q u i e m -
httrarios y la evoíi*no*i de la Iticrafura) fed S a h r k a m p 197)
T r a n c t o r l . 19ft7, pp. 7-60 cspccialmenle la p. 21.
13. T h . W . A D O Í M J , -Thesen über rmdition» [•TCSÍE i n b r e la
tradición»], m su Obnr Leitbild Parva AtnhtiKa [Sin modelo
Pan-a Aesthelica] red. Suhrltamp. ÍOlf FrantíurE 1967 p J j '
120
pie/a a t o m a r s e v e n g a n z a e l h e c h o d e q u e A d o r n o n o t r a t e
de l i j a r c o n precisión el carácter histórico de la categoría
de l o n u e v o . A l o m i t i r esta tarea, debe d e d u c i r d i r e c t a m e n -
te l a categoría de l a s o c i e d a d de c o n s u m o . P a r a A d o r n o ,
p u e s , l a c a t e g o r í a d e l o n u e v o es l a n e c e s a r i a d u p l i c a c i ó n
e n e l á m b i t o a r t í s t i c o d e l f e n ó m e n o d o m i n a n t e e n l a so-
ciedad de c o n s u m o - Este sólo puede c o n s i s t i r , y a q u e las
m e r c a n c í a s q u e se p r o d u c e n t a m b i é n s o n v e n d i d a s , e n q u e
es p r e c i s o s e d u c i r s i e m p r e a l c o m p r a d o r c o n e l e s t í m u l o
de la n o v e d a d d e l p r o d u c t o . Según A d o r n o , e l a r t e t a m -
bién está s o m e t i d o a esta presión, c o n l o c u a l espera v e r
e n l a ley q u e d o m i n a e n la sociedad la p r o p i a resistencia
c o n t r a ésta- S i n e m b a r g o , h a y q u e t e n e r e n c u e n t a q u e e n
l a s o c i e d a d d e c o n s u m o l a c a t e g o r í a d e l o n u e v o n o es
s u b s t a n c i a l , s i n o q u e se q u e d a e n l a a p a r i e n c i a . N o d e s i g -
n a l a e s e n c i a d e l a m e i t a r j c i a , s i n o l a a p a r i e n c i a q u e se l e
i m p o n e a r t i f i c i a l m e n t e ( p u e s l o n u e v o e n l a m e r c a n c í a es
s ó l o Ja p r e s e n t a c i ó n ) . C u a n d o e l a r t e se a c o m o d a a e s a
s u p e r f i c i a l i d a d de la sociedad de c o n s u m o , h a y q u e reco-
nocer c o n pesar que debe servirse p r e c i s a m e n t e de t a l
m e c a n i s m o p a r a oponer resistencia a l a p r o p i a sociedad.
La resistencia q u e A d o r n o cree d e s c u b r i r b a j o la pre-
sión c o n t r a l a r e n o v a c i ó n es, e n r e a l i d a d , d i f í c i l m e n t e e n -
c o n l r a b l e ; esto queda reservado al sujeto crítico, que en
v i r l u d de u n p e n s a m i e n t o dialéctico p u e d e p e r c i b i r la
p o s i t i v i d a d en I n negativo. Pero, f r e n t e a esto, hay q u e
señalar q u e a l l i d o n d e a l a r l e se s o m e l e d e h e c h o a l a
p r e s i ó n p a r a l a i n n o v a c i ó n q u e i m p o n e l a s o c i e d a d de c o n -
s u m o , y a n o se p u e d e d i s t i n g u i r d e l a m o d a . L o q u e A d o r -
no l l a m a «imitación de lo endurecido y lo extraño- podia
h a b e r l o i n s p i r a d o W a r h o l : l a r e p r o d u c c i ó n d e 100 l a t a s
CampbcU's i m p l i c a resistencia c o n t r a l a sociedad de con-
s u m o s ó l o s i se q u i e r e e n t e n d e r así. L a n c o v a n g u a r d i a .
q u e r e c u p e r a La r u p t u r a v a n g u a r d i s t a c o n l a t r a d i c i ó n ,
t i e n d e a a d m i t i r i n s e n s a t a m e n t e c u a l q u i e r pretensión de
s e n t i d o Para p r e s e n t a r c o n j u s t i c i a la posición de A d o r n o
hay que tener en c u e n t a , desde luego, q u e c o n la - i m i t a -
c i ó n d e Lo e n d u r e c i d o » n o se r e f i r i ó s e n c i l l a m e n t e a l a
acomodación, s i n o q u e q u i s o d e c i r presentación de l o que
121
es e l c a s o ; y e n e s t a i n t e r p r e t a c i ó n f i d e d i g n a v e m o s q u e
c o n f i a b a e n u n a p o s i b l e p e r c e p c i ó n de a l g o q u e e n o t r o
t i e m p o p e r m a n e c í a o c u l t o . P e r o él m i s m o h a v i s t o l a a p o -
rta, e n l o c o n c e r n i e n t e a l a r t e , c o m o se m u e s t r a e n e l
s i g u i e n t e p á r r a f o : * N o h a y q u e j u / g a r s i se t r a t a e n gene-
ral de u n altavoz de las conciencias a c o m o d a d a s , q u e hace
t a b l a r a s a c o n t o d a e x p r e s i ó n , o s i se t r a t a e n c a m b i o
de la expresión atónita, i n e x p r e s i v a , q u e aquél d e n u n c i a *
(AT. p . 1 7 9 ) .
Se m u e s t r a n a s í l o s l í m i t e s d e l a u t i l i d a d d e l a c a t e g o
ría d e l o n u e v o p a r a l a c o m p r e n s i ó n d e l o s m o v i m i e n t o s
h i s t ó r i c o s de v a n g u a r d i a - S i se t r a t a r a d e c o m p r e n d e r u n a
transformación de los m e d i o s artísticos de representación,
e n t o n c e s l a c a t e g o r í a d e l o n u e v o sería a p l i c a b l e , P e r o
c u a n d o los m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a h a n
o b r a d o u n a r u p t u r a de la tradición, de cuyas eonsecuen
c i a s se d e s p r e n d e u n a t r a n s f o r m a c i ó n de l o s s i s t e m a s d e
representación, * e n t o n c e s t a l c a t e g o r í a y a n o es a p r o p i a d a
1
14. En contraste con las continua» transiórmaciones de los
medios particulares de representación acuñados p o r el desarrollo
del arfe, la transformación de los sisitmas de representación ( i n -
cluso cuando te prolonga notablemente) es u n acontecimiento
histórico trascendental. P. FiuNCASTtL ha investigado esta i r u i s -
lormaL-ion de los sistemas de representación {filuda de sotiolo-
gie de Varí \Esittdia* de sociología de! arte] [ B i b l - M c d i i a l i o n s .
74], Parí». 19701: en el curso de] sigla xv *c ha l o r m a d u en la
p i n t u r a u n sistema de represen!ación caractelibado por La pers-
pectiva y por una creación u n l l o r m e del espacio. M i e n i r a i que
las diferencias de i a maño entre las figuras r e m i t e n en Ta p i n t u r a
medieval a su d i s t i n t o significado, desde el Renacimiento mues-
t r a n el puesln de la Figura en idación con u n espacio adecuado
a la geometría cuclldea. Y m i e n t r a s que la p i n t u r a medieval reú'
ne varias escenas y permite contar una hisloria, desde el Renaci-
miento el espacio de la p i n t u r a es u n i l o r m e . sólo permite repre-
sentar u n d e t e r m i n a d o acontecí míen iu. Este * i * l c m a de represen-
tación, caracterizado a q u i de m o d o esquemática, na dominado el
arte occidental d u r a n t e quinientos años. Pero a comienzo', del s i '
glo xx pierde su a u t o r i d a d Indiscutible. E n el p r o p i o Cezanne. Ja
perspectiva central pierde ya Ja importancia que todavía tenía
en los Impresionistas. i|ue la conservaron pese a su descomposi-
ción de Jas íormai. Da esle modo, se acaba con la a u t o r i d a d uni-
versal de los sistemas de representación tradicionales.
12?
p a r a r e f l e j a r l a s i t u a c i ó n . P i e r d e t o d o s u v a l o r c u a n d o se
d e s c u b r e q u e los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a
n o sólo p r e t e n d e n r o m p e r c o n l o s sistemas d e r e p r o d u c -
ción h e r e d a d o s , s i n o q u e a s p i r a n a l a superación de la
i n s t i t u c i ó n a r t e e n g e n e r a l . Se t r a t a , d e s d e l u e g o , d e h a c e r
a l g o • n u e v o » , s ó l o q u e e s l e a l g o « n u e v o » se d i s t i n g u e c u a -
l i t a t i v a m e n t e t a n t o de la transformación de los p r o c e d i -
m i e n t o s a r t í s t i c o s c o m o d e l a t r a n s f o r m a c i ó n d e l o s siste-
m a s d e r e p r e s e n t a c i ó n . E l c o n c e p t o d e l o n u e v o n o es
f a l s o , p e r o sí g e n e r a l e i n e s p e c í f i c o , p a r a l a r a d i c a l i d a d
d e la r u p t u r a de la tradición a l a q u e debe r e f e r i r s e .
Y apenas sirve, t a m p o c o , c o m o categoría p a r a l a descrip-
ción de las o b r a s de v a n g u a r d i a , n o sólo p o r ser g e n e r a l
e inespecífico. s i n o i n c l u s o p o r q u e n o o f r e c e la p o s i b i l i d a d
de d i s t i n g u i r e n t r e la m o d a ( c u a l q u i e r a ) y l a innovación
históricamente necesaria. También p l a n t e a p r o b l e m a s l a
o p i n i ó n d e A d o r n o , según l a c u a l e l c a m b i o s i e m p r e r á p i d o
d e t e n d e n c i a s artísticas c o r r e s p o n d e a u n a n e c e s i d a d h i s -
t ó r i c a . L a i n t e r p r e t a c i ó n dialéctica d e l a a c o m o d a c i ó n a l a
sociedad de c o n s u m o , c o m o resistencia c o n l r a ella m i s m a ,
conduce a l p r o b l e m a de l a c o n c o r d a n c i a fastidiosa e n t r e
m o d a s d e c o n s u m o y l o q u e a c a s o se d e b i e r a l l a m a r m o d a s
artísticas.
D e s d e a q u i se p u e d e r e c o n o c e r l a r e l a t i v i d a d histórica
de o t r o t e o r e m a de A d o r n o : l a opinión de q u e sólo e l a r t e
que sigue a la v a n g u a r d i a puede hacer j u s t i c i a al m o -
m e n t o h i s t ó r i c o d e d e s a r r o l l o d e las técnicas artísticas.
Hay q u e preguntarse seriamente si la r u p t u r a c o n la tra-
dición, l l e v a d a a c a b o p o r l o s m o v i m i e n t o s históricos de
v a n g u a r d i a , n o h a hecho supcrñuo el d i s c u r s o q u e rela-
c i o n a e l t i e m p o presente c o n el m o m e n l o histórico de las
técnicas artísticas. L a s e d u c c i ó n q u e m a n i f i e s t a n l o s m o -
v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a p o r l o s p r o c e d i m i e n t o s artísticos
d e é p o c a s p a s a d a s ( p i é n s e s e , p o r e j e m p l o , e n l a técnica
de los viejos maestros e n m u c h a s o b r a s de M a g r i t t e ) hace
casi i m p o s i b l e r e f e r i r s e a u n n i v e l histórico de los proce-
d i m i e n t o s artísticos. L o s m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a h a n
t r a n s f o r m a d o l a sucesión h i s t ó r i c a de p r o c e d i m i e n t o s y
estilos en u n a s i m u l t a n e i d a d de lo r a d i c a l m e n t e diverso.
\2i
 L a c o n s e c u e n c i a d e e l l o es q u e ningún m o v i m i e n t o a r t i s -
t i c o puede y a h o y alzarse c o n la pretensión de o c u p a r .
como arle, u n l u g a r h i s tú r i c a m e n t e s u p e r i o r a l d e o t r o
m o v i m i e n t o . De m a n e r a q u e la r i m a n g u a r d i a , al alzarse
c o n esta pretensión, sólo p u e d e h o n r a r l a , p o r q u e y a fue
r e a l i z a d a e n u n p e r i o d o a n t e r i o r . C o n t r a la aplicación de
técnicas r e a l i s t a s y a n o se p u e d e a r g u m e n t a r h o y a l u d i e n -
d o a l n i v e l h i s t ó r i c o d e las técnicas. Sí A d o r n o a r g u m e n t ó
así. e l l o n o s m u e s t r a q u e c o m o t e ó r i c o p e r t e n e c e a l a épo-
ca d e l o s m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a . P r u e b a
d e e s t o es q u e v i o l o s m o v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a n o c o m o
a l g o histórico, s i n o c o m o a l g o v i v o i n c l u s o e n e l pre-
sente. 11
3. E L AZAR
E n s u aproximación a u n a h i s t o r i a de los -azares lite-
r a r i o s - , o sea, d e l a s v e r s i o n e s q u e l a l i t e r a t u r a h a d a d o
del azar desde el r o m a n c e c o r t e s a n o d e l a E d a d M e d i a .
