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br Quero casar certo é leitura indispensável para quem


facebook.com/prjosuegoncalves pretende namorar ou está a caminho do matrimônio.
(11) 4035-7575 Os autores se juntaram a fim de ajudar os jovens a Josué Gonçalves é terapeuta
Av. Santa Isabel, 591 estruturar sua família desde o namoro. Se comerçar familiar, pastor presidente do
Vila Aparecida com a fundação certa, será mais fácil continuar a Ministério Família Debaixo da
Bragança Paulista/SP construção de uma casa cheia da aprovação de Deus Graça. Mora com a esposa,
CEP 12912-780 Rousemary em Bragança Paulis-
e da alegria que isto proporciona. ta, e é pai de Letícia, Douglas e
Como encontrar a pessoa certa e o que fazer depois Pedro e avô de Luísa, Davi e
Joaquim. Através dos seminá-
www.jesuscopy.com disso são os segredos que os autores revelarão a
rios, encontros e congressos,
facebook.com/jesuscopy qualquer um que quiser honrar a Deus e ser feliz. mais de 100.000 casais são
instagram.com/jesus_copy Compre, leia e compartilhe. alcançados anualmente com a
(11) 2473-5077
ministração da Palavra de Deus.
A maior ferramenta de seu mi-
Josué Gonçalves nistério é 1h e meia de programa
de TV em rede nacional através
Pastor, casado com Rousemary, terapeuta
da RedeTV. Veiculados aos sába-
familiar e conferencista internacional. É a voz
dos às 8h e 10h45 e aos domigos,
da família no Brasil, Josué Gonçalves tem se
dedicado a este foco desde 1990. Seu ministério às 14h. Os testemunhos são
já alcançou todo o Brasil, EUA, Canadá, Europa, emocionantes do que Deus tem
Japão e outros países. feito através do ministério. Hoje,
Josué é considerado o pastor da
família no Brasil.

ves ouglas
s G o n ça l e Davi, D ão
Dougla ai d e L u ís a
de S Douglas Gonçalves é casa-
c o m Valéria, p e la U n iversida
Casado ia p vens
d o e m Psicolog o p a stor de jo us do com Valéria, pai de Luísa e
a m
é form Atua co ia de De Davi. Formado em Psicologia
o (USF). ssemblé r da
Francisc e é me m b ro (A
P e é direto glas pela Universidade São Francis-
ja q u s ta / S
na igre a Pauli ça. Dou co (USF), atua como pastor de
Braganç o da Gra
FDG) em Família Debaix JesusCopy .
®

ç ã o ç ã o jovens na igreja que é membro


Assoc ia mobiliz a
zador da (Assembléia de Deus FDG) em
é ideali Bragança Paulista/SP e é diretor
ISBN 978-85-60535-74-3 da Associação Família Debaixo
da Graça. Douglas é Idealizador
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da mobilização JesusCopy®.
www.jesuscopy.com
(11) 4035-7575
Primeiro passo:
ore para encontrar;
não encontre
para orar

N
o texto que abre este capítulo, em Gênesis 24.1-
16, encontramos uma fonte de inspiração para
fazermos as escolhas certas em cinco passos.
Abraão não estava preocupado apenas com o futuro amo-
roso de seu filho Isaque; ele não estava preocupado em ter
uma nora “legal” ou “bacaninha”. Não era exatamente isso
o que o patriarca procurava.
Abraão já era um homem bastante maduro, aprovado
por Deus e por seus familiares e amigos; ele tivera uma gran-
de experiência com Deus e havia recebido Dele promessas
difíceis – isso do ponto de vista humano. Mas Abraão não

01
baixava a guarda com relação às dificuldades e o desejo de
vê-las cumpridas em sua vida, porque Deus já havia feito
muitos milagres em sua vida. Portanto, a maior preocupação
de Abrão estava em relação à promessa de Deus, ou seja,
Abraão não tomava a frente nas decisões que envolvia a sua
vida e a vida e negócios de sua família: ele colocava Deus à
frente de suas decisões.
E havia alguma promessa específica que influencia-
ria até mesmo na escolha de uma nora?! Sim, havia. Deus
havia prometido que a partir de Abraão teria início uma
grande e numerosa nação. Um povo surgiria a partir do
descendente que nasceria de Abraão. A sua preocupação,
portanto, era em relação ao casamento de Isaque, pois esse
casamento definiria as características da futura nação de
Israel, que seria a nação da promessa de Deus. Caso Isaque
se casasse com a pessoa errada, pensava Abraão, todo o
plano de Deus seria frustrado. Um casamento com a pes-
soa errada poderia amaldiçoar uma geração inteira – mais
do que isso, será que não comprometeria todo o plano da
salvação que Deus havia elaborado para a humanidade? A
salvação vem dos judeus.
Assim ocorre hoje com cada um de nós. Imagine que
você pode fazer parte de um plano de Deus para alcan-
çar uma vida perdida, uma família, uma cidade, um país!
Será que a sua preocupação com as escolhas pessoais está
levando em conta a boa, perfeita e agradável vontade de
Deus?

02
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus,
que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racio-
nal. E não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos pela renovação do vosso enten-
dimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.1, 2).

Uma pessoa que não dá a devida atenção e não toma o


devido cuidado para tomar as decisões importantes de sua
vida pode arruinar a si mesmo e aos outros também. Quem
se casa com a pessoa errada, terá maior probabilidade de ter
problemas durante esse casamento e durante a sua vida. Mui-
tos casamentos que começam mal, mesmo entrando em crise,
podem vir a ter filhos – como de fato os têm! E a consequ-
ência “natural” desse quadro de crise onde um filho ou uma
filha nascem é aumentar a pressão sobre o relacionamento do
casal. De repente um dos lados não aguenta mais a pressão,
ou os dois desabam sob o clima tenso que se cria, e procura-
rá escape para as suas aflições fora do casamento. É quando
fica criado o cenário “ideal” por onde entra um adultério, um
caso amoroso que pode pôr um fim a primeira família. O fim
é o divórcio, a situação imediata que “alivia” aparentemente
a crise do casal, mas que afeta silenciosamente os filhos que
o presenciam, provocando feridas profundas na alma deles.
Imagine que esses filhos feridos também escolherão
errado, porque aprenderam errado (ou não tiveram quem

03
os ensinasse certo), e se casarão com pessoas erradas e não
terão por perto os seus pais para ajudarem em suas escolhas
– e escolhas são o nosso tema principal. Note como um
erro leva à outro erro e vai afetando as futuras famílias. Isso
pode acontecer em nossos dias, pode acontecer conosco.
Pior que isso, essas coisas acontecem com mais frequência
do que você pode imaginar.
Abraão sabia da sua responsabilidade sobre o casamen-
to de seu filho. E Deus sabe da responsabilidade que o seu
casamento tem sobre outras vidas. Por isso Ele quer que
você escolha bem e escolha certo.
Na época de Abraão e Isaque não era comum os jovens
namorarem. Naquela época o jovem não saía para paquerar.
Uma moça era escolhida pelos pais e eles se casavam. A
nossa cultura mudou os modos e hoje temos tempo para
conhecer melhor a pessoas com quem nos comprometemos
a casar. E penso que podemos tomar Eliezer, o servo de
Abraão que escolheu a esposa de Isaque, como referência.
O princípio que ele criou deve ser aplicado por nós em nos-
sas escolhas.
Assim, o primeiro passo para escolher bem e esco-
lher certo é orar antes de escolher.
Não escolha para depois orar. Um grande erro que eu
vejo os jovens cometer, especialmente os que estão na igre-
ja, é que eles procuram alguém para ser o companheiro ou
companheira deles, para serem a futura esposa ou o futuro
marido, e eles procuram por muito tempo. Então, só depois

