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PARTE

GUIA DIDÁTICO 2
GUIA

SOBRE CPC - PME DIVIDIDO


EM 3
PARTES

Contabilidade para
Pequenas e Médias Empresas
SEÇÕES DE 13 A 24

CONTEÚDO DA PARTE 2:

Estoques | Investimento em Controlada e em Coligada | Investimento em Empreen-


dimento Controlado em Conjunto (Joint Venture) | Propriedade para Investimento |
Ativo Imobilizado | Ativo Intangível – exceto Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futu-
ra (Goodwill) | Combinação de Negócios e Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura
(Goodwill) | Operações de Arrendamento Mercantil | Provisões, Passivos Contingentes e
Ativos Contingentes | Passivo e Patrimônio Líquido | Receitas | Subvenção Governamental
AVISOS
LEGAIS
Este material foi escrito e preparado
em termos gerais e, portanto, não deve
ser utilizado para cobrir situações específicas.

A aplicação dos princípios apresentados


depende das circunstâncias particulares
envolvidas. Recomendamos que a assistência
profissional seja obtida antes da decisão de
adotar ou não uma ação devido a qualquer
dos conteúdos deste material.

A BLB Brasil Auditores e Consultores terá


o prazer de assessorar os leitores sobre a
aplicação dos princípios apresentados neste
documento em suas circunstâncias específicas;
e não será responsável por nenhuma
reivindicação, passivo ou despesa ocasionada
a qualquer pessoa que decida adotar ou não
uma ação devido ao conteúdo aqui descrito.

Todos os direitos são reservados, nenhuma


parte deste material poderá ser reproduzida
ou alterada de qualquer forma sem o
consentimento prévio da empresa.
SUMÁRIO
Introdução
Parte 2 | Seções de 13 a 24
13 Estoques

14 Investimento em Controlada e em Coligada

15 Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto

(Joint Venture)

16 Propriedade para Investimento

17 Ativo Imobilizado

18 Ativo Intangível – exceto Ágio por Expectativa de Rentabilidade

Futura (Goodwill)

19 Combinação de Negócios e Ágio por Expectativa de Rentabilidade

Futura (Goodwill)

20 Operações de Arrendamento Mercantil

21 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

22 Passivo e Patrimônio Líquido

23 Receitas

24 Subvenção Governamental
INTRODUÇÃO
As empresas brasileiras de pequeno e médio porte, mais conhecidas
como PMEs, representam 99% das empresas nacionais, e a avaliação do IASB –
International Accounting Standards Board é que essas organizações somam
95% das companhias nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Em vista da sua representatividade e da complexidade da norma para essas


empresas, elaboramos este Guia com a proposta de tornar mais didática sua
interpretação. Estamos falando da norma contábil para Pequenas e Médias
Empresas, a NBC TG 1000 (R1), com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2017,
considerando a versão revisada pelo CFC no Brasil, publicada em novembro
de 2016.

A norma original (NBC TG 1000) foi publicada em 2010 e, para acompanhar


as mudanças e o dinamismo do mundo corporativo, a mesma passou por
revisão pontual e mais abrangente pelo IASB, órgão responsável pela emissão
de normas internacionais de contabilidade.

Estão submetidas à norma (PME) todas as empresas, que não são obrigadas
à prestação de contas públicas, com receita bruta e ativos inferiores a R$ 300
milhões e R$ 240 milhões, respectivamente.

Para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – EPP, com faturamento


anual de até R$ 3,6 milhões, aplica-se a norma ITG 1000, que é uma
simplificação dos procedimentos da NBC TG 1000, porém é recomendável,
ponderando os custos e benefícios, que as empresas adotem
a norma CPC - PME.

A quem se destina este Guia?

Destina-se a todos os profissionais de contabilidade, sejam eles técnicos,


contadores, analistas, bem como os empresários e demais usuários
e interessados na contabilidade. Inclusive, aos empresários, mais do que
nunca, é necessário que tenham domínio sobre práticas contábeis, pois
vivemos em um ambiente de negócios cada vez mais aberto e globalizado,
sem contar que se trata da ciência que representa a linguagem dos negócios.
Também pode ser útil para estudantes em formação ou recém-formados.

