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MACEIÓ - AL
2015
ANA LUIZA ROCHA DE ALBUQUERQUE
HERISSON BARBOSA PEREIRA
MARÍLIA DE LIMA ALVES BATALHA XAVIER
MATHEUS BARBOSA DE MELO
RENATA DE LIMA CAETANO
TAÍS OLIVEIRA PEDROSA DE SOUZA
MACEIÓ - AL
2015
Endereçamos este trabalho a todos os
estudantes e interessados no estudo das
correntes de pensamento da psicologia.
Agradecemos ao Prof. Raimundo Palmeira pelo
estímulo à concretização deste trabalho.
“A ciência não é uma ilusão, mas seria uma
ilusão acreditar que poderemos encontrar
noutro lugar o que ela não nos pode dar.”
Sigmund Freud
RESUMO
Dentro do estudo das correntes teóricas da psicologia que permearam o decorrer dos
dois últimos séculos, é de extrema importância a análise das relevantíssimas contribuições de
Wilhelm Wundt para o universo psicológico. Criou o laboratório de investigação experimental
dos fenômenos da consciência, visando à compreensão da mente e suas características e
padrões, a partir da observação das experiências humanas. Na era pós-Wundt, surgem as ideias
estruturalistas de Edward Titchtener. Para ele, a mente é um conjunto de elementos ou
conteúdos mentais, cabendo ao estruturalismo determinar quais são os elementos e como estão
organizados. Em contraposição ao Estruturalismo, irrompe o Funcionalismo, liderado por John
Dewey, o qual, a partir de visão pragmática, designa que devem ser estudadas as funções
mentais e a maneira pela qual operam. Paralelo a tais correntes, surge o Behaviorismo, em
contraste aos ideais geneticistas. Behavioristas asseguram que o comportamento humano seria
estimulado por fatores externos presentes no ambiente, negando qualquer origem genética para
esses estímulos. Destaca-se também a teoria da Psicologia Cognitiva Comportamental, que
buscou demonstrar por vias empíricas a validade da teoria da psicanálise para fins médicos,
baseando-se na ideia de que cognições distorcidas que confluíam nas características
comportamentais depressivas de um paciente poderiam ser revertidas a partir de cognições
modificadas por um profissional psiquiátrico. Findando esta pesquisa, expomos a Gestalt,
corrente alemã que surgiu em contraposição às ideias elementaristas wunditianas, ressaltando
o processo de percepção como intermediário entre o estímulo fornecido pelo ambiente e seu
reflexo no comportamento humano, diferindo neste aspecto da corrente behaviorista.
Within the study of theoretical schools of psychology which permeated the course of
the last two centuries, it is extremely important to analyze the very relevant contributions of
Wilhelm Wundt to the psychological universe. He created the experimental research
laboratory of the consciousness phenomena, aimed at understanding the mind and its
characteristics and patterns, based in the observation of human experiences. After Wundt
ideas, comes the structuralism of Edward Titchtener. For him, the mind is a set of elements or
mental contents, being a function of structuralism to determine which are these elements and
how they are organized. In contrast to structuralism, functionalism manifests itself, led by
John Dewey, who, from pragmatic view, designate that mental functions and the way they
operate must be studied. Parallel to these currents, behaviorism comes as an opposite chain to
geneticists ideals. Behaviorists ensure that human behavior would be stimulated by external
factors in the environment, denying any genetic origin to these stimuli. Also noteworthy is the
theory of Cognitive Behavioral Psychology, which sought to demonstrate by empirical way
the validity of the psychoanalysis theory for medical purposes, based on the idea that distorted
cognitions which converged in depressive behavioral characteristics of a patient could be
reversed from cognitions modified by a psychiatric professional. Concluding this research, we
expose the Gestalt, a German chain that emerged in opposition to Wundt elementarists ideas,
highlighting the process of perception as intermediary between the stimulus provided by the
environment and its effects on human behavior, differing in this aspect from behaviorist chain
.