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de encontrarem alguém que “é do seu número”, é que co-
meçam a orar. Ou seja, primeiro os cuidados “cosméticos”
com a aparência, com a forma, com a imagem e semelhança
dos seus próprios desejos e fantasias, para depois, por últi-
mo, fazerem a vontade de Deus “autorizar” as escolhas que
eles já fizeram. Bem, não parece ser exatamente isso que a
Bíblia está ensinando pela vida e testemunho de Eliezer.
Qual é o problema desse método? – alguém poderá per-
guntar. O problema é que escolher antes de entrar em ora-
ção, antes de buscar a direção de Deus, naturalmente levará
a fazer escolhas que saciam os apetites carnais. E quando a
carne está no primeiro plano, quando a carne está dando as
ordens, dificilmente ela deixará você em paz. A carne tem
os seus “meios” de driblar o espírito e por isso precisamos,
desde o início, colocá-la no seu lugar; é preciso mortificá-la.
Do contrário, o que acontecerá é bem conhecido de todos.
Imagine que você começou a olhar com os olhos carnais
e a procurar alguém para namorar. Se você tivesse um binócu-
lo, usaria o binóculo onde quer que fosse: na igreja, na escola,
na reunião com os amigos. E chegando a um lugar onde po-
derá ter alguém para namorar, você começaria a sua caçada.
Quando encontrar uma pessoa que interesse, será o seu
olho carnal que a escolheu. Aquela pessoa entrará no seu
coração e só depois você começará a orar a Deus. E você
começará a pedir a Deus: “Deus, olha aquela pessoa, Se-
nhor... eu quero essa pessoa, Senhor. Abençoa para que dê
certo, Senhor, eu quero ela Senhor, eu quero ela”.

05
Depois de fazer a primeira oração, começará o proces-
so de descoberta para saber se aquela pessoa é a pessoa “que
Deus escolheu” para você – isso depois de VOCÊ ter esco-
lhido a pessoa.
Então, você irá querer uma confirmação que venha rá-
pida, e o caminho rápido qual é? Sim, ir a um profeta, e
sempre há um profeta na sua igreja. Diante do profeta, você
dirá: “Ore por mim, irmão, porque eu quero descobrir ‘se
uma pessoa’ é de Deus”.
O profeta orará e dirá: “Olha, Deus mandou dizer pra
você que essa pessoa não é da vontade Dele”. O que você
pensará? “Ah, essa profecia foi da carne, vou a outro pro-
feta”. E você irá ao outro profeta, e pedirá nova profecia...
digo, nova oração. E você ficará nesse processo de oração
em oração, de busca em busca, de profeta em profeta até
achar alguém que fale o que você quer ouvir. Não con-
tei nenhuma novidade, certo? Todos sabemos que é assim
que a carne comanda os planos do Espírito e frustra as
promessas de Deus para nós.
O perigo que corremos ao agir assim não está no mo-
mento quando Deus fala “não” para a nossa vontade ou
escolha. O perigo está quando Deus age permissivamente,
quando Deus permite e diz “sim” a uma escolha que já foi
feita e da qual não queremos abrir mão em favor da promes-
sa e da vontade de Deus.
O perigo está na insistência, na marra que fazemos
contra as escolhas de Deus, até chegar o momento em que

06
Deus deixa de insistir conosco e nós pensamos que Ele está
abençoando. Então, nós vamos em frente e namoramos.
Quando não queremos ouvir a Deus na primeira pa-
lavra que Ele nos dá, nem na segunda; quando não quere-
mos ouvir a Deus através dos nossos pais, através de um
profeta, através da Palavra, através de um sinal que Ele
pode dar, através de uma pregação, o Senhor não esgota
os caminhos. Se você não quer ouvir assim, poderá ouvir
através da dor, que é um meio traumático, mas muitas ve-
zes tem funcionado com cristãos que insistem em perver-
ter o caminho de Deus.
Há vários jovens com o coração despedaçado, “só o
caco” e no chão, porque não ouviram a Deus das primeiras
vezes que Ele falou. Eu espero que este não seja o seu mé-
todo preferido, porque é bem mais tranquilo o modo usado
pelo servo de Abraão. Concorda?
Eliezer foi à procura de uma esposa, como muitos
jovens estão fazendo hoje. Mas o que ele fez de tão im-
portante? Ele mandou que os seus camelos se ajoelhas-
sem, depois ele também se ajoelhou e começou a orar.
Ele pediu que Deus tivesse misericórdia dele naquela
missão. E começou a clamar para que Deus desse a ele
a direção necessária, para que Deus mostrasse a pessoa
certa que estivesse dentro dos Seus propósitos. A carne
de Isaque não participou “do processo seletivo”. Houve
cem por cento de acerto porque tudo foi guiado pelo
Espírito!

07
Eliezer propôs a Deus o seguinte. Ele chegaria ao vilarejo
onde Abraão ordenou que fosse buscar a jovem para Isaque. E
Eliezer deveria trazer de lá uma esposa para o seu senhor. Mas
Eliezer não sabia qual das jovens do lugar estava nos planos de
Deus. Então ele fez a oração pedindo ao Senhor que mostrasse
a pessoa certa. E pediu que fosse dado um sinal.
Eliezer tinha certeza? Não, e Deus não tem medo de
nossas dúvidas. Há dois tipos de dúvidas. Uma é aquela que
nos afasta de Deus e a outra é a que nos aproxima Dele.
Quando Tomé teve dúvidas, ele não saiu da casa onde es-
tava com Jesus ressuscitado; Jesus foi até Tomé e permitiu
que ele tocasse nas suas mãos furadas e no seu lado ferido,
e disse a Tomé que não duvidasse, mas que fosse crente.
Dúvidas não assustam a Deus.
Eliezer pediu a Deus que ficasse “cego” a fim de não
ver a jovem errada, mas que seus olhos espirituais fossem
abertos para poder enxergar quem o Senhor escolheu. Ele
orou e aconteceu algo bem legal. É que no meio da sua ora-
ção, Rebeca apareceu. A Bíblia diz que ele ainda estava oran-
do quando Rebeca veio andando para o centro do vilarejo
onde havia uma fonte. Ela iria tirar água no poço e quando
Eliezer abriu os olhos, a viu.
Lembro de um jovem que estava desesperado para
resolver um problema na área amorosa. Ele foi a um cul-
to procurar ajuda, mas estava tão desesperado que chegou
mais cedo. Ele se ajoelhou ao lado do banco de madeira e
começou a fazer uma oração mais ou menos assim:

08
Senhor, eu não aguento mais ficar sozinho. Oh,
Pai, eu estou vendo todo mundo se casar, eu estou
vendo todo mundo encontrar uma companheira,
a sua Rebeca, e eu aqui, Senhor Jesus. Pai eu não
aguento mais, e hoje eu quero fazer um trato com
o Senhor aqui. Olha, eu vou orar mais um pouco
e quando eu terminar essa oração, Senhor Jesus,
eu vou me levantar e a primeira menina que eu vir,
será essa a escolhida do Senhor para mim.

Só que aconteceu uma coisa que não estava nos planos da-
quele rapaz. Havia uma garota na igreja e ela o ouviu fazer a ora-
ção. O rapaz havia imaginado uma menina diferente daquela que
estava na igreja. Ele imaginou uma menina que não fosse “tão
avantajada” em relação a ele, que não tivesse “um olho atraído
pelo outo”, que não faltasse um dente ou outro, entende?
Ocorre que ela ouviu a oração... e resolveu “ajudar a
Deus e o rapaz”.
E o que ela fez? Sentou-se no banco atrás de onde ele
fazia a oração. O rapaz, orando fervorosamente, olhos fe-
chados, crendo na “resposta de Deus”. Ele encerrou a ora-
ção dizendo: “É agora, Senhor... é agora”.
Quando levantou a cabeça, abriu os olhos e viu a garota
que estava fora de seus planos, ele fechou rapidamente os
olhos e disse: “Senhor, brincadeira tem hora! Esse não é o
momento para essas coisas, Senhor. Esse é um momento
sério e santo, Senhor!”.

