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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA


SITO EM CEARÁ CAMPUS SOBRAL
CURSO TÉCNICO SUBSEQUENTE EM ELETROTÉCNICA

David Arruda Viana


Samuel Amy Silveira Feijó

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS: Cálculo de carga instalada,


demanda, fator de potência, potência do(s) transformador(es) e detalhes de
fornecimento.

Nota: 10,0

Sobral
2018
2

David Arruda Viana


Samuel Amy Silveira Feijó

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS: Cálculo de carga instalada,


demanda, fator de potência, potência do(s) transformador(es) e detalhes de
fornecimento.

Primeiro Trabalho Dirigido, conferido


junto à disciplina de Instalações
Elétricas Industriais, como quesito
avaliativo para composição de nota
para primeira etapa (N1), do semestre
2018.1, curso Técnico Subsequente em
Eletrotécnica, Instituto Federal de
Ciência Educação e Tecnologia do
Ceará (IFCE).

Prof. Anderson Paulino Pontes

Sobral
2018
3

SUMÁRIO

1 Introdução ............................................................................................................. 5

2 Cálculo da carga instalada .................................................................................... 6

2.1 Discretização das cargas por setor ................................................................. 6

2.1.1 Administração ...................................................................................................................... 6


2.1.2 Setor 1 ................................................................................................................................. 6
2.1.3 Setor 2 ................................................................................................................................. 6
2.1.4 Setor 3 ................................................................................................................................. 7
2.1.5 Compressores e bombas .................................................................................................... 7
2.1.6 Vestuário, banheiro e refeitório ........................................................................................... 8
2.1.7 Iluminação do galpão industrial ........................................................................................... 8

2.2 Potência ativa .................................................................................................. 8

2.3 Potência reativa ............................................................................................... 8

2.4 Potência aparente ........................................................................................... 8

2.5 Resumo geral das cargas por quadro ............................................................. 9

3 Cálculo da demanda ........................................................................................... 10

3.1 Método 1: Enel (2018) ................................................................................... 10

3.1.1 Iluminação e tomadas de uso geral .................................................................................. 10


3.1.2 Aparelhos de aquecimento ................................................................................................ 10
3.1.3 Aparelhos de ar condicionado ............................................................................................ 11
3.1.4 Bombas d’água ................................................................................................................... 11
3.1.5 Elevadores .......................................................................................................................... 11
3.1.6 Motores de indução ............................................................................................................ 11
3.1.7 Outras cargas ..................................................................................................................... 11
3.1.8 Demanda total .................................................................................................................... 11

3.2 Método 2: Mamede Filho (2017) ................................................................... 11

3.2.1 Administração ..................................................................................................................... 11


4

3.2.2 Setor 1 ............................................................................................................................... 12


3.2.3 Setor 2 ............................................................................................................................... 12
3.2.4 Setor 3 ............................................................................................................................... 12
3.2.5 Compressores e bombas .................................................................................................. 13
3.2.6 Vestiário, banheiro e refeitório ........................................................................................... 13
3.2.7 Iluminação do galpão industrial ......................................................................................... 13
3.2.8 Demanda total ................................................................................................................... 14

3.3 Método 3: Coelce (2002) ............................................................................... 14

3.3.1 Demanda total ................................................................................................................... 14

3.4 Valores obtidos e análise dos resultados ...................................................... 14

4 Cálculo dos transformadores e fator de potência ................................................ 16

4.1 Transformadores ........................................................................................... 16

4.2 Fator de potência........................................................................................... 16

5 Detalhes do fornecimento de energia e entrada de serviço ................................ 17

5.1 Entrada de serviço......................................................................................... 17

5.1.1 Ramal de ligação ............................................................................................................... 17


5.1.2 Ramal de entrada .............................................................................................................. 19

5.2 Subestação ................................................................................................... 19

Referências ............................................................................................................... 23

Apêndices.................................................................................................................. 24

Anexos ...................................................................................................................... 25
5

