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Relatório Final
Discentes:
026445 – Ana Daniela Oliveira Pereira
026612 – Ana Rita Rocha Gomes
026606 – Cláudia Filipa Cruz Santos
026600 – Jorge Miguel Antunes Ferreira
Área de Projecto
Docente: Marina Vasconcelos
Ano Lectivo: 2010/2011
Ano / Turma: 12º J
Do Coração à Violência Doméstica
Resumo:
Na actualidade, a „violência doméstica‟ tem-se revelado um problema social de
grandes dimensões. Tal facto levou a que nos interessássemos pelo tema, uma vez
que, somos jovens a iniciar uma vida activa na sociedade. Consideramos imperativo
dar a conhecer aos jovens a triste realidade resultante deste problema, para que, o
fenómeno conheça a sua extinção a curto prazo.
Através da recolha de „testemunhos‟ e dados obtidos de vários tipos de informação
chegamos à conclusão que o problema tem vindo a conhecer um aumento de
denúncias públicas. Todavia, e recorrendo ao que é dito pelos especialistas na
matéria, este problema não tem aumentado em números reais da violência, antes, as
denúncias é que têm conhecido um aumento extraordinário.
Introdução 4
1. A Violência Doméstica – alguns 5
contributos para a sua compreensão
2. Mãos à Obra 9
2.1 Desenho de Projecto 9
2.2 Contextualização do estudo 10
2.3 Implementação do estudo 11
3. Vamos discutir 12
3.1. As instituições de Apoio à Vítima 12
3.2. A Justiça 12
3.3. Dados 13
3.3.1. O perfil da Vítima 13
3.3.2 O perfil do Agressor 14
3.3.3. O crime 16
3.4. O que pensam os jovens 18
Conclusões 55
Bibliografia 56
Anexos 57
Análise Documental
Identificar programas de apoio à O que faz a justiça para proteger as
vitima por parte da justiça. vítimas?
Principais vantagens/problemas do
processo judicial
Contextualização do estudo:
Implementação do estudo:
3.2. A Justiça
3.3. Dados
Assim, é-nos possível afirmar que é nos elementos do sexo feminino casados,
com um curso de ensino superior e idades compreendidas entre os 26 e 45 anos que
há uma maior incidência do crime de violência doméstica.
Através da leitura dos dados estatísticos registados pela nos últimos 20 anos pela
APAV (organização criada em 1990) concluímos que todos estes anos têm sido marcados
por um aumento mais ou menos significativo dos processos de apoio às vítimas de crime.
Além de que, é possível afirmar que, quando feita a comparação entre 2009 e 2010, a
APAV registou um aumento de 2528 processos de apoio, o que significa um incremento de
25%.
A APAV de Braga recebe por ano centenas de processos aos quais presta o
devido apoio, é o concelho de Braga que mais contribui para engrossar esses
números, o que pode ser justificado pelo elevado número de residentes, seguindo-se
Guimarães e Vila Nova de Famalicão.
Braga é o oitavo concelho com mais participações na APAV, cerca de 362,
tendo à sua frente concelhos como Lisboa (3776 pedidos), Porto com 1586, Cascais
(713), Coimbra (634), Vila Real (466), Setúbal (318), Ponta Delgada (298), Portimão
(278), Faro (232), Albufeira (203), Odivelas (155) e, por fim, Tavira com 100
participações.
O número de inquiridos no 10º ano foi de 77, eis os dados que recolhemos:
11%
33%
20%
0%
36%
22% 34%
0%
39%
De forma errada, mas que pode ter as mais variadas explicações, os alunos de ambos
os sexos consideram que o grupo que sofreu um crescimento de ocorrências de 120% foi o
das mulheres, registando valores inequívocos desta ideia. Todavia, o grupo em questão é o
de idosos.
0%
14%
19%
67%
0%
22%
10%
68%
Conseguimos verificar através da leitura dos dados recolhidos que a maioria dos
alunos do 10º ano não conhece nenhum caso de violência doméstica.
3%
14%
83%
0%
29%
71%
0%
20%
40%
40%
0%
16%
42%
42%
7%
17% 29%
2%
45%
12%
14% 42%
0%
32%
22%
15%
63%
A maioria dos alunos do 12º ano considera que o grupo que assistiu a um
aumento de 120% de 2000 a 2009 foi o das mulheres.
