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ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE ABANDONO INTELECTUAL, MATERIAL E

AFETIVO*

Conselho Nacional de Justiça

A Constituição Federal determina, no artigo 229, que os pais têm o dever de assistir,
criar e educar os filhos menores, da mesma forma que os filhos maiores têm a
obrigação de amparar os pais na velhice, carência ou# enfermidade. Quando esse
dever não é cumprido, pode ser caracterizado, na Justiça, como crimes de abandono
intelectual, material ou, conforme a jurisprudência recente firmada no Superior
Tribunal de Justiça (STJ), abandono afetivo. Para esses crimes estão previstas penas
como a detenção e o pagamento de indenizações à vítima.

No Brasil, os crimes de abandono material e intelectual estão previstos no Código


Penal, no capítulo III, intitulado “Dos crimes contra a assistência familiar”. Conforme
estabelece o artigo 244 do código, o abandono material acontece quando se deixa de
prover, sem justa causa, a subsistência do filho menor de 18 anos, não
proporcionando os recursos necessários ou deixando de pagar a pensão alimentícia
acordada na Justiça ou, ainda, deixar de socorrê-lo em uma enfermidade grave. A
pena para este crime é de um a quatro anos de detenção, além de multa fixada entre
um e dez salários mínimos.

Já o abandono intelectual ocorre quando o pai, a mãe ou o responsável deixa de


garantir a educação primária de seu filho sem justa causa. O objetivo da norma é
garantir que toda criança tenha direito à educação, evitando a evasão escolar. Dessa
forma, os pais têm a obrigação de assegurar a permanência dos filhos na escola dos
4 aos 17 anos. A pena fixada para esta situação é de quinze dias a um mês de
reclusão, além de multa. Outra forma de abandono intelectual por parte dos pais
estabelecida pelo Código Penal é permitir que um menor frequente casas de jogo ou
conviva com pessoa viciosa ou de má-vida, frequente espetáculo capaz de pervertê-
lo, resida ou trabalhe em casa de prostituição, mendigue ou sirva de mendigo para
excitar a comiseração pública.

Abandono Afetivo - Quando caracterizada a indiferença afetiva de um genitor em


relação a seus filhos, ainda que não exista abandono material e intelectual, pode ser
constatado, na Justiça, o abandono afetivo. Apesar desse problema familiar sempre
ter existido na sociedade, apenas nos últimos anos o tema começou a ser levado à
Justiça, por meio de ações em que as vítimas, no caso os filhos, pedem indenizações
pelo dano de abandono afetivo. Algumas decisões do Superior Tribunal de Justiça
(STJ) são no sentido de conceder a indenização, considerando que o abandono
afetivo constitui descumprimento do dever legal de cuidado, criação, educação e
companhia presente, previstos implicitamente na Constituição Federal.

Abandono de recém-nascido - Frequentemente noticiado na mídia, o abandono de


bebês recém-nascidos constitui crime previsto no artigo 134 do Código Penal, cuja
pena de detenção de até dois anos pode ser aumentada para até seis anos caso o
abandono resulte em lesão corporal de natureza grave ou em morte da criança. De
acordo com o artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), qualquer
gestante que queira entregar o seu filho à adoção pode fazê-lo com segurança e
respaldo do Poder Judiciário. A gestante deve procurar a Vara de Infância, onde será
atendida por uma equipe psicossocial e terá direito à assistência jurídica pela
defensoria pública.

Fonte:

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Entenda a diferença entre abandono


intelectual, material e afetivo. JusBrasil. Disponível em:
<http://cnj.jusbrasil.com.br/noticias/222926205/entenda-a-diferenca-entre- abandono-
intelectual-material-e-afetivo?ref=news_feed>. Acesso em: 24 ago. 2015.

* Disponível em http://esmpa.tjpa.jus.br/esmpa/detalha_artigo2.php?codigo=44.
Capturado em 04/09/2018.

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