KEYWORDS: Chains; Wilhelm Wundt; Mind; Edward Titchtener Experience; Cognition.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
1 WUNDT E O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA..................................10
1.1 A trajetória de Wundt.......................................................................................................10
1.2 Pesquisas e o campo teórico wundtianos..........................................................................10
1.3 Processos de experiência consciente e superiores mentais.............................................11
1.4 O legado de Wundt............................................................................................................11
2 ESTRUTURALISMO...........................................................................................................11
2.1 A contribuição de Wundt para o surgimento do estruturalismo.....................................11
2.2 A construção da teoria estruturalista...............................................................................12
2.2.1 A apercepção wundtiana e o associativismo estruturalista..............................................12
2.2.2 O método da introspecção................................................................................................12
2.2.3 A experiência pessoal e a cognição..................................................................................12
2.2.4 O paralelismo psicofísico..................................................................................................13
2.3 Elementos de análise da consciência.................................................................................13
2.4 Contribuições do Estruturalismo.....................................................................................13
3. FUNCIONALISMO.............................................................................................................14
3.1 A oposição ao estruturalismo e o surgimento do funcionalismo....................................14
3.2 Princípios teóricos funcionalistas.....................................................................................14
3.3 A função como foco de análise..........................................................................................14
3.4 Mecanicismo e adaptação..................................................................................................15
3.5 Contribuições do funcionalismo.......................................................................................15
4. BEHAVIORISMO...............................................................................................................15
4.1 A Origem do behaviorismo...............................................................................................15
4.2 O behaviorismo em oposição ao geneticismo...................................................................15
4.3 Princípios teóricos behavioristas......................................................................................16
4.3.1 Estímulos condicionados e incondicionados....................................................................16
4.3.2 As experiências de Watson e os problemas incorridos à sua família...............................16
4.4 O behaviorismo radical de Skinner..................................................................................17
4.5 Terapia behaviorista..........................................................................................................17
4.6 Contribuições do behaviorismo........................................................................................17
5. PSICOLOGIA COGNITIVA..............................................................................................18
5.1 O surgimento da terapia cognitiva comportamental......................................................18
5.2 Princípios teóricos cognitivo-comportamentais..............................................................18
5.2.1 Terapia com foco no presente...........................................................................................18
5.2.2 Relação entre cognição e comportamento........................................................................18
5.2.3 A disfuncionalidade psíquica e a mudança.......................................................................19
5.3 Princípios básicos da terapia cognitivo comportamental...............................................19
5.4 O tratamento na terapia cognitivo comportamental......................................................20
6. GESTALT.............................................................................................................................20
6.1. Definição............................................................................................................................20
6.2. Contexto histórico.............................................................................................................20
6.2.1 A rebelião contra o atomismo de Wundt...........................................................................20
6.2.2 O distanciamento do comportamentalismo.......................................................................21
6.2.3. Confronto com o behaviorismo........................................................................................21
6.3. Antecedentes teóricos........................................................................................................21
6.3.1 Immanuel Kant..................................................................................................................21
6.3.2 Ernst Mach........................................................................................................................21
6.3.3 O movimento fenomenológico na psicologia e na filosofia alemãs..................................22
6.3.4 O zeitgeist da Virada de Século........................................................................................22
6.4. A fundação da psicologia da Gestalt...............................................................................22
6.4.1 Principais pensadores.......................................................................................................22
6.4.2 Início do movimento.........................................................................................................22
6.4.3 Definição wertheimeriana de Gestalt...............................................................................23
6.5. Elementos da teoria gestaltista.........................................................................................23
6.5.1 A percepção.......................................................................................................................23
6.5.2 A teoria do isomorfismo....................................................................................................23
6.5.3 Meio geográfico e meio comportamental..........................................................................24
6.5.4 O campo psicológico.........................................................................................................24
6.5.5 Insght.................................................................................................................................24
6.5.6 A teoria de campo de Kurt Lewin.....................................................................................24
6.6. Críticas à psicologia da Gestalt........................................................................................25
6.7. Contribuições da psicologia da Gestalt...........................................................................26
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
As Ciências Sociais são fruto de uma revolução complexa nascida no seio das Ciências
Naturais e impulsionadas pelo otimismo cientificista do fim do séc. XIX. Dentre as tais, o
surgimento da Psicologia reflete a perplexidade do olhar humano voltado para o humano. O
ser humano mergulha na descoberta de si mesmo.
Sob a herança da racionalidade técnica científica, a Psicologia apresenta dinâmica
processual difusa. Os pressupostos filosóficos admitidos se remodelam, a Biologia se
apresenta ora como ciência afim, ora como desafio para a emancipação dos estudos
psicológicos. Aumentam as interfaces com a Física, sobretudo nas descobertas que ampliam o
conceito de campo.
No âmbito jurídico, dada as novas implicações dos paradigmas da pós-modernidade,
torna-se cada vez mais imprescindível para a compreensão científica do comportamento
humano uma racionalidade baseada na análise dos princípios elementares do psiquismo.