K ó h l e r reserva u n v o l u m i n o s o capítulo a la l i t e r a t u r a del
15. Solo et t u n s e t u e n t e cuando la . mi. i.-,. ncovangbardis<
la apoya la prelcnsión pul ¡i k a que vincula • t u producción en
una argumentación ligada estrechamente a Adorno, Chris BFZZEL,
un a u t o r de poesía concreta, afirmará asi que «un escritor revo-
lucionarla nu c> el que realice una composición seminticu-poelica
que tenga la nece%jdad de la revolución como contenido v como
proposito, sino aquel que i.on medios puédeos rrvolueiuna la poe-
sía como modelo de ia revolución m i s m a {...} en compai-ación con
la alienación de la burguesía t&rdia. la alienación compuesta p o r
el a r l e respecto a la realidad represiva es una fuerza que e m p u j a
hacia adelante- Esta fuer/a es dialéctica. v> que pone en funciona
miento la alienación estética respeclo a la realidad insoportable»
{áichitiHfi und revofuiioit [poesía y revolución], en - K o n k r c i e Poe-
sie, Text + Kritik», núm. 25 (enero de 1970). pp. 35 y ta.). Pero el
p r o p i o Adorno se muestra bastante escéplico con respecto a esa
-enorme tuerza que empuja hacia adelante* del arte neovanguar-
dista; en la Teoría estética, como hemos visto, se llega a apuntar
fa toiaT ambivalencia de lales obras, abriendo la p o s i b i l i d a d ' d e
ta c r l i i c a .
124
s i g l o x x . . E l f e r v o r e n t u s i a s t a p o r el m a t e r i a l y s u resis-
t e n c i a c o n t r a e l a z a r es, d e s d e l a s p o e s í a s d e T r i s t a n
Tzara a base de recortes de papel hasta l o s m o d e r n o s
happening, n o c a u s a , s i n o c o n s e c u e n c i a d e u n a situación
s o c i a l , e n l a c u a l l a f a l s a c o n c i e n c i a s ó l o r e s p e t a las m a -
nifestaciones de azar, l i b r e s d e ideología, n o e s t i g m a t i -
z a d o s p o r l a t o t a l c o s i í i c a c i ó n d e las r e l a c i o n e s v i t a l e s
e n t r e l o s h o m b r e s . " * K ó h l e r señala j u s t a m e n t e e l a b a n -
1
d o n a r s e a l m a t e r i a l c o m o característica t a n t o del a r t e
v a n g u a r d i s t a c o m o d e l n e u v a n g u a r d i s t a , p e r o y a m e pa-
rece más d u d o s o q u e p u e d a e n c a j a r , c o m o p r e t e n d e , l a
interpretación q u e d i o A d o r n o d e esle fenómeno. E n e l
e j e m p l o d e l hasard obioclif faaar o b j e t i v o ) de los surrea-
listas hay que m o s t r a r , p o r u n lado, las esperanzas que
p u s i e r o n los m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a e n el azar; y. p o r
o t r o , la ídeologización q u e c o m e t e n c o n e l u s o de t a l cate-
g o r í a , p r e c i s a m e n t e e n b a s e a esas e s p e r a n z a s .
A l c o m i e n z o d e Nadja (I¥28), B r e t ó n c u e n t a u n a s e r i e
d e e x t r a ñ o s a c o n t e c i m i e n t o s e n l o s c u a l e s se a c l a r a l o q u e
los s u r r e a l i s t a s e n t i e n d e n p o r «azar o b j e t i v o » . Los acon-
t e c i m i e n t o s s i g u e n u n p a i r ó n b á s i c o : d o s s u c e s o s se p o -
n e n e n conexión e n ba>e al h e c h o de q u e m u e s t r a n u n a
o más c o i n c i d e n c i a s . P o r e j e m p l o ; Bretón y su a m i g o
d e s c u b r e n e n e l marché OHX pitees, al hojear una obra
d e R i m b a u d . a u n a j o v e n v e n d e d o r a q u e n o sólu e s c r i b e
v e r s o s , s i n o q u e i n c l u s o h a l e i d o e l Paysim de Paris [Un
campesina de P d r í s ] . d e A r a g ó n . E l s e g u n d o - s u c e s o » n o
se r e c o g e a q u í d e m a n e r a e x p r e s a , p o r q u e l u > l e c t o r e s d e
Bretón y a l o c o n o c e n : l o s s u r r e a l i s t a s s o n poelas. y Ara¬
g o n es u n o d e e l l o s . E l a z a r o b j e t i v o se b a s a e n b selec-
ción de elementos semánticos e u n c o r d a n t e s ( a q u i : poeta
y A r a g ó n ) en sucesos i n d e p e n d i e n t e s e n t r e si- Los s u r r e a -
listas c o n s t a t a n la c o i n c i d e n c i a , q u e r e m i t e a u n s e n l i d o
n o c a p t a b l e . E l a z a r se d a p u e s - d e p o r s i » , p e r o e x i g e p o r
p a r t e de los surrealistas u n a orientación q u e p e m ñ l e ob-
16. E, KoHLíi. Der literari>che Zufall. das Müglwhc und die
NotwidttkeU \Ei azar ¡.¡erario, lo poJiWí y la necesidad]. Mu-
nich. 1973. cap. i . y aquí p. I I .
servar la c o i n c i d e n c i a de e l e m e n t o s semánticos e n sucesos
independientes entre tL
m Jos s u r r e a l i s t a s , s i n e m b a r g o , h a y u n s e n t i d o e n las c o s a s
V a l é r y h a o b s e r v a d o c o r r e c t a m e n t e q u e e l a z a r se p u e -
de p r o v o c a r . P a r a l o g r a r u n r e s u l t a d o a z a r o s o b a s t a c o n
elegir u n o b j e t o de e n t r e u n a c a n t i d a d de o b j e t o s s i m i l a -
r t a . Entonces lo» surrealistas, en realidad, no producen
a z a r , a u n q u e d e d i c a n m u c h a a t e n c i ó n a Lu q u e c a e f u e r a
de t o d a e x p e c t a t i v a , y p e r m i t e n señalar - a z a r e s - q u e . a
causa de s u i n s i g n i f i c a n c i a ( s u f a l t a de relación c o n los
p e n s a m i e n t o s d o m i n a n t e s d e l o s i n d i v i d u o s pasarían d e -
sapercibidos. A p a r t i r de l a c o n s t a n c i a de que en u n a
s o c i e d a d o r d e n a d a c o n f o r m e a l a r a c i o n a l i d a d d e l o s fines,
la p o s i b i l i d a d d e d e s a r r o l l o d e l o s i n d i v i d u o s está s i e m p r e
l i m i t a d a , los surrealistas t r a t a n de d e s c u b r i r m o m e n t o s
d e i m p r e v i s i b i l i d a d e n l a v i d a c o t i d i a n a . S u a t e n c i ó n se
dirige, pues, hacia fenómenos q u e n o t i e n e n cabida en el
m u n d o de l a r a c i o n a l i d a d de l o s (mes. E l d e s c u b r i m i e n t o •
de las m a r a v i l l a s de l o c o t i d i a n o representa, evidentemen-
t e , u n e n r i q u e c i m i e n t o d e las p o s i b i l i d a d e s d e e x p e r i e n c i a s
del - h o m b r e u r b a n o - ; s i n e m b a r g o , esta ligada a u n t i p o
d e c o n d u c t a q u e r e n u n c i a a las i n i c i a t i v a s e n f a v o r d e
u n a p r e d i s p o s i c i ó n u n i v e r s a l ¡i l a i m p r e s i ó n . L o s s u r r e a -
l i s t a s n o se d a n p o r s a t i s f e c h o s c o n e l l a , y b u s c a n l a
p r o v o c a c i ó n d e l o e x e r p e t o n a l . L a fijación p o r d e t e r m i n a -
d o s l u g a r e s (tieux sacrés) y s u e s f u c n o p o r u n a mylhoto-
gie modemr m u e s t r a n que lo q u e ellos pretenden, d o m i -
n a n d o e l a z a r , es p o d e r r e p e t i r l o e x t r a o r d i n a r i o .
E l a s p e c t o i d e o l ó g i c o d e La i n t e r p r e t a c i ó n s u r r e a l i s t a
de la categoría de azar n o reside e n el i n t e n t o p o r d o m i -
n a r l o e x t r a o r d i n a r i o , s i n o e n l a inclinación a v e r e n e l
a z a r u n s c n l i d o o b j e t i v o . E l s e n t i d o es s i e m p r e o b r a d e
i n d i v i d u o s y g r u p o s ; d e las r e l a c i o n e s d e c o m u n i c a c i ó n
IT. Sobre ti u f r i L h c a d o de ta orientación como categoría de
la estética de 1» product:km, cf. P. h - n . per lran;asische Su
rrealismus Studien ium Prublem der dvüHE>""<!•••••-'••<n Liierer
lur [El surrealismo francés. I •• sobra *J problema de la
literalura de vanguardia]. Francfort. l v 7 l . p p >5-J y ss. Para l o
que M i ' » ' véase el •nálivlt del Paysan de f o n . de Aragón'que H
Incluye en es la «bra.
126
e n t r e l o s h o m b r e s n o se d e s p r e n d e ningún s e n t i d o . P a r a
a z a r o s a s , e n las c o n s t e l a c i o n e s d e s u c e s o s , a l q u e e l l o s
se r e f i e r e n c o m o « a z a r o b j e t i v o - . A u n q u e e l s e n t i d o n o se
d e j e d e t e r m i n a r , n o v a n a c a m b i a r las e x p e c t a t i v a * s u r rea
l i s t a s , pues esperan e n c o n t r a r l o e n l a r e a l i d a d . E n este
h e c h a h e m o s d e v e r u n a a b o l i c i ó n deJ i n d i v i d u u ( h u r g u e s )
Puesto q u e el m o m e n t o a c t i v o d e formación de la t c a l i d a d
e s i a e n c i e r t o m o d o o c u p a d o p o r Lus h o m b r e s d e l a ao-
c i e d a d d e Ja r a c i o n a l i d a d d e l o s f i n e s , a l i n d i v i d u o q u e
p r o t e s t a c o n l r a Ja s o c i e d a d sólu le r e s t a e n t r e g a r s e a u n a
e x p e r i e n c i a c u y a c a r a c t e r í s t i c a y c u y o v a l o r c o n s i s t e n en
la i n d e p e n d e n c i a d e l o s fines. Q u e e l s e n t i d o b u s c a d o e n
e l a z a r sea t i e m p r u i n a p r e h e n s i b l e se e x p l i c a p o r el h e c h o
de q u e si f u e r a d e t e r m i n a d o , seria a s u m i d o e n scgujda
p o r la r a c i o n a l i d a d de los n u c a , y perdería asi su v a l o r
• d e p r o t e s t a . A i i p u e s , l a e s p e r a n z a s ó l o se e x p l i c a p o r l a
t o t a l oposición a la sociedad existente. Pero a l n o reco-
n o c e r q u e u n d e t e r m i n a d o d o m i n i o de la n a t u r a l e z a ne-
cesita u n a organización social, lus surrealistas c u r r e n el
p e l i g r o de q u e s u p r o t e s t a se c o n v i e r t a d e p r o n t o e n p r o -
t e s t a c u n t r a l o s o c i a l . N o se c r i t i c a La f i n a l i d a d d e La
sociedad burguesa capitalista, que hace del benelicio el
p r i n c i p i o d u m i n a n l e , s i n o la r a c i o n a l i d a d de l o s hnes en
general. A s i el azar, a l q u e los h o m b r e s están s o m e t i d o s
d e m o d o c o m p l e t a m e n t e h e t e r o n o m o , se c o n v i e r t e p a r a -
d ó j i c a m e n t e e n l a c l a v e d e La l i b e r t a d .
U n a teoría d e l a v a n g u a r d i a n o p u e d e a d m i t i r , s i n m a s ,
t a l y c u m u h a s i d o d e s a r r o l l a d o p o r los teóricos de la van-
g u a r d i a , e l c u n c e p t u d e a z a r ; p u e s se t r a t a d e u n a c a t e -
g o r í a i d e o l ó g i c a : l a p r o d u c c i ó n d e s e n t i d o , q u e es u n
a s u n t o h u m a n o , es a t r i b u i d a a U n a t u r a l e z a , v n u q u e d a
más q u e d e s c i l r a r l u . Esta reducción d e l s e n t i d o p r o d u c i d o
e n l o s p r o c e s o s c o m u n i c a t i v o s a La n a t u r a l e z a n u e t a r b i -
t r a r i a ; ealá r e l a c i o n a d a c o n l a abstracción d e la p r o t e s t a
q u e c a r a c t e r i z a a l a t e m p r a n a fase d e l m o v i m i e n t o s u r r e a -
l i s t a , P e r o l a teoría d e l a v a n g u a r d i a n o p u e d e r e n u n c i a r
p o r c o m p l e t o a l a c a t e g o r í a d e a z a r , a u n q u e s ó l o sea p o r -
q u e es d e c i s i v a p a r a l a c o m p r e n s i ó n d e l m o v i m i e n t o s u -
127
r r e a l i * i a . E l s i g n i l i e a d u que lus s u r r e a l i s t a s h a n d a d u a la
c a t e g o r í a , q u e se p u e d e c o n s i d e r a r c u m u c a t e g o r í a i d e u -
lógica, p e r m i t e a l ricnlflieu c a p t a r l a intención d e l m o v i -
m i e n t o , a u n q u e d e b a c r i t i c a r s e a l m i s m o t i e m p o la m i s i ó n
p a r a la que ttic concebida.
