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Desenvolvimento do Juízo Moral e Afetividade na Teoria de Jean Piaget

Introdução
Yves de La Taille, coautor do livro “Teorias Psicogenéticas em discussão” (1992), aborda os estados do
desenvolvimento moral na criança relacionando afetividade e cognição, a partir do livro de Jean Piaget , “O
julgamento moral na criança” de 1932.

O desenvolvimento do juízo moral na criança


Piaget utilizou o jogo coletivo de regras como campo de pesquisa por considerá-lo paradigmático para a moralidade
humana. Piaget dividiu em três etapas a evolução da prática e da consciência de regras:

Anomia (a-nomia, “ausência de leis”, até As crianças não seguem atividades com regras coletivas e interessa-
5/6 anos) se, antes, em satisfazerem seus interesses motores ou suas fantasias
simbólicas;
Heteronomia(hetero-nomia, “a lei vem do As crianças vêm as regras como algo de origem imutável, não
outro”, até 9/10 anos) entendem o sentido de harmonização das regras, assemelhando-as
ás leis da física– vide Realismo Moral
Autonomia: (auto- nomia, “a lei vem de si Legitimação das regras. O respeito a regras é gerado por meio de
mesmo”) acordos mútuos. É a última fase do desenvolvimento da moral.

O dever moral
Para verificar a hipótese de que, o ingresso da criança no universo moral certamente se dá pela aprendizagem de
diversos deveres a ela impostos pelos pais e adultos em geral, Piaget realizou experimentos, com crianças na fase de
heteronomia, apresentando a elas dilemas morais a serem julgados (danos materiais, mentira e roubo) e verifica o
que chamou de Realismo Moral, um apego literal ás regras, que desconsidera a intencionalidade e prioriza as
consequências.

A Justiça
Piaget fecha seu ensaio pelo estudo da justiça, que é a mais racional de todas as noções. A criança irá formular seu
senso de justiça paralelamente às fases do desenvolvimento moral, crianças menores pensarão na Justiça imanente:
“todo crime será castigado, mesmo que seja por forças da natureza”; crianças maiores relativizarão entre sanções
expiatórias: “quando a qualidade do castigo é estranha àquele delito” e sanções por reciprocidade: “ser punido de
forma coerente ao delito cometido”.

As duas morais da criança e os tipos de relações sociais


A divergência central entre Piaget e Durkheim é que enquanto Durkheim entendia a sociedade como um “ser”,
afirmava os fatores morais como uma unidade, e identificava uma mesma origem para o dever e o bem. Piaget via a
sociedade como um conjunto de relações interindividuais, negava a unidade dos fatos morais, e acreditava que o
dever e o bem têm origens e formação diferentes. Piaget deixou claro que tudo que Durkheim disse é verdadeiro,
porém incompleto.Para Piaget, a formação do sentimento de obrigatoriedade, do dever, encontra-se nas relações de
coação. O bem, por sua vez, é resultado da cooperação.

Afetividade e inteligência na teoria piagetiana do desenvolvimento do juízo moral


Não há, na teoria piagetiana, uma luta entre afetividade e moral. O afeto e moral se conjugam em harmonia: o
sujeito autônomo não é reprimido, mas um homem livre, convencido de que o respeito mútuo é bom e legítimo. Tal
liberdade lhe vem de sua Razão, e sua afetividade adere espontaneamente a seus ditames. Segundo Piaget não pode
haver alguma ação sem desejabilidade, ou seja, sem um afeto que deve ser mais forte que os outros, e que não pode
ser reduzido a uma expressão da Razão. Por isso, ele introduz o sentimento de sagrado.

Referências Bibliográficas
LA TAILLE, Yves de, OLIVEIRA, Marta Kohl de, DANTAS, Heloysa. 1992. Piaget, Vygotsky, Wallon – teorias
psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus.

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