Cabe destacar que este eBook é também uma contribuição técnica no sentido
de tornar mais fácil e didática a interpretação da norma original, quando possível,
traduzindo termos técnicos, utilizando esquemas gráficos e ilustrações.

O material está dividido em 3 partes, a primeira compreende as seções de


1 a 12; a segunda da 13 a 24 e a terceira de 25 a 35. Porém, destacamos que
o conteúdo elaborado não tem a pretensão de substituir a norma original,
NBC TG 1000 (R1). Esperamos que possa ser útil para você!

Este eBook foi preparado por auditores da BLB Brasil, que aliás, podem
auxiliar sua empresa na preparação para auditoria e um diagnóstico
contábil ou na adequação das normas de contabilidade emitidas pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC em consonância com
as Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS ou IFRS-PME.
Seção 13
Estoques

Estoques são ativos:

• Mantidos para venda no curso normal dos negócios;


• No processo de produção para venda; ou
• Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos
no processo de produção ou na prestação de serviços.

Exemplos de custos excluídos dos estoques:

√ Quantidade anormal de material, mão de obra ou outros custos de produção


desperdiçados;
√ Custos de estocagem, a menos que aqueles custos sejam necessários
durante o processo de produção, antes do estágio de produção mais avançado;
√ Despesas indiretas administrativas que não contribuem para colocar
os estoques até sua localização e condição atuais;
√ Despesas de venda.

São incluídos nos estoques todos os custos incorridos para trazê-los


para sua localização e condições atuais.

Métodos permitidos de avaliação dos estoques:

√ Primeiro a entrar é o primeiro a sair (PEPS ou FIFO);

√ Média ponderada;

√ Último a entrar é o primeiro a sair (UEPS ou LIFO) não é permitido pela Norma.
Compra a prazo:

A entidade pode adquirir estoques em condições de pagamento em data futura.


A diferença entre o preço de compra à vista e a prazo é reconhecida como
despesa com juros durante o período do financiamento e, consequentemente,
não entra no custo dos estoques.

Possibilidade de realizar o teste de recuperabilidade


sobre estoques (Impairment):

Avaliado pelo menor valor entre o custo e o preço de venda estimado diminuído
dos custos para completar a produção e despesas de venda.

Exemplos de estoques que necessitam ser reduzidos ao seu valor recuperável:


estoque danificado, obsoleto ou com preços de venda em declínio.
Seções 14 e 15
Investimento em Controlada
e em Coligada e Empreendimento
Controlado em Conjunto
De forma geral, os investimentos, como demonstrados abaixo, devem
ser contabilizados de acordo com a essência do relacionamento entre
o investidor e a investida.

Cenários

Controle Pouca/
Controle em Influência Nenhuma
Conjunto Significativa influência

Consolidação Consolidação Equivalência Valor Justo


Integral Proporcional Patrimonial (ou custo)
(a)

(a) A possibilidade de consolidação proporcional é somente para as Empresas


de Grande Porte.

Como interpretar o organograma acima?

No primeiro nível é demonstrada a essência do relacionamento entre


o investidor e a investida. E no segundo nível, o método de avaliação
do investimento.

• Os investimentos controlados em conjunto podem ser mensurados


por 3 métodos: custo, equivalência patrimonial ou valor justo.
Mensuração do Investimento em Coligada

Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa1


e que não é nem controlada, nem investimento em empreendimento controlado
em conjunto.

Os investimentos em entidades coligadas são mensurados pelas seguintes


opções, quando a legislação societária brasileira permitir:
√ Método do custo; ou
√ Método do valor justo.

Divulgação

O investidor em coligada deve divulgar o seguinte:

a) Sua prática contábil para investimentos em coligadas;


b) O valor contábil dos investimentos em coligadas;
c) O valor justo dos investimentos em coligadas contabilizados pelo método
da equivalência patrimonial para os quais exista cotação de preço publicada.

