Kengah:

Gaivota de penas cor de prata. Observadora, cuidadosa e protetora

Rapaz:

Garoto meigo, dono e amigo de Zorbas.

Colonello:

Gato velho, talentoso, curioso e conselheiro. Respeitado pelos outros gatos.

Secretário:

Gato romano muito magro. Com dois pêlos de bigode, um em cada lado do nariz.

Sabetudo:

Gato cinzento, pequeno e magro. Gato muito inteligente e culto.

Barlavento:

Gato cor de mel, olhos azuis. Gato do mar.

Harry:

Homem velho, antigo marinheiro, colecionador de toda a espécie de objeto. Dono de bazar
com o seu nome.

Matias

Chimpanzé, alcoólico, sem vergonha. Com funções de bilheteiro e de vigilante.

Três momentos com os quais me identifiquei mais me marcaram positivamente :

O primeiro momento, com o qual me identifiquei positivamente, foi quando a gaivotinha Ditosa
chamou mamã a Zorbas. Gostei desse momento porque mostra como animais de duas espécies
diferentes podem dar amor incondicional um ao outro.

O segundo momento, com o qual me identifiquei positivamente, foi quando a gaivotinha Ditosa
queria ser um gato como Zorbas e os seus amigos. Gostei dessa parte porque apesar das
diferenças, a gaivotinha queria ser como os animais que a criaram e tomaram conta dela
enquanto ela era pequena.

O terceiro momento, com o qual me identifiquei positivamente, foi quando a gaivotinha

finalmente aprendeu a voar. Gostei dessa parte porque Zorbas conseguiu cumprir o que
prometera à mãe da Gaivotinha: ensinar a gaivota a voar.
Três momentos com o qual me identifiquei me marcaram negativamente

O primeiro momento com o qual me identifiquei negativamente foi quando a Kengah foi
apanhada por uma maré negra. Este momento mostra como os humanos não cuidam do meio
ambiente e poluem o mesmo, trazendo prejuízo para todos os animais e humanos. Este
momento fez-me pensar no mal que todos estamos a fazer ao nosso planeta.

O segundo foi quando a ratazana queria comer a gaivotinha enquanto ela passeava por entre
os animais embalsamados. Não gostei muito deste momento porque todas as ratazanas que
estavam queriam comer a pequena Ditosa.

O terceiro foi o facto de a gaivotinha não querer voar e querer ser um gato. Não gostei muito
deste momento porque ela é uma gaivota e por isso devia voar, tal como a sua mãe pretendia.

Biobibliografia Luís Sepúlveda

Escritor chileno, Luis Sepúlveda nasceu em Ovalle, em 1949 numa pequena aldeia no Norte do
seu país (Chile).

É um romancista, realizador, roteirista, jornalista e ativista politico. Vive atualmente em Gijón,

Espanha, após viver entre Hamburgo e Paris.

Arrebatou, entre outros, os seguintes prémios literários:

Premio Gabriela Mistral de Poesia (1976).

Prémio Rómulo Gallegos de Novela (1978).
Premio Tigre Juan de Novela (1988).
Premio de relatos Curtos «La Felguera» (1990)
Prémio Primavera de Romance (2009)
Prémio Eduardo Lourenço (2016)

Obras principais:

O Velho Que Lia Romances de Amor (1989)

Mundo do fim do mundo (1998)
História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar (2003)
As rosas de Atacama (2006)
O poder dos sonhos (2006)
Crónicas do Sul (2008)
A Lâmpada de Aladino (2008)

As suas outras obras, tais como, “Patagónia Express”, “Encontro de Amor num País em Guerra”,
“Diário de um Killer Sentimental” ou “A Sombra do que Fomos” (Prémio Primavera de Romance
em 2009), por exemplo, conquistaram também, em todo o mundo, a admiração de milhões de
leitores.
Resumo

Certo dia, uma gaivota chamada Kengah, estava a voar com o seu bando.
Foi apanhada por uma maré negra e perdeu-se do seu bando. A gaivota não
conseguiu encontrar o bando e com as forças que lhe restavam levantou
voo e voou até à varanda onde Zorbas estava deitado a apanhar sol. Zorbas,
preocupado com o que lhe aparecera à sua frente, perguntou à pobre
gaivota se ela queria ajuda. Porém antes de morrer, ela põe um ovo e faz
três pedidos: que ele prometa não comer o ovo, que iria cuidar dele até que
nascesse a gaivotinha e que a ensinava a voar. Zorbas aceitou.
Zorbas estava numa casa sozinho pois a sua família adotiva estava de férias
e era um rapaz amigo da família que ia limpar a casa e ele teve de arranjar
uma forma de esconder o ovo.
Foi Zorbas que teve a árdua tarefa de chocar o ovo da gaivotinha até que
ela nascesse.
Quando nasceu a gaivotinha, chamou Mamã a Zorbas, pois foi ele quem ela
viu primeiro. Zorbas pediu ajuda aos seus amigos para criar e educar a
gaivota. Ele e os seus amigos gatos escolheram o nome Ditosa para a
gaivotinha. Os seus amigos eram, Collonelo, um gato já com alguma idade,
sempre pronto a dar um bom conselho; Secretário, o seu ajudante;
Sabetudo, um gato muito inteligente; Barlavento, um gato marinheiro.
E, assim, começou a sua grande aventura, querendo ser fiel à sua palavra,
empenhou-se para cumprir a promessa feita à Kengah.
Com as enciclopédias do inteligente Sabetudo, a boa vontade de todos e o
sentido do dever de cumprir a palavra dada, a todo o custo, este pequeno
grupo de gatos, começou a difícil e delicada tarefa de educar a pequena
gaivota. Todos se empenharam para dar lições de sobrevivência a Ditosa,
tentando ensiná-la a voar e dão-lhe o amor e o carinho que a sua mãe não
lhe pôde dar.
Ditosa é tão bem aceite no grupo e sente-se tão bem com os seus novos
amigos que começa a achar que, também ela, é um gato. Assim, é com eles
que ela quer ficar, é com eles que quer partilhar as suas aventuras e começa
a lutar contra o esforço que os seus amigos fazem para a educar, para que
se torne uma verdadeira gaivota.
Ditosa, sendo uma gaivota, a sua verdadeira natureza começa a vir ao de
cima e apesar de querer ficar com os gatos, seus amigos e companheiros, o
desejo de abrir as asas e voar também é muito forte.
Mas não era fácil ensinar uma gaivotinha a voar e eles decidiram quebrar o
tabu e pediram ajuda a um Humano para ajudar a ditosa a voar.
Eles escolheram o Humano, poeta, dono da gata Bubulina. Zorbas falou com
o ele e ele percebeu o que os gatos queriam. Até que numa noite de nuvens
levaram a Ditosa para um sítio alto e ela finalmente conseguiu voar,
deixando Zorbas com lágrimas nos olhos, mas feliz porque a sua amiga
segue o seu caminho e porque cumpriu a promessa feita a Kengah, sua
mãe.