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Astrologia
Tradicional
Parte 8
A palavra “aspecto” tem origem latina
(aspectu) e significa observar, ver, olhar.
No contexto astrológico, considera-se que
existe um aspecto entre planetas quando
estes “olham” um para o outro, ou seja,
Os Aspectos quando estabelecem uma relação.
Os aspectos entre os planetas indicam o
tipo de dinâmica existente entre eles e
descrevem a ação dos planetas no
horóscopo.
Os aspectos têm a sua origem na
geometria do próprio Zodíaco e nas
naturezas dos signos.
Planetas colocados no mesmo signo estão
sujeitos às mesmas qualidades, pelo que
Os cinco se conclui que a sua ação se combina.
aspectos Neste caso diz-se que os planetas estão
em conjunção.
Planetas em signos opostos agem de
forma contrária um ao outro, provocando
conflito e divisão. Neste caso diz-se que
estão em oposição.
Quando dois planetas se situam em signos
do mesmo elemento, estão sob influência
das mesmas qualidades primitivas e as
suas ações combinam-se de forma fácil e
fluida. Diz-se que estão em trígono.
Da mesma forma, planetas em signos com
Trígono e elementos diferentes, mas do mesmo
Sextil gênero, partilham a mesma temperatura:
o Quente no caso dos signos masculinos,
e o Frio no caso dos femininos. O seu
relacionamento não é tão fluente como
no caso anterior, mas a relação é
simpática. Diz-se então que estão em
sextil.
Planetas situados em signos cuja
temperatura é incompatível mas que
partilham o mesmo modo dizem-se em
quadratura.
Quadratura Este aspecto representa um
relacionamento difícil e propenso a
atritos.
Os Aspectos
Os Aspectos Angulares
Na prática astrológica a definição de
aspecto é mais restrita.
Em vez de considerar os signos para
estabelecer a relação de aspecto,
considera-se apenas o ângulo que
estes formam no Zodíaco.
Signos em oposição estão num
ângulo de 180°, em trígono, num
ângulo de 120°, em quadratura a 90°
e sextil a 60°.
Assim, a relação entre signos
converte-se numa relação
geométrica. Considera-se então que
os planetas estão em oposição
quando entre eles existir um ângulo
de 180°, em trígono quando em
ângulo de 120°, etc.
Deste modo, o aspecto define-se na prática
como uma relação angular entre dois
planetas, baseada na estrutura geométrica do
Zodíaco.
Note-se que os ângulos representados pelos
aspectos são geocêntricos, ou seja, são
medidos a partir do centro da Terra.
Relações Representam a relação angular entre dois
planetas, na perspectiva de um observador
terrestre.
Angulares
entre os
Planetas
Ficam fora deste sistema quatro signos: os dois
imediatamente adjacentes ao ponto de
partida (a 30° de distância) e os dois que
ladeiam o signo oposto (a 150°) que não fazem
parte do sistema tradicional de aspectos. Estes
signos nada partilham com o signo de partida -
nem a temperatura, nem o modo - não
estabelecendo, portanto, uma relação com
As este. Tradicionalmente diz-se que os planetas
Inconjunções assim colocados não podem observar-se (ou
seja, aspectar-se).
Alguns autores afirmam ainda que as relações
angulares de 30° são muito fracas e que as de
150° não resultam de uma divisão uniforme da
esfera, portanto, não são consideradas. Estas
relações angulares de 30° e 150° são
denominadas inconjunções.
As
Inconjunções
Como já referimos várias vezes a palavra
aspecto quer dizer “ver” ou “observar”.
Considera-se que os planetas colocados nos
ângulos de 180°, 120°, 90° e 60° podem
observar-se, logo aspectar-se.
Na base deste conceito está a luz emitida
pelos planetas. A tradição astrológica
A luz como considera que os aspectos se formam porque
base dos os planetas envolvidos se tocam com a sua luz.
No caso da conjunção os planetas encontram-
aspectos se “fisicamente”, misturando as suas luzes; ao
passo que os restantes aspectos se formam
por irradiação.