Adicionalmente, o investidor deve divulgar para cada método de contabilização:

Método de Divulgação
contabilização requerida

O valor dos dividendos ou outras distribuições


Custo reconhecidas como receita.

Equivalência Sua participação no resultado das coligadas e sua participação


patrimonial em quaisquer operações descontinuadas dessas entidades.

Os motivos pelos quais a mensuração ao valor justo implicaria custo


Valor justo ou esforço excessivo; e o valor contábil dos investimentos em coligadas
contabilizado de acordo com o método de custo (se aplicável).

Influência significativa é o poder de participar nas decisões das políticas financeira e operacional da entidade coligada,
1

mas não é controle ou controle conjunto sobre aquelas políticas.


Sugerimos a leitura desta seção em conjunto com a Seção 9, que consta
na Parte 1 do Guia didático sobre CPC - PME – Contabilidade para
Pequenas e Médias Empresas.
Seção 16
Propriedade
para Investimento
Conceito:

É a propriedade (imóveis) mantida pelo proprietário ou pelo arrendatário


para auferir aluguéis ou para valorização do capital, ou para ambas.

A propriedade para investimento não é para:

√ Utilização na produção ou fornecimento de bens ou serviços


ou por propósitos administrativos; ou
√ Venda no curso normal dos negócios.

Mensuração das propriedades para investimento

Mensuração inicial Mensuração após o reconhecimento inicial

A propriedade para investimento, cujo valor justo


A entidade avalia a propriedade pode ser avaliado de forma confiável, sem custo
para investimento pelo seu custo. ou esforço excessivos, é avaliada pelo valor justo
a cada balanço com as alterações no valor justo
reconhecidas no resultado.

Observamos que o método de custo, via de regra, não é a melhor opção


para a empresa, no caso de propriedade para investimento.
Seção 17
Ativo Imobilizado

Conceito:

São ativos tangíveis que:


√ São mantidos para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços,
para aluguel a terceiros ou para fins administrativos; e
√ Espera-se que sejam utilizados durante mais de um período.

Reconhecimento:

O ativo imobilizado deve ser reconhecido somente se dois critérios forem


atendidos simultaneamente:

√ É provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão


para a entidade; e
√ O custo do item possa ser mensurado de maneira confiável.

Peças de reposição e equipamentos de reserva


ou para serviço:

São reconhecidos no ativo imobilizado, caso atendam à definição


de imobilizado, caso contrário, tais itens devem ser classificados como estoque.

Elementos do custo:

O custo do ativo imobilizado compreende:


√ Preço de compra;
√ Tributos não recuperáveis;
√ Taxas legais e de corretagem;
√ Outros custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local
e em condição necessária para funcionar da maneira pretendida pela administração;
√ A estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção e restauração do item.
Os custos abaixo não podem ser atribuídos
ao ativo imobilizado:

√ Abertura de nova instalação;


√ Introdução de novo produto ou serviço;
√ Custos administrativos e outros custos indiretos;
√ Custos de empréstimos.

Atenção: observe que diferentemente das sociedades de grande porte,


que capitalizam, ou seja, ativam os custos dos empréstimos, as empresas
de Pequeno e Médio Porte (PMEs) devem reconhecer como despesas
no resultado os custos dos empréstimos no período em que são incorridos.

Compra a prazo:

O custo do imobilizado é o equivalente ao preço à vista, ou seja,


o custo é o valor presente de todos os pagamentos futuros.
Mensuração pelo método de custo
ou método de reavaliação?

A entidade deve escolher, como sua política contábil, o método de custo


ou o método de reavaliação, se permitido por lei. Atualmente, o método
de reavaliação não é permitido por lei.

Método de depreciação

A entidade deve definir/estimar:


• O valor depreciável;
• O valor residual; e
• A vida útil.

Quanto ao método de depreciação, a entidade deve definir o seu melhor modelo.


Os métodos podem ser:
√ Linear;
√ Saldos decrescentes; e
√ Unidades produzidas.

