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Caso 5

“A”, Funcionário Público Estadual, em 10 de janeiro do corrente ano, exigiu para si, em
razão de sua função pública,vantagem indevida de “B”. Inicialmente, “B” disse que
providenciaria a importância exigida, mas advertiu que só teria o dinheiro no dia 13. “A”
aceitou tal condição.
Na data e lugar marcados,compareceram “A” e “B”, quando este entregou a importância
exigida. No momento em que “A” guardava o dinheiro em uma pasta, foi abordado por
agentes policiais que lhe deram voz de prisão em flagrante por infringência do artigo 316
do Código Penal.

Questão: Apresentar medida cabível ao caso para que o acusado responda ao processo
em liberdade
“A”, nacionalidade, estado civil, funcionário público estadual, cadastradono RG ......, inscrito no
CPF ..., residente e domiciliado na Rua .... , nº....., Bairro ... , Cep ... , na cidade de Porto Alegre/RS,
por seu advogado e procurador que a esta subscreve (doc.1), vemrespeitosamente á presença de
Vossa Excelência requerer o

RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

com fundamento no artigo 5º da Constituição Federal, inciso LXV e sua combinação com o artigo
302 do Código de Processo Penal.

1. DOS FATOS

Na cidade de Porto Alegre, “A”, Funcionário Público Estadual, em 10 de janeiro do corrente ano,
exigiu para si, em razão de sua função pública,vantagem indevida de “B”. Inicialmente, “B” disse
que providenciaria a importância exigida, mas advertiu que só teria o dinheiro no dia 13. “A”
aceitou tal condição. Na data e lugar marcados,compareceram “A” e “B”, quando este entregou a
importância exigida. No momento em que “A” guardava o dinheiro em uma pasta, foi abordado por
agentes policiais que lhe deram voz de prisão em flagrante.

2. DO DIREITO

O caso em liça “solta aos olhos” a ilegalidade da prisão pois núcleo previsto na norma penal é exigir
que tem o sentido de impor/ordenar a exigência de valores aoutrem que aconteceu no dia 10 de
janeiro sendo o crime consumado nesse momento e não no dia do flagrante 3 dias depois, mesmo
que o agente tenha recebido a suposta vantagem e mero euxarimento sendo descaracterizado o
flaganete pelo decurso do tempo.
Portanto, a consumação do crime é efetivado com a exigência sendo assim independentemente do
recibimento da vantagem pois estamos falando em crime formal e instantâneo, logo, o agente não
pode ser preso em flagrante, porque o crime de concussão e de mera conduta consumando-se com a
exigência do agente, esse é o posicionamento pacifico do Tribunal...
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Caso 6

João e José eram conhecidos há tempo, residindo na mesma vizinhança, frequentando


assiduamente o mesmo bar. No dia 10/04/1995, após calourada discussão entre ambos,
José, visivelmente irritado, partiu para as vias de fato, atingindo o amigo com um copo,
causando -lhe grave lesão ocular. João permaneceu internado por 8 dias e em estado de
coma, vindo a falecer em decorrência da lesão.

José, na época do fato contava com vinte anos de idade, ficou extremamente abalado
com a morte do amigo e praticamente azia plantão no hospital. O agente do Ministério
Publico o denunciou pela pratica do crime de homicídio – artigo 121, “caput” , do CP – no
dia 08/05/1998. A peça exordial foi recebida dois dias após. José foi regularmente
processado, sendo que sua defesa insistia na tese de que o crime de fato, seria o de
lesão corporal seguida de morte – artigo 129, 3, do CP. Na sentença de pronuncia,
proferida em 20/10/2008, entendeu o Juiz de Direito da 1 Vara do Juri do Foro Central da
Comarca da Capital de São Paulo haver indícios suficientes do crime de homicido

Questão: Sendo advogado do réu José , e tendo sido intimado da sentença de pronuncia,
formule peça processual adequada, visando defender todos os interesses do seu cliente
Caso 7

