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Carbonatação em concretos com

agregados reciclados de concreto


Carbonation in concretes with recycled concrete
aggregates

Ana Paula Werle


Claudio de Souza Kazmierczak
Marlova Piva Kulakowski
Resumo
substituição de agregados naturais por agregados reciclados em novas

A matrizes de concreto pode acarretar a mudança das propriedades deste


material, em função da porosidade do agregado reciclado e de suas
características de superfície. Neste trabalho é avaliada a influência da
resistência de agregados reciclados de concreto (ARC) no perfil de carbonatação
de concretos cujo agregado graúdo natural é substituído por agregados reciclados
de concreto com diferentes níveis de resistência. Observam-se, a partir de análise
Ana Paula Werle
visual da frente de carbonatação de exemplares aspergidos por fenolftaleína,
Programa de Pós-Graduação em alterações na profundidade da frente de carbonatação nas regiões ocupadas por
Engenharia Civil agregados reciclados. O uso de agregado reciclado com porosidade maior que a
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Av. Unisinos, 950, Cristo Rei
matriz resulta em acréscimo na profundidade carbonatada, enquanto o uso de
Sao Leopoldo - RS - Brasil agregados reciclados com porosidade muito menor do que a matriz pode resultar
CEP 93022-000 em pequena diminuição na profundidade carbonatada, comparativamente aos
Tel.:(11) 2359-8389
E-mail: anhapaula@gmail.com
concretos de referência.
Palavras-chave: Carbonatação. Agregado reciclado de concreto. Reciclagem.
Claudio de Souza Kazmierczak
Programa de Pós-Graduação em Abstract
Engenharia CivilReplacement of natural aggregates by recycled aggregates in new concretes can
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Tel.: (51) 3590-8245change the properties of this material, due to the porosity of the recycled
E-mail: claudiok@unisinos.br aggregate and the surface characteristics of the recycled aggregate. This paper
evaluates the influence of the strength of recycled concrete aggregate (RCA) in the
Marlova Piva Kulakowski
profile of carbonation of concrete when natural aggregates are replaced by
Programa de Pós-Graduação em recycled concrete aggregate with different strength. Visual analysis of the
Engenharia Civil carbonation using phenolphthalein indicates changes in the carbonation depth in
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Tel.: (51) 3591-1224
regions occupied by recycled aggregates. The use of recycled concrete aggregate
E-mail: marlovak@unisinos.br with higher porosity than the new concrete increase the carbonation depth, while
the use of recycled concrete aggregate with lower porosity may result in a small
decrease in the carbonation depth.
Recebido em 31/12/10
Aceito em 03/05/11 Keywords: Carbonation. Recycled concrete aggregate. Recycling.

Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 213-228, abr./jun. 2011. 213


ISSN 1678-8621 © 2005, Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído. Todos os direitos reservados.
Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 213-228, abr./jun. 2011.

