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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE SAÚDE
CURSO: ODONTOLOGIA

BRUNA GONÇALVES
CYNTHIA LIKY SANTANA
DHENIFER RODRIGUES
EWELLYN CARVALHO DOS SANTOS
EVERTON LOPES
KAROLINA PEREIA LOBO
KAROLINE RODRIGUES
THAMIRES PASSOS RIOS

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PACIENTES COM


NECESSIDADES ESPECIAIS NA CLINICA ODONTOLÓGICA

Feira de Santana-BA
2018
BRUNA GONÇALVES
CYNTHIA LIKY SANTANA
DHENIFER RODRIGUES
EWELLYN CARVALHO DOS SANTOS
EVERTON LOPES
KAROLINA PEREIA LOBO
KAROLINE RODRIGUES
THAMIRES PASSOS RIOS

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A PACIENTES COM


NECESSIDADES ESPECIAIS NA CLINICA ODONTOLÓGICA

Protocolo de atendimento a PNES na


clínica odontológica, solicitado pelas
Professoras Hervânia Costa e Ana Rita
Guimarães, apresentado a Universidade
Estadual de Feira de Santana como
requisito de avaliação parcial da disciplina
Odontologia para Pacientes Especiais

Feira de Santana – BA
2018
Pacientes oncológicos

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em


comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e
órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Os diferentes
tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Se o câncer tem
início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se
começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de
sarcoma. (INCA, 2017).

O câncer é considerado um problema de saúde pública, ele atinge 20


milhões de pessoas no mundo, é a segunda causa de morte, com 190 mil vítimas por
ano, no Brasil há 600 mil novos doentes por ano, 60% tem o diagnóstico já em estado
avançado, é uma doença de alto impacto econômico, o seu controle depende de
politica pública e envolvimento da sociedade, o seu tratamento é de alta complexidade
e um terço dos casos de câncer são evitáveis.

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao


organismo. De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores
externos, como cigarro, exposição excessiva ao sol, vírus, hábitos alimentares,
alcoolismo, hábitos sexuais, fatores ocupacionais, medicamentos (antineoplásicos,
hormonais, imunossupressores) e internos como hereditariedade. Os sinais e
sintomas mais frequentes são: dor, fadiga, falta de apetite, náuseas e vômitos, edema
e linfedema, constipação intestinal, obstrução intestinal, alteração da mucosa oral,
diarreia, aumento do volume abdominal, sangramento e depressão.

Os tipos de tratamento mais instituído são o tratamento cirúrgico que pode


ser aplicado com finalidade curativa ou paliativa. É considerado curativo quando
indicado nos casos iniciais da maioria dos tumores sólidos. É um tratamento radical,
que compreende a remoção do tumor primário com margem de segurança; O
tratamento quimioterápico que é um tratamento sistêmico, que utiliza medicamentos
para combater o câncer. Os medicamentos se misturam com o sangue e são levados
a todas as partes do corpo. e o tratamento radioterápico que é um tratamento local,
usa radiação ionizante como forma de danificar e eliminar as células cancerígenas.
As complicações orais decorrentes do tratamento antineoplásico mais
comuns são a xerostomia, mucosite, disgeusia, neurotoxicidade, hipersensibilidade
dentária, infecções fungicas, infecções herpéticas, infecções bacterianas, trsimo, cárie
de radiação e osteorradionecrose.

O cirurgião dentista tem como objetivo Assistir o paciente oncológico antes,


durante e após o tratamento, eliminar e/ou minimizar infecções locais. Em geral,
pacientes oncológicos apresentam necessidades odontológicas significativas que
implicam em atendimento prévio à oncoterapia.

No tratamento odontológico prévio ao tratamento oncológico é necessário


realizar questionário de saúde completo, posteriormente assinado pelo paciente ou
responsável; o exame clínico deve ser minucioso e deve-se solicitar os exames
radiográficos necessários, executar raspagem e polimento periodontal, remover
dentes com cáries extensas ou com doença periodontal avançada, instruir e motivar
o paciente quanto à higiene oral, realizar tratamento preventivo às infecções
oportunistas, executar sessões de fluorterapia, trocar as restaurações com bordas
irregulares, restaurar as cavidades presentes.

No tratamento odontológico durante o tratamento oncológico deve- se


reforçar as orientações sobre higienização bucal, introduzir o uso de flúor gel neutro
1% por quatro minutos ou fazer bochecho com flúor 0,05% três vezes ao dia, em
pacientes dentados, orientar que o uso de próteses parciais removíveis ou totais e de
aparelhos ortodônticos deve ser evitado ou suspenso, a dieta deve ser baseada em
alimentos mais macios e fáceis de engolir, a boca com água frequentemente, no
período radioterápico e e nos cinco anos seguintes os procedimentos de extração
dentária são contra-indicados, os demais podem ser realizados. (esse período de 5
anos de restrição está ligado aos casos em que esse tratamento é instituído em região
de cabeça e pescoço, quando instituídos em outras regiões do corpo o período de
restrição para exodontias é menor).