“ A”, com 21 anos de idade, dirigia seu automóvel em São Paulo, Capital, quando parou
para abastecer o seu veículo. Dois adolescentes, que estavam nas proximidades,
começaram a importuná-lo, proferindo palavras ofensivas e desrespeitosas. A, pegando
no porta-luvas do carro seu revólver devidamente registrado, com a concessão do porte
inclusive, deu um tiro para cima, com a intenção de assustar os adolescentes. Contudo, o
projétil, chocando-se com o poste, ricocheteou, e veio a atingir um dos menores,
matando-o. A foi denunciado e processado perante a 1.ª Vara do Júri da Capital, por
homicídio simples – art. 121, caput, do Código Penal. O magistrado proferiu sentença
desclassificatória, decidindo que o homicídio ocorreu na forma culposa, por imprudência,
e não na forma dolosa. O Ministério Público recorreu em sentido estrito, e a 1.ª Câmara
do Tribunal competente reformou a decisão por maioria de votos, entendendo que o crime
deveria ser capitulado conforme a denúncia, devendo A ser enviado ao Tribunal do Povo.
O voto vencido seguiu o entendimento da r. Sentença de 1.º grau, ou seja, homicídio
culposo. O V. Acórdão foi publicado há sete dias.

Questão: Como advogado de “A”, elabore a peã adequada

Interposição
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO N. ____
DA 1ª CÂMARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
A, já qualificado nos autos de recurso em sentido estrito de nº. ____, por seu advogado,
não se conformando com o acórdão, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, dentro do prazo legal, opor EMBARGOS INFRINGENTES, com fundamento
no artigo 609, parágrafo único, do Código de Processo Penal.
Requer seja recebido e processado o presente recurso com as inclusas razões de
inconformismo.
Nestes termos,
Pede deferimento.
São Paulo, data.
Advogado
OAB nº. ____
Razões
RAZÕES DE EMBARGOS INFRINGENTES
EMBARGANTE: A
EMBARGADO: MINISTÉRIO PÚBLICO.
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO N. ____.
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Douto Procurador de Justiça,
Em que pese o notório conhecimento jurídico da Colenda Câmara Criminal deste Egrégio
Tribunal de Justiça, a reforma do venerando acórdão é medida que se impõe pelas
razões de fato e de direito a seguir expendidas:
I – DOS FATOS:
A, ora Embargante, foi denunciado como incurso nas penas do art. 121, caput, do Código
Penal, porque, irritado com a conduta de dois adolescentes, efetuou um disparo de arma
de fogo para o alto, assim agindo no sentido de assustar aqueles que julgou portarem-se
de maneira inconveniente. Efetuado o disparo, o projétil, após chocar-se com um poste,
ricocheteou e atingiu um dos jovens, sendo a lesão causa eficiente de sua morte.
O magistrado proferiu sentença desclassificatória, por entender tratar-se de homicídio
culposo. O Ministério Público recorreu em sentido estrito, requerendo fosse o réu
processado nos exatos termos da exordial acusatória.
A 1ª Câmara deste Tribunal, por decisão não unânime, reformou a decisão recorrida,
sendo certo que o voto divergente entendeu que o Embargante deve ser processado por
homicídio culposo.
II – DO DIREITO:
Analisando o conteúdo dos autos, verifica-se a ter razão o julgador que proferiu o voto
vencido.
Pela dinâmica dos fatos, vê-se que o agente não agiu com a vontade direta e consciente
de produzir o resultado morte, diante do que não se pode falar em dolo direto. Não há que
se falar também em dolo eventual, vez que o Embargante não agiu assumindo o risco de
produzir o resultado lesivo.
Ao efetuar disparo de arma de fogo, A deixou de tomar as cautelas necessárias para que
o projétil não ricocheteasse em nenhum objeto, vindo a atingir terceiros que estivessem
próximos ao local dos fatos, de forma que agiu de modo imprudente.
No palco dos acontecimentos, evidente o cometimento de crime culposo (Código Penal,
art. 121, § 3º), em razão do que inexistem motivos para que seja o Embargante
processado, e talvez até condenado por conduta mais grave que aquela supostamente
praticada, eis que a pretensão punitiva não pode servir de escusa para a prática de
abusos.
III – DO PEDIDO:
Em razão do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, acolhendo-se
o voto vencido com o fim de manter-se a desclassificação, para que seja o embargante
processado pela suposta prática de homicídio em sua forma culposa.
São Paulo, data.
Advogado
OAB nº.
Caso 8