Introdução
A atividade de construção civil consome cerca de em consideração, tais como a porosidade do
20% a 75% de todos os recursos naturais. Ela é agregado, a necessidade de empregar uma
responsável pela geração de cerca de 50% de todo compensação de água em virtude da absorção do
o resíduo sólido urbano produzido pela população ARC e os teores de substituição do agregado
(ÂNGULO et al., 2003). natural pelo ARC. Alguns trabalhos apontam para
um teor máximo de 50% (GOMES; BRITO,
Uma das alternativas para a reciclagem desse
2009). Os aspectos citados interferem no
resíduo é sua transformação em agregados. Na
comportamento do concreto tanto no estado fresco
forma deste coproduto, os resíduos podem retornar
à cadeia produtiva da construção. A viabilidade quanto no estado endurecido. Além da necessidade
técnica para a inserção desse material em novas do material em atender aos requisitos de
trabalhabilidade e solicitações mecânicas, deve
matrizes cimentícias tem sido estudada por
constituir um componente durável.
pesquisadores em todo o mundo (LEITE, 2001;
KATZ, 2003; BUTLER, 2003; ETXEBERRIA et Autores como Bazuco (1999), Ângulo (2000),
al., 2007; GOMES; BRITO, 2009; Limbachiya, Leelawat e Dhir (2000), Leite (2001),
CORDINALDESI; MORICONI, 2009; Butler (2003), Gómez-Soberón (2003), Katz
PAPADAKIS; VAYENAS; FARDIS, 1991; (2003), Lovato (2007), Cabral (2007), Padmini,
CABRAL et al., 2010). Ramamurthy e Mathews (2009), Hui-Sheng, Bi-
Wan e Xiao-Chen (2009), entre outros, estudaram
As contribuições originadas por esses estudos
demonstram que é possível inserir resíduos de o comportamento do concreto com agregados de
construção (RCD) em concretos para fins RCD mistos (compostos das frações cerâmica,
concreto, argamassas) ou utilizando as frações que
estruturais. Em alguns casos, substituindo
compõem o resíduo de maneira segregada. Esses
parcialmente agregados naturais pelos agregados
estudos têm demonstrado que a inserção de
reciclados, observou-se um incremento no
agregados provenientes de RCD altera as
desempenho mecânico de concretos que contêm
RCD (XIAO; LI; ZHANG, 2005). propriedades do concreto. Entre as propriedades
estudadas, a absorção de água por esse novo
As principais aplicações do RCD e do dos material é constantemente observada, e os
agregados recclados de concreto (ARC) ocorrem resultados obtidos pelas pesquisas apontam que os
em bases e sub-bases de pavimentação (POON; concretos que incorporam resíduos tendem a ser
CHAN, 2006; MELBOUCI, 2009). Os processos e mais porosos e, portanto, mais suscetíveis à ação
custos de transporte, moagem e separação do dos agentes deletérios.
agregado de concreto, entretanto, são fatores
Cabral et al. (2010) tratam da durabilidade de
limitantes para a aplicação. Sob essa ótica, a
concretos com RCD sob o prisma da absorção de
utilização do ARC em aplicações mais nobres,
como na fabricação de novos concretos, pode ser água, cujos resultados apontam para um material
uma alternativa interessante. O Guide for mais poroso e menos durável. Gomes e Brito
(2009) realizam uma abordagem mais abrangente,
Specification of Recycled Concrete Aggregates
com o uso de agregado reciclado de concreto
(RCA) for Concrete Production - Final Report
(ARC). Os autores submetem o material a ensaios
(CSIRO, 1998) indica que o agregado reciclado de
de absorção de água, penetração de cloretos e
concreto com massa específica superior a 2,1
kg/dm3 e absorção de água inferior a 6% é carbonatação. Os resultados obtidos pelos
adequado para reciclagem em novos concretos. A pesquisadores apontam que os concretos feitos
com até 50% de ARC apresentam comportamento
Environmental Protection Agency – EPA (2002), a
semelhante ao concreto de referência.
partir de compilação de estudos realizados com
base nos RCD/ARC, também indica que é possível Pode-se inferir a partir da revisão realizada que há,
se obterem concretos com propriedades mecânicas de fato, uma mudança de comportamento do
similares às de concretos sem resíduos. Entretanto, concreto que incorpora RCD ou ARC. No entanto,
para o uso do ARC em funções estruturais, ainda o conhecimento das propriedades do ARC,
há diversos problemas relacionados com a identificando-se sua resistência, absorção de água
qualidade do agregado e do produto final que e forma, em conjunto com a especificação de uma
precisam ser resolvidos. Uma das questões ainda nova matriz e procedimento de mistura compatível
não esclarecidas é a durabilidade de novos com este agregado pode gerar um concreto com
concretos que incorporam ARC. características similares às de um concreto
confeccionado com agregados convencionais.
Para que agregados de ARC sejam plenamente
incorporados, alguns aspectos devem ser levados

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O presente estudo tem por objetivo discutir a A reação simplificada do fenômeno da