35%
47%
18%
0%
15%
85%
6%
27%
67%
Os alunos do 12º ano da nossa escola afirmam, na sua maioria, não conhecer
nenhum caso de violência doméstica. No entanto cerca de 27% dos elementos do
sexto feminino diz conhecer casos de violência doméstica.
22%
45%
33%
0%
21%
79%
0%
7%
93%
6%
6%
88%
2%
24%
74%
Namoro
( N = 111 )
Sexo Feminino
Sim Não Não responde
6%
45%
49%
21%
79%
Namoro Controlado
( N = 37 )
Sexo Feminino
Sim Não
17%
83%
Muitos dos alunos que afirmam estar a viver no namoro revelam não ser
controladores.
2%
5%
93%
Capaz de agredir
( N = 111 )
Sexo Feminino
Sim Não Não responde
4%
6%
90%
Apesar de uma maioria maciça admitir que não era capaz de agredir, há uma
fatia dos inquiridos que confessa ser capaz de agredir, dado que se revela
preocupante.
3%
5%
92%
4%
6%
90%
2%
14%
28%
22%
34%
1%
29% 30%
13%
27%
0%
25%
75%
4%
37%
59%
0%
13%
87%
Nomes de associações
( N = 34 )
Sexo Feminino
Apresenta nome Não apresenta nome Não se lembra
0%
11%
89%
A violência doméstica é um flagelo que assola todo o país. Não sendo o concelho de
Braga um dos mais fustigados foi interessante perceber o que acontecia dentro da outrora
Brácara Augusta e conseguir perspectivar o futuro da próxima geração.
A existência de associações que a troco de nada assumem um papel preponderante na
vida de homens e mulheres vítimas de violência doméstica, que chegam a fazer mais do que
a própria justiça que parece facilitar a vida ao infractor torna este fenómeno que parece não
conhecer o fim da linha mais humano. Permite conhecer a existência de gente que se dispõe
a ajudar de forma voluntária e sem cobrar.
A justiça continua e continuará a ter uma postura passiva perante o fenómeno, apesar
de inscrita na lei a condenação de qualquer acto de violência doméstica, os agressores
continuarão impunes, a conviver com as vítimas sem que a sua protecção seja assegurada.
Os mass media têm e terão um papel fundamental na divulgação e sensibilização da
sociedade para este fenómeno.
Os futuros adultos revelam conhecer o fenómeno, no entanto ainda admitem ter
atitudes controladoras e agressivas para com o companheiro.
Sabemos que a violência doméstica não conhecerá um fim tão próximo, não obstante
tentamos sensibilizar os jovens para esse problema.
A elaboração do trabalho revelou-se complicada, para a realização dos inquéritos nas
outras escolas tornou-se difícil, conseguimos a autorização para levar a cabo os inquéritos
nas turmas da Escola Secundária Carlos Amarante (devido à reduzida amostra que
obtivemos, não consideramos relevante introduzir os resultados no relatório final), já no
Liceu de Sá de Miranda e, após muita insistência não “conquistamos” qualquer tipo de
resposta.
O contacto com as vítimas também foi um entrave, depois de falarmos com algumas
vítimas de violência doméstica e de nos termos sentido tocados pelas suas “HISTÓRIAS”
não conseguimos que elas nos concedessem uma entrevista, daí que apenas tenhamos
depoimentos recolhidos no site da APAV e o testemunho de uma vítima que acedeu a dar-
nos uma entrevista.
Anexo 1
Artigo 152º do Código Penal Português
Artigo 152º
(Violência Doméstica)
a - ao cônjuge ou ex – cônjuge;
É punido com pena de prisão de um a cinco anos, se pena mais grave lhe não
couber por força de outra disposição legal.
