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A ética utilitarista
Texto
O critério de moralidade do utilitarismo
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Filosofia | 10.º ano | Ensino Secundário | Adília Maia Gaspar e António Manzarra
Conteúdo
Neste texto, Stuart Mill defende a tese de que só a felicidade é intrinsecamente boa
e de que só a felicidade é autêntico critério de moralidade – é aquilo que se deve
procurar: devemos procurar ser felizes, temos a obrigação moral de procurar ser
felizes. A prova para esta tese é de natureza empírica: aquilo que todas as pessoas
querem é ser felizes e, consequentemente, isso permite estabelecer que a
felicidade é critério de moralidade.
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Filosofia | 10.º ano | Ensino Secundário | Adília Maia Gaspar e António Manzarra
Todavia, para além de mostrar que a felicidade é critério de moralidade, Mill vai
ainda mostrar que a felicidade é o único critério de moralidade; para o conseguir,
antecipa uma objeção a esta tese e refuta essa mesma objeção. Assim, começa por
admitir a posição daqueles que defendem que não é a felicidade mas a virtude o
critério de moralidade; defendem, ainda, que devemos ser virtuosos e que uma
pessoa moralmente boa é a que procura ser virtuosa.
Para refutar esta objeção, Mill utiliza uma hábil analogia entre o dinheiro e a
virtude; e mostra que, assim como o dinheiro é um meio para se ser feliz, que por
vezes alguns transformam em fim em si mesmo, também a virtude é desejável
enquanto meio imprescindível para sermos felizes e contribuirmos para a felicidade
das outras pessoas. E é um meio tão poderoso que alguns veem a virtude,
erroneamente, como um fim em si mesma.
Interesse do texto
Este texto revela uma mente descomplexada que consegue, numa época de
puritanismo algo hipócrita, defender uma visão otimista da felicidade,
compatibilizando-a com a virtude, apresentada como meio para a felicidade.
Estrutura do texto
Texto com uma interessante estrutura argumentativa, ao longo do qual as ideias se
vão desenvolvendo, por meio de ligações subtis, mas consistentes. A partir da tese,
corroborada por um argumento experiencial, imagina-se uma objeção à tese,
refutada através de um argumento por analogia.
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Filosofia | 10.º ano | Ensino Secundário | Adília Maia Gaspar e António Manzarra
Proposta de exploração
Reorganização da informação através do preenchimento do quadro.
Tese defendida
por Stuart Mill
Argumento em
apoio da tese
Objeção à tese
Concessão à
objeção
Refutação da
objeção
Fundamento da
refutação
Oficina de escrita
Depois de preenchido o quadro, responda à questão:
O que é que prazer e felicidade podem ter a ver com dever moral?
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Filosofia | 10.º ano | Ensino Secundário | Adília Maia Gaspar e António Manzarra
Quadro preenchido
Tese defendida
A felicidade é critério de moralidade: o nosso dever é procurar ser
por Stuart Mill
felizes.
Concessão à
De facto, a virtude é um bem.
objeção
Refutação da Mas a virtude é como o dinheiro – é um meio para ser feliz não um fim
objeção em si mesma.