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Birigui-SP
2018
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Birigui
2018
3
AGRADECIMENTOS
Ao Senhor porque ele é bom e porque a sua benignidade dura para sempre.
(Salmos 107:1).
Também aos professores, em especial ao Dr. Eduardo Shigueo Hoji e ao Me. Jonny
Max Catarino e ainda aos técnicos de laboratório
RESUMO
ABSTRACT
In line with Law No. 13,146 of July 6, 2015, which establishes the Brazilian
Law on the Inclusion of Persons with Disabilities, electric wheelchairs are assistive
technology devices that provide greater freedom and independence for people with
disabilities regarding mobility limitations. Although it1s widely used, this equipment
presents two main problems: the high cost of obtaining and the low autonomy.
Usually, electric wheelchairs are equipped with DC motors, which have high
maintenance needs due to the sparking caused by the switching of their brushes. In
this work, a motorized system was implemented in a manual wheelchair using an
induction motor to replace the DC motor, in order to reduce energy consumption,
provide greater user safety and reduce the need for maintenance. In addition, in
order to increase the autonomy of the wheelchair, a photovoltaic system was
installed as an alternative source of energy to the chair. The choice of this type of
energy is due to the high rates of solar radiation found in Brazil. In order to install the
motorization components, it was necessary to adapt the structure of the chair, adding
additional elements that serve as support for the devices. The tests carried out
demonstrate that the implementation of the power supply system provides greater
autonomy to the user, even on partially cloudy days, leading to an improvement of
around 35% in the system's operating time. In addition, the cost to build the prototype
was considerably smaller than the retail price of electric wheelchairs available in the
Brazilian market. The development of this project results in many benefits to the
users, such as increased mobility and independence due to the increase in
autonomy, ease of access due to the low cost, as well as greater access to
community life, being of utmost importance the continuity and improvement of work.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 8
1.1 Objetivo........................................................................................................... 10
1.2 Justificativa..................................................................................................... 10
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................12
2.2 Motorização..................................................................................................... 16
2.4.3 Inversores................................................................................................. 33
3 DESENVOLVIMENTO............................................................................................ 36
3.4.2 Baterias..................................................................................................... 46
3.4.3 Inversor..................................................................................................... 47
4 MONTAGEM E TESTES......................................................................................... 63
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 81
REFERÊNCIAS..........................................................................................................83
8
1 INTRODUÇÃO
aos dos atletas, mas com menor intensidade, eles estão sujeitos aos mesmos tipos
de lesões, ainda que com menor gravidade.
Dessa maneira, ainda que as cadeiras de rodas manuais facilitem a
integração social de seus portadores, a auto locomoção é limitada devido aos
problemas de lesões citados. Uma alternativa para amenizar estas dificuldades e dar
maior independência aos usuários é o uso de cadeiras de rodas elétricas.
Atualmente, as cadeiras de rodas elétricas comercializadas em lojas de
artigos ortopédicos têm um custo elevado, com um valor médio estimado de
R$10.000,00. Em geral, elas são estruturadas com motores de corrente contínua
com ímã permanente 24V, têm capacidade de carga média de 105 kg, autonomia
média de 20km, tempo de carga de 8 a 10h e velocidade média de 6 km/h.
Segundo Mesquita e Souza (2006), a principal reclamação dos usuários de
cadeiras de rodas elétricas é quanto ao longo tempo de carga e sua baixa
autonomia, limitando sua utilização a apenas uma vez ao dia, considerando que
para realizar duas cargas completas a cadeira precisaria de aproximadamente 20
horas. Nesse sentido, o uso de um sistema fotovoltaico para carregar as baterias de
uma cadeira de rodas elétrica surge como uma solução vantajosa, porque com um
dimensionamento correto, levando em consideração a radiação solar da região, os
dias sem Sol, a especificação dos motores e das baterias, é possível reduzir o
tempo de carga das baterias dando maior autonomia a seus usuários. Além disso,
trata-se de uma fonte inesgotável de energia e que permite a geração de energia
elétrica limpa, que não emite poluentes, assim preservando o meio ambiente.