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo a elaboração de um projeto de instalações


elétricas para uma indústria fictícia (com fins apenas de prática dos conhecimentos
adquiridos em sala de aula) de fabricação de artefatos para viagem (bolsas, valises,
malas etc.) que conta com vários equipamentos elétricos, dentre eles: lâmpadas
fluorescentes, lâmpadas de vapor metálico, tomadas de uso geral e específico
(aparelhos de ar condicionado), cortadoras CNC e convencionais, compressores,
bombas d’água e motores de indução trifásicos.
Entretanto, nesta primeira etapa do trabalho, focaremos apenas na
discretização das cargas instaladas, com cálculo de demanda, transformadores e
detalhes do fornecimento de energia e entrada do serviço.
Para isso, serão utilizados os métodos e orientações apresentados nas normas
técnicas das concessionárias de energia elétrica locais e no livro de Instalações
Elétricas Industriais do autor João Mamede Filho.
Abaixo, encontra-se o layout da fábrica que será analisada nas próximas
seções deste trabalho.

Figura 1: Layout da fábrica fictícia para fins deste trabalho. Fonte: Arquivo com orientações para o
trabalho, disponibilizado pelo professor.
6

2 CÁLCULO DA CARGA INSTALADA

2.1 Discretização das cargas por setor

2.1.1 ADMINISTRAÇÃO

2.1.1.1 QD1

P = 60kW
Q = 60  tg (arccos(0,85)) = 37,18kVAr

2.1.1.2 QD2

P = 20kW
Q = 20  tg (arccos(0, 75)) = 17, 64kVAr

2.1.1.3 QD3

P = 40  2kW = 80kW
Q = 80  tg (arccos(0,80)) = 60kVAr

2.1.2 SETOR 1

2.1.2.1 QD4

P = 3  50kW = 150kW


CNC50 
Q = 150  tg (arccos(0,90)) = 72,65kVAr
P = 3  80kW = 240kW
CNC80 
Q = 240  tg (arccos(0,80)) = 180kVAr

2.1.3 SETOR 2

2.1.3.1 QD5
7

P = 3  20kW = 60kW


T20 
Q = 60  tg (arccos(0,85)) = 37,18kVAr
P = 3  30kW = 90kW
T30 
Q = 90  tg (arccos(0,8)) = 67,5kVAr

2.1.4 SETOR 3

2.1.4.1 CCM1

3  20cv  0, 736 kW
P20cv = cv
= 50,18kW
0,88
Q20cv = 50,18  tg (arccos(0,86)) = 29,78kVAr
3  25cv  0, 736 kW
P25cv = cv
= 61,33kW
0,9
Q25cv = 61,33  tg (arccos(0,84)) = 39,62kVAr

2.1.4.2 CCM2

2  30cv  0, 736 kW
P30cv = cv
= 49,07kW
0,9
Q30cv = 49, 07  tg (arccos(0,83)) = 32,98kVAr
2  50cv  0, 736 kW
P50cv = cv
= 80kW
0,92
Q50cv = 80  tg (arccos(0,86)) = 47,47kVAr

2.1.5 COMPRESSORES E BOMBAS

2.1.5.1 QD6

 1100cv  0, 736 kW
P
 100cv = cv
= 80kW
2  0,92
Q
 100cv = 80  tg (arccos(0,87)) = 45,34kVAr
2 10cv  0, 736 kW
P10cv = cv
= 17,12kW
0,86
Q10cv = 17,12  tg (arccos(0,85)) = 10,61kVAr
8

2.1.6 VESTUÁRIO, BANHEIRO E REFEITÓRIO

2.1.6.1 QD7

P = 30kW
Iluminação 
Q = 30  tg (arccos(0,8)) = 22,5kVAr
P = 10kW
Tomadas de uso geral 
Q = 10  tg (arccos(0,8)) = 7,5kVAr

2.1.7 ILUMINAÇÃO DO GALPÃO INDUSTRIAL

2.1.7.1 QDL

110  (400 + 29)W


P= = 47,19kW
1000 kW
W

110  29W  tg (arccos(0,95))


Q= = 1,05kVAr
1000 kW W

2.2 Potência ativa

Ptotal = (60 + 20 + 80 + 150 + 240 + 60 + 90 + 50,18 + 61,33 + 49, 07 +


+80 + 20 + 80 + 17,12 + 30 + 10 + 47,19)kW = 1204,89kW

2.3 Potência reativa

Q total = (37,18 + 17, 64 + 60 + 72, 65 + 180 + 37,18 + 67,5 +


+29, 78 + 39, 62 + 32, 68 + 47, 47 + 45,34 + 45,34 + 10, 61 +
+22,5 + 7,5 + 1, 05)kVAr = 754,34kVAr