09
Brincadeiras à parte, a lição que aprendemos é que você
precisa orar quando quiser encontrar a pessoa certa e não
encontrar a pessoa e só depois orar. Mas é preciso começar a
orar antes do desespero bater à porta. Do contrário, correrá o
risco de passar pela experiência “emocionante” desse jovem.
Ore para Deus livrar você das pessoas que não estão
nos planos de Deus, pois o Diabo, ouvindo a sua oração –
e mesmo sem ouvir – pode querer interferir nos planos, e
certamente fará isso.
Ore para que Deus tenha misericórdia de você nos as-
suntos sobre essa área de sua vida. Você não pode errar na
escolha da pessoa com quem passará a vida toda. Contar
com o divórcio não é melhor do que escolher bem e esco-
lher certo.
Se você errar na escolha da faculdade, poderá fazer ou-
tro curso ou transferir-se a tempo. Se você errar na escolha
da profissão, poderá pedir demissão e entrar em outra car-
reira. Mas devemos evitar erros na escolha do cônjuge.
Clame a Deus antes de usar o binóculo.
Uma boa dica é começar orar e pedir a Deus para que
mostre a pessoa e o caminho certo sem ter uma pessoa especí-
fica em mente, sem estar de olho em alguém. A imparcialidade
é tudo e o Senhor mostrará o que Ele escolheu para você, por-
que Ele tem prazer em abençoar a sua vida e a escolha.
Ele é o Deus da aliança. Ele é um Deus de alianças, Ele
terá prazer no seu casamento, Ele terá prazer na sua futura
família

10
Segundo passo:
Ouça as suas
autoridades

N
ós, que vivemos no Brasil, temos acompanhado
as mudanças que estão ocorrendo em nossa cul-
tura e, consequentemente, na política. Mudam as
condições culturais e logo alguns políticos querem se apro-
veitar disso para ganhar apoio público e fortalecer o seu
poder político. Veja, por exemplo, a questão da família.
Nos últimos anos tem havido um enfraquecimento das
famílias, o que não é apenas problema daqueles que não estão
frequentando as igrejas. Nós, cristãos, vivemos neste mundo
e queiramos ou não sofremos reflexos de tudo o que acontece
em nossa sociedade. Nós trabalhamos nas mesmas empresas

11
que os não cristãos, compramos nos mesmos supermerca-
dos que os não cristãos, frequentamos os mesmos shoppings
centers e os mesmos restaurantes que os não cristãos. Assim,
influenciamos e somos influenciados por eles.
Muitas famílias têm abandonado o hábito de desenvol-
ver a religiosidade e, com isso, afastaram-se das religiões. Há
uma geração que não teve contato mais próximo com a reli-
gião. Até as pesquisas do IBGE demonstram isso. E mesmo
aquelas famílias e seus filhos que tiveram alguma afinidade
com a religião, em muitos e muitos casos esse contato foi
relativo em vez de ser mais intenso e comprometido.
E o que isso tem a ver com a cultura? Tem muito a ver.
E o problema mais gritante é a rejeição a toda e qualquer
forma de hierarquia, consequentemente, a rejeição de todo
e qualquer respeito às autoridades. Como essa geração não
aprendeu que é preciso temer a Deus Pai, consequentemen-
te não compreendeu que abaixo de Deus há os pais, as auto-
ridades civis, políticas, religiosas, comunitárias, na escola, no
trabalho etc. Como não aprenderam sobre Deus e a ordem
que Deus coloca em nosso mundo, pensam que não há or-
dem alguma em nenhum lugar.
Quando olhamos para a história de Isaque, é interes-
sante notar que ele não vai até Abraão e diz: “Ô, coroa,
tá maluco de escolher esposa pra mim? Eu é que vou es-
colher a esposa que eu quero. Eu é que sei os gostos que
tenho, eu é que sei a cor de olhos que gosto, o estilo de
cabelo que gosto”.

12
Não, não, Isaque respeitava e confiava na autoridade
que estava sobre si. E se este é o exemplo, o modelo que dá
o princípio de ação para os cristãos, então ouça as autorida-
des! Elas são a voz de Deus para a sua vida. A Bíblia diz que
devemos honrar a pai e mãe e tudo irá bem a todas as áreas
das nossas vidas, especialmente no casamento.
A maior autoridade que Deus colocou sobre nós são
os nossos pais.
Eu lembro de quando conheci a Valéria; a nossa história
é muito legal, porque eu tinha doze anos quando eu a co-
nheci. Nós estávamos na mesma igreja e teria uma festa de
comemoração dos 500 anos do Brasil. Isso foi no ano 2000
e talvez você se lembre. A igreja montou um palco na rua de
nossa igreja para fazer uma ação evangelística e ensaiamos
uma peça para ser encenada, uma peça sobre o cego de Jericó.
Eu era o cego de Jericó e durante os ensaios conheci a
Valéria.
Na peça, Valéria era parte da multidão e ficava falando
com o cego assim: “Fica quieto, Jesus não vai te ouvir”.
E ali eu conheci Valéria e me apaixonei por ela; eu tinha
doze anos, apenas. Eu sofria os efeitos dessa paixão, incluin-
do aquelas “borboletas no estomago” que sentimos quando
vimos a pessoa, a sudorese na mão, tudo.
Eu era apaixonado por ela, mas não falava com ela.
Eu tinha muita vergonha. Quando queria me expressar,
pedia a alguém para falar por mim ou enviava uma carta.
Era muito legal.

13
O tempo passou, eu gostava da Valéria e ela gostava de
mim e nós ficávamos “nessa” de mensageiros e carteiros para
nos corresponder. Eu nunca beijei a Valéria, nunca fiquei
com a Valéria. Graças a Deus, Ele nos manteve na inocência.
Depois de um tempo eu mudei de igreja e a Valéria
também mudou e nós nos separamos, não nos vimos mais.
O meu pai me deu uma grande oportunidade de estu-
dar nos Estados Unidos durante um ano, e quando eu estava
nos Estados Unidos, voltei a falar com a Valéria pelo MSN
– claro, eu era tímido e pelo MSN dava para ficar “escondi-
do”, protegido. E foi falando com a Valéria pelo MSN que
eu me declarei para ela. Pelo MSN é mais fácil, não? Eu me
declarei todo corajoso, e então voltei para o Brasil quando
tinha dezessete anos de idade.
Quando voltei para o Brasil, fui falar com o meu pai
sobre a Valéria. Disse algo assim:
“Pai, eu estou pensando em namorar uma moça... o
senhor a conhece”.
A Valéria falou que isso foi inusitado, por ser a primeira
vez que um rapaz foi conversar com o pai dele pedindo au-
torização para namorar, em vez de falar com o pai da moça.
Mas eu creio na voz de Deus e creio que meu pai é usado
por Ele, como também creio na palavra que sai da boca da
minha mãe como sendo palavra da autoridade de Deus so-
bre a minha vida. Se o seu pai ama você, se a sua mãe ama
você – e não tenha dúvida de que amam mesmo – eles não
deixarão você se casar mal e se casar com a pessoa errada.

