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CENTRO UNIVERSITARIO - UNINTA

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇAO FISICA

ADAILTON CABRAL SOARES

A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS TRADICIONAIS NO


DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Campina Grande – PB

2018
2

ADAILTON CABRAL SOARES

A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS TRADICIONAIS NO


DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Projeto apresentado ao curso de


licenciatura em educação física, da
UNINTA como requisito para obtenção do
título de graduado.
Orientador: prof. Franciclaudio Gomes de
Araujo

Campina Grande - PB
2018
3

Os homens inteligentes caminham sobre a lua,


os homens atrevidos caminham sobre o fundo
do mar, mas os sábios caminham com Deus.
Leonard Ravenhill
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RESUMO

Este projeto de conclusão parcial da disciplina Estágio Supervisionado do Curso de


graduação em Educação Física, visa mostrar a importância dos jogos e das
brincadeiras tradicionais no desenvolvimento infantil de forma lúdica, com o objetivo
de demonstrar a importância do brincar no processo de desenvolvimento da criança
bem como na construção do conhecimento através das brincadeiras, jogos e
brinquedos. Devido a essa metodologia de abordagem às brincadeiras tradicionais
ainda ser um tema pouco explorado, contudo de grande relevância para a prática da
educação física, que o interesse dos pesquisadores vem aumentando cada vez
mais. Diante disso, percebeu-se a necessidade de valorização das brincadeiras que
estão sendo esquecidas, possuem um grande valor cultural e contribuem
significativamente para o desenvolvimento das crianças de modo social, afetivo,
cognitivo e intelectual. Por isso a necessidade de conhecer as brincadeiras
tradicionais e suas práticas.

Palavras-chave: Brincar; Criança; Desenvolvimento; Educação Física; Afetivo.


5

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 6
2. HISTÓRIA DA INFÂNCIA ........................................................................................................... 8
2.1 Uma breve história da infância ............................................................................................ 8
2.2 A infância no Brasil Escravista ............................................................................................ 9
3. BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS ........................................................................................ 11
3.1 O Brinquedo ............................................................................................................................ 11
3.2 A Brincadeira .......................................................................................................................... 13
3.3 Classificações dos jogos .................................................................................................... 14
4. A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS ................................................. 16
4.1 Evolução do brincar............................................................................................................. 16
4.2 Fases do desenvolvimento infantil ................................................................................... 18
4.3 A importância do brincar do desenvolvimento infantil ............................................... 18
4.4 Processos de desenvolvimento ................................................................................... 19
4.1.1 O desenvolvimento da linguagem. ............................................................................ 19
4.1.2 O desenvolvimento afetivo .......................................................................................... 19
4.1.3 O desenvolvimento moral ............................................................................................ 19
5. AS BRINCADEIRAS TRADICIONAIS .................................................................................... 20
5.1 O que são brincadeiras tradicionais? .............................................................................. 20
5.2 A importância das brincadeiras tradicionais ................................................................. 21
6. CRONOGRAMA ......................................................................................................................... 23
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 24
8. REFERENCIAS .......................................................................................................................... 25
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INTRODUÇÃO

O presente projeto mostra uma breve discussão sobre a importância das


brincadeiras tradicionais no desenvolvimento infantil, como desenvolvimento na
aprendizagem tanto cognitiva como intelectual das crianças. O brincar, ela utiliza
seus conhecimentos de mundo, manipular objetivos, interage com outros indivíduos
e criar novas situações ricas de aprendizagem. O ato de brincar se destaca com
fundamental importância no processo de aprendizagem da criança enquanto ser
humano.
Nos dias de hoje as brincadeiras estão cada vez mais monótonas e vem
perdendo espaço nas vidas das crianças para os computadores, jogos eletrônicos e
televisões. As crianças estão deixando os jogos lúdicos e espontâneos de lado, pois
os pais acham melhor deixarem seus filhos dentro de casa a altura dos seus olhos
do que deixar eles saírem para brincar com outras crianças.
A criança desenvolve pela experiência social, nas interações que estabelece,
desde cedo, com a experiência sócio histórico dos adultos e do mundo por eles
criado. A brincadeira é uma atividade humana, na qual as crianças são introduzidas
constituindo-se em um modo de assimilar e recriar a experiência sócio cultural dos
adultos. Há momentos em que a criança pode mostrar sua agilidade através da
competição, refletir sobre o fazer, organizar e desorganizar, construir e reconstruir,
crescer no aspecto cultural e social como parte essencial de uma sociedade.
A concepção da infância é historicamente construída e consequentemente
vem mudando, não se manifestando de maneira homogenia nem mesmo no interior
de uma sociedade e época.
A criança descobre o mundo através das brincadeiras, exercitando a
imaginação, desenvolve sua personalidade e suas habilidades, expressando sua
autonomia diante dos objetos, trabalhando seu emocional e ampliando seus
horizontes. Mas qual será o papel das brincadeiras e dos brinquedos no
desenvolvimento infantil?
O presente trabalho monográfico desenvolvido na área da educação através
de uma pesquisa bibliográfica busca mostrar o quanto é importante trabalhar com o
brincar, brincadeiras na infância, pois é nesse período que ela poderá adquirir o
gosto e a vontade de descobrir novas aventuras através do lúdico.
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Foram definidos os conceitos de brinquedos, brincadeiras e de jogo,