2.4 Potência aparente

S = (1204,89)2 + (754,34)2 = 1421,54kVA


9

2.5 Resumo geral das cargas por quadro

Potência
Quadro
Ativa (kW) Reativa (kVAr)
QD1 60 37,18
QD2 20 17,64
QD3 80 60
QD4 390 252,65
QD5 150 104,68
CCM1 111,51 69,4
CCM2 129,07 80,45
QD6 177,12 101,29
QD7 40 30
QDL 47,19 1,05
Tabela 1 – Relação de potências ativa e reativa total por quadro de distribuição. Fonte: Própria.

Potência
Total Ativa (kW) Reativa (kVAr) Aparente (kVA)
1204,89 754,34 1421,54
Tabela 2 – Total de cargas na instalação, com potência ativa, reativa e aparente. Fonte: Própria.
10

3 CÁLCULO DA DEMANDA

O cálculo de demanda total da instalação será feito com base em três métodos
distintos apresentados em sala de aula, são estes, respectivamente:

1. Critérios para cálculo de demanda, estabelecidos na seção 6.15 da


especificação técnica número 125, versão número 1, da concessionária de
energia elétrica Enel, datado de 2 de março de 2018, sob título: Fornecimento
de energia elétrica em tensão primária de distribuição.
2. Formulação de um projeto elétrico, estabelecido na seção 1.8 às páginas 53 a
104 do livro Instalações Elétricas Industriais, 9ª edição, João Mamede Filho,
publicado em 2017 pela LTC, no Rio de Janeiro.
3. Fator de demanda médio por ramo de atividade, estabelecidos na tabela 23 às
páginas 48 a 56 da norma técnica código NT-002, revisão 1, da concessionária
de energia elétrica Coelce, datado de maio de 2002, sob título: Fornecimento
de energia elétrica em tensão primária de distribuição.

Os resultados obtidos por cada método serão destacados e analisados em tabela ao


final da seção.

3.1 Método 1: Enel (2018)

A fórmula utilizada para este método é apresentada abaixo:

Equação 1 – Fórmula empírica para cálculo de demanda. Fonte: Enel (2018).

Sendo os valores atribuídos às letras, calculados nas subseções e o resultado


apresentado ao final da seção.

3.1.1 ILUMINAÇÃO E TOMADAS DE USO GERAL

60kW 20kW 30kW 10kW 110  (400 + 29)W


D= + + + + =
0,85 0, 75 0,8 0,8 1000 kW
W
 0,95
= (70,59 + 26, 67 + 37,5 + 12,5 + 49, 67)kVA = 97, 26kVA + 99, 67kVA
administração industrial

a = (20 1 + 77, 26  0, 7) + 99, 67 1 = 173, 75kVA

3.1.2 APARELHOS DE AQUECIMENTO


11

Não há aquecedores. b = 0

3.1.3 APARELHOS DE AR CONDICIONADO

c = P = 40  2kW  0,78 = 62, 4kW

3.1.4 BOMBAS D’ÁGUA

2 10cv  0, 736 kW
d=P= cv
= 17,12kVA
0,86

3.1.5 ELEVADORES

Não há elevadores. e = 0

3.1.6 MOTORES DE INDUÇÃO

F = 0,87  (3  20  0,85  0,8 + 3  25  0,85  0,8 + 2  30  0,85  0,8 +


+2  50  0,87  0,9 + 2 100  0,87  0,9) =
= 0,87  (40,8 + 51 + 40,8 + 78,3 + 156, 6) =
= 0,87  367,5 = 319, 73kVA

3.1.7 OUTRAS CARGAS

3  50 3  80 3  20 3  30
G= + + + = 166,67 + 300 + 70,59 + 112,5 = 649,76kVA
0,9 0,8 0,85 0,8