14
Se eles estiverem vendo alguma coisa errada, eles fala-
rão com você.
Se eles tiverem um sentimento ruim em relação à pes-
soa pela qual você se apaixonou, eles falarão com você.
Eles não vão se calar, porque eles dariam a vida por
você. Não adianta vir perguntar a mim qual o melhor ca-
minho que você deve tomar, porque eu não conheço nem
amo você tanto quanto eles amam. Não adianta ir pergun-
tar para o seu líder de jovens qual o melhor caminho que
você deve seguir, embora pareça bem legal a orientação
que ele dá; quem ama a ponto de dar a vida por você são
os seus pais.
Pergunte a eles qual é o melhor caminho. Peça a ele:
“Pai, vamos orar comigo? Eu estou pensando em namorar
aquela garota... o que o senhor acha?”. Ou: “Pai, aquele me-
nino veio me procurar e disse que está gostando de mim.
Ele quer namorar comigo; o que o senhor acha disso?”.
Deixe Deus falar com você através da boca deles. Ouça
a autoridade de vocês.
Eu tenho uma filha de três anos de idade e lembro
que quando era menor ela aprendeu a andar. O primeiro
lugar que ela aprendeu a ir para mexer foi aos espelhos
das tomadas. E ela ia sempre que estava solta no chão. Ao
certo pensava: “Um buraco! ou colocar o meu dedo lá”.
Acho que as crianças pensam isso. Um buraquinho do
tamanho do dedo delas, então é obvio que é para colocar
o dedo ali.

15
O que eu fazia era tirá-la de lá, e ela esperneava. E ela
queria voltar e eu tirava ela novamente e dizia “não”, “se for
necessário eu vou dar uma batidinha na sua mão, mas eu
não vou deixar você por o dedo na tomada”.
Esses são os nossos pais cuidando de nós desde cedo.
Tem horas que você não está vendo a situação toda e eles
têm mais experiência que você e a visão deles vê coisas que
não aparecem agora – veem o choque que pode tomar se
colocar o dedo na tomada.
Nossos pais já “bateram muita cabeça” na vida deles.
Eles já cometeram muitos erros e muitos acertos, e querem
evitar que nós cometamos os mesmos erros bobos, por isso,
peça a orientação dos seus pais. Ouça as autoridades que
são, eles são a voz de Deus sobre a sua vida. Ouça as suas
autoridades se quiser escolher certo e escolher bem.

16
Terceiro passo:
Escolha alguém
da família

E
ntre os jovens que estão na Igreja, é comum ouvir
a reclamação de que não há “ninguém” com quem
possam levar um relacionamento a sério. Essa des-
culpa é a porta para sair atrás de alguém “de fora”. E essa foi
uma das preocupações de Abraão quando enviou o servo
Eliezer à casa de seus parentes – “escolha alguém da minha
família”. Interessante essa preocupação de Abraão com re-
lação à origem da própria nora.

17
Abraão obrigou Eliezer a fazer um juramento. Ordenou
que colocasse a mão debaixo da sua coxa e jurasse que não
iria trazer uma mulher que não fosse da sua família, do seu
sangue. Alguns pesquisadores da história dos costumes ca-
naneus dizem que para fazer esse juramento, o servo deveria
segurar os testículos do seu senhor. Caso estivesse mentindo,
a sensibilidade do senhor perceberia algum modo de altera-
ção, na firmeza com segurava os órgãos ou a temperatura da
palma da mão. A Bíblia, ao traduzir, teria “amenizado” a ex-
pressão, usando um eufemismo para a passagem.
O ponto importante da passagem não é esse, mas o
ensino de que nós temos que escolher alguém que seja
“gente nossa”. Temos de escolher alguém da nossa família
de fé para nos casar. E por que deve ser assim? Porque
as pessoas que professam a mesma fé que nós também
devem ter os mesmos costumes, os mesmos ideais, as mes-
mas crenças e esperanças que temos. Certamente é por
isso que Paulo escreveu:

Não vos prendais a um jugo desigual com os infi-


éis; porque que sociedade tem a justiça com a in-
justiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
(2Co 6.14)

Abraão sabia que Isaque não era dali, digo, Isaque era
do céu, tinha promessas maiores da parte de Deus e era
necessário encontrar para ele uma mulher que não fosse da-

18
quelas que queriam viver a vida terrena, mas que entendesse
que era também era do céu, que também tinha promessas
mais elevadas.
Sara Sheeva1 disse algo muito legal sobre isso. E eu
guardei no meu coração as suas palavras. Ela disse: “Eu me
recuso a amar alguém que não ama o meu Jesus”. Como
pode um cristão se unir a alguém que não ama a Jesus? Faz
todo o sentido o que Sara disse. Unir-se a uma pessoa que
pensa diferente de você no que diz respeito à fé é provocar
uma divisão radical já no início da sua relação, do seu namo-
ro. Quem é que garante que amanhã ou depois essa pessoa
irá amar a Jesus? Ninguém garante, e o próprio Paulo diz
que de fato não há qualquer garantia. Ele faz uma pergunta
retórica, daquelas perguntas que fazemos “só para constar”,
mas que a resposta já sabemos, porque a resposta é óbvia.
Leia o que ele escreveu em 1Corintios 7.16:

Porque, donde sabes, ó mulher, se salvarás teu


marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás
tua mulher?

Claro que ninguém pode saber se o atual namorado ou


noivo, ou o cônjuge, será salvo no futuro. Só Jesus sabe e a
nossa paixão não revela coisas dessa natureza; aliás, a paixão

1 Sarah Sheeva é Cantora, Compositora, Escritora, Missionária e Pastora Aspirante.


Começou a compor aos três anos de idade, quando seus pais ainda faziam parte do grupo
Novos Baianos, nos anos 70.

19
nada revela, antes, deixa cego quem está apaixonado e se
deixa dominar por este sentimento.
Não se case com alguém de fora da família da fé, em
nome de Jesus. Quer fazer um exercício de aprendizado
bem interessante? Se conhece alguém que é o único evan-
gélico dentro da família, que não tem os demais parentes
evangélicos, procure essa pessoa e bata um papo com ela
por uns minutos. Pergunte a ela como que é ter parentes
que não servem ao Senhor, que não entendem o que você
vai fazer na igreja, que não entende o que é a oração e o seu
valor, que não entende o que significa ler a Bíblia e acreditar
nela nem o que é buscar a Deus.
Ou responda você mesmo a seguinte pergunta: Como
você vai dividir a cama com alguém que não ama o seu Jesus?
Eu ouvi a história de uma adolescente que frequentava
a igreja com os pais, como você e eu. Ela ia para a escola to-
dos os dias e passava em frente a uma lanchonete. Na frente
dessa lanchonete sempre ficavam uns rapazes que estavam
ali para mexer com as meninas, falando coisas, assoviando,
você sabe como é.
Mas havia um daqueles jovens que em vez de ficar me-
xendo, ele a seguia, indo conversar com ela. E isso começou
a chamar a atenção dela, porque ele começou a elogiá-la, de
vez em quando ele levava um presentinho para conquistá-la
até que finalmente usou a técnica “clássica”: se tornou ami-
go do irmão dela. O próximo passo foi frequentar a casa,
jogar vídeo game com o irmão e tudo mais.