individualmente, os tipos e suas utilidades, para então obter as conclusões de que
brinquedos, brincadeiras e de jogo são importantes para o desenvolvimento
cognitivo e escolar da criança.
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2. HISTÓRIA DA INFÂNCIA

2.1 Uma breve história da infância

Segundo ARIES (1978), em suas abordagens, destaca um estudo cronológico


deste período de vida, partindo do período da idade média, onde o conceito da
infância se deu nas construções sociais em determinados períodos da história.
Na idade média não existia sentimento de infância que distinguisse a criança
do adulto, sendo a criança considerada um adulto em miniatura, ou seja, as crianças
ingressavam na sociedade dos adultos. Para a sociedade medieval, o importante era
a criança crescer rapidamente para poder participar do trabalho e atividades do
mundo adulto. Nos primeiros anos da infância todas as crianças independentemente
de sua condição social, eram colocadas em famílias estranhas para aprenderem as
atividades domésticas: os meninos eram entregues aos homes para que se
aprendesse a montar cavalo, caçar, montar táticas de guerras, entre outros. E as
meninas ficavam a cargo das mães.
Aries (2006, pag.156), ressalta.
“através do serviço que o mestre transmite a uma criança não ao seu
filho, mais ao filho do outro homem, a bagagem de conhecimento, a
experiência pratica e o valor humano que possa possuir ”.

Como eram vistas como miniaturas de adultos, as crianças realizavam as


mesmas atividades que as pessoas mais velhas, a vida cotidiana entre as criança e
os adultos se misturavam em reuniões de trabalho, passeios, e as crianças
participavam dos mesmos jogos e atividades dos adultos. A infância era tida apenas
como uma fase de transmissão para a vida adulta, uma vez considerados capazes
de sobreviver sem o suporte da mãe, já ingressavam na vida adulta.
Foi na Idade Média que as idades de vida começaram a ter importância,
durante este período existiam seis etapas de vida, as três primeiras que corresponde
a infância, sendo a primeira do nascimento aos sete anos, a segunda tendo início
dos sete até os quatorze, e a terceira idade entre quatorze e vinte anos eram as
etapas não valorizadas pela sociedade, somente a partir da quarta idade dos vinte e
um aos quarentas e cinco anos, a juventude, ainda existia na quinta idade
senectude, consideradas as pessoas que não eram velhas mais tinham passado da
juventude, a e sexta a velhice, a partir do sessenta anos até o fim da vida.
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No século XIII, ocorreram mudanças na perspectiva do conceito “criança”, a


sociedade passava a prezar pela inocência das crianças tendo como referência
sobre as crianças a representação em forma de anjinhos, através de esculturas e
pinturas de cenas do gênero infantil, a criança era retratada pela sua graça, beleza e
crença na sua pureza.
A infância era vista como uma fase sem importância, pois, os adultos não se
apegavam as crianças por considerá-las uma perda de tempo, pois elas morriam
com muita facilidade devido às situações em que viviam.
O registro das primeiras iniciativas de atendimento à família aparece nos
contexto da revolução industrial, do iluminismo e da constituição dos estados laicos,
havendo alterações nas relações sociais que tiveram reflexo nas organizações
familiar, escolar e no sentimento sobre a infância, influenciada pelas mais variadas
transformações sociais, políticas e econômicas que a sociedade vem sofrendo com
o decorrer dos séculos, apontam modificações no seio familiar e nas relações
estabelecidas entre pai e filhos. A tal evolução pode ser acompanhada por meio de
pesquisa, pinturas, esculturas, objetos e brinquedos da época. Tais mudanças foram
melhoradas e a preocupação com a saúde das crianças fez com que os pais não
aceitassem perdê-las com naturalidade.
Desta forma, os pais através da preocupação “de vigiar seus filhos mais de
perto e de não abandoná-los mais, mesmo temporariamente, aos cuidados de uma
outra família (ARIES, 2006, p159)” permitiu a aproximação entre pais e criança,
gerando um sentimento de família e de infância que antes não existia, a criança
tornou-se o centro das atenções, pois a família começou a se organizar em torno
dela.
A infância tomou o seu lugar na história alcançado pelo avanço do
conhecimento, na valorização de seus direitos na vida família e social e nas
instituições modo geral.

