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Setenta sambas inéditos serão trazidos ao

público do CCBB-Rio numa produção de


Luís Filipe de Lima e Alexandre Pimentel –
que garimparam antigas e novas jóias da
música

Teatro II - Centro Cultural Banco do Brasil


Terças-feiras – 31/01, 07/02, 14/02 e 21/02 – às
12h30 e 18h30

É muito difícil acreditar que ainda permaneçam inéditas


jóias da música brasileira – e aqui estamos falando de
sambas de Cartola, Nelson Cavaquinho e Paulo da Portela,
por exemplo. Pois existem – e neste início de 2006 muitas
delas chegam ao público, diretamente resgatadas dos
baús, das gavetas, de partituras redescobertas, da
lembrança de parceiros, cantores, amigos e parentes,
emergindo de antigos cadernos e fitas cassete que
resistiram ao tempo. Muitos são descobertas de
constantes pesquisadores, garimpeiros e amantes do
samba como Cristina Buarque, Hermínio Bello de Carvalho
e Paulo César Pinheiro.

De todas essas minas de música surge a série S AMBA


G UARDADO , que além de apresentar ao público carioca
essas preciosidades, também reúne uma novíssima produção de jovens e veteranos sambistas. A série do CENTRO
CULTURAL BANCO DO BRASIL – no Teatro 2, às terças feiras, de 31/1 a 21/2, sempre em duas sessões às 12h30 e 18h30 -
apresenta nos seus quatro shows unicamente sambas inéditos de grandes compositores – das mais diversas épocas,
estilos e origens, com jovens e veteranos intérpretes como Nei Lopes, Monarco, Tantinho da Mangueira, Moacyr
Luz, Marcos Sacramento, Cristina Buarque, Pedro Amorim, Alfredo Del-Penho e Verônica Ferriani.

“Em 2001, quando Moacyr Luz produziu o CD Samba Guardado, de Guilherme de Brito” conta o idealizador da
série, Luís Filipe de Lima, “baseado em obras ainda inéditas do compositor, causou um certo espanto ver que um
criador do nível de Guilherme ainda tinha tantas músicas inéditas, de tamanha qualidade, guardadas em um pequeno
caderno. Mas no mundo do samba esse caso está longe de ser uma exceção – e muitos foram os compositores que
ficaram sem o registro devido de sua obra, sem colher suas flores em vida”, completa ele. Isso sem falar nos grandes
nomes ou jovens talentos da atualidade que guardam farto material inédito. E por quê? “Grava-se menos samba do
que se poderia”, lista Luís Filipe. “Mais: os braços mais poderosos do mercado fonográfico são dominados por
cabeças estreitas, que investem em materiais e modismos descartáveis; há intérpretes, por seu lado, preferindo a
segurança das regravações”, resume.

São cerca de 70 composições garimpadas e pesquisadas ao longo dos anos jamais registradas em disco ou qualquer
suporte fonográfico ou audiovisual, nem editadas comercialmente. Os compositores: Cartola, Nelson Cavaquinho,
João da Bahiana, Paulo da Portela, Alcides Malandro Histórico, Manacéa, Chico Santana, Antônio Caetano,
Aluísio Dias, Pedro Caetano. Luís Filipe de Lima, que divide a direção artística da série com Alexandre Pimentel,
também assina a coordenação de pesquisa e a direção musical/arranjos dos quatro shows.

A SÉRIE, SHOW A SHOW


É um percurso pelas mais variadas vertentes do samba, desde seus primórdios até os dias de hoje. Composições
inéditas surgidas nos anos 20, por exemplo, convivem neste painel com sambas recém-produzidos por prestigiados
autores vivos, numa mescla de repertório atual e jóias ocultas da memória musical brasileira.