influência da porosidade do ARC sobre a frente de carbonatação é utilizada pela maioria dos autores
carbonatação. Para tanto, foram moldados corpos que abordam o tema (PAPADAKIS; VAYENAS;
de prova de concreto com relação a/c = 0,64, nos FARDIS, 1991; THIERY et al., 2007; PETER et
quais foram substituídos os agregados naturais al., 2008). Além do Ca(OH)2, há evidências de que
(rocha basáltica) por diferentes níveis de ARC as reações de carbonatação não ocorrem somente
(25%, 50%, 75% e 100%) provenientes de entre o CO2 e o Ca(OH)2, mas sim com todos os
concretos com diferentes porosidades (a/c = 0,85, demais compostos hidratados do cimento, como o
0,56 e 0,43) e efetuado procedimento de pré- C-S-H (silicato de cálcio hidratado), sulfato tri-
molhagem em diferentes percentuais (0%, 25%, hidratado (etringita), monossulfato hidratado, C3S
50%, 75% e 100%) no ARC antes de sua (silicato tricálcico) e C2S (silicato dicálcico)
incorporação à mistura. (PAPADAKIS; VAYENAS; FARDIS, 1991;
PETER et al., 2008; WANG; LEE, 2009).
Carbonatação do concreto Segundo Peter et al. (2008), outros álcalis
presentes na pasta de cimento, em pequena
A hidratação do cimento gera, genericamente, quantidade, como KOH (hidróxido de potássio),
silicatos de cálcio hidratado (C-S-H), que NaOH (hidróxido de sódio) e Mg(OH)2 (hidróxido
conferem resistência ao material, e hidróxido de de magnésio), além das fases dos aluminatos,
cálcio (Ca(OH)2), principal responsável pela também estão suscetíveis à carbonatação.
geração de um ambiente alcalino (pH próximo de
A reação básica refere-se à combinação do CO2
13). No concreto armado, a elevada alcalinidade
com Ca(OH)2 em função da rapidez com que tais
gera uma camada passivante ao longo das barras
reações ocorrem em relação aos demais elementos
de aço, que as protegem do fenômeno da corrosão.
carbonatáveis. O CO2 reage com o Ca(OH)2 três
A carbonatação, que ocorre naturalmente em vezes mais rápido do que reage com C-S-H, vinte
estruturas de concreto, é um fenômeno físico- vezes mais rápido do que a reação com C2S e
químico que resulta em mudanças na cinquenta vezes mais rápido do que a reação com o
microestrutura e na diminuição do pH do concreto. C3S (PETER et al., 2008), alterando
Esse fenômeno pode despassivar o aço utilizado substancialmente o pH do concreto. O consumo do
nas estruturas de concreto armado, permitindo a Ca(OH)2 faz com que o pH do concreto diminua a
corrosão das armaduras, e por esse motivo são níveis entre 9 e 8, o que extingue a camada
realizados diversos estudos sobre o tema passivante do aço (ANDRADE, 1992). Conforme
(PAPADAKIS; VAYENAS; FARDIS, 1991; Bauer, Nepomuceno e Pozzan (2001), Bary e
LEVY, 2001; KULAKOWSKI, 2002; Sellier (2004), Puertas, Palacios e Vásquez (2006),
KIRCHHEIM, 2003; KATZ, 2003; MASCE; Song e Kwon (2007), Meier et al. (2007), Hui-
MIYAZATO; YODSUDJAI, 2003; PAULETTI, Sheng, Bi-Wan e Xiao-Chen (2009), Lo et al.
2004, 2009; HUI-SHENG; BI-WAN; XIAO- (2009), entre outros, o fenômeno da carbonatação
CHEN, 2009). O fenômeno da carbonatação pode é um exemplo clássico de despassivação da
ser ocasionado pelas reações químicas armadura.Como resultado da corrosão da
provenientes da interação entre os principais armadura, os produtos expansivos geram tensões
constituintes presentes na atmosfera, como o CO2 internas, fissurando o concreto, facilitando o
(gás carbônico) com os produtos da hidratação do entrada de agentes deletérios. Em estágios mais
cimento, que se encontram no líquido intersticial avançados do fenômeno, pode acarretar o colapso
dos poros (CUNHA; HELENE, 2001). Segundo da estrutura.
Bary e Sellier (2004), a reação ocorre,
principalmente, com os íons cálcio, contidos na Fatores que exercem influência na
solução aquosa dos poros, em equilíbrio com os carbonatação
produtos de hidratação do cimento.
A reação básica de carbonatação consiste na O fenômeno da carbonatação é diretamente
combinação do CO2, que se encontra dissociado dependente da concentração de CO2 no ambiente,
em meio aquoso, dentro dos poros do concreto, do percentual de umidade do ar, da temperatura a
com o Ca(OH)2, que também está dissociado neste que a estrutura está submetida e dos
mesmo ambiente. Essa interação entre os condicionantes intrínsecos do concreto, como o
elementos resulta na formação de CaCO3 tipo de cimento, as adições, os agregados e a cura,
(carbonato de cálcio) e H2O (água), de acordo com que definem, segundo Castellote et al. (2009), a
a reação expressa na equação 1. composição da mistura e sua estrutura de poros.

Ca(OH)2(s) + CO2(g) ↔ CaCO3(s) + H2O(l) Eq. 1

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Concentração de CO2 Temperatura


A difusão do CO2 na rede de poros se dá em O principal fator que rege a velocidade da
função da diferença de concentração do gás entre carbonatação é a difusão do CO2, o qual é muito
os meios externo e interno (KAZMIERCZAK, pouco afetado pela temperatura, segundo
1995), e as diferenças entre as concentrações de Papadakis, Vayenas e Fardis (1991). Helene
CO2 interferem sensivelmente na difusão da (1993) observa que na evolução da carbonatação a
carbonatação através da rede de poros do concreto. influência da temperatura na velocidade de
Segundo Helene (1993), a concentração de CO2 no carbonatação foi pouco visível para temperaturas
meio externo varia de 0,03% a 0,05% para entre 25 e 30 ºC. Da mesma forma, Kulakowski
atmosferas rurais, de 0,1% a 1,2% para atmosferas (2002) aponta que para temperaturas entre 20 e 40
urbanas onde há tráfego pesado de veículos, e em ºC não há interferência significativa na velocidade
1,8% em ambientes cuja atmosfera está viciada, de carbonatação.
onde não há troca de ar.
A escolha de determinado percentual de CO2 para Cimento
a realização de ensaios acelerados de carbonatação O tipo e a quantidade de cimento adotado para a
não é consenso, havendo poucos trabalhos que confecção do concreto determinam a quantidade de
contemplem diferentes concentrações de CO2 em compostos alcalinos disponíveis para reagir com o
um mesmo estudo (PAULETTI et al., 2009). Um CO2, assim como as condições de cura, relação a/c
dos principais objetos de discussão está na e existência de fissuras, são determinantes para a
alteração do mecanismo da carbonatação e na velocidade em que ocorre o avanço da frente de
microestrutura dos produtos resultantes, que deve carbonatação (FIGUEIREDO, 2005). A
ocorrer a partir de determinada concentração de composição química do cimento é abordada por
CO2 . Em geral, recomenda-se a adoção de baixos Kirchheim (2003) e Castellote et al. (2009), que
teores de CO2, inferiores a 10%, sendo que estudos relatam que a profundidade de carbonatação está
mais recentes indicam que a partir de uma condicionada à mesma.
concentração de 3% de CO2, pode haver alterações
na microestrutura do material carbonatado Adições
(CASTELLOTE et al., 2009). A realização do
ensaio acelerado de carbonatação utilizando-se As adições feitas às matrizes cimentícias exercem
uma concentração de 1% de CO2 garante que os influência sobre o fenômeno da carbonatação,
produtos formados pelas reações de carbonatação acelerando o fenômeno, quando alcalinas, ou
são os mesmos gerados em condições naturais de retardando-o, quando propiciam o fechamento dos
exposição ao CO2, alterando a microestrutura do poros, dificultando a entrada de gás carbônico.
concreto da mesma forma que ocorre em Pauletti (2004) observa que concretos
exposição natural (PAULETTI, 2009). confeccionados com cimentos que possuem
adições tendem a carbonatar mais do que concretos
Umidade relativa confeccionados com cimentos comuns. Utilizando
Segundo Papadakis et al. (1991), o fenômeno da cimento pozolânico e cimento comum, confirmou
carbonatação não é perceptível em umidades que a profundidade de carbonatação é maior para
relativas inferiores a 50% (não há água suficiente argamassas confeccionadas com adição de
para que as reações se processem). Por outro lado, pozolana em relação ao cimento comum.
quando os poros estão saturados, a velocidade de Venquiarutto, Isaía e Gastaldini (2002) encontram
transporte do CO2, que ocorre por difusão, diminui profundidades maiores de carbonatação em
excessivamente. Segundo Bary e Sellier (2004), as concretos com adições de maior finura. Quanto
maiores velocidades de carbonatação ocorrem em mais fina a adição, mais reativa, reagindo mais
umidades entre 40% a 80% (BARY; SELLIER, rapidamente com Ca(OH)2 e diminuindo a reserva
2004), ou ainda entre 50% e 70%, de acordo com alcalina do meio, sujeito à carbonatação. Bauer,
Thiery et al. (2007). Em ensaios acelerados de Nepomuceno e Pozzan (2001) observam que em
carbonatação, a maioria dos estudos tem adotado a corpos de prova contendo sílica ativa, após
faixa de umidade relativa proposta por Thiery et passarem pela carbonatação, há uma alteração na
al. (2007): 60±5% (KATZ, 2003; LO et al., 2009); distribuição de poros, que diminui o acesso de
e 70±5% (RYU, 2002; MASCE; MIYAZATO; água aos poros do material.
YODSUDJAI, 2003; POSSAN, 2004; HUI-
SHENG; BI-WAN; XIAO-CHEN, 2009).