H a y u n a aplicación d e la categoría d e azar d i s t i n t a a
la q u e h e m o s v i s t o h a s t a a h o r a , q u e l o c a l i z a e l a z a r e n l a
o b r a de arte v n o en l a r e a l i d a d , en lo p r o d u c i d o y rio en
lo p e r c i b i d o , pues e l azar puede p r o d u c i r de m u y d i s t i m a s
maneras. P o d e m o s d i s t i n g u i r entre producción i n m e d i a t a o
m e d i a d a del azar. L a p r i m e r a surge en l a p i n t u r a d u r a n t e
l o s añus c i n c u e n t a , c o n m o v i m i e n t o s t u m o e l t a c h i s m o , e l
oclion paiiuiiifi y a l g u n o s o í r o s . Se t r a t a d e m o j a r l a l e l u
c o n e l p i n c e l . L a r e a l i d a d v a n o es f o r m a d a n i i n t e r p r e t a -
d a ; se r e n u n c i a a l a c r e a c i ó n i n t e n c i o n a d a d e f i g u r a s e n
f a v o r de u n d e s a r r o l l o de la e s p u n u n i c i d a d ; el azar aban-
d o n a e n b u e n a m e d i d a l a figuración. E l p i n t o r , l i b e r a d o d e
t o d a p r e s i ó n y r e g l a i o r m a l , se e n t r e g a i i n a l m c n t e a u n a
subjetividad vacia. E l sujeto ya n o puede entregarse a algo
esigidn p o r e l m a t e r i a l y l a tarea: el resultado deviene
a z a r o s o en e l m a l s e n t i d o d e l a p a l a b r a , o sea. q u e r e s u l t a
a r b i t r a r i o . La protesta t o t a l c o n t r a aquel m o m e n t o de
c o a c c i ó n c o n d u c e a l p i n t o i n o h a c i a la l i b e r t a d d e l a f o r -
m a , s i n o únicamente hacia l a a r b i t r a r i e d a d , a u n q u e i s l a
p u e d a l u e g o ser i n t e r p r e t a d a c o m o e x p r e s i ó n d e i n d i v i -
dualidad.
Tenemus p o r o t r a p a r t e la producción m e d i a d a de azar.
E s t a v a n o es e l r e s u l t a d o d e u n a e s p o n t a n e i d a d . •• .
e n e l m a n e j o d e l m a t e r i a l , s i n o q u e es, p o r e l c u n l r a r i u .
f r u t o d e u n c a l c u l o m u y p r e c i s o . Perú e l cálculo se re lie re
a l m e d i o ; e l p r o d u c t o es b á s t a m e i m p r e v i s i b l e . « E l p r o -
g r e s o d e l a r t e c o m o a c t i v i d a d - , s u b r a y a A d o r n o , está
•acompañado p o r l a tendencia hacia l a determinación
a b s o l u t a . S e h a s e ñ a l a d o c o n razón l a c o n v e r g e n c i a e n t r e
Las o b r a s r e a l i z a d a s t o t a l m e n t e c o n f o r m e a l a técnica y
las q u e s o n a b s o l u t a m e n t e a z a r o s a s * (AT, p . 47}. E l p r i n -
c i p i o d e construcción r e n u n c i a a la imaginación s u b j e t i v a
e n f a v o r d e u n a b a n d o n o d e U\ c o n s t r u c c i ó n a l a z a r . A d o r -
n o l o e x p l i c a c o m o reacción a l a i m p o t e n c i a d e l i n d i v i d u o
128
b u r g u é s : * L a i m p o t e n c i a en q u e l a t e c n o l o g í a h a s u m i d o
u l H l j e t o , d e s a t a d a p o r él m i s m o , h a s i d o r e c i b i d a e n l a
c o n c i e n c i a , se h a c o n v e r t i d o e n p r o g r a m a » {ÁT, p . 4 3 ) .
A q u i se r e p i t e l a i n t e r p r e t a c i ó n q u e v a h e m o s v i s t o a l
d i s c u t i r la categoría de l o n u e v o . A c o m o d a r s e a l a aliena-
c i ó n p a r e c e ser l a única f o r m a p o s i b l e d e r e s i s t e n c i a c o n -
t r a ésta. L a o b s e r v a c i ó n q u e h i c i m o s a m e s se a p l i c a , m u -
taris mttíatuSis, t a m b i é n aquí.
C a b e s u p o n e r q u e l a tesis d e A d o r n o , q u e ve e n l a
p r i m a d a de l a construcción u n a l e g a l i d a d a l a q u e l o s
a r t i s t a s se a b a n d o n a n s i n p o d e r p r e v e r l a s c o n s e c u e n c i a s
de ello, r e s u l t a de su f a m i l i a r i d a d c o n los m o d o s de c o m -
posición de la música dodecafóníca. E n su Philosophie
der ntutn Musik [Filosofía de la nueva música] llama a
la racionalidad dodecafóníca > u n sistema c e r r a d o y o p a c o
a l a vez, e n e l c u a l l a c o n s t e l a c i ó n d e l o s m e d i o s es h i p o s -
lasiada de i n m e d i a t o c o m o l i n a l i d a d y ley [ . . . ] . L a legali-
d a d e n l a q u e ésta se c u m p l e q u e d a o c u l t a p o r e l m a -
terial, a l q u e d e t e r m i n a sin q u e este d e t e r m i n a r m i s m o
ofrezca u n sentido»,'*
L a producción d e azar p o r ia aplicación d e u n p r i n c i p i o
d e c o n s t r u c c i ó n se d a e n l a l i t e r a t u r a , s i n o m e e q u i v o c o ,
c o n l a p o e s í a c o n c r e t a , m á s l a r d e q u e e n l a música. L a
m e n o r i m p o r t a n c i a d e l o s e m á n t i c o e n l a música t i e n e
c o m o consecuencia q u e en el caso de l a construcción f o r -
m a l , l a música y l a l i t e r a t u r a e s t é n m u y p r ó x i m a s . P a r a
q u e e l m a t e r i a l l i t e r a r i o se s o m e t a c o m p l e t a m e n t e a u n a
l e y d e c o n s t r u c c i ó n q u e l e es s i e m p r e a j e n a , es p r e c i s o
que r e n u n c i e a l c u n t c n i d o semántico. H a y q u e d e j a r b i e n
c l a r o , s i n e m b a r g o , q u e l a aplicación de u n a l e g a l i d a d
al m a t e r i a l d e la l i t e r a t u r a tiene u n v a l o r d i s t i n t o a l d e
la a p l i c a c i ó n d e u n p r i n c i p i o d e c o n s t r u c c i ó n s e m e j a n t e
a la música, e n base a la g e n u i n a d i v e r s i d a d de los
medios.
II T h . W Aaon.se Phiiasopliir áe¡ BSSSBM Mivik. p. 43.
129
4. E L CONCEPTO DE ALEGORÍA EN BENJAMIN
U n a l a r c a c e n t r a l d e Ta l e u ría de l a v a n g u a r d i a es e l
d e s a r r o l l o d e u n c o n c e p t o d e las o b r a s d e a r l e inorgáni-
cas. S e m e j a n le [área p u e d e i n i c i a r s e a p a r t i r d e l c o n c e p t o
d e a l e g o r í a d e B e n j a m í n , q u e , c o m o v i m o s , es u n a c a t e g o -
ría a r t i c u l a d a e s p e c i a l m e n t e r i c a , a p r o p i a d a p a r a r e f e r i r s e
t a n t o a l a s p e c t o d e Ta p r o d u c c i ó n c o m o a l d e l e f e c t o es-
tético de las o b r a s de v a n g u a r d i a . B e n j a m i n ha desarro-
l l a d o , c o m o sabemos, el c o n c e p t o p a r a la l i t e r a t u r a ba-
r r o c a ; " se p u e d e a f i r m a r , s i n e m b a r g o , q u e s u o b j e t o m á s
a p r o p i a d o es l a o b r a de v a n g u a r d i a . D i c h o d e o t r a m a n e -
r a : la experiencia de B e n j a m i n en el c o n t a c t o c o n las
o b r a s d e v a n g u a r d i a es l o q u e l e p e r m i t e t a n t o e l d e s a r r o -
l l o de la categoría c o m o su aplicación a l a l i t e r a t u r a d e l
b a r r o c o , p e r o n o a l c o n t r a r i o . P u e s t o q u e allí el d e s a r r o l l o
d e l o s o b j e t o s se a p o y a t a m b i é n e n l a i n t e r p r e t a c i ó n d e l
p a s a d o i n m e d i a t o , se p u e d e e n t e n d e r s i n v i o l e n c i a e l c o n -
c e p t o de a l e g o r í a d e B e n j a m í n c o m o u n a teoría d e l a r t e
d e v a n g u a r d i a ( i n o r g á n i c o ) , a u n q u e o b v i a m e n t e habrá q u e
p r e s c i n d i r d e l o s m o m e n t o s q u e d e r i v a n d e s u aplicación
a l a l i t e r a t u r a b a r r o c a . " A ú n así, es l ó g i c o p r e g u n t a r c ó m o
19. W B E U A U I N , Ursp'vng des Deulschen Trauerspiels [Ori-
gen de la iragedia alemana], editado por R. Tiedemann, Francfort.
1963, pp. 174 y UL¿ en l o que sigue citaremos como Vrsprang.
JO. E n m i Der framósitche Surrealismos, cap. X I , pp. 174 y
ss., he aplicado el concepto de alegoría á* B e n j a m i n como ins-
t r u m e n t o para la interpretación de la poesía de Bretón. Creo que
ha i l d o G. Lukács el p r i m e r o en afirmar que el cunceptu de ale-
goría de Benjamín se puede aplicar a Ja obra de vanguardia
(-Die weltanschau liciten Grundlagcn des A i a m g a r d e i s m u s - [ « L o s
principios ideológicos del vanguardismo»], en su Wider den mift-
versiandenen f ' , - . i " n i [Canna el realismo mal entendida], H a m
burgo, 1951, pp. 4 1 y ss.). La investigación de Benjamín obedece
a l interés por una comprensión de la l i t e r a t u r a contemporánea, y
ello no súlo es evidente por sus referencias al impresionismo en
la introducción a su obra (Ursprung. pp. 4 1 y ss.). sino que Asja
Lacis l o ha m o s t r a d o explícitamente: «En segundo lugar, dice que
su investigación no es académica, sino que tiene conexión inme-
diata con problemas contemporáneos m u y actuales. Insiste explí-
citamente en que en su trabajo ha señalado la búsqueda de u n Jen-
130
e l carácter de u n d e t e r m i n a d o t i p o de o b r a de a r t e ( l a
a l e g ó r i c a ) puede e x p l i c a r e n su e s t r u c t u r a social épocas
t a n d i s t i n t a s . Sería u n e r r o r b u s c a r , p a r a r e s p o n d e r a e s t a
p r e g u n t a , a f i n i d a d e s histórico-sociales e n t r e a m b a s épocas,
s u p o n i e n d o q u e f o r m a s artísticas iguales t i e n e n p o r ne-
c e s i d a d u n m i s m o F u n d a m e n t o s o c i a l . É s t e n o es e l caso.
H a b r í a q u e e n t e n d e r , m á s b i e n , q u e l a s f o r m a s artísticas
deben s u origen a u n determinado contexto social, pero
q u e n o m a n t i e n e n ningún v i n c u l o c o n t a l c o n t e x t o n i c o n
s i t u a c i o n e s sociales análogas, q u e e n c o n t e x t o s sociales
d i s t i n t o s podrían a s u m i r o t r a s f u n c i o n e s . L a investigación
n o debe c e n t r a r s e e n la p o s i b l e analogía e n t r e c o n t e x t o
p r i m a r i o y s e c u n d a r i o , s i n o e n ias m o d i f i c a c i o n e s sociales
de l a f u n c i ó n d e l a f o r m a artística.
Sí se d e s c o m p o n e e l c o n c e p t o d e a l e g o r í a o b t e n e m o s
el s i g u i e n t e e s q u e m a : 1. L o alegórico a r r a n c a u n elemen-
to a l a t o t a l i d a d del contexto v i t a l , lo aisla, lo despoja
d e s u f u n c i ó n . L a a l e g o r í a es. p o r t a n t o , e s e n c i a l m e n t e u n
f r a g m e n t o , en c o n t r a s t e c o n ei símbolo orgánico. * L a p i n -
t u r a e n e l t e r r e n o d e l a i n t u i c i ó n a l e g ó r i c a es f r a g m e n t o ,
r u n a [••-] - L a f a l s a a p a r i e n c i a d e l a t o t a l i d a d d e s a p a r e c e '
[Ursprung, p . 1 9 5 ) . 2. L o a l e g ó r i c o c r e a s e n t i d o a l r e u n i r
esos f r a g m e n t o s a i s l a d o s d e l a r e a l i d a d . S e t r a t a d e u n
s e n t i d o d a d o , que n o r e s u l t a del c o n t e x t o o r i g i n a l de l o s
f r a g m e n t o s . J . B e n j a m i n i n t e r p r e t a l a función de l o ale-
górico c o m o expresión de melancolía, - C u a n d o el o b j e t o
d e v i e n e alegórico b a j o la m i r a d a d e l a melancolía, d e j a
escapar l a vida, y queda c o m o m u e r t o , detenido p a r a l a
e t e r n i d a d . D e e s t a m a n e r a se e n c u e n t r a a n t e e l a r t i s t a
a l e g ó r i c o , d e s t i n a d o a él p a r a g r a c i a y d e s g r a c i a ; es d e c i r ,
e l o b j e t o es t o t a l m e n t e i n c a p a z d e i r r a d i a r s e n t i d o n i s i g -
n i f i c a d o , y c o m o s e n t i d o le c o r r e s p o n d e el q u e le c o n c e d a
e l a l e g ó r i c o - {Ursprung, p p . 2 0 4 y s.). E l t r a t o d e l alegó-
guaje f o r m a l p o r Jo dramático barroco como u n fenómeno aná-
logo al expresionismo. Por eso. dice, he tratado c o n t a m o deta-
lle Jos problemas artísticos de la alegoría, del emblema y del r i -
t u a l - (Revolulionare i m Beruf [...] [Revolucionaria por profe-
sión], editado p o r H i l d e g a r d Brenner. M u n i c h , 1 9 7 1 . p . 44).