O estudo realizado por Bispo e Nunes (2015) identificou que as cadeiras de
rodas em sua maioria utilizam motores de corrente contínua (CC) com ímã
permanente. Contudo esses motores apresentam um alto custo de manutenção,
pois possuem comutadores e escovas, que faíscam e criam sujeiras internas, têm
um peso elevado por kW, são mais escassos no mercado quando comparado à
disponibilidade de motor de indução de alto rendimento e são menos seguros, em
razão da existência de faíscas e arcos na comutação de corrente por elemento.
Assim, segundo os autores, a utilização de um motor de indução torna-se viável
devido às vantagens relativas a alto desempenho e baixo custo, maior robustez,
menor necessidade de manutenção e baixo consumo de energia na aceleração e
frenagem, quando comparados aos motores CC.
10
1.1 Objetivo
1.2 Justificativa
a autonomia e o tempo de recarga das baterias também são fatores que podem ser
melhorados, de forma a ampliar a mobilidade de seus usuários.
Nesse sentido, pretende-se utilizar como solução alternativa a instalação de
um sistema fotovoltaico em conjunto com um motor de indução trifásico de alto
rendimento. Os elementos adicionais, sistema fotovoltaico e motor de indução
trabalham de forma complementar. O módulo fotovoltaico tem a função de gerar
energia convertendo energia solar em energia elétrica, que por sua vez será
utilizada pelo motor de indução para dar movimento à cadeira. A escolha do motor
de indução se dá pelo fato de ser um motor com menor consumo de energia durante
a aceleração e a frenagem, quando comparado aos motores de corrente contínua,
além de se tratar de um modelo mais barato de motores.
A pesquisa é de suma importância para portadores de necessidades
especiais, tendo em vista que Tecnologia Assistiva é um campo relativamente novo.
O aumento de autonomia, através do sistema fotovoltaico e do motor de indução,
proporciona mais mobilidade aos usuários, ampliando a distância que os mesmos
podem se locomover.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
percorre terreno plano, sem obstáculos e com velocidade baixa. Quando o terreno é
irregular, com obstáculos e maior velocidade (necessita fazer curvas e maior
potência) são utilizadas a célula de combustível e a bateria.
Das fontes de energia empregadas no estudo, a célula de combustível
(tanque de hidrogênio) acaba sendo inviável devido à necessidade de muita energia
elétrica para o processo de eletrólise e também devido ao alto custo para a
aquisição do sistema, além de ser um meio perigoso que necessita de manutenções
preventivas pelo risco de explosão, já que é um sistema pressurizado com fluido
combustível.
A fonte de energia fotovoltaica, apesar de apresentar resultados limitados
(velocidade e potência), é um método mais barato quando comparado à célula de
combustível, e que também se trata de uma fonte renovável e inesgotável de
energia. Além disso, em condições nominais, pode garantir até 100% da demanda
de energia necessária para a movimentação da cadeira em terreno plano e pode
também funcionar como fonte de carga para a bateria no momento em que a cadeira
não esteja sendo utilizada evitando a dependência da carga em tomadas.
No trabalho realizado por Mesquita e Souza (2006), foi apresentado um
projeto que visa a construção de uma cadeira de baixo custo com a utilização de
uma fonte de energia fotovoltaica para o aumento da autonomia da cadeira, menor
tempo de carga e maior liberdade aos seus usuários.
No protótipo construído pelos autores, foi utilizada uma cadeira de rodas
manual, onde foram instalados todos os componentes para a motorização da
mesma. Os mesmos fizeram uso de um motor CC de 280W, 24V para a
movimentação e como fonte convencional de energia foram utilizadas duas baterias
de 12V, 45A em série. A fonte alternativa (fotovoltaica) foi rigorosamente
dimensionada de acordo com a intensidade de radiação solar da região,
especificação do motor e baterias e a eficiência dos componentes eletrônicos,
resultando na instalação de dois módulos fotovoltaicos de 22W cada, com
dimensões 559x407x25mm (largura, comprimento e altura) e um peso de 3,2kg. Um
controlador de carga é usado para a seleção da utilização das baterias, quando
necessário, e controle do limite de carga das mesmas, assim evitando sobrecarga e
queima.