Caio é funcionário publico, tendo ingressado na carreira através de regular concurso,


exercendo função de fiscal em órgão arrecadador estadual.
No dia 10 de maio deste ano, teria Caio se apresentado como fiscal em um
estabelecimento comercial e solicitado a apresentação de blocos de notas fiscais e livros
de entrada e saída de mercadorias, sendo que estes livros não estavam no local,
justificando o comerciante de que estes livros estariam com seu contador.
Caio, então, teria notificado o comerciante para apresentar ditos livros em 24 horas, e,
no dia seguinte, Caio dirigiu-se novamente ao mesmo estabelecimento para fiscalizar os
livros, momento em que lhe foi ofertado um presente pela sua suposta compreensão do
dia anterior, o que teria sido aceito por Caio.
Imediatamente adentraram policiais, deram voz de prisão em flagrante e conduziram Caio
para a delegacia.
Concluído o inquérito policial, foi este remetido ao Ministério Publico, que ofereceu
denuncia contra Caio, acusando-o da pratica de crime de corrupção passiva, artigo 317
do Código Penal.
Baseado exatamente no artigo 317 do Código Penal.
Você foi nomeado advogado de Caio e observou que a notificação drste, da autuação da
denuncia , de deu ontem e o mandato foi juntado no mesmo dia, por ordem do Juiz da 1
Vara Criminal de Curitiba

Questão: Formule peça processual adequada visando rejeição de denuncia, observando


o prazo da apresentação cabível.

é que ressaltamos não haver ocorrido nenhum crime de corrupção passiva no caso
concreto, pois o próprio artigo traz em seu bojo que não configura o crime de corrupção
passiva o recebimento, pelo funcionário publico, de pequenas doações ocasionais.
Acontece que a peça inicial da ação não preenche os requisitos do artigo 41, do Código
de Processo Penal, pois da narrativa dos fatos não decorre logicamente a conclusão
condenatória.

Vale ressaltar que o presente acima referido não foi entregue por exigência do
requerente, nem por ele apropriado indevidamente, mas dado como presente, em razão
da forma cordial de tratamento que dispensou ao comerciante.
Ademais, as provas constantes do inquérito, não são suficientes para ensejar a
persecução penal, haja vista que não foram ouvidas quaisquer testemunhas.
Os fatos acima narrados revelam sem qualquer sombra de dúvidas que a peça inicial não
preencheu os requisitos do artigo 41, do Código de Processo Penal, eis que é
absolutamente inepta.
Por outro lado, também não estão presentes os requisitos para o recebimento da
denúncia (artigo 395, do Código de Processo Penal), pois falta justa causa para a
propositura da ação penal, tendo em vista a deficiência do suporte probatório colhido no
inquérito.
Ressaltando que não estão presentes os requisitos do artigo 41 do Código de Processo
Penal, a denuncia é infundada por não haver justa causa, portanto deve ser rejeitada, não
havendo justa causa não há como prosperar a denuncia, mais ainda, não havendo crime
não há o flagrante, partindo deste pressuposto sua manutenção agrava o
constrangimento ao acusado.
Em caso de recebimento da denuncia como ela carece de justa causa cabe Hábeas
Corpus para trancamento da ação penal.

Fatos

Consta dos autos que o acusado é funcionário publico, tendo ingressado na carreira
Object 1

através de regular concurso, exercendo função de fiscal em órgão arrecadador estadual.