131
r i c o c o n las c o s a s s u p o n e u n i n t e r c a m b i o p r o l o n g a d o d e
simpatía y h a s t i o : a l a a b s o r t a simpatía de los e n f e r m o s
p o r Jo e s p o r á d i c o y l o i n s i g n i f i c a n t e {se d e s p r e n d e ) d e l d e -
sengañado a b a n d o n o de los e m b l e m a s vacíos» l i d . , p 207).
4. T a m b i é n a l u d e B e n j a m i n a l p l a n o d e La r e c e p c i ó n . L a
a l e g o r í a , c u y a e s e n c i a e * ef f r a g m e n t o , r e p r e s e n t a l a h i s -
t o r i a c o m o d e c a d e n c i a : « e n l a alegoría ( r e s i d e ] l a facits
hippíKtatinx [ o sea. e l a s p e c t o f ú n e b r e ! d e Ja h i s t o r i a
c o m o p r i m i t i v o p a i s a j e p e t r i f i c a d o d e l o q u e se o f r e c e a
l a v i s t a - { I d . , p p . 182 y s.).
A l m a r g e n de q u e los c u a t r o elementos del concepto
de alegoría q u e h e m o s p r e s e n t a d o p u e d a n a p l i c a r s e a l
análisis d e o b r a s d e v a n g u a r d i a , p o d e m o s c o m p r o b a r q u e
se t r a í a d e u n a c a t e g o r í a c o m p l e j a , q u e o c u p a u n p u e s t o
e s p e c i a l m e n t e a l i o e n l a j e r a r q u í a d e las c a t e g o r í a s p a r a
la d e s c r i p c i ó n d e o b r a s . E s t a c a t e g o r í a reúne c l a r a m e n t e
d o s c o n c e p t o s d e l a p r o d u c c i ó n d e l o e s t é t i c o , d e los c u a -
les u n o c o n c i e r n e a l t r a t a m i e n t o d e l m a t e r i a l ( s e p a r a c i ó n
d e l a i p a r t e s d e s u e o n i e a t o ) y e l o t r o a La c o n a t i t u c i ó n
d e l a o b r a ( a j u s t e d e f r a g m e n t o s y fijación d e s e n t i d o } ,
c o n u n a interpretación de los procesos d e producción y
recepción [melancolía en los p r o d u c t o r e s , visión pesimis-
t a d e ta h i s t o r i a e n l o s r e c e p t o r e s ) . Y a q u e p e r m i t e d i s t i n -
g u i r e n e l p l a n o d e l análisis Los a s p e c t o s d e l a p r o d u c c i ó n
y el efecto estético, s i n d e j a r p o r e l l o de p e n s a r l o s c o m o
u n i d a d , el c o n c e p t o de alegoría de Benjamín puede ser
a p r o p i a d o p a r a o c u p a r l a categoría c e n i t a l de u n a leoría
d e las o b r a s d e a r t e d e v a n g u a r d i a . C o n n u e s t r o e s q u e m a
se p u e d e a p r e c i a r y a q u e l a u t i l i d a d de l a c a t e g o r í a r e s i d e
e n e l análisis d e l a estética d e l a p r o d u c c i ó n ; p a r a e l á m -
b i t o d e l e f e c t o e s t é t i c o , s i n e m b a r g o , r e q u e r i r í a algún
complemento.
U n a comparación de las o b r a s de a r l e orgánicas c o n
l a s I n o r g á n i c a s ( v a n g u a r d i s t a s 1. d e s d e e l p u n t o d e v i s t a
d e l a estética d e l a p r o d u c c i ó n , e n c u e n t r a u n a h e r r a m i e n -
t a esencial en l o q u e l l a m a m o s m o n t a j e , c o n el que c o i n -
ciden los dos p r i m e r o s elementos del c o n c c p l o d e alegoría.
de Benjamín. E l a r t i s t a q u e p r u d u c e u n a o b r a orgánica
{lo l l a m a r e m o s e n l o sucesivo clasicista. sin querer d a r
112
p o r ello u n concepto d e l a r t e clásico), m a n e j a s u mate-
rial c o m o algo vivo, respetando su significado aparecido
en c a d a situación c o n c r e t a de la v i d a . Para el v a n g u a r d i s -
t a , a l c o n t r a r i o , e l m a t e r i a l s ó l o es m a i e r i a l ; s u a c t i v i d a d
n o c o n s i s i e p r i n c i p a l m e n t e e n o t r a c o s a m á s q u e e n aca-
b a r c o n la « v i d a » d e los m a t e r i a l e s , arrancándolos d e l
c o n t e n t o d o n d e r e a l i z a n su función y r e c i b e n su significa-
d o . £1 c l a s i c i s l a v e e n e l m a i e r i a l a l p o r t a d o r d e u n s i g -
n i f i c a d o y l o a p r e c i a p o r ello, p e r o el v a n g u a r d i s t a sólo
d i s t i n g u e u n s i g n o v a c i o , p u e s él es e l ú n i c o c o n d e r e c h o
a a t r i b u i r u n s i g n i f i c a d o . De esle m o d o , el c l a s i c i s t a m a -
neja su m a i e r i a l c o m o u n a t o t a l i d a d , m i e n t r a s que el van-
g u a r d i s t a separa el suyo de la t o t a l i d a d de l a v i d a , l o
aisla, lo fragmenta.
La d i v e r s i d a d d e las posiciones respecto al m a t e r i a l ,
se r e p r o d u c e r e s p e c t o a l a c o n s t i t u c i ó n d e l a o b r a . E l c l a -
sicista q u i e r e d a r c o n s u o b r a u n r e t r a t o v i v o de l a t o t a -
l i d a d ; t a l es s u i n t e n c i ó n , i n c l u s o c u a n d o l a p a r t e d e
r e a l i d a d p r e s e n t a d a se l i m i t a a s e r l a r e s t i t u c i ó n d e u n a
atmósfera fugaz. E l v a n g u a r d i s t a , p o r s i l p a r l e , reúne
f r a g m e n t o s c o n La i n t e n c i ó n d e f i j a r u n s e n l i d u ( c o n l o
c u a l el s e n t i d o podría ser m u v b i e n l a a d v e r t e n c i a de q u e
y a n o h a y n i n g ú n s e n t i d o ) . L a o b r a y a n o es p r o d u c i d a
c o m o u n l o d o orgánico, sino m o n t a d a sobre fragmentos.
( H a b l a r e m o s de ello en l a siguiente sección,)
De l o s a s p e c t o s h a s t a a h o r a d i s c u t i d o s d e l c o n c e p t o
d e a l e g o r í a , q u e describen u n determinado procedimien-
to, hay que distinguir aquellos que pretenden inrerpreiar
e l p r o c e d i m i e n t o . E s t e es e l c a s o c u a n d o B e n j a m í n c a r a c -
teriza l a c o n d u c t a d e l a r t i s t a alegórico c o m o melancólica.
T a l i n t e r p r e t a c i ó n n o se p u e d e t r a s l a d a r a l e g r e m e n t e d e l
b a r r o c o a l a v a n g u a r d i a , p o r q u e e n t a l c a s o se d a r í a a l
procedimiento u n significado determinado, despreciando
a s f e l h e c h o d e q u e u n p r o c e d i m i e n t o p u e d e ser a p l i c a d o
e n e l c u r s o d e La h i s t o r i a c o n s i g n i f i c a d o s d i v e r s o s , ' E n
1
21. Sobre e l problema de l a «seminliuciún de los procedi-
A m u o » Hiéranos-, ef. H - B W H B X •Funfctionsanalyie der Lilera-
lur» [ • A i h * h * i * de función de la ületatun-J. en I . Kolbe |ed-l r
133
el caso de l a alegoría parece posible, s i n e m b a r g o , consi-
d e r a n d o l o s m o d o s de creación de l o s p r o d u c t o r e s , en-
c o n t r a r s i m i l i t u d e s e n t r e e l alegórico b a r r o c o y el alegó-
rico v a n g u a r d i s t a . L o q u e B e n j a m í n l l a m a m e l a n c o l í a e s
u n a fijación e n l o s i n g u l a r , d e s t i n a d a a l f r a c a s o p o r q u e
n o r e s p o n d e a ningún c o n c e p t o g e n e r a l de l a formación
d e l a r e a l i d a d . L a d e v o c i ó n p o r c a d a s i n g u l a r i d a d es deses-
perada, p o r q u e i m p l i c a la consciencia de que l a r e a l i d a d
se e s c a p a c o m o a l g o q u e está e n c o n t i n u a f o r m a c i ó n . E s
n a t u r a l v e r e n el c o n c e p t o de Benjamín l a descripción de
l a m e n t a l i d a d d e l v a n g u a r d i s t a , a l q u e y a n o l e está p e r -
m i t i d o , c o m o a l esteticista, transfigurar la p r o p i a carencia
d e función s o c i a l . E l c o n c e p t o s u r r e a l i s t a d e l ennui (del
q u e « a b u r r i m i e n t o » es sólo u n a traducción p a r c i a l ) apo-
y a r í a t a l vez e s t a i n t e r p r e t a c i ó n ^
T a m b i é n l a s e g u n d a interpretación, l a de la estética
de l a recepción, q u e da Benjamín d e l c o n c e p t o de alegoría
(la alegoría p r e s e n t a l a h i s t o r i a c o m o h i s t o r i a de l a n a -
t u r a l e z a , o sea, c o m o h i s t o r i a f a t a l d e l a d e c a d e n c i a ) p a -
r e c e a d m i t i r u n a t r a d u c c i ó n a l a r t e d e v a n g u a r d i a . S i se
t o m a l a c o n d u c t a d e l y o surrealista c o m o p r o t o t i p o de
c o n d u c t a v a n g u a r d i s t a , p o d e m o s c o m p r o b a r q u e a h i La
s o c i e d a d es r e d u c i d a a l a n a t u r a l e z a . " E l y o s u r r e a l i s t a
Neue Ansichten einer künfiigen Cermanistik [Nueva perspectiva
de una futura gennanístíca] (Reihe Hanscr, 122), M u n i c h , 1973,
pp. 179 y s s .
22. La conducta del y o surrealista, tal y c o m o queda reflejada
por Aragón en el Paysan de Parts 11926). se determina p o r la ne-
gativa a someterse a las presiones del orden social- La perdida
de posibilidades practicas de acción, que se deduce de l a falta de
una función social, da lugar a la aparición de u n vacío, precisa-
mente el ennui. Desde el p u n t o do vista surrealista, este ennui
no se valora ni m u c h o menos negativamente; es, al c o n t r a r i o , l a
condición decisiva para La transformación de l a realidad cotidiana
a l a que se aplican los surrealistas.
2). Es una lástima que la obra de Gisela Stcinwachs, que
acierta en su determinación del fenómeno, no cuente con las ca-
tegorías descriptivas que p e r m i t e n una comprensión precisa. Cf.
Gisela SrF.iNWA.cits, Mythologie des Surrtalismus oder die Rück-
verwandlung vori Kultur m Natur [...] [ L a mitología del Surrea-
114
pretende r e s t a u r a r l a o r i g i n a l i d a d de | experiencia tra-
a
t a n d o c o m o n a t u r a l el m u n d o p r o d u c i d o p o r los h o m -
b r e s . D e e s t e HM J o . s i n e m b a r g o , l a r e a l i d a d s o c i a l está
protegida c o n t r j el pensamiento de u n posible cambio. La
h i s t o r i a h e c h a p o r l o s h o m b r e s se r e b a j a a h i s t o r i a n a t u -
r a l c u a n d o se p e t r i f i c a e n u n a i m a g e n d e l a n a t u r a l e z a .
L a g r a n c i u d a d se e x p e r i m e n t a c o m o n a t u r a l e z a e n i g m á -
t i c a , p o r d o n d e e l s u r r e a l i s t a se m u e v e c o m o e l h o m b r e
p r i m i t i v o p o r la v e r d a d e r a n a t u r a l e z a : en busca d e u n
s e n t i d o q u e debe p o d e r e n c o n t r a r s e e n los hechos. E n l u ¬
g a r de s u m e r g i r s e e n los m i s t e r i o s de la creación d e estas
d o s n a t u r a l e z a s p o r e l h o m b r e , c o n f í a en p o d e r d i s f r u t a r
d e l f e n ó m e n o c o m o t a l s e n t i d o . E t c a m b i o d e función d e
l a a l e g o r í a d e s d e e l b a r r o c o es c o n s i d e r a b l e : l a d e v a l u a -
c i ó n b a r r o c a d e l m u n d o e n f a v o r d e l más allá se c o n v i e r -
te, e n la v a n g u a r d i a , e n u n a afirmación f r a n c a m e n t e e n t u -
s i a s t a d e l m i s m o m u n d o , a u n q u e e n u n i n m e d i a t o análisis
d e las técnicas artísticas v e r e m o s q u e t a l a f i r m a c i ó n es
d e s g a r r a d a , q u e es u n a e x p r e s i ó n d e a n g u s t i a a n t e u n a
técnica y u n a e s t r u c t u r a s o c i a l q u e r e s t r i n g e n g r a v e m e n t e
l a s p o s i b i l i d a d e s d e a c c i ó n de l o s i n d i v i d u o s .