Para uma maior eficiência na coleta da radiação solar, os módulos
fotovoltaicos contavam com uma inclinação para frente, para trás ou se mantinham
15
2.2 Motorização
2.2.1 Motor CC
Motores de corrente contínua são máquinas que surgiram como uma forma
de solucionar um problema relativo ao controle de velocidade. Em um motor CC é
possível alterar continuamente a velocidade através da variação da tensão de
alimentação e ainda pode-se contar com torque constante.
O princípio de funcionamento de um motor CC está baseado nas forças
produzidas da interação entre o campo magnético e a corrente de armadura do
rotor, que tendem a mover o condutor num sentido que depende do sentido do
campo e da corrente na armadura.
A figura 2 ilustra o sentido das forças que agem sobre uma espira. É possível
notar que quando existe ação da força, a espira irá se movimentar até a posição X-Y
onde a força resultante é nula. Por isso, faz-se necessário a inversão da corrente na
espira. Para isso utiliza-se um comutador de corrente, que por sua vez possibilita a
circulação de corrente alternada no rotor através de uma fonte CC, criando assim
movimento contínuo.
17
Figura 2 - Forças que atuam em uma espira imersa num campo magnético,
percorrida pela corrente de armadura.
(pinhão) sendo que a mesma irá girar e o movimento será transmitido à corrente,
que posteriormente irá transferi-lo para a engrenagem motriz. Na figura 7 pode-se
observar este modelo de corrente.
objetivo transmitir potência e torque entre eixos em mesmo plano de trabalho (eixos
paralelos), realizando assim um esforço na saída da transmissão. Este tipo de
engrenagem permite razões de transmissões de até 10:1, com velocidades
tangenciais < 200 m/s, e um rendimento de até 98%. Algumas desvantagens deste
tipo de transmissão, são a necessidade de lubrificação constante, e a geração de
ruídos. A figura 11 representa uma engrenagem de dentes retos (TAVARES, 2012).
um ângulo de 40° entre os lados e uma meia circunferência com raio igual ao da
correia. Em alguns casos pode ser vantajosa a utilização de correias redondas, pois
durante a instalação, as mesmas são introduzidas com mais facilidade no sulco, são
adequadas para operação em diferentes planos com até 90° de torção. No entanto
não podem operar com grandes cargas, sendo mais utilizadas em máquinas de lavar
louça, máquinas de costura, entre outros equipamentos leves.
Correias que possuem a face inferior dentada são chamadas também de
sincronizadoras. Em união com a polia, que também é dentada, esse tipo de correia
possibilita a transferência de potência sem que haja o problema do deslizamento.
Nessa categoria as correias de melhor qualidade possuem vários cordonéis
helicoidais de aço ou de fibra de vidro, que aumentam a capacidade de suportar
cargas, ao mesmo tempo que impedem o alongamento da correia. A força
transmitida através dos flancos dos dentes pode chegar a 400 N/cm. Já o perfil pode
ser trapezoidal ou semicircular.
O material das polias é metal sinterizado, metal leve ou ferro fundido em areia
especial para precisão nas medidas com bom acabamento superficial. A
especificação das polias e correias sincronizadoras deve levar em conta o
comprimento da correia ou o número de sulcos da polia, o passo dos dentes e a
largura.
Correias em V são preferíveis para utilização da transmissão de potência
devido a praticamente não possuírem deslizamento, terem baixo nível de ruído e
choques mecânicos, podem ser empregadas até 12 correias em uma mesma polia e
permitirem uma relação de transmissão de até 10:1 (TECÉM, 2015b).
Ao incidir luz solar sobre a célula, os fótons chocam-se com outros elétrons
da estrutura de silício, assim fornecendo energia a eles e transformando o material
em condutor. Assim, é necessário interligar várias células para obter energia elétrica
convertida da energia solar.
2.4.3 Inversores
Fonte:(INSTITUTO..., 2018).