31/1 - N OS B OTEQUINS E T ERREIROS - Nei Lopes e Marcos Sacramento - participação especial: Wanderley Monteiro – O show
de abertura mostra o repertório inédito dos mais expressivos compositores atuais, sublinhando o enfoque da crônica e do bom-
humor. Conta Nei Lopes: “Existem sambas que circularam nos terreiros das escolas ali pelos anos 50 e 60 que até hoje permanecem
inéditos em disco mas sobrevivem na memória coletiva do samba. Sambas de compositores legendários, como Zinco, Jaguarão,
Osório Lima, Cabana...Há uns 8 anos, estava numa mesa em Vila Isabel, tomando umas cervejas, batucando com uns amigos e
conversando sobre isso, quando um senhor na mesa ao lado`, de repente, muito emocionado, pediu licença e entrou no papo. `Ah,
meus camaradas! - disse ele -- Eu moro em Brasília há 30 anos e tem coisas que nunca mais ouvi, mas também não esqueci’. Aí, pra
exemplificar, cantou, chorando, um samba do Zinco, da Boca do Mato, que fala, na primeira pessoa, de um poeta que um dia,
entrando na mata, deparou-se com um Caboclo que lhe deu um conselho, assobiou e sumiu. Eu conhecia o samba e nunca mais tinha
ouvido. Me arrepiei e chorei também”. Marcos Sacramento transita há 15 anos pela música brasileira de raiz, depois de ter
começado a carreira na música de vanguarda do grupo Cão Sem Dono. Depois de gravar clássicos quase esquecidos no CD
Memorável Samba e está entrando em estúdio para um disco de inéditas pela Biscoito Fino. A participação especial fica por conta do
carioca Wanderley Monteiro, cavaquinista, cantor e compositor, que recentemente lançou seu primeiro CD solo ( Vida de Compositor)
– e que Nei Lopes tem como “uma das minhas poucas admirações no mundo do samba”. Foi gravado por Beth Carvalho, tia Surica,
Dorina e Nilze Carvalho.
No roteiro do show, criações de Nei Lopes – inclusive parcerias com Luis Filipe de Lima e com os integrantes do Quinteto em Branco
e Preto, de São Paulo, como Divinas pastoras, Dicionário e Brasas e brumas; Sacramento apresenta sambas seus com Paulo Baiano,
novidades de Luiz Flávio Alcofra e da dupla Maurício Carrilho e Paulo César Pinheiro; e Wanderley Monteiro canta seus sambas com
parceiros tais como Délcio Carvalho.

7/2 - N A M EMÓRIA DOS A NTIGOS - Cristina Buarque e Alfredo Del-Penho – O segundo show da série revela sambas de
compositores já falecidos, trazendo algumas raridades especiais. A veterana Cristina Buarque e o jovem Alfredo Del-Penho são
ambos pesquisadores, de gerações diferentes – e afinados na curiosidade permanente em torno da produção dos velhos mestres.
Cristina tem um incrível acervo pessoal e, ao longo dos anos, foi também recebendo de todo lado material dos antigos e nem tão
antigos. Alfredo começou suas pesquisas há quatro anos, para ampliar o repertório, e acabou mergulhando num vasto universo de
novos sambas e grandes compositores. Para este show, Cristina e Alfredo escolheram a nata do que está guardado nos baús de cada
um (principalmente) e também nos de Paulo César Pinheiro, Hermínio Bello de Carvalho e Elton Medeiros, entre outros. Das canções
programadas para este dia destacam-se As Cadeiras da Nega, de Pedro Caetano (As cadeiras da nega vão jogando / Um jogo tão bem
jogado / Parece até um barco dentro do mar agitado ), Velhice, de Alcides da Portela e Nelson Cavaquinho ( Vejo você hoje em dia
acabada / Quem te viu quem te vê quando eras amada ) e Pesadelo, de Cartola (Pra que servem os olhos meus / Se não vêem os olhos
teus / Muito embora estejamos lado a lado).

14/2 - N AS E SCOLAS DE S AMBA - Monarco e Tantinho – O terceiro show traz um repertório de sambas enredo, de terreiro e de
exaltação, presentes na obra de compositores ligados às agremiações carnavalescas.
Monarco, um dos compositores mais respeitados da sua geração, integrante (dos mais jovens) da Velha Guarda da Portela, é o nome
artístico do carioca Hildemar Diniz - 66 anos de idade e 50 de samba; gravou apenas quatro discos, mas lançados também na
Europa, Japão e Estados Unidos. Gosta de classificar sua música como fruto da forma tradicional dos autênticos sambas de terreiro ou
samba de raiz. Seu ultimo CD, A Voz do Samba (Kuarup/1995), lhe rendeu um prêmio Sharp de melhor cantor do gênero. Todos os
grandes intérpretes do samba gravaram músicas do Monarco - João Nogueira, Roberto Ribeiro, Beth Carvalho e Zeca Pagodinho, cujo
primeiro grande sucesso aliás foi Coração em Desalinho; Martinho da Vila (Tudo menos amor), Paulinho da Viola (Passado de glória) e
Clara Nunes (Rancho da Primavera). É um dos grandes destaques do CD que Marisa Monte Em 1999 a cantora Marisa Monte produziu
com a Velha Guarda da Portela, Tudo Azul ; em 2001, gravou no Japão o elogiado CD História do Samba, lançado no Brasil somente
em 2004 reunindo pioneiros como Xisto Bahia, Sinhô, Bidê, Noel Rosa e algumas composições suas em homenagem aos mestres.
Monarco da Portela se perpetua no samba através dos filhos, o maestro Mauro Diniz e Marcos Diniz, também compositor.
Atualmente seu parceiro mais constante é o Ratinho de Pilares, com quem fez Coração em Desalinho, Tudo Menos Amor e Vai Vadiar.
Monarco mostra preciosos sambas-enredo que não venceram a disputa (de 1948, 1955, 1964, 1973, dele e de Manacéa), além de
parcerias com Mauro Diniz.

