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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

Laboratório de Resistência dos Materiais Ensaio nº 3


EME 405 P
Ensaio de compressão

Nome: Matrícula: 33754 Turma: 06

1. JUSTIFICATIVA 3. MATERIAIS E MÉTODOS


3.1. Materiais
Situações com grandes solicitações de
compressão podem exigir uma análise específica Utilizou-se três corpos de prova de seção
do comportamento do material submetido a essa circular, cada qual com material e dimensões
condição, de modo a garantir o comportamento particulares conforme apresentados na Tabela 1.
desejado. A construção civil é um exemplo onde
Tabela 1 – Corpos de prova
frequentemente esses esforços são encontrados, Diâmetro Comprimento
Amostra Material L0/D
e justifica-se o uso de ensaios de compressão, (D) inicial (L0)
1 Alumínio 12,06 mm 18,38 mm 1,52
onde muitas vezes se lida com materiais frágeis
2 Cobre 9,62 mm 14,20 mm 1,48
que podem vir a sofrer fratura por compressão. 3 Latão 9,58 mm 14,08 mm 1,47
Produtos acabados como molas e tubos sujeitos
De acordo com a norma ASTM E9 – 89,
a compressão também passam por esse tipo de
em geral, a razão entre o comprimento e o
ensaio. Outra aplicação comum é descrita por
diâmetro do corpo de prova deve estar entre 3 e
Souza (1982), segundo o qual, por meio de
8 dependendo do material, com o objetivo de
ensaios de compressão, pode-se determinar a
evitar efeitos de flambagem caso a relação seja
resistência a flambagem em estruturas sob altas
grande ou a influência do atrito que pode
tensões de compressão, sendo este estudo
invalidar os resultados caso a relação seja
geralmente realizado no campo da aeronáutica
pequena.
para ligas de alumínio de alta resistência e alguns
aços-liga. 3.2. Equipamentos

2. OBJETIVO Os equipamentos utilizados no ensaio


seguem conforme a descrição:
Obter a curva de tensão-deformação e
calcular o módulo de elasticidade para o • Máquina universal de ensaios
alumínio, cobre e latão, a partir de dados gerados Marca: KRATOS EQUPAMENTOS
por ensaio de compressão. Comparar o aspecto Máxima carga: 98kN
final e os resultados obtidos para os diferentes Última calibração: 19/01/2016
corpos de prova ensaiados e relacionar com
• Paquímetro analógico
dados retirados da literatura.
1
Marca: DIGIMESS/Resolução: 0,02 mm A norma ASTM E9 – 89 estabelece que
𝑚𝑚
Faixa de medição:150,00 mm velocidade de ensaio deve ser de 2 𝑚𝑖𝑛 e deve ser
• Software de aquisição de dados aplicada até a falha do material ou até que a carga
instalado no microcomputador
disponível no laboratório. atinja 100kN. No entanto, o equipamento
disponível atendia uma carga máxima de 98kN e
3.3. Métodos 𝑚𝑚
dispunha de uma velocidade de 5 𝑚𝑖𝑛, criando
Os ensaios foram realizados a
margem para influência na validade dos
temperatura ambiente. Inicialmente foram
resultados.
separados três corpos de provas de materiais
A máquina de ensaio forneceu os dados
distintos conforme informados na Tabela 1. O
de força aplicada ao longo do deslocamento dos
procedimento de ensaio para cada corpo de
pratos à velocidade constante que foram
prova consistiu na reprodução da sequência de
registrados em intervalos de 0,05 mm. Ao final
etapas:
de todos os ensaios, os dados foram exportados
1) Mediu-se o diâmetro da seção transversal
e disponibilizados para análise.
do corpo de prova por meio de um
paquímetro;
4. RESULTADOS
2) Centralizou-se o corpo de prova sobre o
prato inferior da máquina de ensaio, A partir dos dados de força por

posicionando-o de modo que as faces deslocamento obtidos pelo ensaio calculou-se a

transversais expostas ficassem em tensão normal por meio da equação (1), bem

contato com a superfície dos pratos. como a deformação submetida pelo corpo de

Nesta etapa aplicou-se lubrificante nas prova a partir da equação (2).