3 DESENVOLVIMENTO
motorização da cadeira de rodas: tem-se uma força de tração τ atuante sobre o eixo
do motor que irá girar a engrenagem motora e por consequência irá puxar a
corrente. A corrente por sua vez irá girar a engrenagem motriz que fará a roda girar,
dando movimento ao sistema de adaptação da cadeira rodas.
O sistema contém uma relação de velocidade angular na engrenagem motora
e na engrenagem motriz que pode ser equacionado por ω1 e ω2 respectivamente.
Além das forças descritas anteriormente, também atua no sistema uma
componente de força normal, representado por FN, uma componente de força
tangencial, representada por FT e a massa total do sistema (cadeira, sistema de
adaptação e cadeirante) representada por m.
O raio da roda é expressado por R.
2π*r = L (1)
Sendo:
L - perímetro roda, em m
r - raio da roda de torque, em m
Para uma roda com raio de 0,12m foi encontrado o seguinte comprimento:
2π * 0,12 = L
L = 0,7539 m
40
Sendo:
VL - velocidade linear da cadeira, em km/h.
ω2 - velocidade angular da roda, em rpm.
ω1*r1 = ω2*r2
ω1 = (ω2*r2)/r1 (3)
Sendo:
ω1 - velocidade angular engrenagem motora, em rpm
ω2 - velocidade angular engrenagem motriz, em rpm
r1 - raio engrenagem motora, em m
r2 - raio engrenagem motriz, em m
Para uma cadeira de rodas motorizada cuja soma das massas (cadeira,
cadeirante, módulos fotovoltaicos, motor de indução e baterias) aproxima-se de 140
kg, e considerando a aceleração da gravidade como 10m/s², o torque na roda
necessário para vencer a inércia da cadeira e movimentá-la em um terreno plano
pode ser determinado por (4) (SILVEIRA, 2011).
At *r + Fn *d = T (4)
Sendo:
At - coeficiente de atrito estático entre borracha/asfalto
r - raio roda de torque, em m
d - comprimento de contato pneu/solo, em m
T - torque de tração na roda, em N*m
Fn - componente de força normal, em N
T = 0,9*0,12 + 1400*0,01
T = 14,108 N*m
42
T=F*r
T / rr = Tm / rm
Tm = (T / rr) * rm (5)
Sendo:
T - torque de tração na roda, em Nm
Tm - torque de tração no eixo do motor, em Nm
rr - raio roda de torque, em m
rm - raio do eixo do motor, em m
Sendo:
Pm - potência do motor, em cv.
Tm - torque de tração no eixo do motor, em Nm.
n - velocidade angular do motor, em rpm.
Sendo:
Φ - inclinação da rampa, em graus
m - massa total a plena carga, em kg
g - aceleração da gravidade, em m/s²
Fn - componente de força normal, em N
Fn = (140*10) * cos(7,12°)
Fn = 1389 N
Sendo:
Ft - componente de força tangencial, em N
Então para uma massa total de 140 kg com a cadeira localizada sobre uma
rampa, foi encontrada a seguinte componente de força tangencial:
44
Ft = (140*10) * sen(7,12°)
Ft = 173 N
Sendo:
At - coeficiente de atrito estático entre borracha/asfalto
r - raio roda de torque, em m
d - comprimento de contato pneu/solo, em m
T - torque de tração na roda torque, em N*m
O motor da cadeira de rodas será alimentado a partir de uma bateria, que por
sua vez será carregada convencionalmente a partir de uma tomada ou do módulo
fotovoltaico instalado na cadeira.
brasileiro que tem dimensões adequadas para ficar localizado acima de uma cadeira
de rodas e com maior potência possível, é o modelo de 36 células de silício
policristalino 150Wp, dimensões 1470 x 680 x 35 mm, tensão de máxima potência
18,5V, corrente de máxima potência 8,12A, tensão de circuito aberto 22,9V, corrente
de curto circuito 8,61A, eficiência de 15%, marca Yingli (dados do fabricante).