Tantinho (ou Devani Ferreira) - Nascido e criado na Morro de Mangueira, quarta geração dos compositores da escola (ingressou na
Ala aos 13 anos de idade!), freqüentador assíduo das rodas de partido-alto – em que é mestre improvisador - no Buraco Quente,
Santo Antônio, Chalé e Três Tombos (favelas que integram o Morro, onde conviveu desde pequeno com personagens emblemáticas
da localidade, Cartola, Nelson Cavaquinho, Dona Neuma, Padeirinho e Jorge Zagaia, entre outros). Como integrante da Velha-Guarda
da Mangueira, participou do CD "Velha-Guarda da Mangueira e convidados" (1999/Nikita Music), ao lado de Dona Neuma, Nelson
Sargento em dueto com Fernanda Abreu, Lenine e Nelson Sargento, José Ramos, Mário Lago, Darcy da Mangueira, Darcy Maravilha,
Beth Carvalho, Noca da Portela, Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho. Em 2000 participou do disco "Mangueira, sambas de terreiro e
outros sambas", patrocinado pelo Arquivo-Geral da Cidade do Rio de Janeiro, cantando quatro faixas; tem se apresentado nos bares
do circuito do samba - Sacrilégio, Dama da Noite, Carioca da Gema, Casa da Mãe Joana. No CCBB, esteve em 2003 na série sobre
Partido Alto e ano passado no projeto Na Ponta do Verso, no show Partideiros e calangueiros e foi um dos convidados do Pagode da
Tia Doca, com Nelson Sargento e Luis Carlos da Vila.
No show, Tantinho solta o vozeirão em sambas enredo da Mangueira que não venceram o concurso e não desfilaram, como Relíquias
da Bahia (Hélio Cabral) e História de um preto-velho (Cícero Santos); mostra sambas de terreiro, parcerias suas com Xangô da
Mangueira e Ratinho – e promete versejar de improviso com o tema da série.

21/2 - N O C ORAÇÃO - Moacyr Luz e Verônica Ferriani - participação especial - Pedro Amorim – O espetáculo que encerra a
série mostra um repertório formado pela obra de sambistas contemporâneos, em que se destaca a temática amorosa e
existencial. Pouca gente do Rio e no Brasil do samba não conhece Moacyr Luz – com seus sete CDs próprios mas principalmente pela
produção de um farto material gravado pelos maiores nomes da música. Também é produtor – e foi quem assinou últimos CDs de
Guilherme de Brito, Casquinha da Portela e o mais recente de Jards Macalé. Acaba de finalizar o CD Vida Noturna do parceiro e
amigo, Aldir Blanc.
Jovem, formada em arquitetura, bonita e paulistana – e cantora de samba. Profissional desde 2004, Verônica Ferriani se apaixonou
pelo gênero cantando músicas do compositor e violonista Chico Saraiva, vencedor do 7o. Prêmio Visa - nos shows de lançamento do
seu disco Trégua. Cantou com Chico por todo o Brasil também no Projeto Pixinguinha em julho de 2005. Sua paixão é o samba de
raiz: vem cantando semanalmente na casa de samba ‘Traço de União’, em São Paulo, onde conheceu inclusive seu companheiro de
palco agora - Moacyr Luz. Integrou o elenco do show Esquinas Cariocas no Tom Brasil em São Paulo, que reuniu os sambistas Moacir
Luz, Martinho da Vila, Aldir Blanc, Monarco e Tia Surica da Velha Guarda da Portela, o Quinteto em Branco e Preto, Wilson Moreira e
Beth Carvalho. No Rio de Janeiro já cantou no Mistura Fina, Clube dos Democráticos, Comuna do Semente, Carioca da Gema e
Armazém Digital
Moacyr Luz canta preciosas parcerias com Hermínio Bello de Carvalho ( Sete dias), Paulo César Pinheiro (Cavaleiro das marés) Luiz
Carlos da Vila (Papel e lápis) e Aldir Blanc (Acapulco) Verônica mostra sambas de Chico Saraiva e Paulo César Pinheiro ( Canto do rei) e
Jean Garfunkel (Divina Luz); Pedro Amorim, participação especialíssima, traz novidades de suas parcerias também com Paulo César
Pinheiro e Zorba Devagar.

SAMBA GUARDADO – quatro shows com sambas inéditos de todas as épocas


CCBB - Rua 1º de Março, 66 – 3808-2000 – Rio de Janeiro
Terças-feiras, dias 31 de janeiro 7, 14 e 21 de fevereiro
Às 12h30 e 18h30 – Ingressos: R$ 6 e R$ 3

Assessoria de Imprensa . LUCiANA MEDEiROS


(21) 2294-4560 / 2274-5545 / 8139-0202 – lucianamedeiros@globo.com
Contatos também com Roberta Rangel – 21-9808-0030 – robertarangel@globo.com

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