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Karine Cardoso Fontana1, Josimari Telino de Lacerda2, Patrícia Maria de Oliveira Machado3
ABSTRACT This research has developed and implemented an evaluation model of the manage-
ment of the work process in Primary Health Care in municipalities of Santa Catarina, using
the data of the second cycle of the external evaluation of the National Program for Access and
Quality Improvement in Primary Care. The rated universe corresponded to 91.9% of the munici-
palities of Santa Catarina that, mostly, achieved satisfactory outcomes on structural conditions
1Universidade Federal de for the working process. However, there are great challenges to ensure the necessary conditions
Santa Catarina (UFSC),
Centro de Ciências da for the realization of procedural aspects, in particular, on the continuity of care and on the work
Saúde, Programa de organization.
Pós-Graduação em Saúde
Coletiva – Florianópolis
(SC), Brasil. KEYWORDS Primary Health Care. Health evaluation. Process assessment (health care).
karinenfe@hotmail.com
2 Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC),
Centro de Ciências da
Saúde, Programa de
Pós-Graduação em Saúde
Coletiva – Florianópolis
(SC), Brasil.
jtelino@gmail.com
3 Universidade Federal de
Saúde Debate | rio de Janeiro, v. 40, n. 110, p. 64-80, JUL-SET 2016 DOI: 10.1590/0103-1104201611005
O processo de trabalho na Atenção Básica à saúde: avaliação da gestão 65
Quadro 1. Matriz de análise da gestão municipal do processo de trabalho na Atenção Básica em saúde
Espaço físico % UBSs com sala de observação 100%: BOM Ambas bom: BOM
adequado para o <100%: RUIM Demais: REG
desenvolvimento Ambas ruim: RUIM
% UBSs com sala de atividades coletivas 3º quartil: BOM
das ações
INTERV: REG
1º quartil: RUIM
Condições Estruturais
Quadro 1. (cont.)
Cobertura % população com cobertura da equipe de Até 10 mil habitantes = 100%: BOM
populacional** AB Entre 10 e 50 mil habitantes = 80%:
BOM
Acima de 50 mil habitantes = 60%:
BOM
riscos
Quadro 1. (cont.)
Acolhimento % equipes da AB que realizam acolhimento 100%: BOM Ambas bom: BOM
em todo o período de funcionamento <100%: RUIM Demais: REG
Ambas ruim: RUIM
% equipes da AB nas quais o usuário ≥90%: BOM
consegue sair da unidade com a consulta 89% a 75%:
marcada, nas situações em que não seja o REG
CONDIÇÕES PROCESSUAIS
Espaço físico % UBSs com sala de observação 100%: BOM (7) Ambas bom: BOM
adequado para o <100%: RUIM (7)
desenvolvimento (0): Demais: REG (5)
das ações Ambas ruim: RUIM
% UBSs com sala de atividades coletivas 3º quartil: BOM (0)
(7)
INTERV: REG
(5)
1º quartil: RUIM
(0)
Infraestrutura
Recursos de mobi- % UBSs com disponibilidade de veículo que 3º quartil: BOM (7)
lidade da equipe* responda às necessidades da equipe INTERV: REG (5)
1º quartil: RUIM (0)
Disponibilidade Existência de UBSs funcionando em horário Sim: BOM (7) Ambas bom: BOM
para o acesso noturno Não: RUIM (0) (7)
Demais: REG (5)
% de UBS que funcionam 40h/semana ≥0%: BOM (7) Ambas ruim: RUIM
<90%: RUIM (0)
(0)
Cobertura popula- % população com cobertura da equipe de Até 10 mil habitantes = 100%: BOM
cional** AB (7)
Entre 10 e 50 mil habitantes = 80%:
BOM (7)
Pessoal
Quadro 1. (cont.)
Suporte especia- % equipes da AB que recebe apoio de ou- 3º quartil: BOM (7)
lizado* tros profissionais para auxiliar na resolução INTERV: REG (5)
de casos considerados complexos 1º quartil: RUIM (0)
Pessoal
Ações interseto- % equipes da AB que atuam junto aos ≥90%: BOM (7)
riais profissionais de educação para atividades 89% a 75%: REG (5)
de prevenção e promoção em saúde <75%: RUIM (0)
Ações comparti- % equipes da AB que possuem uma agen- ≥90%: BOM (7)
lhadas da de atividades organizada pelo conjunto 89% a 75%: REG (5)
de seus profissionais <75%: RUIM (0)
Acolhimento % equipes da AB que realizam acolhimento 100%: BOM (7) Ambas bom: BOM
Coordenação do cuidado
Quadro 1. (cont.)
CONDIÇÕES Procuais
Coordenação do cuidado
Acompanhamento % equipes da AB que obtêm retorno da ≥90%: BOM (7)
avaliação realizada pelos especialistas dos 89% a 75%: REG (5)
usuários encaminhados <75%: RUIM (0)
Quadro 2. Matriz de julgamento da gestão municipal do processo de trabalho na Atenção Básica em saúde
40
Recursos de mobilidade da equipe* 10
Disponibilidade para o acesso 10
100 340
Cobertura populacional** 10
Adequação de pessoal 10
Pessoal
40
Suporte especializado* 10
Educação permanente* 10
Quadro 2. (cont.)
20
Normatização do cuidado 10
Canais de comunicação 20
territorialização
80
Identificação e vulnerabilidade 20
Monitoramento 20
CONDIÇÕES Processuais
Foco na família 20
Organização do
Ações intersetoriais 20
trabalho
80 240
Planejamento conjunto 20
Ações compartilhadas 20
Acolhimento 20
Coordenação do
Encaminhamento 20
cuidado
80
Acompanhamento 20
Responsabilização 20
* Parâmetros definidos segundo a distribuição quartil para cada estrato de porte populacional.
** Parâmetro definido conforme Portaria nº 1007/2010 (BRASIL, 2010), para classificação de incentivos financeiros.
Tabela 1. Número e percentual de municípios, segundo a classificação na avaliação da gestão municipal do processo de
trabalho na Atenção Básica em saúde, para indicadores, subdimensões, dimensões e gestão
Dimensão Classificação
Indicadores N % N % N %
Tabela 1. (cont.)
Tabela 2. Avaliação da gestão municipal do processo de trabalho na Atenção Básica em saúde, segundo o porte
populacional
Nº de habitantes N % N % N % N %
Referências
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SANTOS, A. L.; RIGOTTO, R. M. Território e
territorialização: incorporando as relações produção,
Recebido para publicação em abril de 2016
trabalho, ambiente e saúde na atenção básica à saúde. Versão final em agosto de 2016
Conflito de interesses: inexistente
Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 8, n. 3, p. 387-406,
Suporte financeiro: não houve
2010.