Atenção: o valor residual, a vida útil e o método de depreciação necessitam


ser revistos apenas quando existir uma indicação relevante de alteração, isto é,
não necessitam ser revistos anualmente.
Ativo mantido para venda?

Um plano para vender (ou desfazer) de um ativo antes da data previamente


esperada é um indicador de desvalorização que requer que se calcule o valor
recuperável do ativo com objetivo de se verificar se o ativo está desvalorizado.

Qual o conceito de custo atribuído (Deemed Cost)?

√ O custo atribuído dos ativos, também conhecido como Deemed Cost,


pode ser entendido como uma reavaliação dos bens do ativo imobilizado;
√ Deve ser utilizado caso o valor do ativo esteja desajustado, seja muito
superior ou inferior;
√ Desta forma, esses desajustes prejudicam as demonstrações contábeis
da empresa e, consequentemente, as mesmas precisam ser ajustadas diante
do valor justo dos ativos;
√ Segue o mesmo princípio de avaliação patrimonial que pode aumentar
o valor dos bens, mas não pode ultrapassar o valor justo.

Em que momento a empresa pode utilizar


do conceito de custo atribuído, a fim de que
seus ativos reflitam o valor justo?

Na adoção inicial das normas IFRS-PME, a empresa pode aplicar o custo atribuído
para elaborar suas primeiras demonstrações contábeis.

O custo atribuído é somente aplicável


ao ativo imobilizado?

Não. Ele pode ser aplicado também para as propriedades para investimentos.
Seção 18
Ativo Intangível Exceto Ágio
por Expectativa de Rentabilidade
Futura (Goodwill)

Conceito:

Os intangíveis como um ativo como outro qualquer, contudo


sem substância física.

Reconhecimento:

A entidade deve reconhecer um ativo intangível como ativo apenas se:

√ For identificável;
√ For provável que benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis
ao ativo fluirão para a entidade;
√ O custo ou o valor do ativo puder ser mensurado de maneira confiável; e
√ O ativo não resultar de gastos incorridos internamente em item intangível.

Mensuração inicial

A entidade deve mensurar um ativo intangível inicialmente pelo custo.

Ativo intangível gerado internamente

Os gastos incorridos internamente em item intangível, incluindo todos


os gastos para ambas as atividades de pesquisa e desenvolvimento, são
reconhecidos como despesa quando incorridos, a não ser que esses gastos
se transformem em parte do custo de outro ativo que atenda aos critérios
de reconhecimento desta Norma.
Despesa passada não reconhecida como ativo

O gasto em item intangível que tenha sido inicialmente reconhecido como


despesa não deve ser reconhecido em data futura como parte do custo
de ativo.

Mensuração após o reconhecimento

Mensurar os ativos intangíveis pelo custo menos:

a) Qualquer amortização acumulada; e


b) Qualquer perda acumulada por redução ao valor recuperável.

Amortização ao longo da vida útil

Todos os ativos intangíveis devem ser considerados como tendo vida útil
finita e a amortização de ativo intangível é com base sistemática ao longo
de sua vida útil.

O encargo de amortização para cada período deve ser reconhecido como


despesa, via de regra.

Valor Residual

A entidade deve assumir que o valor residual de ativo intangível é zero,


a não ser que:

• Exista compromisso de terceiro independente para comprar o ativo ao final


da sua vida útil; ou
• Exista um mercado ativo para o ativo.
Seção 19
Combinação de Negócios
e Ágio por Expectativa de
Rentabilidade Futura (Goodwill)

O que é uma Combinação de Negócios?

Nada mais é que uma operação por meio da qual um adquirente (Entidade)
obtém o controle de um ou mais negócios (outra ou outras Entidades).

O que é um controle?
Controle é o poder de governar as políticas operacionais e financeiras da
Entidade ou negócio de forma a obter benefícios de suas atividades. Em uma
linguagem simples, quem tem o controle é quem manda na empresa.

Como é a contabilização da combinação


de negócios?