O módulo Yingli policristalino 150Wp em condições ideais de incidência solar
(irradiação solar perpendicular as células fotovoltaicas, igual ou menor á 25°C), pode
produzir 150 W instantâneos, pouco mais de 40% da potência necessária para
operação do motor de indução em condições nominais.
3.4.2 Baterias
Pm*t = E (10)
Sendo:
Pm - potência do motor, em W
t - tempo de trabalho, em horas
E - energia consumida, em Wh
E = 372*2
E = 744 Wh
através de (11).
E = Vb * Ib (11)
Sendo:
Vb - tensão da bateria, em V
Ib - capacidade de armazenamento da bateria, em Ah
744 = 12 * Ib
Ib = 62 Ah
3.4.3 Inversor
Frequência fnom 60 Hz
Eficiência η 0,775
Número de polos p 4
Fonte: (Elaborado pelos autores).
48
Sendo:
Inom - corrente nominal da carga, em A
Pnom - potência nominal da carga, em W
Vnom - tensão de linha na carga, em V
FP - fator de potência
η - eficiência
Sendo:
Ic(t) - corrente de coletor, em A
Inom - corrente nominal da carga, em A
fnom - frequência nominal, em Hz
Ic(t) = √ * 1,57*sen(2π*60*t)
Ic(t) = 2,22*sen(377t) (A)
Sendo:
Da(t) - razão cíclica
Vnom - tensão nominal da carga, em V
49
(15)
Irms_IGBT = √ ∫
Sendo:
Irms_IGBT - corrente eficaz no semicondutor, em A
Irms_IGBT = √ ∫
Irms_IGBT = 0,981 A
Sendo:
Ipico_IGBT - corrente de pico no semicondutor, em A
Ipico_IGBT = √ * 1,57
Ipico_IGBT = 2,22 A
Sendo:
Imédia_IGBT - corrente média no semicondutor, em A
podendo ser de 1,5mm² apenas para iluminação. Considerando que para o projeto já
haviam sido doados condutores de seção 6mm² com dupla isolação, e também
4mm², serão utilizados condutores de 4mm² para conexão entre inversor de tensão,
inversor de frequência, e motor, e para as conexões entre fotovoltaico, controlador
de carga, bateria e inversor de tensão serão utilizados condutores de 6mm² de
seção nominal, o que garante um sobredimensionamento dos condutores, dando
maior segurança ao projeto.
Concluindo assim, o valor para motorizar uma cadeira manual foi de cerca de 30,2%
do valor médio para aquisição de uma cadeira motorizada no mercado (R$
10.000,00). Ressalta-se que esses valores não levaram em consideração os custos
de mão de obra, referindo-se apenas aos valores dos dispositivos utilizados para a
motorização da cadeira.
63
4 MONTAGEM E TESTES
No dia 14 de novembro de 2017 foram refeitos os testes, desta vez sob sol
forte às 14h e 30min (horário brasileiro de verão) com sol praticamente a pico,
temperatura aproximada em 40°C com o módulo localizado no mesmo lugar do teste
anterior, os resultados podem ser vistos na figura 40, tendo sido obtidos os
seguintes valores:
A base para suporte do motor, representada na figura 47, também foi fixada
com parafusos M6 através de pequenos furos na estrutura original da cadeira, assim
não comprometendo sua resistência mecânica. Uma das bases foi aproveitada da
“gaiola” da bateria, reduzindo o número de furos feitos na cadeira. Para uma maior
segurança estes parafusos foram rosqueados em buchas usinadas manualmente, e
alojadas no interior das barras de base da bateria e do motor.
A estrutura para receber a roda torque da cadeira foi montada nas pontas da
base inferior da cadeira. Foram soldadas quatro cantoneiras de aço carbono com
5mm de espessura em um tubo extensor, com a intenção de efetuar a fixação dos
dois mancais que realizam o movimento do eixo, pode ser visto na figura 50.
O eixo que fará a rotação da roda torque foi usinado com uma barra maciça
de aço ABNT 1020, material cedido pelo Instituto Federal. Nele foram soldadas duas
arruelas para servir de guia para fixação da roda torque e da coroa de transmissão.