Las interpretaciones que hemos dado del procedimien-
t o alegórico podrían ser, s i n e m b a r g o , m e n o s i m p o r t a n t e s
que l o s conceptos explicítados p o r los p r o p i o s p r o c e d i -
m i e n t o s , entre o t r a s cosas p o r q u e ellos, c o m o i n t e r p r e t a -
c i o n e s , se m u e v e n y a a u n n i v e l q u e r e q u i e r e análisis d e
obras concretas. Por lo tanto, para c o n t i n u a r nuestra c o m -
paración e n t r e o b r a s orgánicas e inorgánicas, h a b r e m o s
de p r e s c i n d i r e n a d e l a n t e d e categorías de l a i n t e r p r e -
tación.
L a o b r a d e a r t e o r g á n i c a se o f r e c e c o m o u n a c r e a c i ó n
d e l a n a t u r a l e z a : - e l a r t e b e l l o d e b e s e r considerado como
n a t u r a l e z a , p o r m á s q u e se t e n g a c o n s c i e n c i a d e q u e es
a r t e - , e s c r i b e K a n t (KdU, § 4 5 ; p . 405 [ e d . c a s t e l l a n a ,
p . 2 1 2 ] ) . Y G e o r g Lukács d i s t i n g u e u n a d o b l e misión d e l
f i r m o 0 la devolución de ta ctdtura a la naturaleza] (Sammlung
Luchterhand. 4u; col lee! ion alternalive. 3). Ncuwied'Berlín 1971
pp- 7| y s i .
135
realista (en c o n t r a s t e c o n el a r t i s t a de v a n g u a r d i a ) : «pri-
5. MONTAJE
m e r o e l d e s c u b r i m i e n t o i n t e l e c t u a l y c o n f i g u r a c i ó n artís-
t i c a d e esas c o n e x i o n e s |o sea, l a s c o n e x i o n e s d e l a r e a l i -
Es i m p o r t a n t e a c l a r a r desde el p r i n c i p i o q u e e l con-
d a d s o c i a l ] ; s e g u n d o , y s i n q u e se p u e d a s e p a r a r d e l o
cepto de m o n t a j e n o i n t r o d u c e n i n g u n a categoría nueva,
a n t e r i o r , e l r e c u b r i m i e n t o a r t í s t i c o d e l a s c o n e x i o n e s abs-
a l t e r n a t i v a a l c o n c e p t o d e a l e g o r í a ; se t r a t a , m á s b i e n , d e
traídas y t r a b a j a d a s , l a s u p e r a c i ó n d e l a a b s t r a c c i ó n » . * L o
u n a categoría q u e p e r m i t e establecer c o n e x a c t i t u d u n
q u e L u k á c s f l a m a ' r e c u b r i m i e n t o » es p r e c i s a m e n t e d a r
d e t e i r n i n a d o aspecto d e l c o n c e p t o de alegoría E l m o n t a j e
a p a r i e n c i a de n a t u r a l e z a . L a o b r a de a r t e orgánica q u i e r e
s u p o n e l a f r a g m e n t a c i ó n d e l a r e a l i d a d y d e s c r i b e l a faae
o c u l t a r s u a r t i f i c i o . A l a o b r a d e v a n g u a r d i a se a p l i c a Lu
de la constitución d e l a o b r a . P u e s t o q u e el c o n c e p t o j u e
c o n t r a r i o : se o f r e c e c o m o p r o d u c t o a r t í s t i c o , c o m o a r t e -
g a u n p a p e l n o s ó l o e n l a s a r t e s plásticas y e n l a l i t e r a -
f a c t o . E n esta m e d i d a , e l m o n t a j e p u e d e s e r v i r c o m o p r i n -
t u r a , s i n o también e n el c i n e , d e b e m o s a v e r i g u a r a qué
c i p i o básico d e l a r t e v a n g u a r d i s t a , L a o b r a « m o n t a d a » d a
se r e f i e r e e n c a d a m e d i o c o n c r e t o .
a e n t e n d e r q u e está c o m p u e s t a d e f r a g m e n t o s d e r e a l i d a d ;
a c a b a c o n l a a p a r i e n c i a d e t o t a l i d a d . L a institución a r t e E l c i n e se b a s a , c o m o s a b e m o s , e n el e n c a d e n a m i e n t o
se r e a l i z a , p u e s , d e m o d o p a r a d ó j i c o e n Ja m i s m a o b r a d e de imágenes fotográficas q u e p r o d u c e n impresión de m o -
a r t e . L a r e i n t e g r a c i ó n d e l a r t e a l a p r a x i s v i t a l se p r o p o n e v i m i e n t o p o r l a v e l o c i d a d c o n q u e se s u c e d e n a n t e n u e s t r a
u n a revolución de la v i d a y p r o v o c a u n a revolución d e l v i s t a . E l m o n t a j e d e i m á g e n e s es l a reVníca operativa bá-
arle. s i c a e n e l c i n e ; n o se t r a t a d e u n a técnica a r t í s t i c a espe-
cifica, sino que viene d e t e r m i n a d a p o r e l m e d i o . A u n q u e
L a m e n c i o n a d a d i s t i n c i ó n t a m b i é n se a p l i c a a l o s d i
se p o d r í a h a c e r u n a d i s t i n c i ó n según e l u s o , p o r q u e n o r*
fe r e n t e s m o d o s d e r e c e p c i ó n e s t a b l e c i d o s p u r l o s p r i n c i -
l o m i s m o c u a n d o l a sucesión d e p l a n o s f o t o g r á f i c o s r e -
pios c o n s t r u c t i v o s de cada t i p o de o b r a , (Es o b v i o que
p r o d u c e el curso d e u n m o v i m i e n t o n a t u r a l que c u a n d o
estos m o d o s de recepción n o necesitan c o i n c i d i r e n cada
r e p r o d u c e u n m o v i m i e n t o artístico ( p o r e j e m p l o : a p a r t i r
caso c o n los m o d o s e f e c t i v o s d e recepción de c a d a o b r a
d e u n león d e m á r m o l d o r m i d o , d e s p i e r t o y p u e s t o e n
en p a r t i c u l a r . ) L a o b r a orgánica p r e t e n d e u n a impresión
p í e se p r o d u c e l a i m p r e s i ó n d e q u e ese l e ó n s a l t a , c o m o
g l o b a l . S u s m o m e n t o s c o n c r e t o * , q u e sólu t i e n e n s e n t i d o
s u c e d e e n El acorazado Potcmkin). E n el p r i m e r caso
e n conexión con l a l u l a l i d a d d e U obra, r e m i t e n siempre,
t a m b i é n se « m o n t a n » i m á g e n e s a i s l a d a s , p e r o l a i m p r e -
a l o b s e r v a r l o s p o r s e p a r a d o , a esa t o t a l i d a d . L o s m o m e n -
sión cinematográfica r e p r o d u c e p o r engaño el c u r s o de
tos concretos de la o b r a de v a n g u a r d i a t i e n e n , en c a m -
u n m o v i m i e n l o n a t u r a l . E n el segundo caso, s i n e m b a r g o ,
b i o , u n e l e v a d o g r a d o d e i n d e p e n d e n c i a y p u e d e n ser
la impresión de m o v i m i e n t o sólo puede p r o d u c i r l a el m o n -
leídos o i n t e r p r e t a d o s t a n t o e n c o n j u n t o c o m o p o r sepa-
taje de i m á g e n e s *
r a d o , sin necesidad de c o n t e m p l a r el todo de l a o b r a . E n
la o b r a d e v a n g u a r d i a s o l o p u e d e h a b l a r s e e n s e n t i d o M i e n t r a s q u e e n e l c i n e e l m o n t a j e d e i m á g e n e s es u n
r e s t r i n g i d o d e « t o t a l i d a d d e La o b r a • c o m o I U I I U d e l a
l o c a l i d a d d e Jos p o s i b l e s s e n t i d o s . 23. Sobre el problema d e l m o n t a j e m el d n e . cf. %¥. P • ••
• I K . *TJber die Monlage- («Sobre el montaje»), en Theoñe dei
Kiitot [Teoría del cose], editada pur K- W i u c - i E d S u h r k a m p . 557»,
K C L i n t e l , « E s peta am Realhsnuu» [ - 5 * trata del realis- F r a i r f u r i . :r: pp. Hj-lJO, y S. E I U M U I I K . Dtalcttuehc Thcont
m o - ] , en Marxiimut und Litera::,' Eíne Dvkumentatuxt [Mar¿ti- dei Filmi [Teoría dialéctica del cité}, en D. Profcop led.), Matena-
mo y hteraiura. Una documentación'. editado p o r F. J . R a d d i t i . lei iur Theortm dit films. AMthcttk. Saiiolocte. PolluK ! \f. -
t o m o t í . ReinbeeV en IJamburgo, 1969. p n . ti v i s . En la edición let para un teoría del cine. Estética, sociología, poUiiea], Munich.
castellana fv. BLbliuymluik, p 21. 1071. pp. M 4 1

M 7
p r o c e d í m í e n i o técnico, d a d o p o r e l p r o p i o m e d i o c i n e m a -
t o g r á f i c o , e n l a p i n t u r a l l e n e e l status de u n p r i n c i p i o ar-
t í s t i c o . N o es c a s u a l i d a d q u e e l m o n t a j e — d e j a n d o a u n
l a d o los «precursores» descubiertos siempre a posleriori—
aparece históricamente v i n c u l a d o al c u b i s m o , el m o v i -
m i e n t o q u e d e n t r o d e Ja p i n t u r a m o d e r n a h a d e s t r u i d o
c o n s c i e n t e m e n t e el s i s t e m a de representación v i g e n t e des-
de e l R e n a c i m i e n t o . E n l o s papiers collés d e P i c a s s o y B r a -
q u e . r e a l i z a d o s d u r a n t e l o s años d e l a P r i m e r a G u e r r a
M u n d i a l , h a y s i e m p r e d o s t é c n i c a s c o n t r a s t a d a s : e l -ílu-
s i o n t s m o - de los f r a g m e n t o s de r e a l i d a d ( u n t r o z o de
c e s t a , u n p a p e l p i n t a d o ) y l a « a b s t r a c c i ó n * d e l a técnica
c u b i s t a c o n l a q u e se t r a t a n l o s o b j e t o s r e p r e s e n t a d o s .
E s t e c o n t r a s t e c o n s t i t u y e s i n d u d a u n interés p r i o r i t a r i o
p a r a a m b o s a r t i s t a s , cosa q u e p o d e m o s r e c o n o c e r también
e n l o s c u a d r o s d e l a época q u e r e n u n c i a n a l a técnica d e l
montaje. * 1
E n e l i n t e n t o de d e t e r m i n a r l a s i n t e n c i o n e s d e e f e c t o
estético, q u e se p u e d e n p e r c i b i r sólo e n e l c u a d r o - m o n -
taje, h a y q u e p r o c e d e r c o n m u c h o c u i d a d o . E v i d e n t e m e n t e ,
pegar papeles de periódico en c u a d r o s supone u n m o -
m e n t o de provocación, a u n q u e n o debemos sobreestimar-
l o , p u e s a l fin y a l c a b o l o s f r a g m e n t o s d e r e a l i d a d están
a l s e r v i c i o d e u n a c o m p o s i c i ó n estética d e figuras, y b u s -
can u n e q u i l i b r i o de los e l e m e n t o s c o n c r e t o s c o m o volú-
menes, colores, etc. P o d e m o s h a b l a r fácilmente de u n a
intención r e p r i m i d a : se t r a t a d e d e s t r u i r l a s o b r a s o r g á -
nicas que p r e t e n d e n r e p r o d u c i r l a r e a l i d a d , p e r o n o me-
diante u n cuestionamiento del arte e n general como en
los m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a . E l i n t e n t o
a p u n t a a l a creación de o b j e t o s estéticos q u e p r e s c i n d a n
de los c r i t e r i o s t r a d i c i o n a l e s .
U n t i p o c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t o de m o n t a j e l o d a n
los f o t o m o n t a j e s de Heartñcld q u e n o s o n e s e n c i a l m e n t e
o b j e t o s estéticos, s i n o c o n j u n t o s de imágenes. H c a r t n c l d
h a r e c u p e r a d o l a v i e j a técnica d e l o s e m b l e m a s y l a h a
Ib O por ejemplo Vm Violón 4 1 U H de Picasso, en eJ M u
>eo Je A n c de Berna
131
l l e v a d o a l c a m p o d e l a política. E l e m b l e m a reúne u n a
figura c o n dos textos diferentes, u n o (frecuentemente c o n
c a r á c t e r d e d e n u n c i a ) c o m o t i t u l o (inscripíio) y o t r o más
e x t e n s o c o m o e x p l i c a c i ó n (subscriptio). Por ejemplo:
m i e n t r a s H i t l e r está h a b l a n d o , s u t ó r a x t r a n s p a r e n t e n o s
m u e s t r a u n a c o l u m n a de m o n e d a s en e l l u g a r d e l esófago.