No tratamento odontológico pós tratamento oncológico é necessário


orientar o paciente sobre a importância de hidratar-se constantemente, fazer
exercícios de abertura e fechamento bucal, evitar alimentos quentes e condimentados,
utilizar sempre escova macia para fazer controle da placa bacteriana, usar solução
tópica de flúor, o tratamento dentário deve ser o mais atraumático possível, no
tratamento endodôntico as dificuldades encontradas podem ser: dificuldade com o
isolamento e a abertura limitada da boca, prevenir, reconhecer e tratar cada uma das
sequelas induzidas pelo tratamento, visando melhorar a qualidade de vida do paciente
oncológico aumentando sua expectativa de vida

Os pacientes oncológicos geralmente apresentam manifestações orais em


consequência da intensa imunossupressão obtida através da quimioterapia e
radioterapia. Assim, a odontologia tem grande importância dentro de uma equipe
multidisciplinar, para proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente aumentando
as chances de sucesso do tratamento.
Pacientes Cardiopatas

Definição e classificação

O termo cardiopatia abrange todas as doenças que acometem o coração.

As enfermidades cardiovasculares representam uma das principais causas de


morte nas sociedades industrializadas, tanto para homens quanto para mulheres.

No Brasil, na década de 90, a taxa de mortalidade de pacientes cardiopatas foi


de 30%, enquanto que atualmente este valor cresceu para 34%

Dentre os vários tipos de cardiopatia temos a:

Angina pectoris

Infarto do miocárdio

Insuficiência cardíaca congestiva

Arritmias

Endocardites bacterianas

Manifestações bucais

Não há manifestações bucais das cardiopatias, podem ocorrer maior índice de


cárie e doença periodontal, por conta da má higienização e por conta da xerostomia
causada por alguns medicamentos.

Cuidados durante o atendimento odontológico

Anamnese

Avaliação dos sinais vitais

Sessões curtas

Acompanhamento multidisciplinar
1. Uso de anestésicos locais

Controvérsias quanto ao uso de vasoconstritor

Vantagens da utilização:

Aumento da duração da anestesia

Aumento da profundidade da anestesia

Redução da toxicidade do anestésico local

Utilização de menores volumes da solução anestésica

Diminuição do sangramento em procedimentos cirúrgicos

A utilização de vasoconstritores, deve ser extremamente prudente com a


análise de caso a caso.

A lidocaína é protótipo de anestésico de duração intermediária, por isso sendo


considerada como medicamento de referência com propriedades de valor terapêutico
antiarrítmica, anticonvulsivante, antiinflamatória e antimicrobiana (HAGHIGHAT;
KAVIANI; PANAHI, 2006).

Levar em consideração interações medicamentosas - Beta bloqueador


propranolol e vasoconstritor noradrenalina pode promover taquicardia e aumento
brusco da pressão arterial sanguínea. (ANDRADE, 2003).

2. Controle da ansiedade

Entre os métodos não farmacológicos, temos a verbalização (iatrosedação),


às vezes associada às técnicas de relaxamento muscular ou de condicionamento
psicológico. Quando estes métodos não são suficientes o bastante para reduzir a
ansiedade e o medo, indica-se o uso de métodos farmacológicos como medida
complementar (ANDRADE, 2003).

Sedação consciente com a mistura de óxido nitroso e oxigênio

Sedação consciente com benzodiazepínicos

As doses recomendadas para uso por via oral, em adultos, são de 5 a 10 mg


para o diazepam, 1 a 2 mg para o lorazepam e 0,5 a 0,75 mg para o alprazolam
(ANDRADE, 2003).
O protocolo adotado pela Área de Farmacologia e Anestesiologia recomenda uma
dose única do benzodiazepínico de escolha, administrada 30 a 45 minutos antes do
atendimento, com exceção do lorazepam, que deve ser tomado com 2 horas de
antecedência (ANDRADE, 2003).

3. Profilaxia antibiótica

Pacientes com moderado a severo comprometimento cardiovascular podem


necessitar de profilaxia antibiótica para alguns tipos de tratamento dentário, a fim de
reduzir o risco de endocardite infecciosa.