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Relação água/aglomerante resulta em um concreto com maior porosidade que


o concreto de referência (BAZUCO, 1999; LEVY,
A relação água/aglomerante influencia
2001; LEITE, 2001; BUTLER, 2003; CABRAL,
sensivelmente o avanço da frente de carbonatação,
2007). Desse modo, como consequência da maior
pois as características microestruturais do material
porosidade, pode-se estimar que a velocidade de
são dependentes dessa relação. A interferência da
carbonatação nos concretos com agregado
relação a/c e a/agl na profundidade de
reciclado seja maior. Tal afirmação, entretanto,
carbonatação é consensual e relatada por diversos
ainda não é consenso.
autores (PAPADAKIS; VAYENAS; FARDIS,
1991; KULAKOWSKI, 2002; BAUER; Cabral (2007) determinou as propriedades
NEPOMUCENO; POZZAN, 2001; HARTMANN mecânicas e a durabilidade de concretos
et al., 2002; KIRCHHEIM, 2003; PAULETTI, produzidos com agregados reciclados, verificando
2004; TAM; GAO; TAM, 2005; DIESEL et al., que, independentemente do tipo de agregado
2006; MEIRA; PADARATZ; BORBA JÚNIOR, reciclado inserido em uma nova matriz de
2006; CASTELLOTE et al., 2009; WANG; LEE, concreto, esse concreto aumentará o volume de
2009). Há tendência em se afirmar que, quanto poros total. O autor também afirma que a
maior a relação a/c e a quantidade de adições velocidade de carbonatação é determinada pela
minerais, maior a velocidade de carbonatação. relação a/agl da nova pasta. Em contraposição a
Cabral (2007), Levy (2001) constatou que, para
Cura agregados provenientes de concretos de 20 e 30
MPa, inseridos em uma nova matriz de 40 MPa, a
A condição de cura dos corpos de prova é um fator profundidade de carbonatação é menor que a do
relevante para o desempenho das estruturas de concreto de referência (de 40 MPa), sugerindo a
matriz cimentícia. Quanto melhores as condições formação de uma barreira, localizada na interface
de cura, melhores serão as propriedades do pasta/ARC, que minimiza a carbonatação. Esse
concreto, pois ela melhora as condições de fenômeno deve ocorrer, segundo ele, em função da
hidratação, processo que tende a diminuir a existência de microfissuras e da existência de
porosidade do concreto (HELENE, 1993). Pauletti material cimentante anidro no agregado reciclado.
(2009) infere que, aumentando o tempo de cura, há O mesmo autor, entretanto, afirma que, em teores
diminuição da profundidade de carbonatação, em de substituição superiores a 20%, poderá haver
função do grau de hidratação obtido e minimização perda de durabilidade.
das retrações decorrentes da secagem.
Segundo estudos de Cordinaldesi e Moriconi
Tipo de agregado (2009), quanto menor a relação a/c, menor a
profundidade de carbonatação, independentemente
Entre os fatores que influenciam o comportamento da quantidade de ARC inserido no concreto,
da carbonatação no concreto, o tipo de agregado devido a uma reorganização dos poros da pasta. Os
utilizado na mistura do concreto é tratado como autores apontam para o fato de os agregados
um fator com menor importância para o fenômeno, reciclados possuírem compostos alcalinos, que,
pois os agregados são considerados inertes em somados à alcalinidade da pasta nova, protegem o
relação à carbonatação. Ao comparar a concreto contra a carbonatação, podendo preservar
carbonatação entre concretos e argamassas, a integridade da armadura por mais tempo do que
Papadakis, Vayenas e Fadis (1991) ressaltam que a um concreto convencional.
presença do agregado não afeta sensivelmente a
difusão do CO2, pois a presença da interface De acordo com Gomes e Brito (2009), em
pasta/agregado parece compensar a “falta” de concretos com adição de agregados reciclados, não
porosidade do agregado natural. há aumento expressivo na profundidade de
carbonatação em relação a um concreto
No entanto, quando confeccionados concretos que convencional. Porém, uma substituição acima de
incorporam agregados reciclados de concreto 50% de agregado natural por reciclado resulta em
(ARC), observa-se consenso entre os acréscimos na ordem de 10% na profundidade de
pesquisadores em relação à alteração da carbonatação. A afirmação feita por esses autores
porosidade do concreto. As consequências do uso pode ser considerada como uma tendência, porém
desses materiais são discutidas a seguir. o máximo teor de substituição de agregados
naturais por agregados reciclados sem alteração
Carbonatação em concretos com RCD e significativa da durabilidade será função das
ARC especificidades do novo concreto e das
características do resíduo utilizado.
Diversos pesquisadores afirmam que a substituição
de agregados naturais por agregados reciclados