A estrutura completa do eixo de torque instalado na cadeira pode ser vista na figura
51.
74
Para o sistema de direção foi realizada uma interligação frontal entre as rodas
dianteiras da cadeira, como mostrado na figura 52, fazendo com que o movimento
delas seja simultâneo, e limitando o movimento em aproximadamente um ângulo de
45°, considerando que com a motorização da cadeira mudanças de direção bruscas
podem ocasionar na inclinação lateral dela, ou até em capotamentos.
prolongada até a altura do apoio dos braços da cadeira, com um manípulo na parte
de cima permitindo assim o acionamento manual mecânico do sistema de direção da
cadeira, conforme indicado na figura 53.
● Testes estruturais;
● Testes no aumento de autonomia.
76
Após repetir os testes até a bateria não fornecer a tensão suficiente para
movimentar a carga no eixo do motor, obteve-se uma autonomia de
aproximadamente uma hora e trinta e sete minutos (motor em funcionamento).
O segundo teste foi realizado em bancada sob as mesmas condições do
primeiro, regime de funcionamento do motor ininterrupto durante 15 minutos e
permanecendo desligado durante 5, repetindo o ciclo até a bateria não fornecer
carga suficiente para movimentar a carga no eixo do motor.
O teste foi iniciado às 13:30 h (horário brasileiro de verão) em um dia
ensolarado e com muitas nuvens, e foi realizado com o módulo solar fotovoltaico
conectado à bateria, porém em uma área externa ao laboratório, assim como
demonstrado na figura 57, de forma a captar a incidência solar sobre suas células e
gerar energia elétrica para a bateria, simultaneamente ao consumo do motor.
Ao final dos testes, obteve-se o resultado que comprova a teoria referente ao
aumento de autonomia na cadeira, totalizando duas horas e onze minutos, com a
utilização da fonte alternativa de energia.
Com o uso do painel fotovoltaico obteve-se uma autonomia cerca de 35%
maior que apenas utilizando a bateria, mesmo em um dia parcialmente nublado, o
que em distância percorrida resultaria em aproximadamente 13,1km, distância
consideravelmente maior que a distância de 9,7km obtida sem a utilização da
energia alternativa. Valores estes analisados considerando a velocidade de
locomoção adotada no teste de 6 km/h. A tabela 5 ilustra os dados obtidos.
80
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
força nos braços), ou mesmo portador de algum tipo de deficiência nos membros
superiores, um sistema de controle motorizado é preferível. Essa adaptação pode
ser feita por meio da instalação de um motor de passo, interligado às rodas de
controle direcional, um estudo mais aprofundado é necessário para determinar o
torque necessário e o motor ideal, assim como o elemento de controle.
Outro tópico que necessita de melhoria é o sistema de carregamento em
tomadas. A princípio foi adquirida uma fonte chaveada com essa função, porém a
fonte chaveada selecionada fornece apenas 12V na sua saída, sendo necessário um
circuito externo elevador de tensão para que seja fornecido uma tensão superior a
da bateria, possibilitando assim o carregamento da mesma.
Um detalhe relevante para execução de trabalhos futuros, é que este
protótipo foi construído a partir de uma cadeira de rodas convencional usada.
Algumas das partes originais dela já não estavam em condições de receber todo o
peso que o sistema de motorização em conjunto com o usuário fornece, as
borrachas das rodas dianteiras já muito velhas e flácidas, se deformavam durante os
testes, assim como as juntas dobráveis para armazenamento da cadeira, possuíam
folga o que leva a variação do centro de gravidade durante a utilização dela. Desta
forma ocasiona uma resistência maior que a esperada para a locomoção da cadeira,
o que exigia maior força exercida pelo sistema de motorização, assim como
prejudicava os testes em solo.
A escolha do tema, é de suma importância para o desenvolvimento da
Tecnologia Assistiva, proporcionando uma nova perspectiva sobre o tema e
trazendo sugestões que podem contribuir no sentido de facilitar o acesso a usuários
de baixa renda, bem como maior mobilidade.
83
REFERÊNCIAS