3.1.8 DEMANDA TOTAL

D = 0,77 173,75 + 0,95  62, 4 + 0,59 17,12 + 319,73 + 649,76 = 1172,66kVA

3.2 Método 2: Mamede Filho (2017)

3.2.1 ADMINISTRAÇÃO
12

3.2.1.1 QD1

60kW
= 70,59kVA
0,85
20 1 + 50,59  0, 7 = 55, 41kVA

3.2.1.2 QD2

20kW
= 26, 67kVA
0, 75
20 1 + 6, 67  0, 7 = 24, 67kVA

3.2.1.3 QD3

40  2kW  0,78
= 78kVA
0,8

3.2.2 SETOR 1

3.2.2.1 QD4

3  50 3  80
+ = 466, 67kVA
0,90 0,80

3.2.3 SETOR 2

3.2.3.1 QD5

3  20 3  30
+ = 183,09kVA
0,85 0,80

3.2.4 SETOR 3

3.2.4.1 CCM1
13

20cv  0, 736 kW
D20cv = 3  0,8  0,85  cv
= 39, 68kVA
0,88  0,86
25cv  0, 736 kW
D25cv = 3  0,8  0,85  cv
= 49, 65kVA
0,90  0,84
DCCM1 = 39, 68 + 49, 65 = 89,33kVA

3.2.4.2 CCM2

30cv  0, 736 kW
D30cv = 2  0,8  0,85  cv
= 40, 2kVA
0,88  0,9
50cv  0, 736 kW
D50cv = 2  0,87  0,9  cv
= 72,84kVA
0,86  0,92
DCCM2 = 40, 2 + 72,84 = 113, 04kVA

3.2.5 COMPRESSORES E BOMBAS

3.2.5.1 QD6

10cv  0, 736 kW
D10cv = 2  0,83  0,85  cv
= 14, 21kVA
0,86  0,85
100cv  0, 736 kW
D100cv = 1 0,87  0,9  cv
= 72kVA
0,92  0,87
DQD6 = 14, 21 + 2  72 = 158, 21kVA

3.2.6 VESTIÁRIO, BANHEIRO E REFEITÓRIO

3.2.6.1 QD7

O fator de demanda para iluminação e tomadas dos vestiários, banheiros e refeitórios


do QD7 foi calculado para ambiente industrial. Por isso, o fator de demanda foi de
100%.
 30kW
Iluminação  = 37,5kVA
 0,8
10kW
Tomadas de uso geral  = 12,5kVA
 0,8

3.2.7 ILUMINAÇÃO DO GALPÃO INDUSTRIAL


14

3.2.7.1 QDL

 29 
1,8 110   400 +
 0,95 
D= = 85, 24kVA
1000

3.2.8 DEMANDA TOTAL

Dtotal = 55, 41 + 24, 67 + 78 + 466, 67 + 183, 09 + 89,33 + 113, 04 + 158, 21 +


+37,5 + 12,5 + 85, 24 = 1303, 66kVA

3.3 Método 3: Coelce (2002)

3.3.1 DEMANDA TOTAL

Seja o fator de demanda igual a 0,91, segundo tabela 23 da NT 002 (2002) da Coelce,
para “fabricação de malas, bolsas, valises e outros artefatos”.

D = 0,911421,54 = 1293,6kVA

3.4 Valores obtidos e análise dos resultados

A tabela mostra um comparativo rápido entre os valores de demanda obtidos como


resultados dos cálculos para os três métodos.

Demanda (kVA)
Enel (2018) 1172,66
Método Mamede (2017) 1303,66
Coelce (2002) 1293,6
Tabela 3 – Resultados obtidos em cada método de cálculo de demanda. Fonte: Própria.

Percebe-se que o método do Mamede (2017) é mais conservador, resultando em uma


demanda total maior, em relação ao método da fórmula empírica apresentado na
norma técnica da Enel (2018). O método do fator de demanda tabelado, presente na
norma da Coelce (2002) está bem próximo do resultado obtido através da metodologia
usada pelo Mamede (2017), portanto, é uma forma viável de se encontrar a demanda
15

com base na carga instalada de forma rápida e eficiente. Para a indústria proposta, a
demanda do método do Mamede foi escolhida, sendo de 1303,66 kVA. Com isso, o
cálculo do Mamede, sendo o maior, assegura uma futura ampliação da empresa se
houver necessidade.
16

4 CÁLCULO DOS TRANSFORMADORES E FATOR DE POTÊNCIA

4.1 Transformadores

Para a escolha do transformador foi utilizada a demanda de 1303,66 kVA calculada


por meio do método do Mamede. Com isso, foram escolhidos 2(dois) transformadores
de 750 kVA. A proposta de dois transformadores possibilita que a indústria não pare
de funcionar totalmente. Dessa forma, se acontecer algum problema em um dos
transformadores, o outro pode suprir a necessidade da indústria mesmo no limite.
Além disso, é importante elencar que a escolha do valor da soma da potência desses
transformadores não ultrapassa 30% do valor da demanda do método escolhido, ou
seja, esta de acordo com as normas.