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Em vista do exposto, fica claro que não há utilizados na pesquisa, estes foram fabricados em
consenso sobre o fenômeno e que, antes de se laboratório. O concreto foi dosado segundo o
substituírem agregados naturais por agregados método proposto por Helene e Terzian (1993),
reciclados, faz-se necessária a realização de adotando-se um teor de argamassa α = 49% e
análises que permitam estimar o comportamento fixando-se o abatimento em 100 ± 20 mm. Foram
do novo concreto ante a ação do CO2. adotadas as resistências de dosagem de 18, 37 e 50
MPa (obtidas segundo o procedimento
Programa experimental recomendado pela NBR NM 101 (ABNT, 1997)).
Os concretos foram moldados na forma de corpos
Neste trabalho realiza-se uma comparação da de prova cilíndricos, com diâmetro de 10 cm x 20
carbonatação entre concretos com agregados cm de altura, e submetidos a cura submersa por 63
convencionais e concretos em que é utilizado dias, na temperatura de 21 ºC. As resistências a
agregado reciclado de concreto obtido a partir da tração por compressão diametral, determinadas
cominuição, em britador de mandíbulas, de segundo especificado pela ABNT NBR NM 8
concretos com diferentes resistências (18, 37 e 50 (ABNT, 1995), foram de 7, 11 e 14 MPa
MPa). respectivamente.
Os agregados graúdos reciclados foram obtidos a
Materiais utilizados partir da cominuição desses concretos, em britador
O cimento utilizado foi o cimento Portland de alta de mandíbulas. O processo posterior de
resistência inicial - CP V ARI, curado durante 63 peneiramento foi realizado para a separação da
dias, de modo a permitir um grau de hidratação fração passante pela peneira de abertura # 25 mm e
elevado. retida na peneira de abertura # 4,8 mm, em função
da dimensão máxima característica do agregado de
O agregado miúdo empregado é uma areia de referência.
origem quartzoza, com distribuição granulométrica
visualizada na Tabela 1. Os agregados obtidos possuem uma distribuição
granulométrica próxima da zona delimitada entre
O agregado graúdo natural adotado para a pesquisa as peneiras 12,5 mm e 25 mm, conforme
é de origem basáltica, apresenta módulo de finura visualizado na Figura 1. A caracterização física
de 6,69, dimensão máxima de 19 mm, massa dos agregados consta na Tabela 3. A diferença de
específica igual a 2,75 g/cm³, massa unitária igual porosidade entre os agregados reciclados pode ser
a 1,49 g/cm³ e distribuição granulométrica de exemplificada pela capacidade de absorção de
acordo com a Tabela 2. Esse material passou por água, apresentada na Tabela 3, bem como por meio
processo de lavagem (para remoção de finos das curvas apresentadas no gráfico de porosidade,
aderidos aos agregados) e secagem, antes de sua obtidas através de porosimetria por intrusão de
utilização. mercúrio (Figura 2). A análise dessas
caracterizações indica que a porosidade total
Dosagem e caracterização dos concretos acumulada diminui à medida que se aumenta a
de origem dos agregados reciclados resistência do concreto de origem do agregado
reciclado.
Com o intuito de conhecer as propriedades e
características dos agregados de concreto

Tabela 1 – Distribuição granulométrica do agregado miúdo natural – NBR NM248 (ABNT, 2001)
Abertura de peneira Média retida Média acumulada
# 4,8 mm 3 3
# 2,4 mm 11 14
# 1,2 mm 18 32
# 0,6 mm 18 50
# 0,3 mm 27 77
# 0,15 mm 20 97
# 0,075 mm 3 100
< 0,15 mm 0 100

218 Werle, A. P.; Kazmierczak, C. de S.; Kulakowski, M. P.


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Tabela 2 – Distribuição granulométrica do agregado graúdo natural – NBR NM248


Abertura de peneira Média retida Média acumulada
# 25 mm 0 0
# 19 mm 2 2
# 12,5 mm 60 62
# 9,5 mm 32 94
# 6,3 mm 6 100
# 4,8 mm 0 100
< 4,8 mm 0 100
Fonte: ABNT (2001).