Todas as combinações de negócios devem ser contabilizadas por meio da


aplicação do método de aquisição, ou seja, existe somente 1 método aceito
de contabilização do negócio adquirido.

Didaticamente, a aplicação do método de aquisição


envolve 4 passos:

1. Identificar o adquirente;
2. Determinar a data da aquisição;
3. Reconhecer e mensurar o custo da combinação de negócios; e
4. Reconhecer e mensurar o ágio por rentabilidade futura (Goodwill)
ou deságio (ganho proveniente de compra vantajosa).
Passo 1: Quem é o adquirente?

É o controlador, ou seja, aquele que obtém controle sobre outras empresas ou


negócios adquiridos.

Passo 2: Qual é a data da aquisição?

É a data na qual o adquirente efetivamente obtém o controle da adquirida.

Passo 3: Como reconhecer e mensurar o custo


da combinação de negócio, tendo como base
a data da aquisição?

Reconhecimento: o adquirente deve reconhecer separadamente:


a. Os ativos identificáveis adquiridos;
b. Os passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição; e
c. Reconhecer o Goodwill ou o ganho por compra vantajosa (deságio) –
ver passo 4, abaixo.

Mensuração: o adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos


e os passivos assumidos pelos respectivos valores justos da data da aquisição.
Passo 4: Como reconhecer e mensurar o Goodwill
ou ganho por compra vantajosa?

O adquirente deve reconhecer o ágio por rentabilidade futura (Goodwill),


determinado pela diferença positiva entre:

1) O valor justo da contraprestação transferida em troca do controle


da adquirida somado ao valor das participações de não controladores
na adquirida e, se houver, ao valor justo de alguma participação preexistente
do adquirente na adquirida; e
2) O valor justo líquido dos ativos identificáveis adquiridos dos passivos
assumidos.

Resumo dos passos acima:

Ágio

Custo de Aquisição
Valor Justo líquido dos ativos
identificáveis adquiridos (incluindo
intangíveis), passivos e passivos
contigentes assumidos
Seção 20
Operações de Arrendamento
Mercantil
Como funciona uma operação de Leasing?

Basicamente, existem 3 partes envolvidas na operação de Leasing:

(Você)
Comprador

Fornecedor Empresa
do bem de Leasing

A operação tem a seguinte característica: você escolhe o bem de sua preferência,


o fornecedor negocia o preço e solicita à empresa de leasing que compre este
bem para sua utilização. Em uma linguagem simples, pode-se dizer que você
comprou um bem, financiou o mesmo pelo banco e, no final do contrato,
o bem passará para o seu nome (se você quiser ficar com ele).

Quais as modalidades de Leasing?

Existem duas modalidades: Financeiro e Operacional.

• Leasing Financeiro: é a operação na qual a arrendatária (você) tem a intenção


de ficar com o bem ao término do contrato, exercendo a opção de compra pelo
valor contratualmente estabelecido.
• Leasing Operacional: é a operação na qual a arrendatária (você), a princípio,
não tem a intenção de ficar com o bem ao término do contrato.
Qual é a principal diferença no tratamento contábil
na classificação do Leasing Operacional
e do Leasing Financeiro?

√ Operacional: os pagamentos do Leasing são classificados no resultado


da empresa como custo ou despesa.

√ Financeiro: o bem financiado é reconhecido no ativo imobilizado


da empresa e, ao mesmo tempo, a mesma reconhece o passivo financeiro
em seu balanço patrimonial.

Como diferenciamos um Leasing em Operacional


ou Financeiro?

Basta analisarmos a essência da transação e não a forma jurídica do contrato.


A essência é definida por aquilo que constitui a substância ou a ideia principal
das coisas.

Tecnicamente, o CPC-PME classifica o Leasing da seguinte forma:

Existe a transferência
dos riscos e benefícios
do bem?

Sim Não

Leasing Leasing
Financeiro Operacional

Ativo Resultado

Em resumo, as operações devem ser contabilizadas atendendo à substância


e à realidade financeira e não apenas à sua forma legal.
Qual o reconhecimento contábil do Leasing
no arrendatário e no arrendador?