4.2 Fator de potência

P 1204,89
FP = = = 0,85
S 1421,54
Equação 2 – Cálculo do fator de potência com base nas potências ativa e aparente.

Percebe-se que o fator de potência da instalação está abaixo do permitido pelas


concessionárias de energia locais, que é de no mínimo 0,92. Para resolver esse
problema, podemos corrigir o fator de potência através do dimensionamento e uso de
um banco de capacitores, por exemplo. Este método não será abordado nesta etapa
inicial do projeto elétrico, que foca mais na discrição das cargas da instalação.
17

5 DETALHES DO FORNECIMENTO DE ENERGIA E ENTRADA DE SERVIÇO

Segundo a especificação técnica no. 125 da Enel (2018):

“O fornecimento de energia elétrica a consumidor cativo deve ser realizado


em MT (13,8kV) quando a carga instalada na unidade consumidora for
superior a 75kW e a demanda a ser contratada pelo consumidor, para
fornecimento, estiver compreendida entre 30kW e 2.500kW.”

Como resultado da discretização de cargas, temos que, para a indústria em questão,


a carga total instalada está compreendida na casa dos 1200kW, o que é de fato,
superior aos 75kW mencionados na norma. A demanda total está no intervalo de
1170kVA a 1310kVA, o que é equivalente e também está dentro da faixa estabelecida
na norma, de 30kW a 2500kW. Portanto, o fornecimento de energia ao consumidor
cativo, deverá ser feito em média tensão (13,8kV), que é a tensão primária de
distribuição da concessionária de energia elétrica nas redes locais.

5.1 Entrada de serviço

Conforme texto extraído da norma:

“É o trecho do circuito com toda a infraestrutura adequada à ligação, fixação,


caminhamento, sustentação e proteção dos condutores, que vão do ponto de
ligação da rede até a proteção geral de MT do consumidor.

Além da infraestrutura adequada à composição eletromecânica, os


elementos essenciais da entrada são: ponto de ligação, ramal de ligação,
ponto de entrega e ramal de entrada.” (ENEL, 2018)

Seja o ponto de ligação “o ponto da rede da Enel Distribuição Ceará do qual deriva o
ramal de ligação, ficando após as chaves de derivação” e o ponto de entrega “a
conexão do sistema elétrico da Enel Distribuição Ceará com a unidade consumidora
e situa-se no limite da via pública com a propriedade onde esteja localizada a unidade
consumidora”.

O ramal de ligação e o ramal de entrada merecem atenção especial devido as


especificidades de acordo com o tipo de indústria, local, projeto e escolha do projetista,
portanto, serão abordados em subseções.

5.1.1 RAMAL DE LIGAÇÃO

Segue texto extraído da norma:


18

“[...] É o conjunto de condutores e acessórios instalados entre o ponto de


ligação da rede primária da Enel Distribuição Ceará e o ponto de entrega.
Para ramal de ligação derivado de rede aérea devem ser seguidas as
seguintes prescrições:

a) deve ser de montagem necessariamente aérea e ao tempo em toda a sua


extensão e ter comprimento máximo de 40 metros;

b) os condutores devem seguir as especificações da Enel Distribuição Ceará


e a sua instalação deve obedecer às Normas ABNT específicas e
recomendações dos fabricantes;

c) ser projetado, construído, operado e mantido pela Enel Distribuição Ceará,


sem a participação financeira do consumidor de acordo com a legislação em
vigor;

d) deve atender as distâncias de segurança e as alturas mínimas em relação


ao solo determinadas no CNS-OMBR-MAT-18-0135-EDBR e na NBR 15688;

e) a Enel Distribuição Ceará, por ocasião da consulta prévia, deve indicar o


ponto do seu sistema no qual há condições técnicas para derivar o ramal de
ligação para a unidade consumidora;