Curvas Granulométricas ARC


100
90
Percentual Acumulado

80
12,5 - 25 mm
70
60 ARC 18 MPa

50 ARC 37 MPa
40
ARC 50 MPa
30
20
10
0
1,2 2,4 4,8 6,3 9,5 12,5 19 25 31,5

Abertura das Peneiras (mm)


Figura 1 – Curva granulométrica dos agregados graúdos reciclados de concreto

Tabela 3 – Caracterização física dos agregados graúdos reciclados de concreto


Resistência do
Dimensão Módulo Massa específica Massa unitária
concreto de Absorção
máxima de (g/cm²) – NM 52/2009 (g/cm²) – NM
origem ARC (%)
(mm) finura –NM 53/2009 45/2006
(MPa)*
18 25 7,68 2,50 1,21 8,49
37 25 7,61 2,47 1,20 6,07
50 25 7,70 2,49 1,21 5,24
Nota: *A resistência do concreto de origem foi adotada como identificação dos tipos de ARC produzidos.

Figura 2 – Volume acumulado de poros dos agregados reciclados de concreto

Execução dos corpos de prova e substituições foram realizadas considerando-se a


realização dos ensaios de carbonatação compensação de volume do ARC através da massa
específica do ARC e agregado natural de acordo
Nessa nova matriz de concreto empregaram-se com a equação 2.
substituições de agregado natural por ARC nos
níveis de 25%, 50%, 75% e 100%. As 𝑀 𝑀𝐴𝑁
Eq. 2
𝐴𝑅𝐶 = ×𝜇 𝐴𝑅𝐶
𝜇 𝐴𝑁

Carbonatação em concretos com agregados reciclados de concreto 219


Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 213-228, abr./jun. 2011.

Onde: após 24 h e mantidos em cura submersa em


MARC = massa do agregado reciclado; tanques com solução saturada de água e cal por um
período de 63 dias. Após, as amostras foram
MAN = massa do agregado natural; submetidas a um processo de sazonamento para
γAN = massa específica do agregado natural; e adequarem-se à umidade interna especificada para
o ensaio de carbonatação (aproximadamente 70%).
γARC = massa específica do agregado reciclado. Para a realização desse procedimento utilizou-se a
A etapa de pré-molhagem nos níveis de 0, 25, 50, recomendação RILEM TC 116PCD (1999)
75 e 100%, foi realizada em relação à capacidade (alterando-se a forma de moagem do corpo de
de absorção do agregado. Esse procedimento foi prova) para determinar a massa aparente das
realizado em sala com umidade controlada a 85 ± amostras com a umidade requerida. Assim que as
5% de UR, de modo que a água destinada à amostras atingem a massa aparente estipulada (em
molhagem dos agregados não fosse perdida para o estufa ventilada a 50°C), são seladas em
meio. embalagens impermeáveis, onde permanecem por
28 dias, para possibilitar o equilíbrio interno de
Os teores de agregados submetidos à pré- umidade do corpo de prova. Após o período de
molhagem foram empregados em uma matriz com reequilíbrio da umidade interna, os corpos de
traço de 1 : 3,13 : 3,67 (cimento : agregado miúdo prova foram seguiram para o ensaio acelerado de
: agregado graúdo) com uma relação a/c de 0,64 carbonatação. A câmara utilizada para a
(correspondente à utilizada na dosagem dos carbonatação foi ajustada para uma concentração
agregados com resistência de 37 MPa). Essa de 1% de CO2 e umidade relativa de 70% ± 5%. O
relação a/c foi estipulada a partir da necessidade de tempo total de ensaio foi de 147 dias, após o qual
execução de ensaio acelerado de carbonatação em se determinou a frente de carbonatação dos
um período restrito (147 dias). Em função desse exemplares, a partir da ruptura do corpo de prova e
fator, o uso de uma relação a/c menor poderia aspersão do indicador químico fenolftaleína.
acarretar na impossibilidade de observação de
profundidade carbonatada nesse intervalo de A medição das profundidades de carbonatação foi
tempo. Foi necessário ajustar o teor de argamassa realizada por meio de análise de imagem. Após a
para α = 53%, de modo a garantir a aspersão de fenolftaleína, as amostras foram
trabalhabilidade da pasta em função da inserção do fotografadas e importadas para análise no software
ARC. AutoCad. Através da ferramenta polilinha,
determinou-se o contorno de toda a área de
Além do ajuste do teor de argamassa, realizou-se interesse e, em seguida, foram traçadas linhas
um ajuste no conteúdo de água de cada concreto. paralelas, equidistantes entre si, somando 18 linhas
Fixou-se um abatimento de 100 ± 20 mm e, para para cada face analisada, de acordo com a
alcançar esse fator predeterminado, cada ilustração das Figuras 3 e 4. Desta forma, foram
combinação realizada possui uma relação a/c feitas 36 medidas de profundidade de carbonatação
distinta. Dessa forma, o programa experimental para um mesmo corpo de prova. Esse
possui uma variável independente. procedimento foi realizado para 2 exemplares de
Os concretos foram moldados em formas cada combinação, gerando 72 medições,
prismáticas (60 mm x 60 mm x 180 mm), proporcionando uma profundidade média
adensados em mesa vibratória, sendo desmoldados confiável.