faces em contato visando reduzir o atrito F


σ= (1)
de forma que a deformação fosse a mais A
homogênea possível ao longo do
δ
comprimento; ε= (2)
L0
3) Posicionou-se os pratos em contato
Onde:
direto com o corpo de prova e zerou-se
σ: Tensão normal [Pa];
os valores de leitura no software; F: Força [N];
4) Fixou-se um escudo de acrílico a frente A: Área da seção transversal [m²];
ε: Deformação [adimensional];
da máquina para proteção;
δ: Alongamento [mm];
5) Iniciou-se o ensaio que prosseguiu L0 : Comprimento útil inicial [mm].
aplicando a carga movendo-se a uma Com base nos valores calculados, foram
𝑚𝑚
velocidade de 5 𝑚𝑖𝑛 até que carga obtidos os diagramas de tensão por deformação
atingisse 98kN ou o corpo falhasse.
2
(σ - ε) para cada material conforme apresentados seguido por um repentino aumento na
na Figura 1, Figura 2 e Figura 3. inclinação. Isso ocorre possivelmente devido a
imperfeições no contato entre a superfície do
10
9 corpo de prova com os pratos, uma vez que estas
8
não são perfeitamente planas e paralelas. O
7
Tensãp (MPa)

6 cálculo do módulo de elasticidade foi feito


5
4 descartando a primeira parte conforme mostra a
3
Figura 4 em uma ampliação da região elástica do
2
1 diagrama σ – ε do latão. Isso foi feito pois
0
0% 20% 40% 60% 80% considerou-se que o contato já havia se ajustado
Deformação (%) após essa etapa. Para o cálculo, aplicou-se a
equação (3) que representa a inclinação do
Figura 1 – Diagrama σ - ε para o alumínio
gráfico na região elástica.
1600
1400 ∆𝜎
𝐸= (3)
1200 ∆𝜀
Tensão (MPa)

1000 Onde:
800 𝐸: Módulo de elasticidade [Pa];
600
∆𝜎: Variação da tensão no regime elástico;
400
200 ∆𝜀: Variação da deformação no regime
0
elástico;
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Deformação (%)

Figura 2 – Diagrama σ - ε para o cobre

1400

1200

1000
Tensão (MPa)

800

600

400
200

0 Figura 4 – Região de determinação do módulo de


0% 20% 40% 60% 80% elasticidade
Deformação(%)
A equação (3) resolvida para o latão
Figura 3 – Diagrama σ - ε para o latão conforme a Figura 4 fica:

Nota-se nos três diagramas um padrão de 348 − 32,7


ELatão = × 100 = 8,71 GPa
pequena inclinação no início da zona elástica 11,9 − 8,31

3
A Tabela 2 faz um comparativo entre os A Tabela 2 apresenta ainda os valores finais das
valores do módulo de elasticidade calculados e o dimensões dos corpos de prova.
disponibilizado na literatura em Callister (2008).
Tabela 2 – Resultados
E
Corpo Diâmetro Comprimento E
(Callister
de prova final final (experimental)
7ª edição)
Alumínio 20,40 mm 7,30 mm 44,8 MPa 69 GPa
Cobre 12,60 mm 4,88 mm 7,54 GPa 110 GPa
Latão - - 8,71 GPa 97 GPa

Dentre os materiais ensaiados, somente o 5. CONCLUSÃO


latão sofreu ruptura conforme evidenciado pelos
O comportamento apresentado para os
diagramas σ – ε. Essa característica é atribuída a
materiais não correspondeu ao esperado
materiais frágeis, enquanto que materiais dúcteis
indicado na literatura. Levantou-se as curvas
tendem a se deformar sem que a falha ocorra. A
tensão-deformação e por meio da inclinação na
Figura 5 mostra o aspecto inicial e final dos
zona elástica calculou-se o módulo de
corpos de prova.
elasticidade que por sua vez apresentou um
resultado grosseiramente divergente conforme
mostra a Tabela 2. Isso remete a importância de
adotar os critérios definidos em norma, uma vez
que não se conhece o efeito da velocidade de
ensaio, e por outro lado o efeito preciso de
corpos de prova fora das dimensões
recomendadas, o que pode ter influenciado nos
resultados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Figura 5 – Aspecto dos corpos de provas antes e depois CALLISTER, Jr. William D. Ciência e
do ensaio engenharia dos materiais: uma
Nota-se no latão que o ângulo de ruptura introdução, 7ª edição. Rio de Janeiro:
é cerca de 45º, já que nessa direção ocorre as LTC, 2008

maiores tensões. O latão é uma liga de cobre e SOUZA, Sergio Augusto de. Ensaios
zinco, o que por sua vez resulta em um material mecânicos de materiais metálicos:
mais resistente que seus elementos constituintes, Fundamentos teóricos e práticos. São
Paulo, Edgard Blucher, 1982.
porém mais frágil, o que pode ter implicado na
sua falha.
4

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