2.2 A infância no Brasil Escravista

No fim do século XIX, os índices de mortalidade infantil não eram vivenciados


com muito sofrimento devido a identificação da criança ao anjinho, puro e intocado
pelo pecado. O ideal suscitado pala imagem da criança dada ao menino jesus, a
criança anjo.
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No início, o atendimento a infância foi modificado pela assistência e amparo


as crianças necessitadas, com objetivo de diminuir a mortalidade infantil. A
economia colonial fundada no latifúndio e na mão-de-obra escrava proporcionou o
aparecimento do poder representado pela autoridade sem limite do dono de terra e
pela família patriarcal, o que favoreceu a importância de formas de pensamento e de
ideias dominantes na cultura medieva europeia.
A roda recebia criança de qualquer cor, mas seus usuários eram geralmente
os filhos de escravos. Os proprietários não se responsabilizavam pelos encargos da
criação dos filhos de seus escravos e ainda utilizavam as escravas como ama de
leite, trabalho este que não permitia a permanência dos filhos perto delas.
A partir da segunda metade do século XLX, essa pratica torna-se alvo de
críticas do movimento abolicionista e do movimento higienista: os médicos deixavam
apenas uma única opção segura para a mãe que era amamentar seu próprio filho,
ficando a escrava responsável apenas pelo serviço doméstico.
A partir de 1871, a roda começava a ser menos utilizadas e surge um novo
problema, pois, não se sabia o que fazer com os filhos das escravas. Surge então as
primeiras creches brasileiras, visando o atendimento dos filhos das trabalhadoras
domésticas. Também surgiram estabelecimentos de atendimento a infância a cargo
de particulares, mais não atendiam crianças da camada popular apenas as da elite.
A partir da década de 1970, criou-se um modelo voltado para a educação da
camadas menos favorecidas, onde a educação infantil passou a fazer parte da
Educação Básica Nacional, sendo motivo de preocupação dos órgãos que legislam
sobre educação, que por sua vez, determinaram ser dever do estado disponibilizar a
educação ao infante, e a garantia de atendimento em creches e pré-escolares para
crianças de zero a seis anos, sendo este o grande marco da história da educação
brasileira.
A idade de cinco a seis anos encarregar uma fase na vida da criança escrava,
dos seis aos dozes anos, ela aparece desempenhando pequenas tarefas e depois
dos dozes anos, meninos e meninas eram vistos como adultos no que se refere ao
trabalho e a sexualidade. A vara de marmelo e a palmatoria se incumbia de
transformar o antigo “anjinho” numa miniatura de adulto precoce.
Apenas com a institucionalização da escola é que o conceito de infância
começa lentamente a ser alterados. As crianças, atualmente escolarizadas mais
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cedo, desde os primeiros meses, passam todo o dia em creches ou em instituições


semelhantes.
Na sociedade contemporânea, as gerações vivem segmentadas em espaços
exclusivos, onde facilmente constatam-se a separação de faixas de idade, crianças,
adolescentes, adultos e idosos ocupam áreas reservadas como creches, escolas,
oficinas, escritórios, asilos entre outros. A exceção se dá no contexto familiar onde
ocorrem com mais frequência os encontros entre gerações, ao menos por
proximidades físicas.

3. BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

3.1 O Brinquedo

Na história das sociedades ocidentais, a criança e o brinquedo tomaram sobre


diferentes representações (PORTO, 2005). Ainda no século Xl haviam pequenas
miniaturas de objetos utilizados usadas pelos adultos, que serviam como enfeite de
estantes ou eram depositadas nos túmulos dos entes falecidos como uma formula
de amuleto. As fabricas produziam estatuetas de criança, mais na maioria das
vezes, tais imagens eram destinadas a fins religiosos.
Na idade média, as réplicas de adultos fora dando lugar aos brinquedos,
objeto que despertava interesse nas crianças no manusear desses objetos foi se
descobrindo, aos poucos, o mundo das brincadeiras. Quando houve a descoberta
das crianças pelos objetos decorativos, os adultos também perceberam que esses
objetos, que antes eram apenas para decorar estantes, agora passam a ter uma
nova função. Os brinquedos surgiam das mãos dos entalhadores de madeira, dos
produtores de velas, dos caldeireiros e artesoes entre outros.
Na segunda metade do século XIX, a indústria de brinquedos se expandiu e a
madeira começa a perder espaços para outros tipos de matérias como: metais,
vidros, papel e alabastro.
As brincadeiras que antes englobavam os adultos e criança, aos poucos
foram se transformando em uma especialidade das crianças. Alguns brinquedos e
brincadeiras surgiram divido a acontecimentos da época.
O brinquedo sempre chamou atenção da criança independente do tamanho
ou da qualidade, enquanto objeto, ele é sempre suporte de brincadeiras.
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Diferente do jogo, o brinquedo supõe uma intimidade com a criança e uma