Figura 3 – Seleção de áreas de interesse

220 Werle, A. P.; Kazmierczak, C. de S.; Kulakowski, M. P.


Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 213-228, abr./jun. 2011.

Figura 4 – Pontos de profundidade de carbonatação

Partindo da hipótese de que os agregados de referência e concretos com agregados


reciclados se comportam de forma distinta à dos provenientes das matrizes de 50 e 37 MPa (com
agregados naturais, gerando uma frente de resistência similar ou superior à do novo concreto
carbonatação não uniforme, e considerando a – 32,5 MPa). Entretanto, ao se utilizar um
aparente impossibilidade de se distinguirem os agregado proveniente de concreto com resistência
ARC dos agregados naturais nos corpos de prova inferior (ARC de 18 MPa) à da nova matriz, a
aspergidos por fenolftaleína, foi elaborada uma diferença na profundidade de carbonatação torna-
metodologia para a identificação dos agregados se significativa.
reciclados. Esta consiste na aspersão de
Outro aspecto relevante observado nos resultados é
fenolftaleína em exemplares recém-fraturados e na
o aumento na dispersão dos mesmos, que ocorre ao
identificação da frente de carbonatação;
se inserir o agregado reciclado à matriz, e que se
manutenção dos mesmos em sala com umidade e
torna expressivo ao se utilizar o ARC de maior
temperatura controladas (UR = 70±5% e T = 21 ± porosidade (ARC de 18 MPa).
2 ºC) em contato com o CO2 presente nessa
atmosfera por 7 dias; e na reavaliação da frente de As imagens realizadas uma semana após aspersão,
carbonatação indicada pela fenolftaleína. Partiu-se permitem realizar uma análise qualitativa a
da hipótese de que, em função da diferença de respeito da velocidade de carbonatação. É
porosidade entre os agregados de ARC e a pasta do importante salientar que essa análise não
concreto novo, a velocidade de carbonatação na contempla um estudo estatístico do fenômeno
face fraturada dos exemplares que foram observado, no entanto tal comportamento foi
submetidos a carbonatação seria diferente e observado para os demais corpos de prova
passível de ser identificada pela perda de coloração verificados.
da fenolftaleína. Desse modo, torna-se possível A Figura 6 apresenta o registro fotográfico da
identificar se há influência da porosidade do ARC amostra do concreto de referência no momento da
sobre a frente de carbonatação. fratura e após 7 dias de contato com o ambiente.
Pode-se notar uma perda homogênea de coloração
Análise e discussão dos do indicador químico fenolftaleína durante o
resultados período em que a amostra estava exposta às
condições do ambiente.
A Figura 5 apresenta os resultados médios de
profundidade de carbonatação, obtidos para cada Na Figura 7 é possível visualizar concretos
classe de resistência de agregado utilizado. confeccionados com ARC, mais poroso que a
matriz (com relação a/c = 0,85). A presença dos
Observa-se que há uma tendência ao aumento da ARC em algumas regiões do novo concreto é
profundidade de carbonatação à medida que a determinante para a forma como ocorre a
resistência do agregado utilizado diminui. A partir penetração do CO2, sendo possível verificar, nos
de análise estatística dos resultados, detalhada na detalhes A e B, a presença de um ARC mais
dissertação de mestrado de Werle (2010), pode-se poroso que a matriz, que permitiu a entrada de CO2
verificar que não há variação significativa na com maior velocidade em relação ao observado na
profundidade de carbonatação entre os concretos argamassa do concreto novo.

Carbonatação em concretos com agregados reciclados de concreto 221


Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 213-228, abr./jun. 2011.

Figura 5 – Resultados médios de profundidade de carbonatação

Figura 6 – (a) Frente de carbonatação imediatamente após a aspersão de fenolftaleína e (b) após 7 dias
da aspersão, na amostra de referência

Figura 7 – (a) Frente de carbonatação imediatamente após a aspersão de fenolftaleína e (b) após 7 dias
da aspersão, em exemplar com 75% de ARC a 18 MPa

222 Werle, A. P.; Kazmierczak, C. de S.; Kulakowski, M. P.


Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 213-228, abr./jun. 2011.