No dia 10 de janeiro deste ano, teria o acusado se apresentado em um estabelecimento
comercial e solicitado a apresentação de blocos de notas fiscais e livros de entrada e
saída de mercadorias, sendo que estes livros não estavam no local, justificando o
comerciante de que estes livros estariam com seu contador.
O acusado notificou o comerciante como de praxe para apresentar os livros em 24 horas,
e, no dia seguinte, o acusado dirigiu-se novamente ao mesmo estabelecimento para
fiscalizar os livros, momento em que lhe foi ofertado um presente pela sua suposta
compreensão do dia anterior, o que teria sido aceito pelo acusado.
Imediatamente adentraram policiais, deram voz de prisão em flagrante e conduziram o
acusado para a delegacia.
Concluído o inquérito policial, foi este remetido ao Ministério Publico, que ofereceu
denuncia contra o acusado da pratica de crime de corrupção passiva, artigo 317 do
Código Penal.
Baseado exatamente no artigo 317 do Código Penal é que ressaltamos não haver
ocorrido nenhum crime de corrupção passiva no caso concreto, pois o próprio artigo traz
em seu bojo que não configura o crime de corrupção passiva o recebimento, pelo
funcionário publico, de pequenas doações ocasionais.
Acontece que a peça inicial da ação não preenche os requisitos do artigo 41, do Código
de Processo Penal, pois da narrativa dos fatos não decorre logicamente a conclusão
condenatória.
Vale ressaltar que o presente acima referido não foi entregue por exigência do
requerente, nem por ele apropriado indevidamente, mas dado como presente, em razão
da forma cordial de tratamento que dispensou ao comerciante.
Ademais, as provas constantes do inquérito, não são suficientes para ensejar a
persecução penal, haja vista que não foram ouvidas quaisquer testemunhas.
Os fatos acima narrados revelam sem qualquer sombra de dúvidas que a peça inicial não
preencheu os requisitos do artigo 41, do Código de Processo Penal, eis que é
absolutamente inepta.
Por outro lado, também não estão presentes os requisitos para o recebimento da
denúncia (artigo 395, do Código de Processo Penal), pois falta justa causa para a
propositura da ação penal, tendo em vista a deficiência do suporte probatório colhido no
inquérito.
Ressaltando que não estão presentes os requisitos do artigo 41 do Código de Processo
Penal, a denuncia é infundada por não haver justa causa, portanto deve ser rejeitada, não
havendo justa causa não há como prosperar a denuncia, mais ainda, não havendo crime
não há o flagrante, partindo deste pressuposto sua manutenção agrava o
constrangimento ao acusado.
Em caso de recebimento da denuncia como ela carece de justa causa cabe Hábeas
Corpus para trancamento da ação penal.

Direito

Destacamos o artigo 317 “caput” do Código de Processo Penal sobre a corrupção


passiva:

“Solicitar ou receber, para si ou para outrem,


direta ou indiretamente, ainda que fora da
função, ou antes, de assumi-la, mas em razão
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa
de tal vantagem. ”Extraído do Mini Código de Processo Penal
Anotado, Ricardo Antonio Andreucci – 2º ed. – São Paulo – Saraiva, 2008,
pg 700

Nota-se que o acusado não praticou o crime acima citado, não houve solicitação alguma
de sua parte, mas sim um agrado por parte do comerciante pela atenção que o acusado
lhe dispensou.

No mesmo livro do mesmo doutrinador, na pagina 702:

“Pequenas doações ocasionais: não configura


crime de corrupção passiva o recebimento,
pelo funcionário publico, de pequenas
doações ocasionais.”
Conforme entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo, Revista dos Tribunais, nº
389, pg. 93:

“Excluem-se da incriminação de corrupção


pequenas doações ocasionais, recebidas por
funcionário publico, em razão de suas
funções. Em tais casos não há de sua parte
consciência de aceitar retribuição por um ato
funcional, que é elementar ao dolo delito, nem
haveria vontade de corromper.”

