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TÍTULO DO EXPERIMENTO: Oscilações Mecânicas-Pêndulo

1 INTRODUÇÃO

O fenômeno oscilatório está presente no nosso dia-a-dia mais do que percebemos, e na


engenharia é possível notar diversos destes exemplos. Como quando ocorre um terremoto
próximo a uma cidade, os edifícios são postos em oscilações tão intensas que podem
desmoronar, (ressonância), ou também o efeito do vento sobre uma linha de transmissão
elétrica fazendo com que ela vibre tão severamente até se romper...
De acordo com Young; Freedman (2008), é considerado um sistema oscilante aquele no
qual uma partícula se descola repetidamente em vaivém em torno da sua posição de equilíbrio
a longo de um eixo adotado. É visto também que quando a mesma sai da sua origem surge uma
força ou torque, denominada "força restauradora" que força a partícula a voltar para sua posição.
Lembrando que, uma oscilação só ocorre quando existe essa força que obriga o sistema a voltar
para sua posição de origem.
São propriedades de um movimento oscilatório a sua frequência, período e amplitude.
A frequência é o número de oscilações em uma unidade de tempo, o período é o tempo
necessário para uma oscilação completa, e a amplitude é o módulo máximo do vetor
deslocamento do corpo a partir da posição de equilíbrio. Tais propriedades podem ser
calculadas de acordo com as seguintes equações:

∆𝑡 (1)
𝑇=
𝑛

𝑛 (2)
𝑓=
∆𝑡

Onde, na equação 1, T representa o período do movimento, e já na equação 2, a


frequência é definida pelo f. entretanto, nas duas equações há elementos em comum, ∆𝑡 é um
intervalo de tempo em que se ocorre um número (n) de oscilações. Lembrando que no Sistema
Internacional, o tempo é medido em segundos (s) e a frequência em Hertz (Hz).
De acordo com Halliday; Resnick; Walker (2006),é denominado movimento periódico
ou movimento harmônico (MHS) qualquer movimento oscilatório que se repete em intervalos
regulares. Temos o exemplo do sistema massa-mola, as ondas na corda de um violão, e o
pêndulo simples, o qual será objeto de estudo nesse trabalho.
Um pêndulo simples é composto por um fio inextensível de comprimento L com uma
das extremidades fixa e a outra pressa à uma partícula de massa desprezível. As forças que
atuam nessa massa são a tensão e a força gravitacional. No entanto, quando o pêndulo inicia o
seu movimento, o fio forma um ângulo com a vertical fazendo com que uma das componentes
da força gravitacional seja tangencial a trajetória. Logo, essa componente tangencial produz um
torque restaurador de sentido oposto ao movimento, o qual força a massa a voltar para sua
posição de equilíbrio, o que faz gerar a oscilação. Como se pode ver na figura abaixo.

Figura 1 – Pêndulo Simples.


Fonte: http://www.fisica.ufpb.br/~mkyotoku/texto/texto6.htm
No entanto, Halliday; Resnick; Walker (2006), diz que todo sistema oscilante possui
algum elemento "elástico" e algum elemento de "inércia". No caso do pêndulo simples o
elemento de elasticidade está associado com a força gravitacional, ou seja, a única força
responsável pelo movimento oscilatório é a F= P.senθ. Dessa forma, sendo o ângulo θ expresso
por definição como o quociente do arco descrito pelo ângulo, que no movimento oscilatório de
um pêndulo é x e o raio de aplicação do mesmo, no caso, dado por L, temos:

𝑥 (3)
θ=
𝐿

E ao substituirmos em F, é possível concluir que em um movimento de pêndulo simples


não é de forma precisa considerado um MHS. Isso se dá porque de acordo
com Young; Freedman (2008) apenas pode-se considerar um movimento harmônico simples se
a força restauradora for diretamente proporcional ao deslocamento ou ao ângulo. Logo, é visto
que a força restauradora representada por F = P.sen θ em um movimento de pêndulo simples
não é proporcional a elongação, como enunciado para um MHS, e sim ao seno dela.
Evidenciando portanto que não se trata de um MHS.
Entretanto, vale lembrar que segundo Halliday; Resnick; Walker (2006), o movimento
de um pêndulo simples oscilando em ângulos pequenos é aproximadamente um MHS, uma vez
que para pequenos ângulos o seno tem valor aproximado ao valor do próprio ângulo. Dessa
forma, a força restauradora de um pêndulo passa a ser na forma de constante vezes a elongação,
fato que caracteriza um MHS.
Sendo assim, é possível encontrar a equação do período de um pêndulo simples, a qual
será bastante usada nesse trabalho. A partir de conhecida a equação do período de um MHS e
fazendo as suas devidas alterações quanto a respeito da força restauradora e do ângulo para um
pêndulo simples, encontramos a sua equação do período (T) na forma de:

(4)
𝐿
𝑇 = 2𝜋√
𝑔

Em que L é o comprimento do fio, e g o valor da aceleração gravitacional local.