Figura 8 – (a) Frente de carbonatação imediatamente após a aspersão de fenolftaleína e (b) após 7 dias
da aspersão, em exemplar com 75% de ARC a 37 MPa

Na Figura 8 pode-se visualizar um concreto realizada por meio de regressão múltipla não
confeccionado com ARC com relação a/c de 0,56. linear, retornou o modelo de comportamento da
Nota-se que há uma descoloração uniforme do Equação 3, em que se pode observar como as
indicador químico fenolftaleína durante o período variáveis estudadas influenciam na carbonatação.
de 7 dias. Esse comportamento pode ser atribuído O modelo ajustado indicou um coeficiente de
ao fato de que o ARC empregado possui uma determinação r² de 0, 97, ou seja, o modelo
relação a/c próxima da relação a/c da pasta de proposto explica 97% dos dados verificados para o
concreto da nova matriz (0,64), verificando-se que fenômeno da carbonatação, sendo os fatores
o comportamento do concreto que insere ARC de (variáveis e interações) contemplados no modelo,
qualidade semelhante proporciona um significativos para um intervalo de confiança de
comportamento homogêneo. 95% (α 5%), pois o valor „p‟ desses fatores foi
A última situação (Figura 9) refere-se ao concreto menor que 0,05 (WERLE, 2010).
em que foi inserido um ARC com qualidade EC=EXP(1,28513+(18,8571/FC)+(0,172024/ACF)
superior à da nova matriz (ARC com relação a/c = +(11,6286*TAG/FC)+(0,77336*ACF/TAG))*(T^1
0,43). Pode-se notar que este ARC apresenta um ,20895) Eq. 3
comportamento similar ao agregado natural, Onde:
impedindo o acesso do CO2 para o interior do
concreto, visualizado nos detalhes C, D e E. EC = profundidade de carbonatada (mm);
As imagens analisadas demonstram que existem FC = resistência do concreto de origem do
diferenças na velocidade de carbonatação de agregado (MPa);
acordo com a porosidade do ARC inserido no ACF = relação água/cimento final;
concreto. É possível inferir que, quando
empregado um ARC de maior porosidade, há uma TAG = teor de substituição de agregado (valores
tendência de aumento na velocidade de entre 25% e 100%); e
carbonatação. A presença das partículas mais T = tempo de exposição ((dias)).
porosas facilita a passagem do CO2 para o interior
do concreto. Por outro lado, quando inseridos A Figura 10 apresenta os resultados de
agregados com porosidade igual ou inferior à da carbonatação para a idade de 147 dias, onde pode
matriz, não há influência sensível em relação ao ser visualizada a diferença existente na
comportamento do concreto de referência quanto à profundidade de carbonatação para os concretos
carbonatação. compostos com os diferentes tipos de ARC,
comparado-se as curvas de comportamento
As tendências observadas através das imagens são (valores calculados) com os dados experimentais
confirmadas através das medidas de profundidade (valores observados).
de carbonatação. A análise estatística dos dados,

Carbonatação em concretos com agregados reciclados de concreto 223


Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 213-228, abr./jun. 2011.

Figura 9 – (a) Frente de carbonatação imediatamente após a aspersão de fenolftaleína e (b) após 7 dias
da aspersão, em exemplar com 75% de ARC a 50 MPa
Prof. carbonatação (mm)

14 ARC 18 MPa ARC 37 MPa ARC 50 MPa 14

12 12

10 10

8 8
Teor de ARC
6 25% calc 25% obs 6
50% calc 50% obs
4 4
75% calc 75% obs
2 100% calc 100% obs 2
Referência

0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85

Relação água/cimento final


Figura 10 – Profundidade de carbonatação para concretos com ARC 18, 37 e 50 MPa aos 147 dias

Observando as curvas dos gráficos apresentados na carbonatação do novo concreto. A inserção de


Figura 10, fica evidente a mudança de agregados cujo concreto de origem possui
comportamento quando da inserção de agregados resistência igual ou superior à resistência do novo
mais porosos do que a nova matriz. Nota-se que concreto tende a apresentar uma velocidade de
agregados com porosidade menor (50 MPa) ou carbonatação similar à do concreto de referência.
similar (37 MPa) à matriz (32,5 MPa, a/c = 0,64) No entanto, concretos com ARC cuja resistência
acarretam em uma profundidade de carbonatação do concreto de origem é inferior à resistência do
que apresenta pequenas diferenças quando concreto novo apresentam maior velocidade de
comparados os vários teores de agregados carbonatação e maior dispersão de resultados.
empregados. No entanto, quando foi empregado
um agregado com maior porosidade (18 MPa) em Referências bibliográficas
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possuir cimento anidro) demonstram que a
porosidade do ARC utilizado é decisiva na

224 Werle, A. P.; Kazmierczak, C. de S.; Kulakowski, M. P.


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em Engenharia Civil) – Escola de Engenharia, 2010 São Leopoldo. Dissertação (Mestrado em
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Engenharia Civil) – Universidade do Vale do Rio
Alegre, 2004. dos Sinos, São Leopoldo, 2010.
PUERTAS, F.; PALACIOS, M.; VÁZQUEZ, T.
Carbonation Process of Alkali-Activated Slag Agradecimentos
Mortars. Journal of Materials Science, v. 41, n.
Os autores agradecem à CAPES, FINEP e PLANO
10, p. 3071-3081, 2006.
DE BACIA SINOS pelo apoio à pesquisa.

Carbonatação em concretos com agregados reciclados de concreto 227


Ambiente Construído, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 213-228, abr./jun. 2011.

Revista Ambiente Construído


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228 Werle, A. P.; Kazmierczak, C. de S.; Kulakowski, M. P.

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