20
Depois da “amizade” com o irmão até ao pediu em na-
moro foi fácil e rápido. E ela nem gostava muito dele, mas
aceitou, ao menos para viver uma aventura relâmpago, já
que não estava fazendo nada de interessante. Sabe como é...
Começaram a namorar e logo o namoro se mostrou
conturbado; mas seguiram namorando. Ela, aos poucos, co-
meçou a frequentar menos a igreja, porque ele não era cren-
te e queria ir ao shopping nos horários de culto. Afinal de
contas, “que mal tem ir ao shopping”? A desculpinha “bá-
sica” é: “Eu não posso deixar o meu namorado ir sozinho
ao shopping”. E assim, ela o acompanhava, tendo que faltar
ao culto. Juntos eles iam ao cinema, iam ali, iam lá até que a
igreja passou a ser história do passado. O namoro contur-
bado? Sim, cada vez mais. Começaram a brigar com mais
frequência, já que eram dois adolescentes imaturos. Efeito
sanfona também teve: terminavam e voltavam, terminavam
e voltavam até o momento quando ela disse: “Chega! Não
aguento mais”. E terminou de vez.
O apelido que esse rapaz tinha no bairro era “Liso”; o
sobrenome dele era Alves, mas penso que você o conhece
pelo primeiro nome: Lindenberg. O nome da menina era
Eloá. Esse rapaz não aguentou o término do namoro e a
manteve em cárcere privado, assassinando-a no mesmo dia.
Todos os jornais e programas de notícia do país mostraram
o drama daquela família.
Não entre nessa onda de “aventurina”, de “tirar uma
onda”, de ficar só para matar a curiosidade ou a vontade.

21
Escolhendo alguém que seja da sua família você estará esco-
lhendo a vida (Dt 30.19).
Esperar em Deus é considerado por alguns como per-
da de tempo, mas isso é uma repetição, em que as pessoas
começam a dizer coisas das quais não sabem e outros que
sabem menos ainda vão atrás repetindo o que ouviram; pa-
rece uma “lei” a demora de Deus, mas não é. Nem é demo-
ra. Deus não demora nem atrasa. Veja o que escreveu Pedro:
“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a
têm por tardia” (2Pe 3.9).
O Senhor irá preparar o melhor para você dentro da
família da fé e não será um processo demorado. Se ainda
não aconteceu, um dos motivos pode ser que você ou a
pessoa ainda não estão prontos. E juntar-se a uma pessoa
que não está pronta, ainda que esteja com vontade, pode es-
tragar tudo. Dentro da família da fé, com alguém que serve
ao Senhor, com alguém que ama a Jesus, com alguém que
respeitará você: esse é o melhor de Deus para a sua vida.
A Bíblia diz que o marido deve amar a sua esposa assim
como Jesus ama a sua Igreja. Como alguém de fora da Igreja
amará você do modo como Jesus ama a Igreja, se ele nem
sabe quem é Jesus? Você tem uma resposta razoável para
esta pergunta?
Escolha alguém da sua família da fé. Foi isso que o
servo de Abraão fez. Ele viajou quilômetros para escolher
alguém da família de Abraão, mas encontrou uma pessoa
que tinha os mesmos ideais e o mesmo pensamento.

22
Quarto passo:
Não escolha com
os olhos

D
e tempo em tempo as coisas mudam nas relações
humanas. Mudando as relações, mudam os pro-
cedimentos que costuram essas relações. Veja,
por exemplo, como mudou a relação professor-aluno de uns
anos para cá. Até a bem pouco tempo as aulas eram dadas
com o professor escrevendo na lousa ou fazendo ditados e
os alunos escrevendo em seus cadernos. Quem questionava
esse modelo? Ninguém.

23
Mas de uns anos para cá, com a massificação dos apa-
relhos eletrônicos e a criançada desde cedo estando ligadíssi-
ma a eles, a interação dos pequeninos com o mundo exterior
interferiu diretamente na execução e apresentação das aulas.
Imagine como é a cabeça de uma criança que joga games que
mudam de tela freneticamente, onde tudo se movimenta e os
cenários são alterados em questão de segundos. Agora com-
pare essa situação atraente para as crianças a uma aula monó-
tona, onde a professora escreve na lousa lentamente, a criança
deve copiar rapidamente porque em uns minutos ela apagará
o que escreveu; depois a professora fará um ditado e a criança
deverá escrever... isso não funciona mais.
Assim, a educação mudou, porque mudaram a cultura.
Hoje somos mais “visuais”, porque tudo envolve imagem: a
tevê com dezenas de canais pagos, o celular, o tablet, o pai-
nel eletrônico na escola, a televisão no metrô e no ônibus.
Tudo envolve imagem e sem imagem nada é feito. Até em
nossas igrejas usamos imagens para pregar, para dar anún-
cios, para informar os encontros e retiros.
Mas cuidado! Na hora de fazer as suas escolhas, não
escolha apenas com os olhos. Veja o que diz o versículo 16:
“A jovem era muito bonita e virgem”. Eliezer estava orando
e pedindo a direção de Deus e ele abriu o olho e viu Rebeca.
Era bonita, e devia ser muito bonita, porque até a Bíblia diz
isso e se há esse destaque no texto é porque era a mais pura
verdade, porque a Bíblia é a verdade. A moça deveria ser
bonita mesmo!

24
Mas perceba que não foi por causa da beleza de Rebe-
ca que Eliezer ignorou o sinal que ele tinha pedido a Deus.
Ele poderia simplesmente ter olhado e dito: “Que bonita é
essa moça! Ei! Você é filha de quem?”, e a resposta: “Sou
filha de Betuel, que é parente de Abraão”. E Eliezer teria
pensado: “Pronto, bonita e da mesma família... é essa mes-
mo. Vou levá-la para Isaque”. Mas não foi assim!
O fato de ela ser bonita não indica que ela era a op-
ção de Deus para Isaque. Eliezer continuou com o seu
“teste de fidelidade de Deus”, e pediu água para ela, e
ela deu água para ele e buscou água para os camelos tam-
bém. Esse ato revelou a intenção dele em relação a ela,
que disse: “Olha, eu quero levar você como esposa para
o meu senhor”.
Eliezer não escolheu apenas com os olhos, portanto,
você também não faça as suas escolhas por aquilo que é
aparente. Não faça escolhas visuais.
Existe uma tendência forte em nossos dias de su-
pervalorizar a estética, a plástica das coisas. Nós esta-
mos colocando a estética no ponto mais alto dentro da
escala de valores. Isso é enganoso e está bem compro-
vado que escolhas que supervalorizam a aparência po-
dem ser enganosas.
Não adote como critério principal ou primeiro critério
de uma escolha o que os seus olhos veem.
A Bíblia também conta a história de uma mulher que
escolheu com os olhos. A Bíblia diz em Gênesis 3.6 que Eva

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viu a árvore no jardim, a árvore do fruto proibido, e per-
cebeu que ela era atraente aos olhos e parecia boa para dar
entendimento. Eva escolheu com os olhos. A sua escolha
foi acertada? Não.
A Bíblia também fala de um sujeito que escolheu com
os olhos. Ele deixou de ir para a guerra. Ele foi um rei que
em vez de guiar os seus exércitos durante a batalha, ele pre-
feriu ficar na varanda olhando as mocinhas tomarem banho
e escolheu com os olhos. A sua escolha foi acertada? Tam-
bém não.
O reinado de Davi era só sucesso, só conquistas, só
avanços. Quando ele escolheu uma mulher que não era a
sua, o seu ministério começou a decair, a perder, a murchar.
Não escolha apenas com os olhos.
É certo que devemos nos sentir atraídos pela pessoa
com quem vamos passar toda a nossa vida. Humanamente
falando, todos nós precisamos sentir atraídos e excitados
pela pessoa com quem vamos nos casar. Precisamos sentir a
atração que a pessoa exerce sobre nós, porque do contrário
também será uma escolha errada, que estará com os dias
contados. Achar uma pessoa feia já é indicação de que ela
poderá não ser a pessoa com quem você ficará. Se você acha
ele feio, não é para você.
Deus vai preparar alguém que você goste, que seja
atraente aos teus olhos, que atraia você, mas isso não deve
ser o primeiro ou o mais importante critério na sua lista
de escolhas.