Inscripíio: « A d o l f , e l s u p e r h o m b r e » ; subscriptio: «Traga
o r o y dice disparates.» 1
O bien: sobre u n cartel del
S P D , " c o n e l slogan « ¡ L a socialización avanza!», sobre
e l q u e se s u p e r p o n e n d o s p e r s o n a j e s d e l m u n d o d e l a eco-
nomía, a l t i v o s , c o n c h i s t e r a y p a r a g u a s , y e n s e g u n d o pla-
n o dos m i l i t a r e s , u n o de los cuales lleva u n a b a n d e r a c o n
la c r u z g a m a d a . Inscripíio. « j A l e m a n i a todavía n o está
p e r d i d a ! » ; subscriptio. « " L a socialización avanza!", h a n
e s c r i t o los " s o c i a l " demócratas e n u n c a r t e l , y l o h a n de-
c i d i d o : l o s socialistas son m u e r t o s a t i r o s [ . . . L » H a y p
q u e d e s t a c a r t a n t o e l s e n t i d o p o l í t i c o o b v i o c o m o el m o -
m e n t o antiestético q u e c a r a c t e r i z a n a los m o n t a j e s de
H e a r t f i c l d . E n c i e r t o s e n t i d o e l f o t o m o n t a j e está p r ó x i m o
al cine, n o sólo p o r q u e a m b o s u t i l i z a n la fotografía, s i n o
t a m b i é n p o r q u e e n a m b o s c a s o s se d i s f r a z a o a l m e n o s
n o es e v i d e n t e e l h e c h o d e l m o n t a j e . E s t a razón s e p a r a ,
p o r p r i n c i p i o , el f o t o m o n t a j e del m o n t a j e de los cubistas
o del de S c h w i t t e r .
N a t u r a l m e n t e , las observaciones precedentes no pre-
tendían a g o t a r e l o b j e t o ( e l collagc c u b i s t a o e l foto-
m o n t a j e de H e a r l f i e l d ) . sino sólo m o s t r a r e l e m p l e o d e l
concepto de m o n t a j e . E n el m a r c o de u n a t c o r i a de la
v a n g u a r d i a n o i n t e r e s a la acepción cinematográfica de
esle c o n c e p t o , p o r q u e viene d a d a p o r el m e d i o . E l foto-
m o n t a j e t a m p o c o a y u d a a r e s o l v e r la cuestión, p o r q u e
o c u p a u n l u g a r i n t e r m e d i o e n t r e el m o n t a j e cinematográ-
f i c o y e l c u a d r o - m o n t a j e , y l o m á s c o m ú n es q u e o c u l t e
• Juego de palabras. Biech. en alemán, significa tanto hoja-
lata como disparate. fN. del t.)
" P a r t i d o Social demócrata Alemán. tN. dei t.)
27. John Heaittietd Dokwnentation {Documentación sobre
Jchn Hearttield], ediiada por el grupo de t r a b a j o Hcarficld. Ber
Mn fNene GcscUichalt für bildende K u n s t ) . 1969/1970. pp. i l y « .
139
e l h e c h o d e l m o n t a j e . TJna t e o r í a d e l a v a n g u a r d i a t i e n e
que p a r t i r del c o n c e p t o de m o n t a j e t a l y c o m o queda i m -
p l i c a d o e n los p r i m e r o s callases cubistas. L o que distin-
g u e a éstos d e l a s t é c n i c a s d e p i n t u r a d e s a r r o l l a d a s d e s d e
e l r e n a c i m i e n t o , es l a i n c o r p o r a c i ó n d e f r a g m e n t o s d e r e a -
l i d a d a l a p i n t u r a , o sea. d e m a t e r i a l e s q u e n o h a n s i d o
e l a b o r a d o s p o r e l a r t i s t a . C o n e l l o se d e s t r u y e l a u n i d a d
de l a o b r a c o m o p r o d u c t o a b s o l u t o de la s u b j e t i v i d a d d e l
a r t i s t a . E l p e d a z o d e c e s t a q u e P i c a s s o p e g a en u n c u a d r o
p u e d e ser e l e g i d o t e n i e n d o e n c u e n t a u n a i n t e n c i ó n d e
composición; c o m o pedazo d e cesta sigue f o r m a n d o p a r t e
d e l a r e a l i d a d , y se i n c o r p o r a a l c u a d r o t a l c u a l es, s i n
e s p e r i m e n t a r c a m b i o s e s e n c i a l e s . D e e s t a m a n e r a , se v i o -
l e n t a u n s i s t e m a d e r e p r e s e n t a c i ó n q u e se b a s a e n l a r e -
p r o d u c c i ó n d e l a r e a l i d a d , es d e c i r , e n e l p r i n c i p i o d e q u e
el a r t i s t a t i e n e c o m o t a r e a Ta t r a n s p o s i c i ó n d e l a r e a l i d a d .
L o s c o b i s t a s n o se c o n t e n t a n , es v e r d a d — c o m o h a r t a u n
poco más t a r d e D u c h a m p — c o n e x h i b i r u n m e r o f r a g -
m e n t o de l a r e a l i d a d , p e r o r e n u n c i a n a la t o t a l c o n s t i t u -
ción d e l espacio d e l c u a d r o c o m o u n c o n t i n u o . 1 1
?3. J . WJSSMASS. que ofrece una útil panorámica sobre Ja u t i l i -
zación J e ta técnica del callare en la p i n t u r a moderna, resume aiJ
el efecto del collage cubista; -las partes que señalan l a realidad*
tienen la misión etc «hacer legibles para el observador los signos
pictóricos que han devenido no obrcluales-. Con ello no se p e r
sigue ningún ilusionismo en el sentido vigente hasta entonces; - e n
su lugar se akanza u n extrañamiento que juega de Una f o r m a
muy diferente con la oposición de arte y realidad-, con lo que las
contradicciones entre l o p i n t a d o y l o real son - d i sueltas p o r su
«bservador» (-Collagen oder die I n i e g r a t i o n von Realii&t i m
K u n s t w e r k - («El collage o la integración de la realidad en la
obra de a r l e » ] , en ¡inmanente Asthetik. Asthetisctte Reflexión [...]
[Estética inmanente. Reflejo esférico! [Poetik und Hermeneu-
tik, 21. Munich. I9f>&, p p . 331 y « }. A q u i se aborda e] collage
desde el p u n t o de vista de la -estética inmanente»: se trata de la
cuestión de la -integración de la realidad en la obra do arte». Este
« t e n s o a r t i c u l o apena* dedica una p i p i na a l fotomontaje de
Hausmann y Hearlfield. Pero, precisamente. Éstos habrían ofrecido
la posibilidad de p r o b a r si necesariamente se produce en el cotia-
ge esa «integración de la realidad en la obra de arte», si el p r i n -
cipio del cotla&e na se Opone más bien a una t a l integración, po-
sibilitando psi u n nuevo t i p o de arte comprometido- Cf. en este
14li
E l p r o b l e m a d e u n a técnica p i c t ó r i c a q u e h a s i d o acep¬
t a d a p o r e l s i g l o n o se p u e d e r e s o l v e r r e d u c i é n d o l o a u n a
c u e s t i ó n d e a h o r r o d e e s f u e r z o superíluo;* e n c a m b i o , l o s
1
a r g u m e n t o s d e A d o r n o sobre el significado del m o n t a j e e n
e l a r l e m o d e r n o p r o p o r c i o n a n u n i m p o r t a n t e p u n t o de
apoyo p a r a l a comprensión del fenómeno. A d o r n o observa
l o r e v o l u c i o n a r i o ( y a q u í p u e d e ser o p o r t u n a u n a metá-
f o r a t a n g a s t a d a ) d e l o s n u e v o s p r o c e d i m i e n t o s : - L a apa-
r i e n c i a d e q u e e l a r t e está r e c o n c i l i a d o c o n l a e x p e r i e n c i a
heterogénea p o r e l hecho de r e p r e s e n t a r l a debe r o m p e r s e ,
m i e n t r a s q u e l a u b r a l i t e r a l , q u e a d m i t e e s c o m b r o s d e La
experiencia, s i n apariencia, reconoce la r u p t u r a y alcanza
u n a función d i s t i n t a p a r a s u e f e c t o e s t é t i c o » (AT, p . 2 3 2 ) .
L a o b r a de a r l e orgánica, e l a b o r a d a p o r l a m a n o d e l h o m -
b r e y q u e n o o b s t a n t e se p r e t e n d e n a t u r a l e z a , p r e s e n t a u n
c u a d r o de reconciliación e n t r e el h o m b r e y l a n a t u r a l e z a .
L o característico de las o b r a s inorgánicas q u e t r a b a j a n
contexto las reflexiones do S. E I S C S S I E I * : «Para s u s t i t u i r el " r e
fleje" estático de u n acontecimiento, dado necesariamente por el
lema y l a posibilidad de su solución únicamente a través de con-
secuencia» lógicamente vinculadas a t a l a c o m e t i m i e n t o , aparece
un nuevo procedimiento a r t i s t i c o : el l i b r e m o n t a j e de influencias
{atracciones) independientes, conscientemente seleccionadas (con
efectos más allá de la composición presente y de l a escena-sujeto),
pero con una intención exacta sobre u n determinado electo temá-
t i c o final- i/íif Mutiiage der Atiraktionen [...) [El monta,* dt
atracciones'], en «Asthetik u n d K o m m u n i k a i i o n - , núm. 11 [diciem-
bre de 1973], p. 77); al respecto también KarJa HlElSCltPH. 5- M-
Etsensteins Theaterarbeit beim Moskatier ProletkuU 11921-1924)
[El trabaja teatral de Eisenstein en la cultura proletaria mosco-
vita], en - A s t h c i i k u n d Kommunikation», núm. 13 (diciembre de
1971). p p . 6fl y ss.
29. Cf. Hería WESCIIFR, Die Collage. Geschichtc eines küstteri-
schen Ausdrucksmittels [El collage. Historia de un medio de ex-
presión artístico], Colonia, 1968. p. 2 ? . que explica la introducción
del collage p o r Draque como el deseo de «evitarse el fatigoso pro-
ceso de pintar». Una breve presentación de la evolución del calla-
ge. en la que se insiste, con ratón, en los cambios de significado
do esta técnica, es la ofrecida por E. Ronzas, - D i e historischc E n t -
wickJung der Collage i n der bildenden Kunst» [ « E l desarrollo
histórico del collage en las artes plásticas»], en Primip Collage
[Principio collage], Neuwitd/Berlín. 1968. pp. I M L
141
sobre el p r i n c i p i o del m o n t a j e consiste, p a r a A d o r n o , en
q u e y a n o p r o v o c a n la a p a r i e n c i a de reconciliación. E n
t a l caso, p o d r í a m o s a s e n t i r a l e s t u d i o de A d o r n o a u n c u a n -
d o n o c o m p a r t a m o s l a t o t a l i d a d d e l a filosofía q u e l o sus-
t e n t a L a o b r a d e a r t e se t r a n s f o r m a e s e n c i a l m e n t e a l
a d m i t i r e n s u s e n o f r a g m e n t o s d e r e a l i d a d - Y a n o se t r a t a
sólo de la r e n u n c i a d e l a r t i s t a a l a creación de c u a d r o s
c o m p l e t o s ; t a m b i é n l o s c u a d r o s m i s m o s a l c a n z a n u n ¡la-
tas d i s t i n t o , p u e s u n a p a r t e d e e l l o s y a n o m a n t i e n e c o n
la r e a l i d a d Tas r e l a c i o n e s q u e c a r a c t e r i z a n a l a s o b r a s d e
a r t e o r g á n i c a s : n o r e m i t e n c o m o s i g n o a Ta r e a l i d a d , s i n o
q u e son r e a l i d a d .