f) a classe de isolamento requerida para o ramal de ligação aéreo deve ser


igual a classe de isolamento da rede de distribuição da qual deriva o ramal
de ligação, seguindo o que estabelece o item 6.11;

g) deve ser instalada e operada exclusivamente pela Enel Distribuição Ceará,


chave seccionadora unipolar na derivação do ramal de ligação;

h) não deve ser acessível a janelas, sacadas, telhados, áreas ou quaisquer


outros elementos fixos não pertencentes à rede, devendo qualquer condutor
do ramal atender as distâncias de segurança do Desenho 002.01. Não estão
incluídas, neste caso, as janelas de ventilação e iluminação dos postos de
proteção e transformação;

i) não deve cruzar outro terreno que não seja o da unidade consumidora;

j) não deve haver edificações definitivas ou provisórias, plantações de médio


ou grande porte sob o mesmo, ou qualquer obstáculo que lhe possa oferecer
dano, a critério da Enel Distribuição Ceará, seja em domínio público ou
privado;

k) no caso de travessia de cerca ou grade metálica deve haver aterramento


no trecho sob o ramal seccionamento da cerca ou grade com comprimento
maior que 20m. O seccionamento deve ser de 20m de largura,
compreendendo 10m de cada lado, a partir do eixo da linha o aterramento
será instalado no mourão central do trecho seccionado;

l) a Enel Distribuição Ceará não se responsabiliza por quaisquer danos


decorrentes da aproximação ou de contato acidental de suas redes com
tubovias, passarelas, elevados, marquises, etc., no caso da construção ter
sido edificada posteriormente à ligação da unidade consumidora;

m) quando o poste de derivação do ramal de ligação estiver do mesmo lado


da via pública onde se localiza a estrutura de medição, a distância medida,
seguindo a direção da via pública, entre a estrutura de medição e a estrutura
de derivação do ramal de ligação deve ser de no mínimo 3m, conforme
desenho 002.02 [...]”. (ENEL, 2018)
19

O ramal de ligação é de responsabilidade da concessionária e não entra no orçamento


de instalações do consumidor. Os desenhos 002.01 e 002.02 podem ser encontrados
nos anexos deste trabalho.

5.1.2 RAMAL DE ENTRADA

Segue texto extraído da norma:

“[...] É o conjunto de condutores e acessórios instalados pelo consumidor


entre o ponto de entrega e a proteção geral de MT. O ramal de entrada pode
ser aéreo ou subterrâneo e deve obedecer às seguintes prescrições:

a) ser construído, mantido e reparado às custas do interessado;

b) quaisquer serviços no ramal de entrada devem ser feitos mediante


autorização e supervisão da Enel Distribuição Ceará;

c) a Enel Distribuição Ceará não possui responsabilidade sobre quaisquer


danos pessoais e/ou materiais que a construção ou reparo do ramal de
entrada possa acarretar, inclusive a terceiros;

d) não é permitida travessia de via pública;

e) o(s) poste(s) do ramal de entrada deve(m) ser localizado(s) de modo a não


permitir abalroamento de veículos;

f) as junções entre condutores de materiais diferentes devem ser feitas


exclusivamente com conectores apropriados que não possibilitem a corrosão
[...]”. (ENEL, 2018).

Para este projeto, escolhemos o uso de ramal de entrada aéreo, que além das
especificações anteriores, também precisam estar de acordo com as seguintes:

“[...] a) as definidas nas alíneas “f”, “h”, “i” e “k” do item 6.6.3;

b) os condutores podem ser de cobre ou alumínio sendo que o uso do


alumínio só é permitido nos ramais derivados de linhas cujos condutores
sejam também de alumínio. Sua seção deve ser dimensionada pelo projetista
e aceita pela Enel Distribuição Ceará;

c) não deve ultrapassar 50m [...]”. (ENEL, 2018).

Onde, no item a), quando refere-se ao item 6.6.3, está fazendo referências às alíneas
do ramal de ligação descritas anteriormente.