indeterminação enquanto seu uso, nessa perspicácia, a criança amplia no brinquedo
suas sensibilidades, pois este vai este vai permitir a ela a curiosidade e
conhecimento ao mesmo tempo. É através do brinquedo que a criança faz sua
inclusão no mundo, com isso o conhecimento dos elementos. Muitas vezes, a
criança e levada a destruir alguns brinquedos na busca do entendimento e
conhecimento dos mesmos. Com isso, ela quebra e tenta concertar e, dai, vem o
descobrimento e o conhecimento do seu brinquedo.
Devemos respeitar os interesses e aptidões das crianças em relação a fase
em que se encontram, quando lhe damos brinquedos ou lhe propomos atividades
lúdicas.
Quando uma criança confecciona seu próprio brinquedo, aprende com seu
trabalho transformar matérias-primas oriundas da natureza em objetos novos, ou
seja, em um novo brinquedo.
O brinquedo pode gerar um sentimento mais próximo onde em algumas
situações o amigo não consegue construir tornando com isso o melhor amigo que
fala, ouve e sente, pois, a criança vive num mundo de imaginação onde os
brinquedos de ficção acabam ganhando vida e ao mesmo tempo sentimentos.
Vygotsky (1988), fala que é enorme a influência do brinquedo no
desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa
esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações
e tendência internas e não dos incentivos fornecido pelos objetos externos.
O autor ainda afirma que

“A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo


do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações no
pensamento e situações reais”. Vigotsky (1998)

Se considerarmos que a criança aprende de modo intuitivo adquire noções


espontâneas, em processos interativos envolvendo o ser humano inteiro com suas
cognições, afetividade, corpo e interações sociais, o brinquedo desempenha um
papel de grande relevância para desenvolvê-la.
Nos dias atuais, o apelo ao consumo fala mais alto, sobretudo quando atinge
as crianças para compra de atrativo brinquedo. O aperfeiçoamento dos brinquedos é
cada vez maior e a preocupação dos fabricantes vai desde os materiais. As cores,
as normas de segurança até a especificação das características dos brinquedos.
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3.2 A Brincadeira

A brincadeira é o meio natural para se desenvolver comportamentos morais.


E na brincadeira que a criança encontra o maior número de regras e o obedecer,
regras essas que não foram colocadas pelos adultos.
Brincar é uma experiência de cultura importante não apenas nos primeiros
anos da infância, mais durante todo o percurso de vida de qualquer ser humano.
O brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e
realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de
expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir
relações sócias com outros sujeitos, criança e adultos.
Para Vigotsky:
O brincar é fonte de desenvolvimento e de aprendizagem, constituindo uma
atividade que impulsiona o desenvolvimento, pois a criança se comporta de
forma mais avançada do que na vida cotidiana, exercendo papéis e
desenvolvendo ações que mobilizam novos conhecimentos, habilidades e
processos de desenvolvimento e de aprendizagem (VIGOTSKY, 1998, p.
81).

Segundo Oliveira:
O brincar não significa apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se
como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se
consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece
através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida.
Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades
importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda
propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como
afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade
(OLIVEIRA, 2000, p. 67).

Machado (1994, p. 28) ressalta que: “brincar ajuda a criança a ajudar-se não
só no ambiente físico mais também ao meio físico [...]”.
A brincadeira é como uma atividade social e é fundamental na interação e
construção de conhecimentos da realidade das crianças e a mesma faz com que
estabeleça um vínculo com função pedagógica. É por meio das brincadeiras que as
crianças podem desenvolver a sua própria liberdade e sua expressão, bem como a
sua criatividade no manuseio dos brinquedos. Pode-se considerar que os jogos,
brinquedos e brincadeiras são e serão fundamentais para o desenvolvimento infantil.
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Sendo assim, a brincadeira sempre aparece como forma educativa e