N o está m u y c l a r o q u e p u e d a a t r i b u i r s e , c o m o h a c e
A d o r n o , u n s i g n i f i c a d o político a l p r o c e d i m i e n t o d e l m o n -
taje. - E l arte quiere confesar s u i m p o t e n c i a frente a la
t o t a l i d a d d e l c a p i t a l i s m o tardío e i n a u g u r a r s u a b o l i c i ó n -
(AT, p. 2 3 2 ) . S i n e m b a r g o , e l m o n t a j e l o h a n a p l i c a d o
t a n t o l o s f u t u r i s t a s i t a l i a n o s , d e l o s q u e n o se p u e d e p r e -
s u m i r en a b s o l u t o u n a v o l u n t a d de s u p r i m i r el capitalis-
m o , c o m o los vanguardistas rusos posrevolucionarios q u e
se e s f o r z a r o n p o r l a c o n s t r u c c i ó n d e l a s o c i e d a d s o c i a l i s -
t a . A t r i b u i r u n s i g n i f i c a d o e s t r i c t o a u n p r o c e d i m i e n t o es
p r o b l e m á t i c o p o r p r i n c i p i o . P a r e c e más a c e r t a d a l a a l t e r -
n a t i v a de B l o c h , q u e supone que u n p r o c e d i m i e n t o puede
tener efectos d i s t i n t o s e n c o n t e x t o s históricos d i f e r e n t e s ,
y d i s t i n g u e asi e n t r e - m o n t a j e i n m e d i a t o * (el del capita-
l i s m o t a r d i o ) y « m o n t a j e m e d i a d o » (el d e l a s o c i e d a d
s o c i a l i s t a } " A u n q u e las d e f i n i c i o n e s q u e B l o c h d a d e l
m o n t a j e sean a veces p o c o c l a r a s , q u e d a p a t e n t e q u e n o
30. Sobre l a relación entre la teoría estética de ADORNO y l a
filosofía de la h i s t o r i a desarrollada en l a Dialektik der Aufkíiir-
ung | ]"•,.;:•.:.. .. de ¡a Ilustración]* Amsterdan, 1W7, cf. T h , BsU-
MEISTER/J. K U L E N K A U P F F . Geschichlsphilosophie und phllosophi-
sche Asthetik. Zu Adornos *Xsthctisthcr Thcarie* [Filosofía de
la historia y estética filosófica. Sobre la 'Teoría estética* de Ador-
no], en «Neue H e h e tür Ptiílosophie». núm- 3 ( 1 9 7 3 ) . pp. 74-104. •
31. E. B L O C H . Erpschafi dieser Zeit [El legado de este tiem-
po], edición ampliada. Gcsammaus^abe [Obras completas], 4,
Francfort, 1962. pp. 221-228.
142
atribuye determinaciones semánticas p e r m a n e n t e s a los
procedimientos.
Asi pues, d e b e m o s t r a t a r de separar, en las investiga-
ciones de A d o r n o , sus hallazgos en l a descripción d e l
f e n ó m e n o d e l s i g n i f i c a d o e s t r i c t o q u e les a t r i b u y ó . U n a
d e s u s d e f i n i c i o n e s d e l m o n t a j e es l a s i g u í c n i e : - L a nega-
c i ó n d e l a síntesis es e l p r i n c i p i o d e c r e a c i ó n » (AT, p . 2 3 2 L
L a n e g a c i ó n d e l a síntesis e x p r e s a p a r a l a p r o d u c c i ó n es-
tética l o q u e p a r a e l e f e c t o e s t é t i c o se l l a m a r e n u n c i a a l a
reconciliación. A p l i c a n d o u n a vez más los d e s c u b r i m i e n -
t o s d e A d o r n o a l o s coilages cubistas, podemos decir que
e n é s t o s se a p r e c i a u n p r i n c i p i o d e c o n s t r u c c i ó n , p e r o n o
u n a síntesis e n e l s e n t i d o d e u n i d a d d e s i g n i f i c a d o (pién-
sese e n e l c o n t r a s t e e n t r e - i l u s i o n i s m o » y - a b s t r a c c i ó n » a l
que nos referíamos antes) *
C u a n d o A d o r n o i n t e r p r e t a l a n e g a c i ó n d e l a síntesis
c o m o n e g a c i ó n d e s e n t i d o e n g e n e r a l (¿7", p . 2 3 1 ) . c o n v i e n e
32. W . ISEP tía tratado del montaje en la lírica moderna en
-Imagé urid MontagC- Z u r BildhomteptLon i n der Imagistischen
L y r i k u n d i n T,S. E l i o t s -Waste Land"» ( - I m a g e n y montaje. So-
bre la concepción representativa en l a lírica de imágenes y en
-Waste L a n d " de T- 5 - E l i o t ] , en immanente Asthetik twd ásibe-
tische Reflexión [...] IPoetik und tiermeneutik, 2 ) . Municb. 1966,
pp. 361-393. Partiendo de una determinación de la representación
poética como -reducción i l u s i o n a r l a de la realidad» (la represen-
tación devuelve a l a v i s t a u n único m o m e n t o del objeto]. Iser
señala como m o n t a j e representalívo la reunión (la superposición)
de imágenes que se refieren al m i s m o objeto. Describe su efecto
de l a f o r m a siguiente: - E l montaje de imágenes destruye su fi-
ní lud ilusionaría v supera la confusién de fenómenos reales con
la f o r m a en que ios vemos. Las 'imágenes' que interfieren ofre-
cen entonces la irrcpresentabilidad de lo real como una p l e n i t u d
de puntos de vista extraños, los cuales, precisamente por su ca-
rácter i n d i v i d u a l , pueden ser producidos en numero indefinido»
(id., p. 3 9 3 ) , La - i r r c p r e s e n t a b i l i d a d de l o real» no es el resultado
de una interpretación, sino el hecho descubierto p o r el montaje
de imágenes. E n vez de preguntar por qué aparece l a realidad
como irrepresentable, a l intérprete se le muestra esa irrepreser.
l a b i l i d a d como algo cierto e incuestionable. Iser adopta asi la po-
sición c o n t r a r i a a la teoría del reflejo; incluso en las imágenes
de la lírica t r a d i c i o n a l cree descubrir la ilusión realista (-la con-
fusión de fenómenos reales con La f o r m a en que los vemos»).
143
 r e c o r d a r q u e i n c l u s o La n e g a c i ó n de s e n t i d o es u n a m a -
n e r a d e d a r sen 1 i d o . T a n t o l o s t e x t o s a u t o m á t i c o s d e Jos
s u r r e a l i s t a s c o m o e l Paysan de Paris d e A r a g ó n y e l Nadja
de Bretón, p o d e m o s e n t e n d e r l o s c o m o r e s u l t a d o s de u n a
técnica d e m o n t a j e . D e h e c h o , l o s t e x t o s a u t o m á t i c o s se
c a r a c t e r i z a n s u p e r f i c i a l m e n t e p o r u n a destrucción de las
relaciones de s e n t i d o ; p e r o cabe también u n a i n t e r p r e t a
ción q u e reconozca u n s i g n i f i c a d o r e l a t i v a m e n t e consis-
tente, a u n q u e n o y a s u j e t o a l a búsqueda de c o n e x i o n e s
lógicas, s i n o a p l i c a d o a l p r o c e d i m i e n t o c o n s t i t u t i v o d e l
t e x t o . Se puede d e c i r a l g o s i m i l a r acerca de l a serie d e
a c o n t e c i m i e n t o s a i s l a d o s c o n l o s q u e c o m i e n z a Sadja de
Bretón. N o existe e n t r e ellos ningún v i n c u l o n a r r a t i v o
p o r e l q u e l o s ú l t i m o s s u p o n g a n l a n a r r a c i ó n lógica d e l o s
p r e c e d e n t e s ; p e r o Los s u c e s o s están v i n c u l a d o s d e O l r O
m o d o : t o d o s se d e s p r e n d e n d e l m i s m o m o d e l o e s t r u c t u r a l .
Con palabras del e s l r u c l u r a l i s m o . diríamos q u e el v i n c u l o
es d e n a t u r a l e z a p a r a d i g m á t i c a , n o s i n t a g m á t i c a . M i e n t r a s
q u e e l m o d e l o e s t r u c t u r a l s i n t a g m á t i c o . Ja o r a c i ó n , se ca-
r a c t e r i z a p o r t e n e r u n fin — s e a l o l a r g a q u e s e a — , e l m o -
d e l o e s t r u c t u r a l p a r a d i g m á t i c o , e l d i s c u r s o , es e m i n e n t e -
m e n t e i n c o n c l u s o . E s t a d i f e r e n c i a esencial también d a
l u g a r a dos m o d o s d i s t i n t o s d e recepción. 11
L a o b r a d e a r t e o r g á n i c a está c o n s t r u i d a d e s d e e l m o -
d e l o e s t r u c t u r a l s i n t a g m á t i c o : Las p a r t a y e l t o d o f o r m a n
u n a u n i d a d dialéctica. E l c i r c u l o hcrmcnéuMco d e s c r i b e
l a l e c t u r a a d e c u a d a : l a s p a r t e s s ó l o están e n e l t o d u d e l a
o b r a , y é s l e a s u vez se e n t i e n d e ú n i c a m e n t e p o r l u p a r -
tes. L a interpretación de las p a r t e s K rige p o r u n a t n l e r -
tt. La aplicación de las c a i c f o r l u de paradigma jr siniagma
• Séfda de Bretón es el u p e e i o más convincente del trabado de
Gisela S T T I K W A C H I (tíythologic des Surrealismus oder die RUek-
verwandlung ven Kultur in Natur. Eine strukiurale Anatyse von
Bretón* •Nadie* [te mitología del surrealismo o la devolución
de la cultura a ¡a naturaleza. Un análisis estructural de *Nadja*
de Bretón] |Sammlung L u c h l e r h a n d , 40; tullecí ion Al l e m a i l ve, 3 ] .
Ncuwied/Berhn, 1971, can. 1V|. E l defecto del trábalo consiste
en que se Elmlla a buscar analogías c n l r c m o t i v o s surrealistas y
varios principios surrealistas, cuyo valor d r c o n o c i m l e m u « eues-
Uonable.
144
p r e t a c i ó n a n t i c i p a d o r a d e l l o d o q u e d e e s t e m o d o es co-
r r e g i d a a s u vez. L a s u p o s i c i ó n d e u n a n e c e s a r i a a r m o n i a
e n t r e e l s e n t i d o d e l a s p a r t e s y e l s e n t i d o d e l t o d o es
condición básica e n este t i p o de r e c e p c i ó n . " E s t a s u p o -
s i c i ó n — q u e es e l r a s g o d e c i s i v o d e Las o b r a s d e a r t e
o r g á n i c a s — y a n o rige p a r a l a s o b r a s I n o r g á n i c a s , L a s
p a r t e s se - e m a n c i p a n * d e u n t o d o s i t u a d o p o r e n c i m a d e
e l l a s , a l q u e se i n c o r p o r a b a n c o m o c o m p o n e n t e n e c e s a r i o .
Pero e s t o q u i e r e d e c i r q u e las partes carecen de necesi-
d a d . E n u n t e x t o a u t o m á t i c o , d o n d e l a s i m á g e n e s se
s u c e d e n , p o d r í a n o m i t i r s e a l g u n a s d e éstas s i n q u e e l t e x t o
c a m b i a r a e s e n c i a l m e n t e . E s t o v a l e también p a r a los su-
c e s o s n a r r a d o s e n Sad¡a. L a inclusión d e n u e v o s s u c e s o s
s i m i l a r e s , c o m o La e l i m i n a c i ó n d e a l g u n o s d e Los q u e se
n a r r a n , n o producirían c a m b i o s esenciales. C a b r i a pen-
sar. I n c l u s o , en u n a transposición. L o d e c i s i v o n o u n l o s
sucesos e n su s i n g u l a r i d a d , s i n o e l p r i n c i p i o de c o n s t r u c -
c i ó n q u e está e n La b a s e d e l a s e r i e d e a c o n t e c i m i e n t o s .
N a t u r a l m e n t e t o d o esto tiene consecuencias esenciales
p a r a la recepción. E l r e c e p t o r de las obras de v a n g u a r d i a
descubre que el método de apropiación de o b j e t i v a c i o n e s
i n t e l e c t u a l e s q u e se h a f o r m a d o p a r a las o b r a s d e a r t e
o r g á n i c a s es a h o r a i n a d e c u a d o . L a o b r a d e v a n g u a r d i a n o
p r o d u c e u n a impresión general que p e r m i t a u n a i n t e r p r e -
tación d e l s e n t i d o , n i La s u p u e s t a i m p r e s i ó n p u e d e a c l a -
r a r s e d t r i g i e n d u s e a l a s p a r t e s , p o r q u e éstas y a n o están
34. Sobre d c i r c u l o hercBenéutico. c j . H G. GaflaMB. Wahr-
htit und Methode. Grundzüge etncr phdaiophmhfn Hermeneutik
[Verdad y método. Fundamentos de una hermenéutica filosófica],
2a. #d-, T u b i n g a . 19éJ. pp. ITS j H L , y J . H u t c i i u d . Zur Logik
dar V - i . ; . ' ' . , ' w >:-. l : - r , " * F , ; r , ' - J . Y - I [Materiales
r
sobre la lógica
de lar cieneiai sociales] (ed- S u h r k a m p . 4 I I V F r a n c f o r t . 1970. pa-
ginas Jál y sa. M K u s u muestra como La dialéctica de la parle
y e l lodo en la i n t r r p r e i a c i o n de una obra puede degenerar en u n
retículo I n t e r p r e t a t i v o «que cumpla siempre con la a u t o r i d a d ilL-
m i i a d a del todo (rente a lo i n d i v i d u a l - (-Wclt&nscri&ulíche Motive
In der kunitgcsehlchtlichen Populárliteratur» [«Motivos Ideológi-
cos en la literatura popular histórico-anfstlca-]), en su (como edi-
t o r ) . Das Kunstwerk. ¿v.'tsehen Wissenschaft und \* .
[ta obre de arte entre la ciencia y la ideolog\a], Gülcriloh. 1970.
PP- U y ss.. y a q u i . p. 90.