No caso da oposição, trígono, quadratura e
sextil, o planeta irradia a sua luz, que ao tocar
noutro planeta permite que se possam
observar, formando o aspecto.
Este conceito baseia-se nos princípios da
óptica antiga.
Os estudiosos da Antiguidade afirmavam
que a visão existia porque os olhos
emitiam raios; ao tocar num objeto estes
A luz como raios permitiam a sua visualização.
base dos Sabemos hoje que o que se passa é
exatamente o oposto: são os nossos olhos
aspectos que captam a luz dos objetos e por isso
podemos vê-los.
Contudo, o princípio básico mantém-se,
sublinhando a importância da luz na
Astrologia Tradicional.
Nesta perspectiva, a conjunção não deve
ser considerada um aspecto pois trata-se
da interação corpo-a-corpo dos planetas e
não da visualização mútua.
A luz como Na verdade, deve-se distinguir entre a
base dos conjunção corpórea e os aspectos
propriamente ditos.
aspectos Para simplificar, ao longo do livro vamos
referir-nos à conjunção como aspecto,
mas não queríamos deixar de assinalar a
diferença.
Nos horóscopos raramente encontramos
aspectos exatos.
Considera-se que cada planeta tem um
campo de influência a partir do qual pode
interagir (ou seja, formar aspecto) com
outros planetas.
Este campo, denominado orbe, pode ser
visualizado como uma esfera de irradiação
ao redor do planeta.
Os Orbes O foco desta esfera (ou orbe) é o próprio
grau onde o planeta se encontra, o seu
corpo.
Os orbes são expressos em raio, o que
quer dizer que a influência ou orbe do
planeta vai estender-se para a frente e
para trás do planeta um determinado
número de graus.
Os Orbes
Os Orbes
Os orbes são geralmente medidos em
raio; alguns autores apresentam variações
ligeiras destes valores (por exemplo, 17°
de raio para o Sol e 8° para Vênus), mas a
grande maioria usa os valores indicados.
Por exemplo: o orbe da Lua tem um
Os Orbes diâmetro de 24° estendendo-se 12° para a
frente e para trás da posição zodiacal do
planeta.
Se a Lua estiver posicionada a 17° de
Capricórnio, o seu orbe estende-se desde
de 5° até 29° do signo. Dentro deste
campo a Lua forma conjunções.
Orbe da Lua
Para os outros aspectos, o orbe da Lua é
irradiado na direção das zonas do Zodíaco
com que forma aspecto, como se
projetasse focos da sua luz.
Desta forma, a Lua aspecta por oposição
tudo o que estiver situado entre os 5° e os
29° de Caranguejo (o signo oposto a
Capricórnio); forma quadraturas a tudo o
Orbe da Lua que se encontrar entre os mesmos graus
de Carneiro e de Balança (os signos que se
situam a 90° de Capricórnio); faz trígonos
aos que estiverem nos mesmos graus de
Touro e de Virgem (signos do mesmo
elemento e a 120° de Capricórnio); e por
fim aspecta por sextis qualquer planeta ou
ponto situado nos mesmos graus de
Peixes e de Escorpião (signos a 60° de
distância).
Os Aspectos
da Lua
Considera-se, então, que se forma um
aspecto quando o orbe do planeta com
maior número de graus de irradiação toca
o corpo (ou seja, o grau do Zodíaco) em
que se encontra o outro planeta.
Retomemos o exemplo anterior, da Lua a
17° de Capricórnio e Marte a 10° de
Os Orbes Virgem. Observamos que o orbe da Lua,
que se estende de 5° a 29° do signo, toca
por trígono o posicionamento de Marte.
Da mesma forma, o orbe de Marte, que se
estende de 2° a 18° de Virgem toca por
irradiação o grau zodiacal da Lua. Diz-se
então que o aspecto entre os planetas é
mútuo.
Aspecto entre
Lua e Marte
Um aspecto considera-se partil quando os
planetas se encontram no mesmo grau e o
aspecto entre eles é exato.