Partindo-se do entendimento de que forma e conteúdo são esteios basilares na práxis jurídica,
a complexificação do conteúdo do componente social torna imperativo a percepção dos
fenômenos psíquicos que estão implicados nos fatos dos quais a ciência jurídica se ocupa.
Em seguida, serão apresentadas laconicamente as principais linhas teóricas
concernentes às mais importantes vertentes modernas da Psicologia. Delineando-se sob
approach crítico, onde possível há o aporte de conjuntura histórica, buscando-se correlações
entre metodologias e elementos de continuidade ou ruptura.
1 WUNDT E O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
Nesse âmbito, Wundt trabalhou com dois processos de experiência: um era a análise da
experiência consciente ou imediata (como na explicação supracitada) por métodos
laboratoriais, outro era o estudo dos processos superiores mentais, não laboratoriais. Isto
porque, ele entendia que através da análise dos fenômenos culturais há a manifestação dos
processos superiores da vida mental.
Vale ressaltar que a experiência consciente só acontece por intermédio da introspecção,
ou seja, a observação do sujeito de seu próprio interior, para, assim, externar suas experiências
conscientes. Dessa forma, Wundt prezava pelo relato introspectivo do julgamento sobre o
tamanho, a intensidade e a duração dos estímulos físicos, a fim de compará-lo com as
medições laboratoriais.
Wundt foi bastante influente enquanto vivo, no entanto esta influência decaiu com o
tempo após a sua morte. Muitos laboratórios modernos copiaram o de Wundt, porém estes não
reproduziam o sistema teórico fielmente a sua complexidade original. Assim, resultando na
imagem simplificada de Wundt como experimentador.
2 ESTRUTURALISMO
Tal corrente consiste na ideia de que a mente é formada por um conjunto de elementos
ou conteúdos mentais, os quais serão o objeto de estudo de Tichtener. É nesse aspecto que as
escolas de pensamento de Wundt e Tichtener se distinguem: para o primeiro, a mente humana
é sintetizadora espontânea de elementos mediante o princípio da apercepção. Já o segundo,
centra-se na avaliação desses elementos que compõem a consciência, aceitando em sua tese
um foco associacionista entre esses conteúdos mentais, característica esta rejeitada nas teorias
wunditianas.
1
CABRAL, Álvaro; NICK, Eva. Dicionário Técnico de Psicologia. 1996, pg. 116.
2.4 Contribuições do Estruturalismo
3. FUNCIONALISMO
4. BEHAVIORISMO
Influenciado por este estudo, Watson passou a defender a ideia de que os seres humanos
eram condicionados pelo meio – seríamos o que aprendemos a partir de estímulos do
ambiente, não haveria nada que provocasse pré-determinação. Em sua visão Lockeana, ao
nascermos somos como uma folha de papel em branco que seria preenchida ao longo do nosso
aprendizado.
Watson também aplicava sua teoria a seus filhos, o que lhe rendeu críticas publicadas até
mesmo por sua esposa no artigo “Sou a mãe dos filhos de um pai Behaviorista”, onde ela o
acusava de insensibilidade e falava da dificuldade de se afastar afetivamente de seus filhos,
como seu marido queria. Seus filhos cresceram sem carinho dos pais, em um ambiente rígido,
sem demonstrações de afeto. Mais tarde, o mais velho se suicidou e o mais novo, que
descrevia o pai como uma pessoa insensível, precisou de acompanhamento psicológico
durante anos.
Pode ser descrita em três passos. Primeiro, o paciente apresenta suas queixas –
apresentação de reclamações, momento de avaliação do profissional. Em seguida, o
profissional ajuda a ressignificar a compreensão sobre o mundo – fase da intervenção. Por fim,
o próprio paciente aprende a analisar seu comportamento – fase da finalização.
Essa terapia é indicada para casos em que os padrões comportamentais já estão
consolidados, por exemplo: Transtorno de ansiedade, pânico, depressão, dependência química.
5. PSICOLOGIA COGNITIVA
Tal terapia era voltada para o presente, direcionada para a solução de problemas atuais e
a modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais. O tratamento também está
baseado em uma compreensão de cada paciente levando em conta sua realidade social e o
meio em que vive. O terapeuta procura produzir de várias formas uma mudança cognitiva –
modificação no pensamento e no sistema de crenças do paciente – para produzir uma mudança
emocional e comportamental duradoura.