145
s u b o r d i n a d a s a u n a intención d e o b r a . T a l n e g a c i ó n d i -
s e n t i d o p r o d u c e u n shock e n e l r e c e p t o r . E s t a es l a r e a c -
ción q u e p r e t e n d e el a r t i s t a de v a n g u a r d i a , p o r q u e espera
q u e e l r e c e p t o r , p r i v a d o d e l s e n t i d o , se c u e s t i o n e s u p a r -
t i c u l a r p r a x i s v i t a l y se p l a n t e e l a n e c e s i d a d d e t r a n s f o r -
m a r l a . £1 shock se b u s c a c o m o e s t i m u l o p a r a u n c a m b i o
d e c o n d u c t a ; es e l m e d i o p a r a a c a b a r c o n l a i n m a n e n c i a
estética e i n i c i a r u n a t r a n s f o r m a c i ó n d e l a p r a x i s v i t a l
de l o s r e c e p t o r e s "
L a p r o b l e m á t i c a d e l shock, c o m o p r e t e n d i d a reacción
d e l o s r e c e p t o r e s , es s u c a r á c t e r i n e s p e c i l t c o . A c e p t a n d o
i n c l u s o q u e se p u e d a c o n s e g u i r l a r u p t u r a d e l a i n m a n e n -
cia e s t é t i c a , d e ésta n o se d e r i v a u n a d e t e r m i n a d a t e n d e n -
cia e n los posibles c a m b i o s de conducía d e los receptores.
L a reacción d e l público f r e n t e al c o m p o r t a m i e n t o dada
es c a r a c t e r í s t i c a c o m o r e s p u e s t a i n e s p e c l f i c a . E l p ú b l i c o
contesta a l a provocación d e los dadaistas c o n u n f u r o r
c i e g o . * A p e n a s se d a n c a m b i o s d e c o n d u c t a e n l a p r a x i s
v i t a l de l o s r e c e p t o r e s ; i n c l u s o d e b e m o s p r e g u n t a r n o s s i
la p r o v o c a c i ó n n o r e f u e r z a m á s b i e n las a c t i t u d e s v i g e n -
tes q u e se e x p r e s a n n o t o r i a m e n t e e n c u a n t o se les d a o c a -
s i ó n . " L a estética d e l shock plantea u n p r o b l e m a más: l a
p o s i b i l i d a d de m a n t e n e r a l a larga u n efecto s i m i l a r . Nada
p i e r d e s u e f e c t o t a n r á p i d a m e n t e c o m o e l shock, porque
s u esencia consiste e n ser u n a e x p e r i e n c i a e x t r a o r d i n a r i a .
C o n l a r e p e t i c i ó n se t r a n s f o r m a r a d i c a l m e n t e . E l shock
35. Sobre el problema del shock en la m o d e r n i d a d , et. las su-
gestivas observaciones de W . B F M A U I N ' . que sin embargo preten-
dían p r o b a r su potencia {«Ober einige Motive bei Baudclaire»
[•Sobre alguno» remas en Baudclairc»]. en sus i Iluminar ionen
{iluminaciones]. Ausgcwiihltt Schrifien [/] [Obras escogidas, 1]),
editado por 5. Unseld, Francfort, 1961, pp. 201 245, y a q u i p p . 706
y siguientes.
y>. Cf. al respectu. Ja presentación de R. H A I S.UAKN, ágil y es-
pecialmente valiosa por su doeu mea i ación, en Am Anfang war
Dada {En el principio era el dadú], editado p o r K ftiha y
G. K a m p l . Stembath/Gte en 1972.
37, La teoría del distancia miento de B r e c h l será u n i n t e n t o
consecuente de superar el efecto inespecífico del shock y reco-
gerlo a La vez de f o r m a didáctica.
146
es e s p e r a d o . L a s v i o l e n t a s r e a c c i o n e s d e l p ú b l i c o a n t e l a
m e r a e n t r a d a e n e s c e n a d e los d a d a i s t a s s o n p r u e b a d e
e l l o : e l p ú b l i c o e s t a b a p r e p a r a d o p a r a e l shock p o r los
r e l a t o s p e r i o d í s t i c o s , l o e s p e r a b a . U n shock d e e s t a I n d o l e ,
c a s i i n s t i t u c i o n a l i z a d o , q u e d a m u y l e j o s d e r e p e r c u t i r so-
b r e l a p r a x i s v i t a l d e Eos r e c e p t o r e s : es « c o n s u m i d o * .
L o q u e q u e d a es e l c a r á c t e r e n i g m á t i c o d e l p r o d u c t o ,
su r e s i s t e n c i a c o n t r a el i n t e n t o de c a p t a r s u s e n t i d o . E l
r e c e p t o r n o se p u e d e r e s i g n a r s e n c i l l a m e n t e a d e s c r i b i r
el s e n t i d o de u n a p a r t e de la o b r a ; intentará e n t e n d e r el
p r o p i o carácter enigmático de la o b r a d e v a n g u a r d i a .
Para ello h a de s i t u a r s e en o t r o nivel de la i n t e r p r e t a -
ción. E n l u g a r d e p r e t e n d e r c a p t a r u n s e n t i d o m e d i a n t e
l a s r e l a c i o n e s e n t r e e l t o d o y las p a r l e s d e l a o b r a , tratará
de e n c o n t r a r los p r i n c i p i o s c o n s t i t u t i v o s de l a o b r a , a f i n
d e e n c o n t r a r en é s t o s l a c l a v e d e l c a r á c t e r e n i g m á t i c o d e
la creación. Asi pues, la o b r a de v a n g u a r d i a p r o v o c a en el
r e c e p t o r u n a r u p t u r a análoga a l carácter r o m p e d o r (la
i n o r g a n i c i d a d ) de la creación. E n t r e la e x p e r i e n c i a , regis-
t r a d a p o r e l shock, de l a inconveniencia del m o d o d e
r e c e p c i ó n f o r m a d o e n las o b r a s d e a r t e o r g á n i c a s , y e l
esfuerzo p o r u n a comprensión del p r i n c i p i o de c o n s t r u c -
c i ó n , se p r o d u c e u n a f r a c t u r a : l a r e n u n c i a a l a i n t e r p r e t a -
ción d e l s e n t i d o . U n a transformación d e c i s i v a p a r a el de-
s a r r o l l o d e l a r t e , p r o v o c a d a p o r l o s m o v i m i e n t o s históri-
c o s d e v a n g u a r d i a , c o n s i s t e e n ese n u e v o l i n o d e r e c e p c i ó n
n a c i d o c o n el a r t e v a n g u a r d i s t a . L a atención de los recep-
t o r e s y a n o se d i r i g e a u n s e n t i d o d e l a o b r a c a p t a b l e e n
la l e c t u r a d e sus p a r l e s , s i n o a l p r i n c i p i o d e c o n s t r u c -
ción. E s t e t i p o d e r e c e p c i ó n i n s t a a l r e c e p t o r a a c e p t a r
que l a p a r t e , q u e e n la o b r a de a r t e orgánica e r a necesaria
p o r su contribución a la constitución d e l s e n t i d o de l a
t o t a l i d a d de l a o b r a , e n l a o b r a de v a n g u a r d i a c o n s t a sólo
c o m o s i m p l e relleno de u n m o d e l o e s t r u c t u r a l .
H e m o s t r a t a d o de r e c o n s t r u i r genéticamente l a rela-
ción e n t r e la o b r a de a r t e de v a n g u a r d i a y el m é t o d o f o r -
m a l de l a ciencia d e l a r t e y l a l i t e r a t u r a , y a que h e m o s
i n t e r p r e t a d o éste c o m o r e a c c i ó n d e l o s r e c e p t o r e s f r e n t e
a las o b r a s d e v a n g u a r d i a q u e se s u s t r a e n a l o s p r o c e d i -
147
m i e m o s de la hermenéutica [ [ a d i c i o n a l . E n U M i n t e n t o
de reconstrucción h a y q u e d e s t a c a r e s p e c i a l m e n t e l a r u p -
t u r a e n t r e los m é t o d o f o r m a l e s ( q u e a t i e n d e n a l o s p r o -
cedimientos) y l a interpretación de s e n t i d o p r e t e n d i d a pol-
la hermenéutica. S e m e j a n t e r e c o n s t r u c c i ó n d e u n a r e l a -
ción genética n o d e b e m í ] i n t e r p r e t a r s e , s i n e m b a r g o , e n
e l s e n t i d o de a s i g n a r a u n d e t e r m i n a d o t i p o d e o b r a u n
d e t e r m i n a d o m é t o d o científico, a l a s o b r a s o r g á n i c a s e l
h e r m e n é u t i c o v a las d e v a n g u a r d i a e l f o r m a l . T a l a s i g -
nación s e r i a c o n t r a d i c t o r i a c o n n u e s t r a a r g u m e n t a c i ó n .
L a o b r a de v a n g u a r d i a o b l i g a , desde luego, a u n nuevo
t i p o d e c o m p r e n s i ó n , p e r o n i é s t e se a p l i c a ú n i c a m e n t e
a la o b r a de v a n g u a r d i a n i p o r t a n t o desaparece, sin más,
la p r o b l e m á t i c a h e r m e n é u t i c a d e l a c o m p r e n s i ó n . L o q u e
sucede m a s b i e n es q u e . e n b a s e a l a t r a n s f o r m a c i ó n esen-
c i a l e n e l á m b i t o d e l o b j e t o , se l l e g a t a m b i é n a u n c a m b i o
e s t r u c t u r a l d e l p r o c e d i m i e n t o de aprehensión científica
del fenómeno artístico. H a v q u e s u p o n e r q u e este p r o c e s o
d e o p o s i c i ó n de l o s m é t o d o s f o r m a l v h e r m e n é u t i c o p r e -
c e d e a l m o m e n t o d e l a superación d e a m b o s , e n e l s e n t i d o
h t g e l i a n o del término. M e parece q u e l a ciencia de la l i -
t e r a t u r a debe d e t e n e r s e h o y e n e s t e p u n t o . *
1
p e n s a r s e todavía e n u n a u n i d a d p r e c a r i a . P a r a l a r e c e p -
ción, esto significa q u e la o b r a de v a n g u a r d i a también
d e b e c o m p r e n d e r s e a l m o d o d e l a h e r m e n é u t i c a (es d e c i r ,
c o m o t o t a l i d a d de s e n t i d o ) , sólo que la u n i d a d h a a s u m i -
d o l a c o n t r a d i c c i ó n . L a a r m o n í a d e las p a r l e s y a n o c o n s -
t i t u y e el t o d o de l a o b r a q u e consiste, a h o r a , e n la cone-
xión c o n t r a d i c t o r i a de p a r t e s heterogéneas. L o s m o v i m i e n -
tos históricos de v a n g u a r d i a n o exigen u n a m e r a s u s t i t u -
ción de la hermenéutica p o r el p r o c e d i m i e n t o f o r m a l , n i
q u e h a g a m o s d e ésta, e n a d e l a n t e , u n p r o c e d i m i e n t o i n -
t u i t i v o de comprensión; la hermenéutica debe t r a n s f o r -
m a r s e e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n l a n u e v a situación históri-
c a . E l m é t o d o d e análisis f o r m a l d e o b r a s d e a r t e a d q u i e -
r e g r a n i m p o r t a n c i a e n e l s e n o d e u n a h e r m e n é u t i c a críti-
ca, a m e d i d a q u e la subordinación de las p a r l e s al t o d o
e n q u e se a p o y a b a l a i n t e r p r e t a c i ó n d e l a h e r m e n é u t i c a
t r a d i c i o n a l se h a r e v e l a d o e n f u n c i ó n d e u n a estética clá-
sica. U n a hermenéutica crítica, e n l u g a r d e l t e o r e m a s o b r e
la n e c e s a r i a a r m o n í a d e l o s t o d o s y l a s p a r t e s , e s t a b l e c e -
rá l a i n v e s t i g a c i ó n d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s e n t r e l o s n i v e l e s
d e l a o b r a y , d e esta f o r m a , d e d u c i r á e n p r i m e r l u g a r el
sentido d e l todo.

L a c a u s a d e l a p o s i b i l i d a d d e u n a síntesis d e l o s p r o -
c e d i m i e n t o s f o r m a l y h e r m e n é u t i c o es l a s u p o s i c i ó n d e
q u e l a e m a n c i p a c i ó n d e las p a r t e s , i n c l u s o e n l a o b r a d e
vanguardia, n o desemboca n u n c a en u n a c o m p l e t a esci-
sión d e l t o d o d e l a o b r a . I n c l u s o d o n d e Ja n e g a c i ó n d e l a
síntesis se c o n v i e r t e e n e l p r i n c i p i o d e c r e a c i ó n , p o d r í a

33. Cfi al respecio P. BL'RCER, - Z g r Metbode. N u t r e n Í U einer

dialekiischcn Lilcraturv.'issenscha£t» [«Sobre el método. N o t i c i a
a propósito de una ciencia dialéctica de la l i t e r a t u r a . 1 . en sus
Sfwrffajl zur ¡ranzosischert Frühuufklarunn [Estudios sobre la pri-
mera ílusírútim franeeia l E d . S u h r k a m p , 523), F i a n c l o r t . 197?.
pp. 7-2], y P. BCPCFR, . B e n j a m i n * "retlende K r i l i k " . Vorüberle-
pungen aum E n t u u r l einer k r i t i s c h e n H e r m e n c u t i k * [ « L a "crítica
salvadora' de Benjamín, R c f k u o n c s previas a l proyecto de u n a
hermenéutica cnlka»J. en GermaiUsch-Romamsrhe Manalschrift
K.F. 23 (19711. pp. 19E-2I0. Los problemas científicos y teórico*, que
crea una É M B de f o r m a l i s m o y hermenéutica los abordaré en
el marco de una critica del método.

MI 149