Financeiro Operacional

Ativa o bem pelo valor presente Reconhece como despesa


das parcelas mínimas obrigatórias. de aluguel utilizando o regime
de competência.
Arrendatário
A taxa de depreciação dependerá
caso ocorra a transferência do bem Nas PMEs não é exigido o
ao final do contrato. reconhecimento em base linear
em caso de variação inflacionária.

Apresentar o contrato como Reconhece como receitas


contas a receber por uma quantia de aluguel utilizando
igual ao investimento líquido o regime de competência.
Arrendador no arrendamento.
Nas PMEs não é exigido o
reconhecimento em base linear
em caso de variação inflacionária.
Seção 21
Provisões, Passivos Contingentes
e Ativos Contingentes

Conceitos:

O que é Provisão Passiva?


Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos.

Isso significa:

√ Uma obrigação presente (criou-se um fato gerador);


√ Resultante de acontecimentos passados; e
√ Com provável saída de recursos, cuja quantia possa ser estimada
de forma fiável.

As probabilidades de saídas de recursos devem ser avaliadas e classificadas


em 3 categorias, a saber:

Probabilidade Tratamento contábil

1 Provável Requer uma provisão.

2 Possível É um passivo contigente em nota explicativa.

3 Remota É um passivo contigente não contabilizado


ou divulgado em nota explicativa.
Pelo que foi exposto até o momento, graficamente temos os seguintes
tratamentos, no que tange à contabilização e à divulgação
das Provisões Passivas:

Probabilidade de ocorrência do desembolso Tratamento contábil

Uma provisão é reconhecida


Mensurável por meio e é divulgada em notas
Obrigação de estimativa confiável. explicativas.
presente
provável

Não mensurável por meio


Divulgação em notas explicativas.
de estimativa confiável.

Possível
(mais provável que não tenha saída de recursos Divulgação em notas explicativas.
do que sim)

Remota Não divulga em notas explicativas.

O que são Ativos Contingentes?

São ativos possíveis, cuja efetivação dependerá da ocorrência, ou não,


de determinados acontecimentos futuros, incertos, que não são
completamente controlados pela entidade detentora desses ativos.

Esses ativos não são reconhecidos nas demonstrações contábeis


até que a realização de ganho seja praticamente certa.
Graficamente temos os seguintes tratamentos, no que tange à contabilização
e à divulgação das provisões ativas:

Probabilidade de ocorrência Tratamento contábil


da entrada de recursos

O ativo não é contingente, consequentemente,


Praticamente certa o ativo é reconhecido.

Nenhum ativo é reconhecido, porém existe divulgação


Provável, mas não em notas explicativas.
praticamente certa

Não é provável Nenhum ativo é reconhecido e não se divulga


em notas explicativas.

Exemplos sobre reconhecimento e mensuração


de provisão (passivo):

Contabiliza a
Exemplo provisão? Motivo

Perda Como o próprio exemplo descreve: não existe uma


operacional Não obrigação presente ou um evento passado na data
futura do fechamento contábil.

Demandas Se na data do balanço existe a obrigação presente como


judiciais Sim ou resultado de evento passado que gerou a obrigação,
Não é requerida a provisão, caso contrário, o passivo não
é contabilizado.
Programa de
reestruturação

Política de
reembolsar Embora não haja obrigação legal para isso, existe
compras para Sim na empresa uma política amplamente conhecida
clientes de efetuar reembolsos.
insatisfeitos
Seção 22
Passivo
e Patrimônio Líquido
Alcance:

A seção estabelece os princípios para classificação de instrumentos financeiros


como Passivo ou Patrimônio Líquido.

Classificação de instrumento financeiro como


Passivo ou Patrimônio Líquido:

A entidade deve classificar um instrumento financeiro como passivo financeiro


ou como patrimônio líquido de acordo com a essência do acordo contratual,
e de acordo com as definições de passivo financeiro e instrumento patrimonial.