6- Quem for condenado por crime previsto neste artigo pode, atenta a
concreta gravidade do facto e a sua conexão com a função exercida pelo agente, ser
Anexo 2
Testemunhos da APAV
"O meu marido sempre me bateu, desde o namoro. Há um dia em que a gente não
aguenta mais e decide mudar de vida, sair, ter liberdade para ser feliz. Não foi fácil,
tive se sair para uma cidade que não conhecia, ter um emprego que não era o meu
(trabalho numa pastelaria); e agora já tenho uma casinha que é arrendada. É muito
pequenina, mas tenho comigo a minha filha, que está na escola. A única coisa que eu
lamento é não ter as coisas todas resolvidas no tribunal. Assim uma pessoa fica
sempre presa a um passado que quer esquecer. Não me arrependo de ter deixado tudo
para trás. Quando temos um problema destes, acho que temos de aceitar a ideia de
perder algumas coisas para podermos ser livres. Eu perdi o meu emprego, algumas
amizades, o convívio com os familiares, a minha casa e até algumas coisas sem
valor, mas que eram recordações da minha mãe e que muito estimava. Tenho ainda
Ana Pereira, Ana Gomes, Cláudia Santos, Jorge Ferreira
Escola Secundária Alberto Sampaio, 12ºJ Página 58
muita amargura no coração, mas até a amargura eu hei-de vencer. É preciso dar
tempo ao tempo e não esperar milagres. O que eu quero dizer é que é preciso ter
esperança, mas não ficar quieta à espera que ele mude ou que venha alguém resolver
um problema que nunca mudou, desde novos.”
Gertrudes Maria, 45 anos
Anexo 3
P: Quando o agressor a agrediu pela primeira vez (quer tenha sido uma
agressão verbal, psicológica, física ou apenas através do controlo económico) com
que sensação ficou? Julgou ser um acto isolado? Imaginava que o agressor podia
repetir tal acção?
V: Quando se é vítima de violência doméstica o terror é muito, não sabemos
como vai o outro reagir sempre que fazemos alguma coisa. Claro que, quando se é
jovem e se está apaixonado e, acrescento, vislumbrado achamos sempre que foi só
naquele momento.
Anexo 4
Na noite passada, dois adultos e uma criança foram encontrados mortos em casa e
as autoridades suspeitam de duplo homicídio, seguido de suicídio.
Segundo a GNR, as vítimas da mais recente tragédia são um homem e uma mulher
na casa dos 40 anos e um menino de três anos, filho do casal.
De acordo com Manuela Tavares, a maioria destes casos ocorre quando a mulher
quer pôr termo à relação e o homem não aceita, como terá sucedido em Almada.
"O poder parece que ainda está todo do outro lado e isto requer campanhas de
alteração de mentalidades", defendeu, sublinhando que, apesar do esforço feito em
termos de poder governamental, as campanhas na televisão deveriam ser "mais
acutilantes".
"É preciso trabalhar mais, é preciso prevenção logo nas escolas. Sabemos que a
violência no namoro neste momento é também algo preocupante", alertou Manuela
Tavares, acrescentando que a UMAR tem feito várias sessões em estabelecimentos de
ensino.
Por outro lado, adverte, as mulheres devem estar atentas aos indícios, porque "eles
existem" e elas não devem confiar que o agressor nunca será capaz de chegar a extremos.
Anexo 5
Anexo 6
Ano: _______
Idade: ______
Sexo: M __ F __
Este inquérito é anónimo e tem como objectivo dar-nos a conhecer o que os jovens
da nossa escola pensam sobre a violência doméstica.