26
Não escolha com os olhos.
Eu tenho um amigo no Rio de Janeiro, ele é pastor. Ele
disse que há alguns anos, na época de Páscoa, alguns “ven-
dedores informais” – também conhecidos como “camelôs”,
ficavam em frente a um supermercado. Eles vendiam ovos
de páscoa a preços abaixo do que eram vendidos no merca-
do. Tinha ovos da Lacta, da Nestlé e outros ovos caros. Mas
os ovos vendidos no camelô eram baratos.
Um casal, dias antes da Páscoa, foi ao supermercado,
mas acharam altos os preços dos ovos e escolheram com-
prar do camelô. Compraram e levavam para casa, deixando
guardados até o dia de dá-los para os seus filhos.
Quando chegou o dia de Páscoa, um domingo, os fi-
lhos estavam na maior expectativa de ganharem seus ovos,
começaram a cobrar dos pais: “Cadê o meu ovo? Cadê o
meu ovo?”. O pai apanhou os ovos que havia comprado
do camelô e deu um ovo para cada filho. Os meninos, na
ansiedade, abriam imediatamente o embrulho do ovo e ao
abrir encontraram abacates! Os camelôs colocaram abaca-
tes, bem verdinhos no lugar do ovo de chocolate e enfei-
taram com os papéis e as fitas dos ovos de pascoa. “Ovo
baratinho”, né?
Usando as aparências como critério principal, você está
escolhendo um chocolate ou um abacate? Porque há gente
escolhendo a partir da embalagem e levando para casa o
que escolhe com os olhos. Depois do casamento, quando
a embalagem for tirada, irão descobrir que escolheram mal.

27
O que você prefere? Um abacate numa embalagem bo-
nita com as letras douradas e laços vermelhos ou um choco-
late um pouco mais caro e numa embalagem mais simples?
Há pessoas com a embalagem simples, que não são a
Gisele Bündchen nem o Brad Pitt, mas o que essa pessoa
tem dentro de si supera o valor das aparências das embala-
gens. Essa pessoa é doce, amorosa, mansa e dá prazer de
estar ao seu lado. Dá prazer ouvir a sua voz e tudo o que ela
fala é do que o seu coração está cheio. São pessoas cheias
de Deus.
Beleza tem pouca influência nas decisões do casamen-
to. Eu sou casado há cinco. Naturalmente nós discordamos
em algumas coisas que precisam ser decididas. Acontece de
um ficar bravo com o outro e se eu der alguma “mancada”
a Valéria “engrossa o caldo”, vem brigar comigo. Ela me
olha e diz: “Ah, mas você é tão bonito... eu não vou brigar
com você”. Não, isso não é tão simples assim. Ela não diz
essas coisas.
Se você se casar com a mulher (ou com o cara) mais
bonita do mundo, quando houver divergências ou como di-
zemos, na hora “do vamos ver” no casamento, na hora do
“ferro afiando o ferro”, a beleza dele ou dela não fará a me-
nor diferença. Olhos azuis, cabelos sedosos, roupinha bem
passada... você irá passar por cima disso.
Sabe o que sustenta um casamento? Caráter. De que
adianta ter um cônjuge bonito, mas que pode trair você?
Sabe o que sustenta um casamento? Humildade. Alteridade,

28
isto é, a pessoa que se coloca no lugar do outro. Case-se
com alguém bonito por dentro.
Acho lindo o que leio em 1Samuel 16.7:

Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes


para a sua aparência, nem para a altura da sua
estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Se-
nhor não vê como vê o homem. Pois o homem
vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor
olha para o coração.

Para Deus, as pessoas feias são aquelas que não têm um


coração bom. Aprenda a ter os olhos de Deus: para Deus,
as pessoas bonitas são aquelas que têm o coração bom. Não
escolha apenas com os olhos. Ficar preocupado com a em-
balagem pode levar você a se esquecer do que vai no inte-
rior: abacate ou chocolate?

29
Quinto passo:
Escolha uma
pessoa pura

Q
ue bom que você começou a ler este último ca-
pítulo. Devo concordar com você que as pesso-
as que adotam os padrões culturais da juventude
nos nossos dias radicalmente rejeitam, torcem o nariz, ficam
furiosas e apressadamente apontam o dedo para nós, cris-
tãos, quando mencionamos a palavra “pureza”. O que há de
errado com essa palavra?
As palavras têm os seus significados imediatos. Sempre
foi assim, em toda e qualquer cultura, com todo o qualquer
idioma. As palavras significam alguma coisa e dão nomes a

30
essas coisas. Aquilo que não tem nome não pode ser conhe-
cido, não pode ter significado. Imagine que um cientista crie
algo novo, que ninguém conhece ainda. Não há fotografia
alguma do novo invento, não há propaganda, nem há um
nome pelo qual possamos saber do que se trata. Como o
cientista poderá contar para nós que ele criou alguma coisa
nova? Primeiro dando nome àquilo, pois sem nome, as coi-
sas não podem ser conhecidas nem podem ter significado.
Assim, não há nada de errado com a pureza. Todos
querem colocar gasolina pura em seus carros, porque do
contrário terão problemas. Todos querem beber água pura,
todos querem comprar mel puro, todos querem alimentos
puros, isto é, sem adição de conservantes, sem produtos
químicos e agrotóxicos.
Percebe que não há nada de errado com a questão da
pureza? E por que não iríamos querer uma pessoa pura
quando vamos escolher alguém com quem passaremos toda
a nossa vida?
Note o que diz o texto de Gênesis 24.16. A jovem era
muito bonita ... nenhum homem tivera relações com ela. Vai
escolher alguém? Escolha alguém puro.
Por que eu não chamei esse tópico de “escolha alguém
virgem”? Porque a virgindade não é símbolo de pureza. Eu
conheço pessoas que são virgens (ao menos dizem que são),
mas não são puras. Essas pessoas ainda não tiveram uma
oportunidade de perder a virgindade com quem elas quise-
rem, mas desde já não são puras.

31
Por outro lado, eu conheço pessoas que perderam a
sua virgindade seja por qual motivo foi, por exemplo, por
não conhecerem o Senhor e não o temerem, ou outro moti-
vo, mas essas pessoas vieram a conhecer Jesus de verdade e
hoje, embora não sejam mais virgens, são puras.
Assim, procure alguém puro.
O sexo em si é um presente de Deus. O sexo foi pla-
nejado por Deus quando criou o homem e a mulher com o
corpo que temos, com os metabolismos que temos, com a
estrutura biológica e emocional que temos, enfim.
Não pense que quando Deus criou Adão, Ele fez a ca-
beça daquele homem, formando-a do barro; depois que Ele
formou a cabeça de Adão, ele modelou um nariz bem afilado,
um lábio bem desenhado; então, Ele fez os braços de Adão
torneados, as mãos bonitas, unhas bem feitas, o umbigo –
embora não tivesse mãe, talvez tivesse umbigo! Depois disso,
você acha que Deus teria chamado o Diabo e dito: “Venha
aqui e faça o pênis de Adão, porque eu não vou me contami-
nar com isso”. Você pensa que foi assim que aconteceu? Não.
Deus também fez a parte sexual do homem e da mu-
lher, Deus criou os membros sexuais do casal, fazendo Ele
mesmo o pênis e a vagina. Se temos visto algum “proble-
ma” com o sexo ou com a simples menção aos nomes des-
ses membros é porque nós temos dado a eles significados
que são diferentes dos originais, significados impuros para
coisas que em si não têm problema quando usadas adequa-
damente, para a finalidade para que foram criados.