5.2 Subestação

Segundo a norma Enel (2018): “A subestação, contendo infraestrutura, transformador


e equipamentos de proteção, é de responsabilidade da Unidade Consumidora e a Enel
20

Distribuição Ceará recomenda o atendimento da NBR 14039 e das normas de


segurança aplicáveis”, que completa ainda com:

“As subestações devem ser localizadas em local de livre e fácil acesso em


condições adequadas de iluminação, ventilação e segurança, podendo ser
abrigadas ou ao tempo, ser instaladas na superfície, subterrânea ou acima
da superfície do solo”. (ENEL, 2018).

Para esta indústria, utilizaremos a subestação abrigada, já que os transformadores


são de elevada potência, com dimensões e peso significativos, necessitando de uma
proteção especial.

Segundo a mesma norma, “[...] As distâncias mínimas de segurança devem ser


conforme Desenhos 002.04 e 002.05”. Estes desenhos podem ser encontrados em
anexo a este trabalho sob títulos de Anexo 03 e Anexo 04.

“[...] Os barramentos devem ser identificados com as seguintes cores:

– fase A – azul;

– fase B – branco;

– fase C – vermelho;

– neutro – azul claro [...]”. (ENEL, 2018).

No que diz respeito às recomendações para subestação abrigada, temos o seguinte


conteúdo texto extraído da especificação técnica no. 125 da Enel:

“[...]6.7.2.1. Recomendações Gerais

6.7.2.1.1. Os corredores de controle e manobra e os locais de acesso devem


ter dimensões suficientes para que haja espaço livre mínimo de circulação de
0,70m, com todas as portas abertas, na pior condição ou com equipamentos
extraídos em manutenção. Os locais de manobra devem possuir espaço livre
em frente ao volante dos dispositivos de seccionamento de, no mínimo,
1,20m e os locais de controle devem possuir espaço livre em frente aos
comandos de no mínimo 1,00m.

6.7.2.1.2. Os corredores devem ficar permanentemente livres, não podendo


em hipótese alguma, ser empregados para outras finalidades.

6.7.2.1.3. As subestações devem ser providas de iluminação artificial e


sempre que possível, de iluminação natural, atendendo os níveis de
iluminamento estabelecidos pela NBR 5413. Devem possuir também
iluminação de segurança, com autonomia mínima de 2 horas.

6.7.2.1.4. Todas as aberturas de iluminação e ventilação devem ser providas


de telas metálicas resistentes, com malha de no mínimo 5mm e no máximo
13mm, instaladas externamente. Quando as aberturas tiverem por finalidade
apenas a iluminação, as telas metálicas podem ser substituídas por vidro
aramado.
21

6.7.2.1.5. As subestações devem possuir ventilação natural, sempre que


possível, ou forçada.

6.7.2.1.6. No local de funcionamento do equipamento, a diferença entre a


temperatura interna, medida a 1 metro da fonte de calor a plena carga, e a
externa, medida à sombra, não deve ultrapassar 15ºC.

6.7.2.1.7. A temperatura ambiente da subestação com permanência de


operador não deve ultrapassar 35º C, e quando não for possível, a
temperatura da subestação deve ser no máximo igual a temperatura externa
à sombra. O local de permanência dos operadores deve ser separado da
subestação quando não for possível atender o critério de temperatura
máxima.

6.7.2.1.8. A fim de evitar a entrada de chuva, enxurrada e corpos estranhos,


as aberturas para ventilação devem ter as seguintes características:

a) devem situar-se, no mínimo, a 20cm acima do piso exterior;

b) devem ser construídas em forma de chicana;

c) devem ser protegidas externamente por tela metálica resistente com malha
de abertura mínima de 5 mm e máxima de 13mm;

d) aplicação de filtros adequados nas entradas de ar da subestação em


comunicação com ambientes poluídos ou que contenham materiais em
suspensão.

6.7.2.1.9. Quando utilizado transformador a óleo, os postos de transformação


devem dispor de um sistema de drenagem do óleo para transformadores com
volume de óleo igual ou superior a 100 litros, independente da potência, de
maneira a limitar a quantidade de óleo, que possivelmente possa ser
derramado, devido a um rompimento eventual do tanque do transformador.
Como sugestão, ver Desenho 002.20.

6.7.2.1.10. Nas instalações abrigadas, pisos impermeáveis com soleira


apropriada podem ser utilizados como depósito de óleo se não mais que 3
(três) transformadores ou outros equipamentos estiverem instalados e se
cada um deles contiver menos de 100 litros.