Quanto está fora desse limite, mas dentro
do orbe necessário, o aspecto diz-se
plático.
Partil e Plático Quanto mais exato for um aspecto mais
intenso será o seu efeito.
O termo partil pode ser facilmente
substituído pela expressão "exato" e
plático por "dentro de orbe", no entanto,
ficam aqui referenciados os termos
técnicos.
Devido às diferenças de orbes entre os
planetas, por vezes, os aspectos não são
mútuos: a orbe do planeta A pode tocar o
corpo do planeta B, mas a orbe de B pode
não tocar o corpo de A.
Aspectos Nesse caso temos um aspecto um pouco
Unilaterais mais fraco. Apenas quando os dois
planetas estão dentro dos orbes um do
outro o aspecto está verdadeiramente
ativo.
Por exemplo, tomemos o Sol a 2° de
Gêmeos e Saturno a 13° do mesmo signo.
Aspectos
Unilaterais
O orbe do Sol (com 15° de raio) estende-
se até 17° de Gêmeos, tocando o corpo de
Saturno a 15°.
No entanto, o orbe de Saturno só alcança
até 4° de Gêmeos, não tocando o corpo
do Sol.
Aspectos Dizemos então que Saturno está no orbe
Unilaterais de Sol, mas o Sol não está no orbe de
Saturno.
Há uma conjunção entre os dois planetas,
mas o aspecto é unilateral e não tem
expressão total.
A mesma lógica se aplica às oposições,
trígonos, quadraturas e sextis.
Devido ao desfasamento criado pelo
comprimento da orbe do planeta, pode
acontecer formarem-se aspectos entre
signos cuja natureza não é compatível.
Aspectos Isto ocorre quando os planetas estão
Dissociados colocados no fim de um signo e o seu
orbe alcança o signo seguinte; ou quando
estão colocados no princípio do signo e o
orbe ainda abarca parte do signo anterior.
Neste caso temos um aspecto dissociado.
Aspectos Dissociados
O planeta A está a 28° de Leão e o planeta B
a 2° de Virgem, formando uma conjunção
bastante próxima (apenas a 4° de
afastamento) mas entre dois signos
adjacentes, que não se aspectam.
O planeta C, a 1º de Touro, forma um sextil
ao planeta D, a 29º de Aquário; é um
aspecto próximo (2° de afastamento), mas
entre signos que estão naturalmente em
quadratura.
O planeta E, a 27° de Virgem, forma uma
quadratura ao planeta F, a 2° de
Capricórnio; apesar de ser uma quadratura
próxima (5° de afastamento), os signos
envolvidos estão normalmente em trígono.
O planeta G está a 27° de Caranguejo, em
oposição ao planeta H, a 1° de Aquário; esta
oposição próxima (4° de afastamento) liga
signos que normalmente não se aspectam.
A validade destes aspectos é muitas
vezes fonte de discussão entre os
autores.
Os mais antigos só consideravam o
aspecto quando ocorria nos signos
adequados, enquanto a maioria dos
Aspectos autores posteriores (a parti da Idade
Média) consideram o aspecto válido
Dissociados desde que esteja dentro de orbe.
Para a tradição, aspectos dissociados não
são considerados aspectos.
Os orbes são importantes para a
determinar a força do aspecto, mas não
para determiná-lo em si.
Os planetas podem também formar
aspectos a outros componentes do
Aspectos com horóscopo como o Ascendente, o MC, as
Pontos do Partes, etc.
Como estes elementos são pontos
Mapa matemáticos e não corpos celestes, não
lhes é atribuído um orbe próprio.
Alguns autores renascentistas (séculos XV
e XVI) utilizam uma regra ligeiramente
diferente para a formação de aspectos.
Embora considerem o mesmo conceito de
Variações na orbe, afirmam que o aspecto só se forma
Definição de quando a metade do raio de orbe de um
planeta toca a metade de raio de orbe do
Aspecto outro.
Faz-se então uma divisão das metades de
orbe cujo termo técnico é "metade" (do
francês, moitie).
Variações na Definição de Aspecto