organizada, pois existe para criança que brinca certas decisões a tomar e, com o
companheirismo, ela aprende a conviver em grupo, como compreende o mundo em
que vive construindo e compartilhando significados assim como motivação atitudes
para sua sociabilidade e autonomia.
Em algumas ocasiões a criança brinca sozinha: esse comportamento é
frequente nos pequenos (mais egocêntricos), e em crianças que apresentam algum
distúrbio emocional. Em qualquer um dos casos, os objetivos ou os brinquedos
tomam vida e tornam-se parceiros da criança. A criança brinca também com as
palavras, sons, com seu próprio corpo ou com o espeço.
Zanluchi (2005) assevera ainda que “a criança brinca daquilo que vive; extrai
sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade
de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e
emoções dentro do contexto social, obtendo assim, melhores resultados gerais no
desenrolar da sua vida.
Para uma criança brincar de mamãe ela consegue transformar um lápis e
uma borracha em papai e mamãe, quando não tem uma boneca ao seu alcance. A
imaginação e a fantasia da criança são extremamente férteis: ela pode chegar a
criações incríveis de objetos de brincar. E o caso de brinquedos feito de sucata,
pano, madeira entre outros.
Sales oliveira (1986: p.25) aponta quatro possibilidades para definir o que o
brinquedo, tiradas de um dos mais conhecidos dicionários brasileiros, organizados
por Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (apud oliveira, 1986: p25).

• Objeto que serve para as crianças brincarem;

• Jogos de criança, brincadeira;

• Divertimento, passatempo, brincadeira;

• Festa, folia, folguedo, brincadeira.

3.3 Classificações dos jogos

Os jogos podem ser classificados de diferentes formas, de acorda com o


critério adotado. Vários autores se dedicaram ao estudo do jogo.
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Piaget elaborou uma “classificação genética baseada na evolução das


estruturas”. (PIAGET apud RIZZI, 1997).
Piaget classificou os jogos em três grandes categorias que correspondem as
três fases do desempenho infantil:
• Fase sensório-motora (do nascimento até os 2 anos): a criança brinca
sozinho, sem utilização da noção de regras.
• Fase pré-operaria (dos 2 aos 5 ou 6 anos): as crianças adquirem a noção
da existência de regras e começam a jogar com outra criança jogos de faz
de conta.
• Fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos): as crianças
aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos. Esta é a fase dos
jogos de regras como futebol, dama, entre outros.
Para Machado (1986, p. 85) os jogos classificam-se das seguintes formas:
• Grande jogo ou desporto – realizado comas equipes e com regras
internacionais e longa duração;
• Pequeno jogo de curta duração e de poucas regras – as regras dos jogos
variam de um lugar para outro, segundo os costumes do local. São jogos
motores ativos que convém a todas as crianças menores:
• Jogos dirigidos – apresentam características educativas e são orientadas
pelo professor. São submetidos a regras e cumprimentos, havendo mais
respeito ao direito do companheiro, obedecendo a uma sequência normal
do seu processo do desenvolvimento e crescimento;
• Jogo livre – são jogos escolhidos livremente pelo interesse do grupo;
• Jogos individuais – os jogadores agem sem companheiros. Esta forma de
Jogo é própria das crianças pequenas entre dois a seis anos de idade;
• Jogos coletivos – são aqueles em que a presença do companheiro é de
fundamental importância;

Teixeira (1997, p. 34), classifica os jogos de três formas, de acordo com suas
finalidades e maneiras de jogar:
• Sensoriais – são aqueles que ajudam a desenvolver os sentidos. Ex:
cabra-cega, pois neste jogo o sentido da audição é essencial;
• Raciocínio – desenvolve o raciocínio, ex: xadrez, palavras cruzadas entre
outros;
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• Motoras – é aquelas que exigem a participação de todo o corpo, mais


dependendo principalmente dos músculos, ex.: pega-pega.
Jean Piaget (apud RUZZI: HAYDAT, 1986, P. 11) também se dedicou a
elaboração de uma classificação de jogos, tentando anteriormente, os seguintes
procedimentos:
• Observação e registro dos jogos praticados pelas crianças em casa, na
escola e na rua, tendo relacionado maior número dos jogos infantis;
• A análise das classificações já existentes e aplicações dessas
classificações conhecidas a relação de jogos coletados;
• Tendo adotado como critério classificatório o grau de complexidade
mental, Piaget verificou que basicamente três tipos de estruturas que
caracterizam os jogos: o exercício, simbólico e de regras.
A partir dessas premissas, ele distribuiu os jogos em três categorias, cada
uma delas correspondendo a um tipo estrutura mental.
• Jogo de exercício sensoriais motor;
• Jogos simbólicos (de ficção ou imaginação e imitação);
• Jogos de regras.
As três classes de jogos correspondem as três fazes do desenvolvimento
mental ou cognitivo.