Uma vez conhecidas as equações que envolvem um movimento oscilatório em um
pêndulo simples, é possível fazer várias observações que envolvem o comprimento e o período.
Como no caso de um pêndulo comprido possuir um período maior do que um pêndulo curto, e
ter frequência menor. E também observar o valor da gravidade de uma região em que o pêndulo
oscila, sendo este o objetivo desse trabalho.

2 MATERIAIS UTILIZADOS
 Cronômetro
 Cilindro maciço
 Trena
 Suporte Rígido
 Fio Fino
 Transferidor
Figura 2 - Suporte rígido, com o fio fino e com o cilindro maciço.
Fonte: http://www.pontociencia.org.br/imgdb/experimentos/8c11a7cf4be40b4bcda37ceffa01ce4e.jpg

3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Primeiramente, utilizando um pêndulo simples como o mostrado na figura 1, foi
adotado um comprimento qualquer do fio do mesmo desde o ponto de suspensão até o centro
do cilindro para a realização do experimento. Após obtido o comprimento, foi medido um
ângulo de dez graus com o transferidor e deslocado o fio da posição de equilíbrio até esse
determinado ângulo. Logo, com o fio deslocado o objeto foi solto e medido o intervalo de tempo
necessário para cinco oscilações através de um cronometro. Lembrando que, o experimento foi
repetido 20 vezes com o mesmo ângulo, a fim de se obter precisão quando ao período do
pêndulo.

4 RESULTADOS
N Tempo n Tempo N Tempo N Tempo
1 5,35 6 5,38 11 5,62 16 5,36
2 5,31 7 5,42 12 5,56 17 5,32
3 5,52 8 5,38 13 5,3 18 5,57
4 5,35 9 5,42 14 5,4 19 5,6
5 5,51 10 5,28 15 5,41 20 5,4
Tabela 1 – Resultados das medições do tempo de cinco oscilações.
ANÁLISE DE RESULTADOS
No experimento de pêndulo simples realizado na sala de aula, primeiramente foi
determinado um comprimento do fio de 30 cm, de forma que essa medida facilitaria a medição
da oscilação. Em seguida, cronometramos o tempo necessário para 5 oscilações, partindo de
um ângulo de aproximadamente 10° (medido por um transferidor). Lembrando que, foi adotado
um ângulo pequeno porque o valor do seu seno é aproximadamente o valor do próprio ângulo,
e é preciso considerar isso para efetuar os cálculos de um movimento de um pêndulo simples
como um MHS.
Na medição dos tempos evidenciados na Tabela 1, a qual mostra o período de cinco
oscilações, foi possível perceber que os mesmos diferiram do valor teórico calculado para um
período de um pêndulo simples cujo comprimento seja de 30 cm e aceleração gravitacional de
aproximadamente 9,78m/s² (cidade de Catalão). Através da Equação 4, foi calculado um valor
ideal para o período do pêndulo de 1,10s, logo para cinco oscilações o tempo seria de 5,50s.
Essa diferença pode ser explicada por meio dos erros sistemáticos e aleatórios presentes durante
todo o experimento.
São erros encontrados no experimento: a vista desarmada no momento de medir o
comprimento do fio e o valor do ângulo, o tempo de resposta do operador para cronometrar as
oscilações, o tempo de reação para soltar o cilindro, o vento que influenciou o movimento de
oscilação e a incerteza do cronômetro. Dessa forma, diversos fatores interferiram no resultado
final do experimento.
O objetivo do experimento é calcular o valor da gravidade através dos valores dos
períodos obtidos, logo para tal primeiro era preciso ter conhecimento da incerteza do
cronômetro, pois ela está relacionada ao tempo obtido a cada cinco oscilações e será utilizada
quando for feita a propagação de erro para calcular o erro associado a gravidade.
Em seguida foi preciso calcular o valor do tempo médio (𝑇̅) por meio da formula:

𝑛
1 (5)
𝑇̅ = ∑ 𝑇𝑖
𝑛
𝑖=1

E com ela foi possível obter um tempo médio de 5,42s para cinco oscilações do pêndulo,
o qual é diferente do teórico (5,50) pelos motivos já explicados acima. A partir do tempo médio
obtido, foi efetuado o cálculo do período do pêndulo simples (𝜏) usando a equação:

𝑇̅ (6)
𝜏=
𝑁

E foi encontrado um período de 1,08s (também diferente do valor teórico de 1,10s).