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Deus fez o sexo, Ele o desenhou assim, então glória a
Deus por isso. No último dia da criação, Deus viu que tudo
quanto tinha feito era muito bom (Gn 1.31).
Imagine que Deus tivesse feito o aparelho reprodu-
tor masculino e o feminino com funcionamento diferen-
te do modo como é hoje. Uma mulher poderia engravi-
dar de várias outras maneiras; por exemplo, imagine se
dando as mãos um casal concebesse uma criança. Pen-
sando assim, você verá que nós temos dado significados
às coisas e às vezes damos significados incertos para as
coisas certas.
“Dê a mão, meu bem... pronto, engravidou”. Poderia
ser assim; já pensou se fosse? Poderia engravidar beijando
ou de outro modo que não é tão prazeroso quanto o sexo.
Mas Deus fez desse modo. Fez o orgasmo, fez o sexo, e en-
tão sexo é um presente. É um presente de Deus para casais
que estão casados.
Quando eu era criança, ao aproximar-se da época de
Natal, eu lembro que ficava muito ansioso. Eu não sei se a
sua família tem essa cultura de celebrar o Natal intensamen-
te, enfeitando a casa, criando um clima de festa, mudando
a decoração de alguns cômodos, montando árvore, colo-
cando luzes pisca-pisca e criando aquela expectativa sobre
as crianças de que haverá presentes. Na minha família nós
temos esse hábito de dar presentes no Natal.
E normalmente fazíamos assim: meu pai me dava pre-
sente no Natal, no dia das Crianças e no meu aniversário.

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Não tinha presentes em outra época. Então, se eu viesse
com aquela conversa tipo “pai, eu estou querendo um par
de patins”, ele dizia: “Então, filho... espere o Natal”.
Por isso eu ficava numa grande expectativa pela che-
gada do Natal, e imaginava se o meu par de patins seria
lembrado. Será que meu pai comprará os meus patins?”.
E eu ficava lembrando a meu pai a todo momento, per-
turbando o sossego dele. “Pai, lembra que eu quero um
patins, hein!”. Quando chegávamos perto do dia 5 de
dezembro, eu já começava a lembrá-lo: “Pagamento, né
pai?”. Depois, no pagamento do décimo terceiro, eu no-
vamente “dava uma lembrada” para garantir que os pa-
tins viriam.
Mas imagine que perto do dia 15 de dezembro, seus
pais saiam para fazer compras de Natal. Saem, passam o dia
todo fora de casa, fazem as compras e a noite eles voltam
do shopping e voltam com enormes sacolas, várias sacolas
e com os presentes todos embrulhados. Estão ali, mas você
não sabe quais são, nem quantos são os seus presentes. Que
expectativa! Que agonia! Que ansiedade!
Você os vê entrando em casa com todos aqueles pre-
sentes embrulhados, mas ainda é dia 15 de dezembro e fal-
tam dez dias para o Natal. Os presentes estão ali, mas ainda
não é o dia de abri-los e divertir-se com eles.
Então seus pais se trancam no quarto deles e escondem
os presentes. Era assim na sua casa? O que acontece quando
eles guardam os presentes em casa, dentro do quarto deles?

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Passam uns dois dias, seu pai e a sua mãe vão para o culto,
e você está ali, ansioso, sabendo que dentro do quarto deles
há um tesouro que diz respeito a você. É seu, mas ainda não
é! Entende?
Quarta-feira, e você ainda está naquela prova. No dia
seguinte, eles saem e você fica em casa sozinho novamen-
te. E os presente estão lá, guardados. Estão lá, são seus, mas
ainda não. Você está no sofá mudando os canais da televisão,
um programa mais legal do que o outro, mas a sua cabeça
está pensando no que tem dentro do quarto, nos presentes.
E você pensa: “Meu Deus, o que será que eles compraram
pra mim?”. E você não aguenta, baixa a guarda, entrega-se
completamente. Você se levanta, vai até o quarto de seus pais,
procura as sacolas, dá uma olhada embaixo da cama, pega
uma cadeira, dá uma olhada em cima do guarda roupas. Você
está sozinho em casa, e sabe que o seu presente ali, pertinho.
Você sabe a hora que seu pai voltará para casa e dá
tempo de procurar mais um pouco. Então, você já olhou
sobre o guarda roupas, viu que o presente está lá. Ele está
embrulhado numa caixa com uma pequena etiqueta dou-
rada e está escrito “Douglas”. Mas você não resiste... você
toma aquela caixa, coloca-a sobre a cama, dá uma passada
de mão nela, dá uma alisada e pensa: “Poxa, será que são os
meus patins?”.
E aí vem aquele velho dilema: “Não, eu não posso...
pelo amor de Deus... eu não posso fazer isso”. E então você
guarda a caixa no lugar dela e volta a assistir televisão.

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Mas acontece de seus pais saírem novamente no dia
seguinte, na quinta-feira. E você fica em casa, a sós com
as caixas; você e o presente em casa sozinho novamente.
Que luta! E você pensa: “Eu só vou sentir o peso da caixa”.
Então você pega a caixa e sente o peso do seu presente. Dá
mais uma passada de mãos na caixa, e abre minimamente a
embalagem, só para dar uma olhadinha dentro dela, só para
cerificar-se de que são, realmente, os seus patins. E vendo,
você pensa: “Vixi! É exatamente o que eu queria”.
Mas ao abri-la danificou o papel de presente e a emba-
lagem já não fecha como antes. O durex já não cola como
antes e você pensa: “Nossa! Pelo amor de Deus, não posso
mais mexer nisso. E guarda o presente novamente, sentindo
aquele remorso. Fecha a porta do quarto do seu pai e diz
para você mesmo que “não, não posso fazer isso novamen-
te”. A tentação foi vencida.
Mas não chegou o dia de Natal e mais uma oportu-
nidade sozinho em casa com o seu presente, e dessa vez
você abre um pouco mais a embalagem e coloca a mão no
brinquedo. E um dia você não aguenta: tira o seu presente
e brinca com ele, usa-o como sempre quis usá-lo. Depois
disso, depois de ter sido usado, você embrulha novamente
e guarda, mas o embrulho já não é o mesmo depois de três
dias sendo violado. As marcas da violação só pioram e você
está satisfeito.
Chega dia 25 de dezembro. Seu pai está feliz por poder
presenteá-lo e diz a você quando chega a hora de distribuir

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os presentes: “Meu filho, está aqui o seu presente, aquele
que você pediu tanto”. Você tem de abri-lo e fingir uma ex-
pressão de surpresa, tipo “Hã! Que isso? Patins! Obrigado,
pai, não imaginava que você lembraria”.
Você mente e recebe o presente por você mesmo vio-
lado, embalagem rasgada e amassada, cuja surpresa é ine-
xistente. Você calça os patins, mas o prazer de abrir no dia
certo, de ter esperado, de feito certo se perdeu e sobra um
presente “usado”.
Minha pergunta para você é: Moça, será que ele vai
ter que fingir uma expressão de surpresa na sua lua de
mel? Será que ele terá que chegar à lua de mel e dizer: “Hã!
Nossa, que surpresa!”.
O presente que se recebe no dia 25 e já está usado
não tem o mesmo valor nem cria a mesma expectativa. Já
não impressiona.
Algo que era para ter grande valor e marcar a sua vida
virá usado. O sexo é um presente de Deus para nós, portan-
to, aguarde o momento certo de receber esse presente.
Minha esposa e eu esperamos. Nós nos casamos vir-
gens. Lembro de que antes de nos casarmos disseram que
eu precisava ir ao urologista, o médico que cuida do pênis.
Eu fui, ele deu uma olhada e disse que estava tudo “ok”.
Eu avisei que iria me casar e o médico começou a fazer
uma entrevista comigo. Perguntou coisas como a medida da
minha pressão arterial, como estava o coração, se eu tinha
diabetes, se havia histórico na família sobre esses casos. E