Portando analisando o acima exposto concluímos que não houve dolo do agente, o
mesmo não deixou de cumprir suas funções, por ser atencioso e educado foi merecedor
de um agrado por parte do comerciante, agrado este que em nenhum momento foi
solicitado ou mesmo exigido.

Ensinam-nos o artigo nº 41 do Código de Processo Penal:

“A denuncia ou queixa conterá a exposição do


fato criminoso, com todas as suas
circunstancias, a qualificação do acusado ou
esclarecimentos pelos quais se possa
identificá-lo; a classificação do crime e,
quando necessário, o rol das testemunhas.”

Esclarecemos que o acusado provado esta que não cometeu crime algum, portanto não á
justa causa que justifique o recebimento da denuncia.

Visto por este prisma a denuncia será com certeza rejeitada conforme nos esclarece o
artigo 395, inciso III, do Código de Processo Penal:

“A denuncia ou queixa será rejeitada quando”:


“III – faltar justa causa para o exercício da
ação penal.”

No caso concreto existe a situação do flagrante, esclarece o artigo 302 e seus incisos do
Código de Processo Penal:

“Art. 302 – Considera-se em flagrante delito


quem”:
I – esta cometendo a infração penal;
II – acaba de cometê-la;
III – é perseguido, logo após, pela autoridade,
pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da
infração;
“IV – é encontrado, logo depois, com
instrumentos, armas, objetos ou papeis que
façam presumir ser ele autor da infração.”

O caso em tela não se encaixa nas causas discriminadas no artigo citado, portanto o
flagrante não poderá ser considerado legal.

Em atenção á doutrina abaixo:

PIERANGELLI, José Henrique. Escritos


Jurídico-Penais. São Paulo: RT, 1992, p. 67.
Referindo-se ao elemento subjetivo receber, o
doutrinador italiano RICCIO STEFANO afirma:
"O que importa é a vontade e a consciência de
receber a título de retribuição. Não basta o ato
material; é necessário o elemento psíquico (...)
Assim, não responderá por corrupção se
recebeu um envelope contendo dinheiro, sem
que soubesse que aí estivesse o dinheiro (...)
Em outras palavras, não é suficiente a
transmissão material da coisa, mas é
necessário uma recepção voluntária, ainda
que não espontânea. 'Voluntária e não
espontânea' é a expressão de NINO LEVI,
mencionada por RICCIO em Rodapé." 99
STEFANO, Riccio. Novissimo Digesto Italiano.
Vol. IV, Torino: Unione Tipogr. Editrice
Torinese, p. 901. www.jusbrasil.com.br/topicos/1223934/art-317
-acesso em 19 de maio de 2010 às 13:28hs

No caso em tela não há o elemento vontade, na pratica do ato e muito menos o propósito
de praticar ato ilícito. Falta o elemento subjetivo doloso. Não há prova do dolo, do pedido
de vantagem e nessa hipótese não há de se falar em corrupção passiva.

Deve o julgador estar atento, para não condenar inocentes, deixando-se levar pela onda
contra a corrupção e natural reação dos cidadãos contra os atos indignos que
conspurcam a administração publica, trazendo-lhe enormes prejuízos quando, de fato
ocorre o ato ilícito.
Em relação ao delito de corrupção passiva a jurisprudência é assente no sentido da
inocorrência do ilícito.
A prisão preventiva não deve ser mantida, pois não existe crime, não poderá haver a
decretação de prisão, neste caso não se relaciona com o artigo 312 do Código de
Processo Penal:
“Art. 312 – A prisão preventiva poderá ser
decretada como garantia da ordem publica, da
ordem econômica, por conveniência da
instrução criminal, ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova
da existência do crime e indicio suficiente de
autoria.”
Neste caso fica bastante claro que a denuncia não deve ser acatada, e a liberdade do
acusado deve ser decretada, pois a prisão do mesmo não encontra respaldo legal.