Frequências %
Categorias
M F M F
(36) (41) (36) (41)
Física e/ou Psicológica na 12 14 33.3 34
família
Outras 7 9 19.5 22
Frequências %
Categorias M F M F
(36) (41) (36) (41)
Mulheres 24 28 67 68
Homens 7 4 19 10
Idosos 5 9 14 22
Mulheres e Idosos 0 0 0 0
Frequências %
Categorias
M F M F
(36) (41) (36) (41)
Sim 5 12 14 29
Não 30 29 83 71
Não Responde 1 0 3 0
Categorias Frequências %
M F M F
(5) (12) (5) (12)
1 1 5 20 42
2 2 5 40 42
+2 2 2 40 16
Não responde 0 0 0 0
Frequências %
Sim 30 38 83 93
Não 6 1 17 2
Não responde 0 2 0 5
Frequências %
Sim 13 18 36 44
Não 21 23 58 56
Não responde 2 0 6 0
Frequências %
Sim 4 9 31 50
Não 9 8 69 62
Não responde 0 1 0 6
Frequências %
Sim 4 3 11 7.3
Não 32 38 89 92.7
Não responde 0 0 0 0
Frequências %
Sim 3 2 8 5
Não 32 39 89 95
Não responde 1 0 3 0
Frequências %
Problemas mentais 3 17 5 23
Vícios 13 9 19 12
Problemas sociais 13 4 19 5
Valores/Mentalidades 32 41 47 55
Nenhuma 7 4 10 5
Frequências %
Sim 3 11 8 27
Não 33 28 92 68
Não responde 0 2 0 5
Frequências %
Apresenta nome 2 8 67 73
Não se lembra 0 2 0 18
Anexo 8
Frequências %
Categorias
M F M F
(42) (37) (42) (37)
Física e/ou Psicológica na 12 11 29 30
familia
Outras 7 19 17 51
Sem definição 3 3 7 8
Frequências %
Categorias M F M F
(42) (37) (42) (37)
Mulheres 29 23 69 62
Homens 4 1 10 3
Idosos 6 3 14 8
Mulheres e Idosos 3 10 7 27
Frequências %
Categorias
M F M F
(42) (37) (42) (37)
Sim 8 7 19 19
Não 33 30 79 81
Não Responde 1 0 2 0
Categorias Frequências %
M F M F
(8) (7) (8) (7)
1 4 4 50 57.1
2 2 1 25 14.3
+2 1 1 12.5 14.3
Frequências %
Sim 39 34 93 92
Não 1 1 2 3
Não responde 2 2 5 5
Frequências %
Sim 15 13 36 35
Não 26 23 62 62
Não responde 1 1 2 3
Frequências %
Sim 5 3 33 23
Não 10 10 67 77
Frequências %
Sim 2 1 5 3
Não 40 36 95 97
Não responde 0 0 0 0
Frequências %
Sim 5 2 12 5
Não 37 35 88 95
Não responde 0 0 0 0
Frequências %
Problemas mentais 17 8 33 15
Vícios 8 12 15 22
Problemas sociais 2 12 4 22
Valores/Mentalidades 17 17 33 32
Nenhuma 8 5 15 9
Frequências %
Sim 8 11 19 30
Não 34 26 81 70
Não responde 0 0 0 0
Frequências %
Apresenta nome 7 8 88 73
Não se lembra 0 0 0 0
Anexo 9
Frequências %
Categorias
M F M F
(59) (51) (59) (51)
Física e/ou Psicológica na 25 20 42 39
familia
Outras 8 14 14 28
Sem definição 7 4 12 8
Frequências %
Categorias M F M F
(59) (51) (59) (51)
Mulheres 37 24 63 47
Homens 9 9 15 18
Idosos 13 18 22 35
Frequências %
Categorias
M F M F
(59) (51) (59) (51)
Sim 9 14 15 27
Não 50 34 85 67
Não Responde 0 3 0 6
Categorias Frequências %
M F M F
(9) (14) (9) (14)
1 4 11 45 79
2 3 3 33 21
+2 2 0 22 0
Frequências %
Sim 55 45 93 88
Não 4 3 7 6
Não responde 0 3 0 6
Frequências %
Sim 14 23 24 45
Não 44 25 74 49
Não responde 1 3 2 6
Frequências %
Sim 3 4 21 17
Não 11 19 79 83
Frequências %
Sim 3 2 5 4
Não 55 46 93 90
Não responde 1 3 2 6
Frequências %
Sim 3 3 5 6
Não 54 46 92 90
Não responde 2 2 3 4
Frequências %
Problemas mentais 13 27 14 30
Vícios 21 25 22 27
Problemas sociais 33 12 34 13
Valores/Mentalidades 27 26 28 29
Nenhuma 2 1 2 1
Frequências %
Sim 15 19 25 37
Não 44 30 75 59
Não responde 0 2 0 4
Frequências %
Apresenta nome 13 17 87 89
Não se lembra 0 2 0 11
Anexo 10
Uma possível notícia feita pela Ana Daniela sobre a nossa Conferência
Em jeito de conclusão, Teresa Sofia Silva denotou que «alguém que agride
uma vez continuará a fazê-lo se não sofrer as devidas consequências».
Anexo 11