4. A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E DAS BRINCADEIRAS

4.1 Evolução do brincar

As brincadeiras das gerações anteriores eram criativas e ricas em


aprendizado. Permitindo que as crianças interagissem ao brincar, contribuíam para o
desenvolvimento físico, motor, cognitivo, o raciocínio logico, o equilíbrio, a
linguagem, dentre outras funções. Brincadeiras como: adoleta, bobinho, bola de
gude, cantigas de roda, cinco Marias, dança das cadeiras, esconde-esconde,
ciranda, passar anel, roda, amarelinha, pular elástico, cabo de guerra, cabra-cega,
boca de forno, o pique, o mestre mandou e suas variações estão sendo esquecidas,
ou seja, sendo substituídas.
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Nos últimos anos tem sido notável a mudança na cultura lúdica da criança. De
certa forma a cultura lúdica evoluiu, devido a chegada de novos brinquedos. Junto
com essa evolução chegaram os jogos eletrônicos e o videogame.
Brincadeiras que são desenvolvidas nas ruas em coletivas em coletividade,
praticadas por adultos e criança e geralmente, transmitidas de geração.
Com a evolução do lúdico surgiram novos brinquedos eletrônicos, e foram por
esses brinquedos que as brincadeiras tradicionais foram substituídas. A variedade
dos brinquedos se torna maior, deste modo fica cada vez mais difícil acompanhar o
ritmo do brinquedo ou do jogo que está na moda, tal sua agilidade e versatilidade.
As brincadeiras tradicionais estão ficando cada vez raras, de tal forma que
muitas crianças nem mesmo as conhecem.
Como ressalta Postman (1999, p.18)
“as brincadeiras de criança antes tão visíveis nas ruas das nossas cidades,
também estão desaparecendo. (...) os jogos infantis em resumo, são uma
espécie ameaçada”.

Com o aumento do índice de violência das grandes grande cidades, fez com
que as crianças fossem privadas de saírem para brincar nas ruas. O trânsito dos
carros aumentou, a velocidade em se percorrem as ruas também se tornou elevada.
Os ataques repentinos dos traficantes contra os cidadãos e militares. Todos esses
fatores influenciam para que o espaço do brincar se tornasse reduzido.
Mesmo vivendo rodeados em um mundo de novas tecnologias e tendo
dificuldade de encontrar um espaço para brincar, é necessário reconhecer que as
brincadeiras em coletivas e de grande valor para o desenvolvimento da integração
social da criança.
Com as novas tecnologias, as novas formas de se comunicar através de
brincadeiras com jogos eletrônicos e as comunicações online via internet são novos
meios de comunicação geniais para a evolução humana. Mas cabe reconhecer que
assim como vem ampliando a capacidade de interação social de forma virtual, vem
também reduzindo a interação presencialmente.
Portanto, as brincadeiras tradicionais, proporcionam reais capacidades de
interação social, pelo fato de compreender e compartilhar emoções com o outro.
Estes aspectos proporciona o desenvolvimento do reconhecimento das pessoas
pelo olhar, do ato de se comportar em grupo e saber se expor, se colocar através da
fala.
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Para algumas crianças a escola e o único momento que podem brincar sem
estar diretamente ligados a equipamentos eletrônicos, durante as aulas sentem
sensações diferentes do cotidiano como sentar no cão, rolar, gritar, extravasar.
Assim, a implantação dessas brincadeiras na educação infantil fundamenta-se
no fato de que o “brincar é uma das atividades fundamentais para o
desenvolvimento da identidade e da autonomia” (RCNEI, 1998, p.22).

4.2 Fases do desenvolvimento infantil

O desenvolvimento humano se realiza de estagio, de fases, na ordem para


todos indivíduos, e passam por essas fases, podendo até variar as idades.
Através do processo de equilíbrio surgem novas estruturas de pensamento,
novas formas de conhecimento, mas mesmo assim, as funções do desenvolvimento
serão as mesmas.
Para Peaget (1999), o desenvolvimento psíquico do ser humano se inicia
desde o nascimento e, na fase adulta, se estabiliza. Pode-se comparar o
crescimento orgânico da criança, que se encontra em evolução chegando a atingir o
nível estável na sua fase adulta.
Segundo Wadsworth (1992), Peaget definiu o desenvolvimento como um
processo continuo, no decorrer do qual ocorrem mudanças graduais. Sendo assim
destas mudanças que os esquemas são modificados continuamente. Peaget dividiu
o desenvolvimento intelectual em quatro grandes estágios: o sensório-motor; o pré-
operacional; o das operações concretas e o das operações formais.

4.3 A importância do brincar do desenvolvimento infantil

De acordo com Vigotsky: Ao discutir o papel do brinquedo, refere-se


especificamente à brincadeira de faz-de-conta, como brincar de casinha, brincar de
escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz
referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz-de-conta é privilegiada
em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a
criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém
todas as tendências do desenvolvimento, sob forma condensada, sendo ele mesmo
uma grande fonte de desenvolvimento. (VIGOTSKY, 1998, p. 139).
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4.4 Processos de desenvolvimento

4.1.1 O desenvolvimento da linguagem.

A linguagem é uma forma de se comunicar e se expressar; um meio, portanto


de interagir socialmente. Falar, ler e escrever são formas de o indivíduo ter acesso
aos conhecimentos historicamente e socialmente. Paralelamente, por meio da
linguagem, é possível desenvolver a memória, a imaginação e a criatividade, e muito
especialmente, passar o pensamento concreto ao pensamento mais abstrato. Até
adquirir a facilidade da linguagem, o jogo é o canal através dos quais os
pensamentos e sentimentos são comunicados pela criança. O jogo está relacionado
a representação simbólica e reflete a facilita o desenvolvimento dessa
representação.