Do Pedido

Ante o exposto, requer:


- rejeição da denuncia;
- caso não seja este o entendimento de Vossa
Excelência, por não estar presente nenhum
requisito do Artigo 310, § único do CPP, que o
flagrante seja imediatamente relaxado
expedindo o competente alvará de soltura, que
devera ser comunicado via fax para que o
acusado possa responder o processo em
liberdade;
- que optando Vossa Excelência pela
continuidade do feito, que seja intimada as
testemunhas abaixo arroladas que deverão
comparecer mediante intimação.

O acusado se compromete a comparecer à todos os atos em que sua presença se fizer


necessário.

Termos em que
Com os documentos inclusos
Pede deferimento
__________________, _____ de ________ de 2010
ADVOGADO OAB nº ____________
Caso 9

Francisca mantém um relacionamento amoroso com Ernesto, relação esta impropria,


dado o fato de o mesmo já ser casado. Deste relacionamento gerou uma gravidez
indesejada para o Ernesto, e, devido a insistência de Francisca em ter a criança , o
mesmo acabou por terminar a relação que mantinha .
No dia do parto, Francisca, sentido-se desamparada, deprimida, ao ficar com a criança no
quarto para amamentá-la sob a influencia do estado em que se encontrava, acabou
matando o recém-nascido. Tal ato foi presenciado por todos os plantonistas da
maternidade. Francisca foi denunciada pelo Digno representante do Ministério Publico por
infringência ao artigo 121, “caput”, do CP, mas o defensor da mesma, com base em todos
os fatos comprobatórios, argumentou no sentido de desclassificação do crime ora
imputado para o crime de infanticídio, pois a mesma praticou o referido delito sob a
influencia do estado puerperal. O Juiz instrutor pronunciou a ré por infringência ao artigo
123 do CP. A mesma foi condenada pelo Conselho de Sentença pelo crime referido na
pronuncia, e o Juiz Presidente, com base na decisão dos jurados, aplicou a pena de 8
anos de reclusão pelo crime supramencionado.

Questão: Elaborar medida apta para defender os interesses de sua cliente


Caso 10

O Juiz, ao proferir sentença condenando João por furto qualificado, admitiu,


expressamente, na fundamentação, que se tratava de caso de aplicação do privilegio
previsto no paragrafo 2, do artigo 155 do Código Penal, porque o prejuízo da vitima era de
R$ 100,00 (cem reais), devendo, em face de sua primariedade e bons antecedentes, ser
condenado à pena mínima. Na parte dispositiva, fixou como pena a de reclusão de 2
(dois) anos, substituindo-a por uma pena restritiva de direito e multa, fixando regime inicial
aberto.

Questão: Diante do inconformismo de João com a condenação, como seu advogado,


redija a peça processual adequada em sua defesa
PRÁTICA PENAL \u2013 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
(OAB/SP \u2013 124º Exame de Ordem) O juiz, ao proferir sentença condenando João
por

furto qualificado, admitiu, expressamente, na fundamentação, que se tratava de


caso

de aplicação do privilégio previsto no parágrafo segundo, do art. 155 do Código


Penal,

porque o prejuízo da vítima era de R$ 100,00 (cem reais), devendo, em face de


sua

primariedade e bons antecedentes, ser condenado à pena mínima. Na parte

dispositiva, fixou como pena a de reclusão de 2 (dois) anos, substituindo-a por


uma

pena restritiva de direito e multa, fixando regime inicial aberto.

Diante do inconformismo de João com essa condenação, como seu advogado, tome

as providências cabíveis para a sua defesa e redija a peça processual adequada.

SOLUÇÃO (GABARITO DA OAB)

Peça: embargos de declaração (artigo 382 do CPP, pois estão atacando sentença).

Tese: não houve a aplicação do benefício do artigo 155, § 2º, do Código Penal,

reconhecido na fundamentação da sentença (contradição).