Exemplos de instrumentos Exemplos de instrumentos


classificados como Passivos classificados Patrimônio Líquido:
ao invés de Patrimônio Líquido:

Quando a entidade é obrigada a fazer paga- Ações dos membros de entidades


mentos aos detentores antes da liquidação, cooperativas (e instrumentos
tais como dividendo obrigatório; similares) se:

Ação preferencial que provê o resgate


obrigatório pelo emissor por valor fixo ou
A entidade tem direito incondicional de
determinável em data futura fixa ou
recusar o resgate das ações dos membros; ou
determinável.
O resgate é incondicionalmente proibido pela
lei local, regulação ou estatuto da entidade.
Emissão original de ações
ou outros títulos patrimoniais

Por via de regra, a entidade deve mensurar os títulos patrimoniais pelo valor
justo de caixa ou de outros recursos recebidos ou a receber, líquido dos custos
de transação.

Se o pagamento é a prazo e o valor do dinheiro no tempo for material,


a mensuração inicial (dos tít­ulos patrimoniais) deve ser na base
de valor presente.

Os custos relativos à transação de instrumento patrimonial são


contabilizados como dedução do Patrimônio Líquido.

Extinção de passivo financeiro


com instrumento patrimonial

A entidade pode renegociar os termos de passivo financeiro com o credor


da entidade mediante a emissão, pelo devedor, de instrumentos patrimoniais
ao credor, extinguindo o passivo total ou parcialmente. A emissão de
instrumentos patrimoniais constitui contraprestação paga. A entidade
deve mensurar os instrumentos patrimoniais emitidos ao seu valor justo.

Ações ou quotas em tesouraria

São títulos patrimoniais da entidade que tenham sido emitidos e readquiridos


subsequentemente pela entidade. Deve-se deduzir do Patrimônio Líquido o
valor justo dos recursos concedidos pelas ações ou quotas em tesouraria.

Distribuição para sócios

Quando a entidade declara distribuir outros ativos diferentes de caixa a seus


sócios (distribuição não monetária) e possui a obrigação de distribuir ativos não
monetários para seus proprietários, ela deve reconhecer o passivo. Via de regra,
a entidade deve mensurar o passivo pelo valor justo dos ativos que serão
distribuídos.
Divulgação

Caso o valor justo dos ativos a serem distribuídos não puder ser mensurado
de forma confiável sem custo ou esforço excessivo, a entidade deve divulgar
esse fato e os motivos pelos quais a mensuração confiável do valor justo
implicaria custo ou esforço excessivo.
Seção 23
Receita
Por quanto reconhecer uma Receita?

A Receita deve ser mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida


ou a receber.

O valor justo deve levar em consideração o valor de qualquer desconto


comercial ou financeiro por pagamento antecipado e os descontos
e abatimentos por volume concedidos pela entidade.

Os ingressos de caixas postergados ou parcelados, quando relevantes,


são trazidos ao valor presente, a fim de reconhecer a Receita expurgada
dos juros financeiros.

Devem ser excluídos da Receita todos os valores coletados em nome


de terceiros, tais como: tributos sobre vendas e prestação de serviços.

Qual o momento de reconhecer uma Receita?

As Receitas de produtos são reconhecidas quando atendidos 4 critérios:

Transferência dos riscos e benefícios

Houve a transferência (para o comprador) dos riscos e benefícios mais significativos


inerentes à propriedade dos produtos.

Não envolvimento na gestão dos produtos

A entidade não tem envolvimento contínuo na gestão dos produtos em grau


normalmente associado à propriedade, nem efetivo controle de tais produtos.

Receita pode não ser mensurada

O valor da receita pode ser mensurado de forma confiável.