4.1.2 O desenvolvimento afetivo

À medida que a criança se desenvolve e interage com o meio e com o grupo,


sua identidade, sua autoimagem positiva, suas personalidades são desenvolvidas. A
afetividade é uma constante no processo de construção do conhecimento e é ela
que, na verdade, irá influenciar o caminho da criança na escolha dos objetivos.
Amor, ódio, agressividade, medo, insegurança, tenção, alegria ou tristeza são
alguns dos afetos mais comuns, com os o educador deverá lidar para encaminhar a
criança no seu desenvolvimento.
A motivação é outro fator que influencia o desenvolvimento: se motivação é
grande, a criança irá se esforçar para fazer coisas mais complexas. A criança
efetivamente perturbada sofrerá um bloqueio no desenvolvimento geral, pois aos
problemas afetivos canalizarão energias.

4.1.3 O desenvolvimento moral

O desenvolvimento moral é igualmente um processo de construção que vem


do interior. As regras do exterior são adotadas como regras da criança, quando ela
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as constrói de forma voluntaria, sem pressões. A criança constrói regra moral


quando resolve “sacrificar certos benefícios imediatos em proveito de uma relação
reciproca de confiança com o adulto ou com outra criança” (Kamii, 1980). Essa
relação de confiança e respeito é o pano de fundo para desenvolvimento da
autonomia.
Os jogos em grupo, aqueles nos quais as crianças brincam juntas e segundo
regras convencionais, regras arbitrarias que são fixadas por convenção e consenso,
são particularmente interessantes.

5. AS BRINCADEIRAS TRADICIONAIS

5.1 O que são brincadeiras tradicionais?

As brincadeiras tradicionais compreendem uma diversidade de brincadeiras


que fazem parte da cultura popular como o folclore e as brincadeiras infantis. Essas
brincadeiras carregam com sigo um rico acervo da cultura popular infantil
preservando valores sociais transmitidos a décadas pela recreação e acumuladas
através do tempo.
De acordo com Friedmam (2006), as brincadeiras antigas fazem parte da
cultura popular e é transmitida de geração a geração, e são muito praticadas fora
das instituições oficiais e são assimiladas de maneira espontânea pelas crianças
sem nenhuma pressão, pois estas aprendem vendo as outras praticarem nas ruas,
praças, e em muitos lugares.

As brincadeiras tradicionais são expressivamente transmitidas de uma


geração a outra, fora das instituições oficiais, na rua, nos parques, nas
praças etc. Assimiladas pelas crianças de espontânea, mudando de forma
com o passar do tempo – variam suas regras, culturas e grupos sociais,
mais seu conteúdo permanece o mesmo. (FRIEDMAM, 2006 p. 78)

Como parte da cultura popular, as brincadeiras tradicionais são transmitidas


de maneira informal e ultrapassam as inovações tecnológicas produzidas pelo
homem mantendo sua tradição de cultura popular e tradicional.
21

“Uma cultura é popular e tradicional porque se transforma numa resistência


politica significativa e dinâmica as inovações impostas pela classe
dominantes”. (FRIEDMAM, 2006 p. 74)

Sua transmissão é feita de forma oral, por imitação e se a necessidade de ser


transmitida através das instituições formais de ensino, além de servirem como
instrumento de ligação entre o passado e o presente, proporcionando a preservação
da cultura popular.

5.2 A importância das brincadeiras tradicionais

As brincadeiras tradicionais ao serem resgatadas e conhecidas pelas crianças


atuais tem grande significado, pois trazem uma gama de conhecimento sobre a
cultura popular, que deve ser resgatado e preservado para outras gerações. Assim
como muitas outras manifestações da cultura popular, essas brincadeiras também
sofrem transformações constantes e correm o grande risco de desaparecem.

“brincadeiras tradicionais propiciam além de contato privilegio com a cultura


da comunidade de um melhor desenvolvimento motor e da criatividade dos
participantes.” (FERES, 1996, p. 115)

Essas brincadeiras possuem uma grande capacidade de contribuir com o


desenvolvimento das crianças nos dias atuais. Elas estimulam a criança a participar
das mais variadas atividades físicas proporcionando um maior aprimoramento das
potencialidades motoras, sensoriais, sociais, afetivas, intelectuais e linguísticas.
O resgate das brincadeiras tradicionais tem grande contribuição para o
desenvolvimento das crianças enriquecendo sua cultura corporal além de possibilitar
a valorização do saber e da cultura popular. Com isso é preciso que se valorizem
essas brincadeiras e se resgatem outras que já estão no esquecimento da nossa
sociedade.