6.7.2.1.11. As aberturas de acesso de serviço de emergência devem abrir


para fora e apresentar facilidade de abertura pelo lado interno.

6.7.2.1.12 Quando a subestação de transformação fizer parte integrante da


edificação industrial, somente é permitido o emprego de transformadores a
seco. Quando forem utilizados disjuntores com líquidos isolantes não
inflamáveis, estes devem ter um volume de liquido por pólo inferior a 1 litro.
Considera-se como parte integrante o recinto não isolado ou desprovido de
paredes de alvenaria e portas corta-fogo. Ver desenho 002.22, conforme
NBR 13231.

6.7.2.1.13 Quando a subestação de transformação fizer parte integrante da


edificação residencial e/ou comercial, somente é permitido o emprego de
transformadores a seco, mesmo que haja paredes de alvenaria e porta corta-
fogo. Quando forem utilizados disjuntores com líquidos isolantes não
inflamáveis, estes devem ter volume de líquido por polo inferior a 1 litro. Ver
Desenho 002.22.

6.7.2.1.14 As subestações que utilizam transformadores em líquido isolante


inflamável só podem ser instaladas ao nível do solo.
22

6.7.2.1.15 As subestações que utilizam transformadores em líquido isolante


não inflamável ou a seco podem ser instalados em qualquer pavimento.

6.7.2.1.16 Quando a subestação possuir mais de um pavimento, a


comunicação entre eles deve ser feita por meio de escada facilmente
acessível, provida de corrimão e com largura mínima de 0,70m. A distância
entre o plano do primeiro degrau da escada e qualquer equipamento não
pode ser inferior a 1,60m.

6.7.2.1.17 As portas de acesso a pessoas devem ser metálicas ou totalmente


revestidas em chapas metálicas com dimensões mínimas de 0,80m x 2,10m,
abrindo, obrigatoriamente, para fora.

6.7.2.1.18 A ventilação interior da subestação deve ser feita através, de no


mínimo, duas janelas, construídas em forma de cobogós com abertura
mínima de 0,30m quadrados, para cada 100kVA de capacidade instalada em
transformação, sendo dispostas uma, o mais próximo possível do teto e a
outra a 0,20m do piso de maior cota, se possível colocadas em paredes
opostas. Na impossibilidade de se ter ventilação natural, deve ser empregada
ventilação forçada, que pode ser através de condicionadores de ar ou
exaustores, dimensionados conforme Tabelas 13 ou 14.

6.7.2.1.19 O pé direito mínimo deve ser de 3m. Quando existir viga, é admitida
uma altura mínima de 2,50m, medida na face inferior da viga, desde que
mantidas as demais distâncias de segurança. [...]”. (ENEL, 2018)

Os desehos 002.20 e 002.22 também podem ser encontrados em anexo à este


trabalho, sob título de Anexo 05 e Anexo 06. Serão utilizados transformadores à óleo
com especificação de construção segundo o Anexo 06 figura 4.
23

REFERÊNCIAS

ENEL. Especificação técnica no. 125: Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão


Primária de Distribuição. Versão no. 01. 2 de março de 2018.

COELCE. Norma técnica NT-002: Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão


Primária de Distribuição. Revisão 1. 27 de maio de 2002.

MAMEDE FILHO, João. Instalações elétricas industriais: de acordo com a norma


brasileira NBR 5419:2015. ISBN 978-85-216-3372-3. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017.
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APÊNDICES

Apêndice 1: Tabela com discretização das cargas, semelhante à apresentada no livro


de Instalações Elétricas do Mamede Filho (2017).
25

ANEXOS

Anexo 1: Desenho 002.01 – Afastamentos Mínimos - Distância dos Condutores às


Edificações
26

Anexo 2A: Desenho 002.02 – Ramal de Ligação – Afastamentos


27

Anexo 2B: Desenho 002.02 – Ramal de Ligação – Afastamentos


28

Anexo 03: Espaçamento para Subestação Interna - Tensão Nominal 13,8 kV


29

Anexo 04: Espaçamento para Subestação Externa ao Nível do Solo Tensão Nominal
13,8 kV
30

Anexo 05: Sistema de Drenagem para Transformador a Óleo


31

Anexo 06: Localização da Subestações – Alternativas

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