Transferência de benefícios econômicos

É provável que os benefícios econômicos associados com a transação fluirão para a entidade.
As Receitas de serviços são reconhecidas com base no estágio de execução
da transação ou prestação do serviço, conforme exemplos abaixo:

Tipo de serviço Evento para reconhecimento

Treinamento Horas/aula ministradas

Consultoria Horas/homem incorridas

Construção Etapas concluídas (cronograma)

Financeiros Pró-rata tempore

Telefonia Medição do período

Transportes Fretes realizados no período

Medição Proporção dos custos incorridos

As Receitas de juros, royalties e dividendos são


reconhecidas da seguinte forma:

√ Os juros são reconhecidos usando o método da taxa efetiva de juros;

√ Os royalties são reconhecidos pelo regime de competência conforme


a substância do acordo;

√ Os dividendos ou outras distribuições de resultado são reconhecidos quando


o direito do acionista ou sócio de receber o pagamento estiver estabelecido.

Divulgação da Receita:

Além das políticas contábeis adotadas para o reconhecimento de Receitas,


incluindo os métodos adotados para determinar o estágio de execução
de transações envolvendo a prestação de serviços, a entidade deve divulgar:

O valor de cada categoria de receita reconhecida durante o período,


divulgando separadamente, pelo menos, a Receita originada de: venda
de produtos; prestação de serviços; juros; royalties; dividendos; comissões;
subvenções governamentais etc.
Seção 24
Subvenção
Governamental

O que é uma Subvenção Governamental?

É uma assistência pelo governo na forma de transferência de recursos para


a entidade, em troca do cumprimento de certas condições relacionadas
às atividades operacionais da entidade.

Como reconhecer uma Subvenção Governamental?

Evento Tratamento contábil

A subvenção não impõe condições


de desempenho futuro sobre a entidade Reconhecer a receita quando os valores
recebedora. da subvenção forem líquidos e certos.

A subvenção impõe determinadas


Reconhecer a receita apenas quando as
condições de desempenho futuro
condições de desempenho forem atendidas.
sobre a entidade recebedora.

Subvenção recebida antes de atender os Reconhecer a subvenção


critérios de reconhecimento de receita. como um passivo.

Nota: O texto original do item “24.4.c” da norma é: “As subvenções recebidas antes dos critérios de reconhecimento de receita serem
satisfeitos são reconhecidas como um passivo.

Como mensurar uma Subvenção Governamental?

A Subvenção deve ser mensurada pelo valor justo do ativo recebido


ou a receber.

Você gostou deste Guia didático sobre CPC - PME – Contabilidade para Pequenas
e Médias Empresas? Se você aproveitou o conteúdo e aprendeu bastante até aqui...
não deixe de ler também a Parte 1 e a Parte 3.
SOBRE A
BLB BRASIL
AUDITORES E CONSULTORES

A história da BLB Brasil começa em 2003 com o objetivo de oferecer serviços


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Possuímos experiência em empresas de vários portes e segmentos. Somos
reconhecidos por grandes instituições financeiras e fundos de investimentos,
resultando em um dos principais nomes da auditoria e consultoria no interior
de São Paulo.

Nossa trajetória está em constante movimento. Buscamos continuamente


formas de satisfazer os clientes por meio de serviços especializados e não
medimos esforços para entregar soluções eficazes e capacitar nossos
colaboradores.

Por meio da BLB Brasil Auditores e Consultores, asseguramos confiabilidade


e segurança às informações das empresas e somos movidos pelo desafio
de propor soluções sob medida nas áreas em que atuamos:

√ Auditoria Independente;
√ Consultoria Tributária;
√ Consultoria Societária e Patrimonial; e
√ Consultoria em Gestão, Finanças e TI.

Sempre em busca de inovação, em 2015 inauguramos a BLB Brasil Escola de


Negócios movidos pelo desafio de incentivar o desenvolvimento e a
atualização de profissionais das áreas de Contabilidade, Tributos, Liderança
e Gestão. A Escola de Negócios oferece cursos a Distância-EaD, Apostilados,
In Company e Presenciais.

Nossa missão desde o princípio é nos superarmos a cada dia, provando que
pessoas comprometidas e preparadas é que fazem a diferença
nas organizações.

Após uma década e meia da nossa fundação, hoje somos o Grupo BLB Brasil,
com experiência da nossa trajetória e juventude nos nossos ideais.

BLB Brasil, potencializando pessoas e resultados!


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