Esse resgate proporciona ainda as crianças um saber popular, transmissor


de cultura, que lhes possibilita descobrir os códigos básicos da sociedade
em que viviam, apresentando um enorme potencial educativo. (FARIA
JUNIOR, 1996, P.55)
22

É importante destacar a função delas dentro do sistema educacional, uma


dessas funções é proporcionar o crescimento e o desenvolvimento das crianças e
servem também como instrumento prático para os educadores as utilizarem no
trabalho diretamente com as crianças.
Para Falcão e Ramos (2002):

“a criança aprende melhor brincando e todos os conteúdos podem ser


ensinados através das brincadeiras, ou seja, em atividades
predominantemente lúdicas. As atividades com os brinquedos dentro do
sistema educacional propiciam o desenvolvimento integral de
educando.”(HEREDA PINHEIRO, 2007)

As brincadeiras tradicionais ajudam a criança a desenvolver o seu intelecto,


contribuindo para o desenvolvimento educacional, que ajuda a crescer como pessoa
e ser humano educado e capaz de lutar por uma sociedade melhor para todos. Ao
participar de uma brincadeira, a criança desperta a sua criatividade, proporcionando
a busca por novos conhecimentos, podendo assim se tornar um sujeito ativo, critico,
participativo e capaz de se opor as atividades de dominação da sociedade
dominante.
Brincar para a criança é usar sua criatividade para utilizar objetos que
proporcionem prazer, descontração e alegria no momento da brincadeira,
valorizando o seu interior. Na utilização das atividades lúdicas na educação é
interessante aproveitar-se das brincadeiras tradicionais que surgem de maneira
espontânea nos grupos das crianças, pois estas são prazerosos e servem para a
verificação de necessidades, interessante dos alunos, além de proporcionar o
desenvolvimento da inteligência e das aprendizagens especificas.
É de grande importância o resgate dessas brincadeiras nos dias de hoje, é
importante que sejam valorizados os materiais disponíveis na escola, no bairro ou na
comunidade através de encontros que envolvam os avós, os pais, e os filhos.
23

6. CRONOGRAMA

Junho Julho
Maio

Observação no local
da pesquisa
x

Observação das
aulas do professor
x
X

Elaboração do
X
projeto

Revisão bibliográfica X

Aplicação de do
X X
projeto

Processamento dos
X
dados
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo deste trabalho, buscou-se levantar questões relevantes da pratica


das brincadeiras tradicionais. Considera-se a pesquisa bibliográfica importante, pois
proporciona o entendimento de se empregar brincadeiras de forma espontâneas
para um melhor desenvolvimento infantil.
Na infância as brincadeiras são de suma importância e deve ser frequente na
vida das crianças. O resgate das brincadeiras tradicionais como conteúdo da
educação física, nos leva a refletir sobre a importância das atividades espontâneas
na vida das crianças.
As brincadeiras tradicionais estão sendo esquecidas e poucas vivenciadas por
elas, pois as brincadeiras estão cada vez mais monótonas e vem perdendo espaço
nas vidas das crianças para os computadores, jogos eletrônicos e televisões. As
crianças deixarem os jogos lúdicos e espontâneos de lado, pois os pais acham
melhor deixarem seu filho dentro de casa à altura dos seus olhos que os deixar
saírem para brincar com outras crianças.
Além disso, o lúdico envolve motivação, interesse, e satisfação, ativando
aspectos referentes às emoções e à afetividade, componentes importantes no
processo de construção do conhecimento.
A construção do saber com base no lúdico leva a criança, enquanto participa do
jogo, a elaborar metas, a perceber e explorar diferentes estímulos, a antecipar
resultados, a levantar diferentes hipóteses e a formular estratégias. Concluindo este
trabalho, é possível dizer que os jogos, brinquedos e brincadeiras utilizados como
recursos pedagógicos, não são elementos que trazem o saber pronto e acabado, ao
contrário, esse saber precisa ser ativado pelos alunos.
Também foi possível verificar a importância da pratica das brincadeiras, pois
desenvolve habilidades de memória, atenção e concentração, além do prazer da
criança em participar de atividades. O brincar permite ainda, aprender a lidar com as
emoções. Pelo brincar, a criança equilibra as tensões provenientes de seu mundo
cultural, construindo sua individualidade, sua marca pessoal, sua personalidade.
25

8. REFERENCIAS

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26

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