Depois de encontrado esse resultado para o período médio, foi calculado o erro
associado referente ao período por meio do desvio padrão (𝜎):

(7)
∑𝑛𝑖=1 | 𝑇𝑖 − 𝑇̅
𝜎= ± √
𝑛−1

Sendo o valor encontrado mediante o uso da Equação 7 de 0,10s. Logo é possível


escrever o período médio do pêndulo com o seu devido erro na forma de: τ = (1,08 ± 0,10)s.
Com esses dados é possível encontrar um valor para a gravidade média por meio da Equação
4, uma vez que já é conhecido o período médio através dos cálculos, e o comprimento do fio
adotado com a sua incerteza instrumental é no valor de L= (0,30 ± 0,)cm. Dessa forma, após
realizado os cálculos é encontrada uma gravidade local de 10,15 m/s².
Lembrando que, o valor do erro associado a gravidade é encontrado por meio da
propagação de incertezas, a qual possui a fórmula (derivada), obtendo assim um valor de
2,37m/s². Logo, a gravidade é escrita na forma: g= (10,15 +/- 2,37)m/s², e o seu erro percentual
(E) tendo como base a gravidade teórica de Catalão no valor de aproximadamente 9,78m/s² é
encontrado através da equação mostrada abaixo e tem valor de 3,78%.

| 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜| (8)


𝐸= ∗ 100%
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
6 CONCLUSÃO
Foi visto que tendo como base os resultados obtidos no experimento realizado no
laboratório, a gravidade calculada para a cidade de Catalão não teve o mesmo valor da
gravidade teórica. Pois, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o valor
da aceleração gravitacional é igual (9,7840 ± 0,001) m/s², sendo que a encontrada no
experimento foi de (10,15 +/- 2,37)m/s², ou seja, um erro percentual de 3,78%.
Essa diferença pode ser explicada de acordo com erros sistemáticos e aleatórios que
existem durante a realização do procedimento, mesmo que estes tendem a ser minimizados
durante o experimento. Tais erros que interferem na obtenção dos resultados são: a vista
desarmada, o tempo de reação dos operadores, interferências naturais externas e a incerteza do
cronômetro e da trena.
Logo, o estudo de um pêndulo simples pode ser usado para determinar o valor da
aceleração da gravidade de uma região, entretanto o valor que irá encontrar possivelmente não
será o mesmo do valor teórico, pois mesmo ocorrendo a minimização dos erros sistemáticos,
haveriam os erros aleatórios.
REFERÊNCIAS
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos da Física v.2: gravitação,
ondas e termodinâmica. 7. ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2006. p. 86-88.
MOSCA, G.; TIPLER, P. A. Física para cientistas e engenheiros, volume 1: mecânica,
oscilações e ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2011. p. 466-481.
YOUNG, F.; SEARS, Z. FÍSICA 2: Termodinâmica e Ondas. 12. ed. São Paulo: Editora
Addison Wesley, 2008. p. 36-38, 41-43, 49-54.

ANEXO A – Questionário
Responda às questões abaixo:

1. Se a esfera for substituída por outra mais pesada o que acontece com o período?

O período não é alterado, pois a força restauradora, que é um componente


do peso da partícula, é proporcional a massa, a qual é anulada por estar presente
em ambos os lados da equação ∑𝐹⃗ =𝑚𝑎⃗. (É o mesmo raciocínio utilizado para
mostrar que independentemente da massa os corpos caem com a mesma
aceleração no vácuo).

2. Se o fio for substituído por outro de comprimento quatro vezes maior, o que
acontece com o período?

O período terá seu valor dobrado, pois o período é diretamente


proporcional ao quadrado do comprimento do fio, de acordo com a fórmula 𝑇 =
𝑙
2𝜋√𝑔.

3. Em que ponto da trajetória da esfera, a força restauradora é máxima? Em que


ponto é mínima?

A força restauradora é a decomposição da força gravidade no eixo x


contrário ao movimento de modo a trazer a esfera a sua posição central (𝜃 = 0).
Desta forma a força restauradora seria máxima no ângulo máximo e seria
mínima no ponto (𝜃 = 0).

4. Se a força restauradora se anula no ponto mais abaixo da trajetória, por que o


pêndulo continua o movimento oscilatório?

Quando a esfera é posicionada nas extremidades ela armazena energia


potencial, a qual ao longo da trajetória é convertida em energia cinética. Esta
energia é a responsável para que o pêndulo continue seu movimento.
5. Podemos considerar que o pêndulo da experiência executa um movimento
harmônico simples? Por quê?

O pêndulo da experiência é considerado aproximadamente um


Movimento Harmônico Simples (MHS), pois para que este seja um verdadeiro
MHS, seria necessário a proporcionalidade direta entre a força restauradora e a
distância x ou 𝜃 (visto que x=L𝜃), porém a força restauradora é proporcional ao
sen𝜃, logo não seria um MHS. Contudo, quando o ângulo 𝜃 é pequeno, o sen𝜃
é aproximadamente 𝜃, por esse motivo o pêndulo simples é considerado cerca
de um MHS.

6. No caso de um ângulo 𝜃 = 20° que diferença está sendo aceita na aproximação


sen 𝜃 ≅ 𝜃?

Caso fosse utilizado o ângulo 𝜃 = 20° (0,35 radianos), a diferença aceita na


aproximação de sen 20º = 0,34 seria por volta de 3%

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