Sei sulla pagina 1di 2

Universidade Federal de Minas Gerais

Faculdade de Ciências Econômicas


Graduação em Ciências Econômicas

Economia da China

Daniel Alves Martins / 2015006685

Resenha I – “Adam Smith em Pequim - Origens e fundamentos do século XXI”, de


Giovanni Arrighi
Giovanni Arrighi foi um economista político que tratava dentre outros temas aspectos
sociológicos e das relações internacionais. Neste contexto, acaba escrevendo a obra
Adam Smith em Pequim - Origens e fundamentos do século XXI, em que dialoga com
estudos de Smith e de Marx. No capítulo 12, ao qual foi baseado esta resenha, Arrighi fala
sobre a origem e dinâmica da ascensão chinesa. Antes de tudo, como em todo relatório
que trate sobre a China em seus aspectos políticos, econômicos e culturais, é importante
ressaltar que deve-se manter a mente livre para entender os fatos sob os aspectos
orientais, sendo errôneo tentar encaixar, interpretar ou comparar os fatos que
desencadearam a ascensão da China a grande economia que é hoje nos nossos moldes
ocidentais.
O PCC merece reconhecimento pelo fato de acionar os chineses residentes no exterior no
sentido de mobilizar forças para o desenvolvimento de sua nação. Giovanni destaca os
investimentos diretos estrangeiros, mas sem dúvidas, sem os chineses que se
capacitaram no exterior e puderam aplicar conhecimentos técnicos à gestão e no suporte
ao planejamento central todos os avanços que vemos hoje poderiam ter acontecido em
um ritmo mais lento. A mão-de-obra barata que antigamente atraiu as empresas
estrangeiras para a China acabou contribuindo para o desenvolvimento de empresas
nacionais, seja por parcerias para funcionamento em mercado chinês ou pelo fato de
trazer novas tecnologias que foram copiadas posteriormente por rivais, principalmente por
conta das exigências que não somente a parte de montagem fosse feita em territórios
chineses, mas como também que outras partes da cadeia produtiva estivessem na China;
o que fez com que fossem criadas novas ofertas de trabalho e gerasse um estímulo na
economia. Claro que esta análise é superficial se comparado aos fatos e o grau de
detalhes que permeiam estas negociações, mas o fato a ser ressaltado é que atualmente
está ocorrendo uma inversão destes papéis, pois, com a ascensão da mão-de-obra
qualificada (ainda com custos menores que países concorrentes) e com o fortalecimento
do mercado interno (o que faz com que o país deixe de ser exclusivamente dependente
de exportações) acaba deixando as empresas estrangeiras em situação delicada, por
conta da competitividade e também em posição de desvantagem em negociações
(principalmente se as negociações forem em pautas contrarias as dos interesses
chineses).
Os investimentos diretos estrangeiros direcionados a interesses específicos da nação
chinesa sem dúvidas deram força para que a China aumentasse a capacidade produtiva
com um custo reduzido e com maior qualificação da sua força de trabalho. No setor da
educação, a China bateu rapidamente números de capacitação de sua população com
relação a países desenvolvidos, como Japão, e até mesmo inverteu relações no contexto
global como por exemplo ao se tornar credora dos Estados Unidos. Mesmo com os
boicotes dos estadunidenses a economia chinesa (como no período em que sugeriu que o
crédito aos chineses fossem reduzidos), essa ainda consegue se manter firme em seu
planejamento e colocar seus contrapontos aos negócios que acreditam serem importantes
para a nação. A grandeza histórica ao qual a China possui é um fator que legitima este
interesse em progredir e estimular uma vasta população em um território tão grande,
como é, a continuar trabalhar duro e produzirem produtos tão bom, ou até mesmo
melhores, que os estrangeiros no mercado interno.
Outro aspecto que em conjunto aos investimentos estrangeiros deram fôlego ao
desenvolvimento da China foi as mudanças de Deng relacionadas aos agricultores, que
estimulou não só a produção, como também o preço dos produtos agrícolas. As políticas
de permitir que os agricultores comercializassem com cidades vizinhas e posteriormente
com o surgimento das Empresas de Aldeias e de Municípios (EAMs) acabou estimulando
a explosão de mão-de-obra não relacionada a agricultura, o que foi outro fator de estímulo
para a economia geral.
Por fim, com o crescimento acelerado do país e com muitas reformas que deram certo em
um prazo relativamente curto de tempo há também o surgimento de contradições sociais
como resultado direto destas mudanças. Entre vários relatos, pode-se citar o desvio de
terras destinadas a agricultura para fins industriais e imobiliários, além da corrupção de
governos locais (sem contar na questão dos impostos e taxas cobradas), o que acabou
florescendo um descontentamento da população. A partir de 1990, como cita Arrighi, há
uma mudança de postura dos chineses, surgimento de um descontentamento, que mina a
ideia de que não há protestos ou movimentos trabalhistas na China, pois, muito mais
jovens vão para as ruas cobrar direitos e exigir do PCC um maior equilíbrio entre o
desenvolvimento rural e urbano. O resultado destas manifestações é concessão de
mudanças e a conquista dos objetos de reclamação, como o fechamento da fábrica de
inseticidas poluidora em Dong-yang, em 2005, onde cerca de 10 mil moradores
derrotarem a polícia e conseguiram o fechamento da fábrica ou a conquista de novas
legislações trabalhistas que visa aumentar o direito dos trabalhadores.

Potrebbero piacerti anche