As recomendações da Associação Americana do Coração (American Heart


Association) salientam que alguns procedimentos cirúrgicos, dentários,
instrumentações envolvendo superfícies mucosas ou tecidos contaminados podem
causar bacteremia transitória. Apesar de reconhecer que a eficácia da proteção com
antibióticos é incerta em alguns casos, recomenda a administração deles para
pacientes com um risco potencial de desenvolver endocardites

Martin et al. (1997) verificaram que os procedimentos odontológicos que


resultaram em endocardite bacteriana foram exodontia (23), raspagem periodontal
(21), tratamento do canal radicular com sobreinstrumentação (7) e cirurgia oral menor
(1).
Regime de profilaxia antibiótica indicado para procedimentos orais,
dentais, do trato respiratório ou esofagianos (Dajani et al., 1997 [6])

4. Avaliação do paciente que vai se submeter a cirurgia

Está indicado o uso profilático de antibiótico quando eles forem portadores das
anomalias de risco moderado a severo. O uso de vasoconstritores adrenérgicos,
tal como a epinefrina, deve ser limitado, e o paciente, se necessário, deve ser
tratado em ambiente hospitalar.
5. Avaliação de tratamento a pacientes que se submeteram a cirurgia cardíaca

Depois de verificar a condição médica do paciente, a avaliação dentária deve


determinar o uso de profilaxia com antibióticos e a necessidade de ajustar a dose
de anticoagulantes, quando for o caso, pois alguns pacientes com válvulas
cardíacas protéticas fazem uso contínuo desses medicamentos

6. Situações de emergências

Caso o paciente sinta dor no peito durante o tratamento, devem ser


consideradas outras causas possíveis de dor. Quando ele tiver uma história
regressa de angina estável, existe uma maior possibilidade de a dor no peito ser
um ataque de angina.

Em caso de diagnóstico positivo para angina, o tratamento dentário deve ser


suspenso, e o paciente precisa ser reclinado a 45° para que se verifique a sua
pressão sanguínea. Se observar que a pressão sistólica está menor do que 100, o
paciente deve abaixar a cabeça (TEIXEIRA et al., 2008).

Além disso, deve-se tranquilizá-lo e administrar nitroglicerina via sublingual. A


dor da angina deve aliviar em 3-5 min. Esses procedimentos podem ser repetidos
duas vezes, em intervalos de 5 min. Caso a dor no peito não alivie, há evidência
de infarto do miocárdio ou de angina pré-infarto, e o paciente deve ser transportado
imediatamente para o hospital (CAHALAN, 2003).

É preciso verificar a pressão sanguínea a cada 5 minutos em pacientes


inconscientes. O cirurgião-dentista deve estar preparado para procedimentos de
ressuscitação cardiopulmonar, quando não for mais detectada a pulsação do
paciente (TEIXEIRA et al., 2008).
Referências

- ACB DO CÂNCER, Rio de Janeiro: Editora Flama, 2012.

- ANDRADE, E. D. de. Cuidados Com o Uso de Medicamentos em Diabéticos,


Hipertensos e Cardiopatas. In: CONCLAVE ODONTOLÓGICO INTERNACIONAL, 15,
2003, Campinas. Anais… Campinas, SP: ACDC, 2003. p. 1678- 1899.

- BARROS, M.N. et al. Tratamento de pacientes cardiopatas na clínica odontológica.


Revista Saúde e Pesquisa, v. 4, n. 1, p. 109-114, jan./abr. 2011.

- BRENNAN M. T.; WOO S. B.; LOCKHART P. B. Dental treatment planning and


management in the patient who has cancer. Dent Clin N Am., v.52, p.19-37, 2008.

- CAMPOS, C.C. et al. Manual prático de atendimento odontológico de pacientes com


necessidades especiais , Goiânia –GO, ed.2, p.62-66, 2009.

- Estimativa da incidência de câncer no Brasil 2016. Disponível em


<http://www.oncoguia.org.br/pub//10_advocacy/Estimativas_INCA.pdf>. Acesso em
25 nov. 2017.

- HESPANHOL F. L. et al. Manifestações bucais em pacientes submetidos à


quimioterapia. Ciência e Saúde Coletiva. v. 15, n. 1, p. 1085 - 1094, 2010.

-O que é câncer. Disponível em:


http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/cancer/site/oquee. Acesso em 25 nov.
2017.

- PAIVA, M. D. E. B. et al, Complicações orais decorrentes da terapia antineoplásica.


Arquivos em odontologia, vol 46, nº 01, p. 48 -55, João Pessoa – PB, 2010

- TEIXEIRA, C.S. et al. Tratamento odontológico em pacientes com comprometimento


cardiovascular. RSBO v. 5, n. 1, p. 69-76, 2008.

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