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ele perguntou como estava a minha vida sexual. E eu disse
que não sabia, pois nunca havia tido relação antes.
“O quê? Quantos anos você tem?” – ele perguntou es-
pantado. Eu respondi que tinha 20 anos.
O médico disse que tiraria uma foto de mim e a colo-
caria numa moldura e penduraria na parede do consultório,
acenderia umas velas e faria orações para mim. Imaginou
que eu fosse um santo e disse que eu “era muito raro”.
Ela e eu esperamos o momento certo de abrimos os
presentes.
Sabe, essa espera foi tão interessante para nós. No dia
em que nos casamos, fomos para a lua de mel. O ato sexual
teve importância muito grande para nós. Foi algo muito ma-
jestoso, porque era algo que nós dois valorizávamos muito.
Os anos passaram desde que nos casamos e continua
sendo algo grandioso para nós. Nós temos dois filhos, e
toda fez que eu penso em sexualidade, toda vez que minha
esposa e eu combinamos e dá certo a noite quando nós nos
amamos, até hoje é algo grandioso para nós, porque é o
nosso grande presente e ele não veio usado.
Sexo é um presente.
Permitam que eu ensine algo para vocês. É sobre como
casar com a pessoa mais bonita do mundo. Sabe quem me
ensinou isso? A minha esposa, mas na verdade quem ensi-
nou primeiro foi Adão e Eva; eles nos deixaram esse ensino.
Adão estava tranquilo no jardim e a Bíblia diz que ele
estava cuidando dos animais. Adão dava os nomes para eles

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e Deus notou que não havia alguém que completasse o ho-
mem, que fizesse par com ele e não era bom que o homem
ficasse só. O que Deus fez você já sabe. Fez Adão cair num
sono profundo, retirou uma costela sua e fez Eva e a apre-
sentou a ele.
É interessante notar que quando Adão viu Eva, ficou
“alucinado”. Adão ficou tão impressionado que fez uma po-
esia na mesma hora. “Essa é ossos dos meus ossos e carne
da minha carne”. “Vou chamá-la de varoa, porque do varão
ela foi tirada”. E começou a fazer poesia ali mesmo.
Adão se casou com a mulher mais bonita do mundo,
pois Eva era a mulher mais bonita do mundo.
Como era Eva? Será que Eva era alta? Será que era bai-
xinha? Será que Eva era loira ou morena? Ou será que Eva
tinha todas as cores de cabelo? Todas as cores e etnias saí-
ram dela. Como era Eva? Não podemos saber. Mas eu sei
que Eva era a mulher mais bonita do mundo.
O que Deus planejou para nós é chamado “padrão
único de beleza”. Deus não fez várias “Evas” para Adão
escolher uma dentre elas. Deus não fez várias “Evas” para
Adão fazer um test drive e escolher uma que tivesse “bom
desempenho”. Deus fez uma Eva para Adão ser feliz com a
mulher mais bonita do mundo, porque ela foi feita especial-
mente para ele.
Eu me casei com a mulher mais bonita do mundo, por-
que a Valéria é a única mulher do meu mundo feita por
Deus para mim. E a Valéria se casou com o rapaz mais boni-

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to do mundo, porque o Douglas é o único rapaz do mundo
feito por Deus para completar a Valéria.
Eu jamais conheci outra mulher em uma relação sexual.
Então, para mim, o sexo com a Valéria é o melhor sexo do
mundo, porque esse é o que Deus planejou para nós. Para
mim, a Valéria é a melhor mulher no mundo para satisfazer-
me. Não existe ninguém melhor que ela nesse aspecto.
O que você prefere? Ter várias parceiras sexuais e ser
eternamente insatisfeito? Ter vários rapazes no seu “currí-
culo sexual” e ser uma moça eternamente insatisfeita? Ou
você prefere ter apenas um ou uma e ser plenamente satis-
feito e satisfeita?
Se eu tivesse relações sexuais com várias mulheres,
como é que seria hoje? Seria insatisfeito, porque ficaria fa-
zendo comparações que jamais poderiam ser realizadas. A
boca de uma não é como a boca da outra; os seios de uma
não são como os seios da outra; as pernas de uma não são
como as pernas da outra. E seria uma eterna comparação
que jamais poderia resolver o meu problema ou satisfazer as
exigências que eu poderia criar em minha mente a partir das
comparações que seriam feitas. É assim que acontece, não
se iluda pensando que não seria assim.
O rapaz que ficaria com você, se ele teve várias par-
ceiras antes, virá à mente dele as comparações com outras
garotas, melhores ou piores que você. E na verdade as pró-
prias comparações são ilegítimas, porque quem pode dizer
que uma pessoa “assim” ou “assado” é ruim ou boa? Tudo é

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questão de acertar a pessoa. Se você não gosta da aparência
ou dos modos de uma pessoa, é porque ela não é para você,
mas será perfeita para a outra pessoa, para a qual foi criada.
Deus, desde o início, planejou para nós uma pessoa es-
pecífica para termos uma pessoa só para nós, específica, que
nos satisfaça, que nos complete.
Essa será a mulher mais bonita do seu mundo; esse
será o rapaz mais bonito do seu mundo. Por isso, o que se
deve procurar quando a escolha é sobre a pessoa certa, não
é outra coisa que não a pureza, e a pessoa pura é aquela que
não mistura padrões humanos e caídos aos padrões divinos
e santos. A pessoa pura é aquele que o próprio Deus já es-
colheu para nós, porque ela vem de dentro dos planos mais
sagrados do Senhor. Essa é a escolha certa.
Portanto, o sexo, além de ser um presente, é uma
aliança. Eu uso uma aliança no meu dedo anelar esquer-
do, o que significa que eu sou casado. Na minha aliança
está escrito Valéria. E algum lugar no Brasil há uma pessoa
com uma aliança no dedo anelar esquerdo e na sua aliança
está escrito Douglas. Isso significa que não importa quão
distante nós estejamos um do outro, eu sou da Valéria e a
Valéria é minha.
Mas essa aliança em nosso dedo é uma representação,
ela é apenas o símbolo de uma aliança mais forte, que é a
nossa aliança de sangue. O sangue é um elemento mais im-
portante na perspectiva de Deus. Tanto que quando Ele nos
salvou, Ele o fez por meio do derramamento do sangue do

41
Seu Filho. E é o sangue de Jesus que faz uma aliança entre
nós, por isso o sangue é importante.
Eu descobri que Deus, quando une o homem e a mu-
lher, também faz os dois celebrarem uma aliança de sangue.
Por que a mulher tem o hímen? O hímen é uma pele fina
na vagina. Penso que Deus colocou o hímen na vagina para
que, quando o homem e a mulher se casassem, e quando
tivessem relação pela primeira vez, o hímen se rompesse e
houvesse o derramamento de sangue por parte da mulher
e da parte do homem o sêmen é derramado, a semente no
lugar do sangue.
Naquele momento do ato sexual, o sangue do homem
é misturado ao sangue da mulher e eles fazem uma aliança
duradoura. Penso que o poder do hímen está na celebração
de uma aliança de sangue para durar eternamente. É um
momento sagrado, é um momento de misturar duas vidas
numa só. O sangue de ambos se misturam e eles são dois
corpos e uma só alma.
“O homem deixará o pai e a mãe e se unirá à sua mu-
lher e ambos serão uma só carne.”

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