Com vista a uma maior eficácia do efeito da terapia cognitiva comportamental – dessa
forma, havendo uma melhora duradoura no humor e comportamento do paciente – os
terapeutas cognitivos trabalham em um nível mais profundo de cognição que consiste nas
crenças do indivíduo sobre ele mesmo, seu mundo e as outras pessoas. A modificação das
crenças disfuncionais subjacentes produz uma mudança mais duradoura. Segundo pesquisas,
mais de 500 estudos comprovaram a eficácia da terapia cognitiva comportamental para uma
ampla gama de transtornos psiquiátricos, principalmente no que concerne à depressão e à
ansiedade.
No caso da depressão, os componentes importantes da psicoterapia cognitivo-
comportamental incluem foco na ajuda aos pacientes para solucionarem problemas, tornarem-
se comportalmente ativados e identificarem, avaliarem e responderem ao seu pensamento
depressivo, especialmente pensamentos negativos sobre si mesmos, seu mundo e seu futuro.
6. GESTALT
6.1. Definição
Tanto a Gestalt quanto o Behaviorismo definem a Psicologia como a ciência que estuda
o comportamento. Contudo, os experimentos com a percepção levaram ao questionamento da
causalidade, princípio implícito na teoria behaviorista. Para os gestaltistas, entre o estímulo
que o meio fornece e a resposta do indivíduo, encontra-se o processo de percepção.
Particularmente o clima intelectual da Física. Nas últimas décadas do século XIX, essa
disciplina tornava-se menos atomista à medida que os físicos iam reconhecendo e aceitando
noção de campos de força.
Destaca-se Max Planck, um dos arquitetos da Física moderna. Devido à influência de
Planck, começou-se a perceber um vínculo entre a Física dos campos e a ênfase da Gestalt no
todo. Desde então, a psicologia da Gestalt se tornou uma espécie de aplicação da Física dos
campos a partes essenciais da Psicologia.
6.5.1 A percepção
Pode ser descrito como um campo de força tendencial que leva o indivíduo a buscar a
melhor forma possível em situações que não estão muito estruturadas. Uma tendência a
estabelecer a unidade das semelhanças entre elementos, mais que as suas diferenças.
6.5.5 Insght
O movimento gestaltista deixou uma marca indelével na Psicologia. Tal como outros
movimentos que se opuseram a concepções mais antigas, ele teve um efeito revigorante e
estimulante sobre a Psicologia como um todo. O ponto de vista gestaltista influenciou as áreas
da percepção e da aprendizagem, e trabalhos recentes derivados da escola sugerem que o
movimento ainda tem contribuições a dar.
CONCLUSÃO
Podemos concluir que a psicologia como uma ciência humana, ainda dotada de
uma enorme complexidade, tendo seu foco o estudo intrínseco do ser distanciando-se assim
das outras ciências naturais e culturais que vem o homem como um ser essencialmente social e
produtor de uma cultura.
Os estudos acima apresentados discorrem sobre a evolução desta ciência que tem
como foco de estudo o ser como mente e corpo sendo estes como partes ou um mesmo ser.
Após uma análise mais profunda podemos afirmar que o comportamento humano não pode ser
explicado como reações a estímulos do ambiente como queriam afirmar os behavioristas,
também foram descartadas as teses de que a mente seria apenas um ente funcional do ser
utilizado para determinar o comportamento mais propício ao ambiente que ele se encontrasse
inserido, tese esta defendida pelos funcionalistas, até mesmo a tese geneticista que debatia em
torno de como determinado genes poderiam ser a chave da diferença entre os povos foi
rechaçada após a segunda grande guerra argumentando-se que não haveria dados suficientes
para sua comprovação.
É preciso discorrer ainda que a psicologia ao longo dos anos avançou
exponencialmente em métodos e resultados, a partir do behaviorismo, por exemplo, o pequeno
Albert foi o primeiro humano utilizado em experimentos, ou seja, a ciência antes trabalhava
apenas com animais em laboratório, as terapias estão mais incisivas e com resultados cada vez
mais palpáveis, a introspecção nunca foi tão reproduzida, hoje a psicologia alia-se com outras
ciências e ajuda a entender o homem como individuo único e irreproduzível bem como ser
pertencente a um meio social.
REFERÊNCIAS
BECK, Judith. Terapia Cognitivo Comportamental – Teoria e Prática. São Paulo: 2ª ed,
Artmed Editora Ltda., 2013.
BOCK, Ana Mercedes B.; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes T. Psicologias:
Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva. 14ª ed.
CABRAL, Álvaro; NICK, Eva. Dicionário Técnico de Psicologia. São Paulo: Cultrix, 2006. p.
116-117.
Você é o que você aprende: o guia da psicologia da psicanálise de Schultz, Duane P. e Sydney
Ellen. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cengage Learning, 2009.