Obs.: de acordo com a doutrina, a reforma da sentença não poderia ocorrer por
meio

de embargos de declaração \u2013 impossibilidade do chamado \u201cefeito


infringente\u201d dos

embargos. Por esse motivo, para muitos, a peça cabível, na hipótese em estudo,

seria a apelação (a ex. da obra Prática Penal, 6ª Ed., da RT). Sobre o


assunto: \u201cos

embargos de declaração não tem caráter de infringentes do julgado. Não o

modificam, não o corrigem, não o reduzem nem o ampliam. Apenas o explicitam, o

elucidam e fazem claros seu alcance e seus fundamentos\u201d (TASP, RT,


613:327).

MODELO DE PEÇA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

ILUSTRISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO CRIMINAL DA \u2022\u2022\u2022 VARA


CRIMINAL

DA CIDADE DE \u2022\u2022\u2022 ESTADO DE \u2022\u2022\u2022

10 linhas

Processo nº. \u2022\u2022\u2022


JOÃO, já devidamente qualificado nos autos em

epigrafe, que lhe move a Justiça Pública, por suposta infração exposto no artigo
155,

§ 2º, do Código Penal, por seu advogado que a esta subscreve, vem
respeitosamente

à presença de Vossa Excelência inconformado com a sentença de folhas


\u2022\u2022\u2022 que o

condenou a pena de reclusão de 02 (dois) anos substituindo-a por pena de direito


e

multa, em regime inicial aberto, apresentar em tempo os

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO,

com fundamento no artigo 382 do Código de Processo Penal, ante os fatos e

fundamentos a seguir exposto:

2 linhas

DOS FATOS

O juiz ao proferir a sentença condenou o

embargante por furto qualificado.

O magistrado admitiu expressamente, na

fundamentação, que se tratava de caso de aplicação do privilégio previsto no


artigo

155, § 2º do Código Penal, porque o prejuízo do embargado era de R$ 100,00 (cem

reais), devendo, em face de sua primariedade e bons antecedentes, ser condenado


à

pena mínima.

Na parte dispositiva, fixou como pena a de reclusão de

02 (dois) anos, substituindo-a por uma pena de restritiva de direito e multa,


fixando

regime inicial aberto.

2 linhas

DO DIREITO

A defesa, segura do conhecimento de Vossa

Excelência, vem aduzir os argumentos baseados no artigo 382 do CPP que nos

assegura:

Art. 382. Qualquer das partes poderá no prazo

de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a

sentença, sempre que nela houver obscuridade,


ambiguidade, contradição ou omissão.

Há contrariedade entre a parte dispositiva e a

fundamentação.

O magistrado deve ajustar a parte dispositiva à

fundamentação, aplicando o §2º do artigo 155 do Código Penal.

Embora, com isso, a pena venha a ser alterada, boa

parte da doutrina admite, nos casos de contrariedade, essa possibilidade.

Ainda, que haja entendimento contrário à

admissibilidade de privilegio no furto qualificado, há também orientação


diversa, e,

no caso, de qualquer forma, o juiz havia admitido a aplicação do artigo 155 §2º,
do

Código Penal na fundamentação.

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa

alheia móvel:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e

multa.

§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime

é praticado durante o repouso noturno.

§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno

valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a

pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la

de um a dois terços, ou aplicar somente a pena

de multa.

§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica

ou qualquer outra que tenha valor econômico.

Outra não é a posição da jurisprudência dominante:

\u2022\u2022\u2022

2 linhas

DO PEDIDO

Diante do exposto e, tratando-se de evidente erro,

que seja aplicado o disposto no artigo 155 §2º do Código de Penal, requer sejam

recebidos os presentes embargos e, ao final julgado, para se declarar sentença


embargada, a fim de que seja corrigido o equívoco que nela se contém, como
medida

de Justiça.

2 linhas

Termos em que,

Pede deferimento.

2 linhas

Local \u2022\u2022\u2022, data \u2022\u2022\u2022

2 linhas

Assinatura do Advogado

OAB/SP nº \u2022\u2022\u2022

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