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SÃO PAULO
2018
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Introdução
Objetivos
Este trabalho teve como objetivo analisar uma Linha de Instabilidade, situada na
Amazônia, ocorrida entre o dia 28 e 29 de junho de 2015 com base nas equações da
termodinâmica. Sendo assim, auxiliando no entendimento sinótico de um evento diretamente
ligado a ocorrência de chuvas na região.
Métodos
Para esse trabalho foi necessário e utilizado o software GrADS para manipulação e
visualização de dados de ciências da Terra, sendo este adquirido gratuitamente através do site
do centro de pesquisa COLA da George Mason University. Assim como também o g2ctl,
script esse necessário para gerar um arquivo interpretado pelo GrADS com extensão ctl
através de dados de análise GRIB2.
As análises do do modelo global GFS (Global Forecast System) de 6 em 6 horas
referentes entre os dias 28 e 29 de junho de 2014, com extensão GRIB2 e resolução de 0.5°,
foram utilizadas para o cálculo dos termos da equação da termodinâmica. Estas análises são
fornecidas pelo NCDC (National Climatic Data Center), um dos centros de dados da NOAA
(National Oceanic and Atmospheric Administration).
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29 06 57 W 58 W 1.5 N 2.5 N
12 58.5 W 59.5 W 2.0 N 3.0 N
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Resultados
A LI escolhida para análise foi classificada por Nestares (2017) como um evento que
se propagou por grande extensão na região amazônica. Esta LI adentrou 1535 km sobre o
continente, e atingiu comprimento de 2288 km e 157 km, propagando-se com velocidade
média de 24 m/s (Nestares, 2017).
Neste trabalho, foram calculados os perfis verticais para a média dos termos da
equação (1) entre 18 UTC do dia 28 e 12 UTC do dia 29 de junho de 2014 de acordo com as
regiões anteriormente apontadas na tabela 1.
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Figura 1 - Evolução temporal dos perfis verticais médios dos termos da equação da
termodinâmica, sendo o preto a tendência ( ∂T
∂t ), verde a advecção horizontal, amarelo a advecção vertical,
Conclusão
Neste estudo, como podemos ver a partir das imagens para os 4 horários estudados
neste caso representados pela figura 1, ressalta-se visualmente o termo de aquecimento
diabático e a advecção vertical da equação (1).
A linha de instabilidade estudada tem início às 18 UTC do dia 28, horário quente e se
desenvolve até um pouco mais das 12 UTC do dia 29, período da manhã na região. Não
chegando esta há 24 horas de existência.
Através da análise da evolução temporal dos termos do balanço de calor foi possível
identificar diferentes fases de desenvolvimento da LI: inicial, intensificação, madura e
decaimento. Durante as fases inicial (18:00 UTC do dia 28) e final (12:00 Z do dia 29) os
perfis verticais da advecção vertical, termo do movimento vertical e resíduo mostraram
estrutura vertical diferente das fases de intensificação (00:00 do dia 29) e madura (06:00Z do
dia 29). Nas fases madura/intensificação o resíduo, associado à liberação de calor latente,
atuou aquecendo toda a coluna vertical da atmosfera, enquanto nas fases inicial/decaimento
ele atuou para aquecer os baixos níveis e resfriar os altos níveis.
Com este trabalho coloquei em prática a lógica da programação compreendida na
matéria de Introdução a Ciência da Computação fornecida para a minha graduação, só que de
uma forma prática ao meu curso, onde fui capaz de compreender o funcionamento e a
linguagem necessária para utilização do GrADS como ferramenta para cálculos e geração de
imagens para análise de dados e estudos meteorológicos, além de acessar arquivos, fazer
downloads e implementar outros softwares e extensões pelo terminal.
Para conseguir chegar ao resultado principal do meu estudo, busquei e fui capaz de
reproduzir os resultados esperados de acordo com Flores (2017) e englobar novos conceitos
sinóticos meteorológicos, assim como compreender a termodinâmica das próprias LIs.
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Referências
SILVA DIAS, M. A. F.; 1987. Sistemas de mesoescala e previsão de tempo a curto
prazo. Revista Brasileira de Meteorologia, 2, 133-150.